quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Apostasia contra a Igreja 1517, contra Cristo 1717 e contra Deus 1917


Há meio milênio os combates liderados pelo mundo contra a verdade da Igreja Católica conduziram a erros cada vez mais profundos e perigosos, desencadeando até as revoluções. É muito interessante notar que os processos históricos mais fundamentais da era moderna se deram em três fechas semelhantes: nos anos 1517 (protestantismo), 1717 (maçonaria) e 1917 (comunismo), nos que se manifesta, no Ocidente, um avanço verdadeiramente sistemático da apostasia da verdade de Deus, que irradia desde ali a todo o mundo.

Jesus Cristo disse a seus Apóstolos: “Como me enviou meu Pai, assim Eu vos envio”. Nesta palavra de Cristo teremos três níveis: o Pai – Cristo – os Apóstolos (a Igreja). O Pai envia a Cristo. Cristo envia os apóstolos. Cristo diz: “Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos rechaça, a mim rechaça, agora bem, quem me rechaça, rechaça aquele que me enviou” (Lc. 10, 16) 1. E justamente nestes três passos, teve lugar a apostasia da Verdade durante os últimos séculos: apostasia contra a Igreja Católica (1517), apostasia contra Cristo (1717), e apostasia contra Deus (1917). Este desenvolvimento é de todo conseqüente e, em seu avanço é, em certo sentido, necessário. Aquele que rechaça aos enviados de Cristo, os sucessores dos Apóstolos (é dizer a Igreja Católica), rechaça conseqüentemente também a Deus Pai. A história do último meio milênio confirmou assim, e de maneira aterradora, estas palavras de Cristo.

Em 1517, com a publicação das teses de Lutero, se marca, ao menos exteriormente, o começo decisivo do protestantismo. Dos dois “envios” mencionados Lutero reconhece somente um: a mediação de Cristo para com Deus, mas não a mediação da Igreja para com Cristo. Daqui as sentenças programáticas de Lutero. “Somente as Escrituras” e não o Magistério da Igreja; “Somente a graça” e não a mediação através do sacerdócio e dos sacramentos. “Somente Deus” e nenhuma mediação através dos Santos do Céu.

Em 1717, com a fundação da maçonaria na Inglaterra, se marca a seguinte etapa da apostasia. O rechaço absoluto da revelação de Deus dentro deste mundo. Como a encarnação de Jesus Cristo constitui o ponto culminante da revelação de Deus, será especialmente rechaçada. A filosofia maçônica não é ateia: Portanto, os maçons não são ateus, senão que defendem o deísmo (Deus já não atua mas no mundo depois da Criação) e por o agnosticismo (é impossível conhecer a verdade), e no campo da ética postulam, conseqüentemente, o liberalismo (liberdade em todos os âmbitos no lugar da autoridade ou lei). Aqui se vê a realização do primeiro passo antes mencionado: “Quem a vós rechaça, rechaça a Mim”. Assim como Lutero rechaçou a mediação da Igreja, assim também rechaçam os maçons a Cristo e com Ele, toda mediação ou ponte para Deus. É por isso que sustentam o deísmo, que rechaça a priori não somente a Divina Providência e a possibilidade dos milagres, senão também toda autoridade divina.

Em 1917, com o surto do comunismo, se marca a terceira etapa nesta revolução social contra Deus. Já que desde 1717 se há negado categoricamente a atuação de Deus no mundo e qualquer intervenção sua depois da criação, chegamos como conseqüência ao ultimo passo: ao perfeito ateísmo e antiteísmo. O comunismo é, efetivamente, em essência, um ateísmo social combativo. Não é, em nenhum caso, um sistema meramente econômico ao que se agrega somente externamente ao ateísmo. O comunismo se conecta com a Revolução Francesa, especialmente através de Rousseau. Também entre a maçonaria e o protestantismo existe uma clara relação fácil de deduzir vendo quem hão sido seus artífices: os dois principais fundadores da maçonaria são Jean Théophile Désaguliers e James Anderson, um pastor protestante e o outro teólogo protestante.

