quarta-feira, 19 de abril de 2017

Santa Ema


Por parte de mãe, não existia testemunho nem incentivo à santidade. O chamado que ela tinha no coração era ao matrimônio. Casou-se com o conde Ludgero e teve um filho, cujo chamado era para a vocação sacerdotal. Iluminado pelo testemunho da mãe, tornou-se sacerdote e depois bispo. Ao ficar viúva, essa santa discerniu e decidiu consagrar sua viuvez ao Senhor, numa vida de oração expressa na caridade. Muitos conventos e abadias foram construídos graças à sua generosidade. Ela vivia no meio da sociedade, administrando seus bens para o beneficio do próximo.

Santa Ema passou os últimos momentos de sua vida numa abadia, após 40 anos de dedicação a Deus, faleceu em 1045. Depois de muito tempo abriram seu túmulo, e encontraram o seu corpo todo em pó, exceto a sua mão direita estava intacta, pois era com essa mão que ela praticava a caridade ao próximo. Um sinal de que a santidade passa pela caridade.

Nosso Senhor Jesus Cristo, peço-vos de todo meu coração, que como Santa Ema da Saxônia, eu saiba acolher a todo irmão, quer seja com o pão do corpo, quer seja com o pão espiritual. Que eu saiba dar valor aos tesouros Divinos e não aos bens materiais, que eu saiba que estes bens materiais é um empréstimo Vosso a mim e por isto devo dividi-lo com meus irmãos. Que assim seja.


Santa Ema, rogai por nós!

terça-feira, 18 de abril de 2017

Egito: Presos no Domingo de Páscoa 13 acusados de planejar atentados contra cristãos


A polícia do Egito prendeu no Domingo de Páscoa 13 acusados de planejar atentados contra comunidades cristãs e instituições públicas, os quais foram classificados pelo Ministério do Interior egípcio como terroristas.

Segundo assinala a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), a prisão destas pessoas em pleno Domingo de Páscoa “revela como grupos extremistas continuam a visar a comunidade cristã” depois dos atentados contra duas Igrejas em Tanta e Alexandria no Domingo de Ramos, 9 de abril.

O duplo atentado do Domingo de Ramos foi reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico (ISIS) e deixou 45 cristãos coptos mortos e centenas de feridos.

Após este ocorrido, o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, declarou um período de três meses de estado de emergência e criou o Supremo Conselho para combater o terrorismo e o fanatismo.

Além disso, a Diocese Copta de Minya havia informado que as celebrações durante a Semana Santa se resumiriam às orações litúrgicas, “sem manifestações festivas”. Assim, as cerimônias foram reduzidas ao essencial e a polícia foi mobilizada. 

Jovem sacerdote morre por escassez de remédios na Venezuela


Um jovem sacerdote na Venezuela faleceu no sábado, 15 de abril, depois de esperar durante alguns dias pela chegada de remédios que não havia no hospital onde estava internado.

Pe. José Luis Arismendi tinha 35 anos e, segundo assinala um site local, não chegou a receber os remédios que necessitava no Hospital Universitário de Los Andes (HULA).

De acordo com algumas fontes próximas à Arquidiocese de Mérida, o sacerdote faleceu aproximadamente às 10h do Sábado Santo.

O presbítero sentia fortes dores de cabeça no Domingo de Ramos e foi internado no hospital na Quarta-feira Santa. Acredita-se que sofria de meningite.

A família do sacerdote, natural de Tucaní, na cidade de Caracciolo Parra e Olmedo, no estado de Mérida, procurou os remédios e só conseguiu alguns.

O Cardeal Baltazar Porras, Arcebispo de Mérida, também ajudou na busca de remédios e conseguiu alguns no sábado, mas o sacerdote faleceu no mesmo dia antes de recebê-los.

Pe. Arismendi tinha dois anos de sacerdote e servia na Diocese de Cabimas, no estado Zulia. 