“Quem me odeia, odeia também a meu Pai” (Jo. 15, 23). O segundo nexo conseqüentemente traçado claramente por Cristo se faz realidade aqui. Esta última conseqüência que chega até o ódio de Deus, se mostra claramente no comunismo e de modo muito combativo. Se havia anunciado na maçonaria mais avançada. “Quem nega o Filho, tampouco tem o Pai” (1 Jo. 2 ,23)

Todos estes erros da Era Moderna não permaneceram somente no plano teórico, senão que transformaram a vida da humanidade e da sociedade em todos os aspectos. Conduziram necessariamente a uma perseguição de cristãos sem precedentes. De acordo a recentes declarações russas, 200.000 sacerdotes e religiosos (católicos e ortodoxos) pereceram vítimas do terror stalinista: fuzilados, enforcados, crucificados ou expostos a morrerem congelados. 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Homilética: Festa da Cátedra de São Pedro (22 de fevereiro): "Pedro tu és pedra, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja".


Hoje, festa litúrgica da Cátedra de São Pedro. Festa antiga: desde o século IV. Nela, a Igreja celebra a missão, o ministério de Pedro na Igreja. Por ele mesmo, esse Apóstolo não passa de um homem meio rude, impetuoso e inconstante. Mas, por graça de Cristo, torna-se Pedra da Igreja. Cristo escolheu para o ministério petrino um Simão tão frágil, que negou o Mestre! Fica claro que a força de Pedro é Cristo: "Eu orei por ti para que a tua fé não desfaleça!" E Simão desfaleceu miseravelmente: negou o Mestre. "E tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos!" - Eis aqui o ministério e o mistério de Pedro e de seus sucessores, os papas de Roma!

Observe Mateus 16: o mundo tem tantas opiniões sobre o Cristo, sobre a verdade do Evangelho, mas é a Simão Pedro que o Pai revela a verdade que não pode ser alcançada simplesmente pela força da carne e do sangue! Por isso mesmo, somente Pedro pode falar em nome de todos os discípulos. Ainda hoje é assim: somente o Sucessor de Pedro - e mais ninguém - pode falar de modo vinculante e definitivo em nome de toda a Igreja! E um concílio? Somente em valor se reconhecido e aprovado pelo Papa!

Note: o que Pedro liga na terra como cabeça visível da Igreja, Cristo, o Cabeça invisível e glorioso, liga no céu; o que Pedro, como chefe visível, desliga na terra, Cristo, o Chefe invisível, desliga no céu. E um Concílio? Somente em comunhão com Pedro: com Pedro e sob Pedro. Do contrário não há concílio, não há Colégio Episcopal, mas um monte de Bispos juntos...

Pedro é o chefe visível, o pastor supremo da Igreja... No entanto, somente Cristo é o fundamento da Igreja, somente Cristo é o Senhor e Esposo da Igreja, somente Cristo é o Guia definitivo da Igreja, somente Cristo é o sustento da Igreja! Se o Papa é infalível quando proclama dogmaticamente a fé da Igreja, como homem é tão frágil, tão falível! Mas, recordemos da palavra do senhor: "Simão, Simão, Satanás tentou peneirar-te como o trigo, mas Eu orei por ti para que a tua fé não desfaleça. E tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos!" Eis a missão, a honra, a fraqueza e a força de Pedro na Igreja, até o fim dos tempos!

A festa da Cátedra de São Pedro, ocasião mais do que especial e oportuna para rezarmos pelo Santo Padre e por todos os pastores, bispos e presbíteros, da Santa Igreja de Deus.

Disto se vê, pois, a importância de pedirmos ao Pai não só que tenha misericórdia de nossos sacerdotes e os ajude em seu ofício, mas também que os faça conforme o Coração Sacratíssimo de seu Filho, Pastor eterno e fonte de todo sacerdócio. Lembremo-nos, porém, de que a santidade dos que nos apascentam depende em boa medida da nossa própria santidade; lutemos, portanto, por sermos também nós santos e dignos de receber de Deus guias e pastores que, vendo em nós um povo bem disposto, nos auxiliem em nossa conversão diária. Viva Pedro! Viva o Papa, seja quem for e qual for o seu nome! Viva Pedro! 

“O Senhor quer curar os corações feridos e humilhados”, diz Papa


PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017


Quando o ser humano quebra a comunhão com Deus, perde a sua beleza originária e acaba por desfigurar tudo ao seu redor. Resultado: um pranto geral! Tudo geme: geme a criação, gememos nós, seres humanos, e geme até o Espírito Santo dentro de nós. São Paulo convida-nos a ouvir com atenção estes gemidos, porque não se trata de lamentações estéreis ou desesperadas; lembram mais os gemidos duma mulher com as dores do parto: são gemidos de quem sofre, mas sabe que está para vir à luz uma nova vida. Na verdade, sofremos ainda as consequências do nosso pecado e, ao nosso redor, são palpáveis os efeitos dos abusos contra a criação. O cristão não vive fora do mundo, sabe reconhecer na própria vida e naquilo que o rodeia os sinais do mal, do egoísmo e do pecado. É solidário com quem sofre, com quem chora, com quem está marginalizado, com quem se sente desesperado. Ao mesmo tempo, porém, o cristão aprendeu a ler tudo isso à luz da Páscoa, com os olhos de Cristo Ressuscitado, e sabe que o presente é tempo de expectativa, tempo animado por um anseio que vai para além do presente. Na esperança, sabemos que o Senhor quer curar definitivamente, com a sua misericórdia, os corações feridos e humilhados e aquilo que o homem deturpou com a sua impiedade, tudo regenerando num mundo novo e numa humanidade nova reconciliados finalmente no seu amor. E, contudo, muitas vezes também nós, cristãos, somos tentados pelo desânimo, pelo pessimismo, caindo em inúteis lamentações ou ficando sem saber que pedir ou esperar. Então vem em nosso auxílio o Espírito Santo, respiração da nossa esperança, que mantém vivos os gemidos e anseios do nosso coração. O Espírito vê, por nós, para além das aparências negativas do presente e revela-nos já agora os novos céus e a nova terra que o Senhor está a preparar para a humanidade. 

Ensino religioso nas escolas não é doutrinação, afirma Bispo


Prezados Associados, Professores, Pesquisadores e demais interessados no Ensino Religioso:

Diante da informação de que o ER foi excluído da terceira versão da Base Nacional Comum Curricular, o FONAPER torna público a sua contrariedade e convoca a todos para replicarem este manifesto junto aos seus contatos e redes de trabalho.

Outra forma de participação é assinando o abaixo assinado para o Ministro da Educação, disponível CLICANDO AQUI.

Não deixe de participar desta mobilização por um ER não confessional nas escolas públicas brasileiras.


O Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta-se favorável à  permanência do Ensino Religioso nas escolas. A disciplina está cada vez mais esquecida e excluída das reformas educacionais atuais. Num tempo onde o mercado e o pragmatismo determinam a formação dos cidadãos, não há lugar para as áreas relacionadas às humanidades.

Dom Leomar Brustolin, bispo auxiliar de Porto Alegre e referencial para a Educação e Cultura do Regional Sul 3, destaca a defesa do Ensino Religioso Escolar para garantir uma educação integral e cidadã. “A integralidade supõe incluir as ciências humanas na formação da pessoa. Nesse sentido, o componente do Ensino Religioso é determinante para desenvolver atitudes que implicam na paz da sociedade. São elas: o diálogo, o respeito, a tolerância e a reverência religiosa”, explica.

O bispo ressalta que não se trata de doutrinar os estudantes sobre uma confissão religiosa, mas de educar para a convivência pacífica no que diz respeito à religiosidade. “Basta observar as graves crises de terrorismo, discriminação e fundamentalismos que estão abalando o século 21. A geração técnico-científica decidiu prescindir da dimensão religiosa e está pagando muito caro para conseguir a harmonia”, afirma, observando que a religião trabalha o aspecto do simbólico e do sentido da existência humana. “Seria um grave reducionismo negar essa dimensão na formação cidadã”, completa.

Diante da exclusão da disciplina o Ensino Religioso da BNCC, o Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso (Fonaper) está se mobilizando. Na última semana o Fonaper lançou um manifesto, confira abaixo:

Os parentes de Jesus diziam que ele estava fora de si


Dirigiram-se em seguida a uma casa. Aí afluiu de novo tanta gente, que em podiam tomar alimento. Quando os seus o souberam, saíram para o reter; pois diziam: "Ele está fora de si." 
- São Marcos 3, 20-21.

As dificuldades de Jesus começaram com seus próprios parentes. Eles o consideraram louco e julgavam vergonhoso vê-lo falar e dizer coisas que lhes parecia fora de propósito. 

A rejeição dos familiares de Jesus funda-se numa série de preconceitos contra ele. Ele era filho de uma família pobre, como poderia apresentar-se com uma sabedoria tão alta? Eles o tinham visto crescer e pensavam conhecê-lo muito bem, como agora estava se dando à prática de milagres, mais parecidos com atos de magia? Sua origem era humilde, como agora estava vindo tanta gente atrás dele, como se fosse uma pessoa importante? Havia algo de errado. Jesus só podia estar louco e era preciso dar um basta naquela situação.

A mentalidade fechada dos parentes de Jesus os impediu de perceber que, naquele homem tão conhecido deles, algo de muito especial estava acontecendo na história humana. As palavras de Jesus, ditas com autoridade, e seus milagres em favor das multidões apontavam para a presença da misericórdia divina. Embora vissem tantas pessoas serem agraciadas pela bondade de Jesus e ouvissem deles palavras revolucionárias, muito mais inspiradoras e exigentes que as dos mestres da Lei, não se demoviam de seu desejo de silenciá-los. Entretanto, a violência dos familiares não intimidou Jesus. Ele continuou, sem se perturbar, sua missão.

O egoísta julga insensata a Sabedoria

Quando souberam disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-Los porque diziam que estava fora de Si.

Os sinais e a palavra do Redentor difundiram sua fama por toda a região. E, como era de se esperar, começaram a circular boatos, às vezes os mais desencontrados e exagerados possíveis. Nessas circunstâncias, este versículo relata algo dramático: determinados parentes de Jesus, daqueles que em nada atinaram para a grandeza d’Ele, começaram a tê-Lo por desvairado. Ao contrário dos dias atuais, naquele tempo o senso familiar era fortíssimo, o que é uma coisa sadia. As famílias, bem constituídas e muito unidas, formavam verdadeiros batalhões, tão coesos que a ação de um dos membros repercutia em todo o conjunto. Era incalculável a alegria e a honra de ser parente próximo do Messias! Mas alguns se reuniram para comentar o que se dizia d’Ele, de sua doutrina e milagres. Tinham-No visto crescer em Nazaré, onde não frequentara a escola de nenhum mestre, e de repente têm notícia de quanto suas pregações arrebatam multidões. Onde teria Ele aprendido tudo isso? Como não compreendiam o que se passava, indispuseram-se contra Ele. Julgaram-No talvez ridículo e receavam que suas atitudes manchassem o nome de sua estirpe. Temiam inclusive a má repercussão junto às autoridades, pois Jesus poderia ser considerado — como de fato o foi depois — um rebelde. Já haviam surgido antes revolucionários, desejosos de liderar um movimento para libertar Israel do jugo romano e de seus impostos, que fracassaram em seu intento. Poderiam pensar tais parentes ser este também o intuito de Nosso Senhor. E, por muitos prodígios que fizesse, estaria fadado à ruína por insuficiência de meios. No fundo, como Ele vinha contradizendo os costumes mundanos e estava empenhado numa missão diferente de tudo quanto era tido por normal, não O aceitavam e pretendiam tratá-Lo como um louco.

É de se notar, em sentido inverso, como estes mesmos familiares que agora buscam afastá-Lo do apostolado por acharem que este depõe contra sua reputação, mais tarde, constatando sucesso de Nosso Senhor, pedir-Lhe-ão para Se manifestar na Judeia (cf. Jo 7, 3-5), certamente para que o sumo pontífice e o Sinédrio vissem a importância da família que tinha em seu seio tal profeta taumaturgo. Subindo Jesus na escala social, elevaria todos os seus... Ora, que Ele não houvesse sido admirado pela maioria em sua cidade, Nazaré, já é difícil entender; todavia, que diante das maravilhas que se seguiram ao início de sua vida pública não O aceitassem é inconcebível! “Veio para o que era seu, mas os seus não O receberam” (Jo 1, 11)...

Com frequência, quem ousa se opor ao mundo não é compreendido e pode ser rejeitado e perseguido até por sua família, quando esta quer os seus membros para si e não para Deus, de quem os recebeu para depois Lhe serem restituídos... Trata-se de uma apropriação injusta de algo pertencente ao Criador. A vocação significa o selo divino cobrando o que, de iure, é seu. Por isso, é das piores, na face da Terra, a maldição contra os pais que desviam os filhos do chamado religioso! Roubar algo a um pobre acarreta um castigo menor do que arrancar de Deus a pessoa designada por Ele para seu serviço. Quantas vezes presenciamos isso na História! O pai do grande São Francisco de Assis, Pedro Bernardone, por exemplo, em certo momento o deserdou e lhe retirou todos os bens, até a própria roupa do corpo, por não aceitar a vida virtuosa do filho. E a mãe e os irmãos de São Tomás de Aquino prenderam-no numa torre, para impedi-lo de se tornar frade dominicano. Este é o problema da família que não está constituída com vistas ao amor a Deus, cujos membros procuram tirá-Lo do trono que Lhe pertence, a fim de que os acontecimentos gravitem em torno de cada um.

A afeição dos familiares de Nosso Senhor por Ele é tipicamente a do egoísta; conclui-se daí que todos os egoístas são parentes daqueles parentes de Jesus. Como eles, também nós, se procuramos nos colocar sempre no centro de tudo, consideraremos insensatez as obras de Deus e exageradas as exigências da Religião. Eis uma importante lição desta Liturgia: devemos evitar tal delírio, tomando enorme cuidado com a sede de elogios e o desejo de chamar a atenção sobre nós, para que os outros nos adorem. Saiamos de nós mesmos e seja a glória de Deus o eixo de nossa existência! 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Iraque: Cristãos erguem grande cruz como sinal da vitória sobre a escuridão do ISIS


No dia 18 de fevereiro, o Patriarca católico caldeu de Bagdá (Iraque), Dom Louis Sako, visitou a aldeia de Telekuf /Tesqopa, libertada do Estado Islâmico (ISIS), onde celebrou a primeira Missa depois de dois anos e meio na igreja de São Jorge e também abençoou a grande cruz que foi colocada em uma colina como sinal da vitória da fé cristã sobre a escuridão dos jihadistas.

Em sua homilia, Dom Louis Sako indicou que este acontecimento é "a primeira centelha de luz que brilha em todas as cidades da planície de Nínive depois da escuridão do ISIS, que durou aproximadamente dois anos e meio".

"Esta é a nossa terra e o nosso lar", disse aos fiéis. Também assinalou que este é o momento de recuperar a esperança e que as pessoas regressem aos seus povoados para começar uma nova fase.



O Patriarca indicou que os cristãos demonstram ao mundo que as forças da escuridão, que causaram destruições e devastaram a sua terra, são efêmeras e que a Igreja de Cristo, embora esteja sofrendo, está construída sobre a rocha.

Depois da Missa, todas as pessoas se dirigiram a uma colina localizada nos arredores da cidade. Dom Sako abençoou a grande cruz que foi erguida em meio aos fogos de artifício e entre gritos de "Vitória, vitória! Vitória por aqueles que escolheram a fé e pelos que regressam!". 

Há um tempo de dar à luz e um tempo de morrer


Há um tempo de dar à luz e um tempo de morrer. Muito bem expressa no princípio de suas palavras a necessária ligação ao unir a morte ao nascimento. Pois obrigatoriamente a morte segue o parto e toda geração vai dar na dissolução.

Há um tempo de dar à luz e um tempo de morrer. Oxalá que a mim também suceda nascer em tempo desejado e morrer também em tempo oportuno. Ninguém irá pensar que o Eclesiastes se refere ao nascimento involuntário e à morte natural, como se nisso houvesse uma reta ação virtuosa. Não é pela vontade da mulher que existe o parto, nem a morte depende do livre-arbítrio dos que morrem. Nunca se definirá como virtude ou vício aquilo que não está em nosso poder. É preciso, portanto, compreender o parto num tempo querido e a morte num tempo oportuno. Quanto a mim, parece-me que um parto é perfeito e não abortivo quando, no dizer de Isaías, alguém concebe pelo temor de Deus e pela alma em dores de parto gera sua salvação. Pois somos, de certo modo, pais de nós mesmos, nos concebemos e nos damos à luz a nós mesmos.

Assim nos acontece, porque acolhemos Deus em nós, feitos filhos de Deus, filhos da virtude, filhos do Altíssimo. Mas também nos damos à luz como abortivos e nos tornamos imperfeitos e imaturos, quando não se formou em nós, segundo diz o Apóstolo, a forma de Cristo. É preciso ser íntegro e perfeito o homem de Deus.

Se, pois, está claro como se nasce em tempo, também é claro para todos de que maneira se morre em tempo; para São Paulo, todo tempo era oportuno para uma boa morte. Em seus escritos declara, quase como um protesto: Morro todos os dias para vossa glorificação, e ainda: Por ti somos entregues à morte cotidianamente. E nós também tivemos uma sentença de morte dentro de nós mesmos.

Não é difícil entender de que maneira Paulo morre diariamente, ele que nunca vive para o pecado, que sempre faz morrer seus membros carnais e traz em si a morte do corpo de Cristo, que sempre está crucificado com Cristo e nunca vive para si mas em si tem o Cristo vivo. Esta é, parece-me, a morte oportuna, aquela que obtém a verdadeira vida.

Foi dito: Eu dou a morte e faço viver, para que não haja dúvida que é um verdadeiro dom de Deus o morrer para o pecado e o ser vivificado pelo Espírito. Pelo fato mesmo de dar a morte, a palavra divina promete vivificar.


Das Homilias sobre o Eclesiastes, de São Gregório de Nissa, bispo
(Hom. 6:PG 44,702-703)                     (Séc.IV)

A mão do demônio sobre uma mulher grávida prestes a dar à luz


Muitos anos atrás, um amigo me contou que havia no bairro da Mooca, em São Paulo, um famoso exorcista: o padre Miguel Pedroso. Resolvi conhecê-lo.


Encontrei a pequena capela, hoje paróquia, e lá assisti à Santa Missa. Confesso que a figura do padre me impressionou: sua aparência calma, seu semblante tranquilo, suas palavras apostólicas de uma mansidão que jamais havíamos presenciado. Todo o seu sermão foi sobre as mensagens de Fátima e um convite à conversão.


Após a Santa Missa, as pessoas faziam filas para ser abençoadas pelo padre Miguel Pedroso, que, pacientemente, dava a bênção a cada um. Eu também entrei na fila.

Vi depois duas senhoras arrumando a igreja e fui conversar com uma delas, que me convidou a assistir a “palavrinha” que o padre Miguel estava dirigindo a um grupo de jovens numa casa ao lado da igreja. Ainda peguei o final da conversa, que relato resumidamente.