Vaticano emite nota sobre carta do Papa a Michel Temer


A Sala de Imprensa da Santa Sé publicou um comunicado no qual confirma que “dias atrás o Santo Padre enviou uma carta pessoal ao Presidente do Brasil”, conforme revelado pela imprensa brasileira nesta terça-feira.

Foram publicados na internet trechos da carta, reafirmando que o Pontífice não poderia visitar o Brasil por ocasião dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. O texto traz ainda algumas reflexões do Santo Padre sobre a atual situação do Brasil.

Conforme esclareceu a Santa Sé, “a missiva não foi publicada por ter caráter privado”. Além disso, explica a direção da Sala de Imprensa, trata-se “da resposta do Papa a uma carta do Sr. Michel Temer na qual o Chefe de Estado convidava o Pontífice a visitar o Brasil em 2017 por ocasião dos 300 anos de Aparecida. O Papa respondeu infelizmente não poder ir porque outros compromissos não lhe permitiam”.

“Ademais – acrescenta o comunicado –, como o próprio Presidente Temer em sua carta fazia referência a seu compromisso no combate aos problemas sociais do país, o Papa ressalta tal aspecto e encoraja a trabalhar pela promoção dos mais pobres”, lê-se no comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé. 

Páscoa, a vitória da vida sobre a morte


Hoje e nos próximos cinquenta dias, a Igreja canta solenemente na Liturgia: “Cristo ressuscitou, aleluia!” A Páscoa da ressurreição de Cristo enche o céu e a terra de alegria; está mais uma vez demonstrado o poder de nosso Deus e Salvador. Ninguém Lhe tirou a vida, Ele mesmo a ofereceu ao Pai por nós. Por isso, Jesus ora, dizendo: “Ressuscitei, ó Pai, e sempre estou contigo: pousaste sobre mim a tua mão, tua sabedoria é admirável, aleluia!” (Sl 138,18.5-6). Foi assim que São Francisco de Assis entendeu quando disse: “Cristo deitou-se para dormir e levantar-se depois na madrugada da Ressurreição”.

Se hoje mais uma vez nos alegramos porque Cristo Nosso Senhor ressuscitou, nos alegramos também porque Ele alcançou para nós a redenção e a ressurreição. Não é senão por sublime experiência mística que Santo Agostinho se expressou numa forma que poderia ser mal entendida como um paradoxo no mínimo irreverente: “Ó feliz culpa, a de Adão, que nos trouxe tão grande Salvador”. Na força da ressurreição do Senhor ressuscitamos com Ele, entendemos o sentido último de nossa vida e assistimos a esperança iluminando a face da terra. Toda a criação se alegra com a certeza de sua própria restauração operada pelo Ressuscitado, esperando, como afirma o Apóstolo Paulo, “de ela também ser libertada da escravidão da corrupção para entrar na liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm 8, 23). E nós, cristãos, criados por Deus, redimidos por Cristo e santificados pelo Espírito Santo, podemos caminhar por este mundo de cabeça erguida, louvando a Deus, amando-nos uns aos outros e cuidando da criação. Tudo assim como diz a Palavra de Deus: “Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas” (Mt 22, 37-40). E “cultivarás e guardarás a criação” (Gn 2,15).   

As passagens do Novo Testamento, notadamente dos quatro Evangelhos, que se referem à ressurreição de Jesus, falam das aparições de Jesus ressuscitado, do sepulcro vazio, da fé na ressurreição e do seu anúncio. O Evangelho deste domingo da Páscoa é de São João 20, 1-9. Na Missa vespertina a Liturgia permite que se leia o Evangelho de Lucas 24,13-35. 

Tendo presente o Evangelho de João, o Apóstolo apresenta a fé pascal num crescendo que vai se aperfeiçoando: do “ver sem crer” (20,1.5.6) para o “ver e crer” (20,8.25.27-29a) até o “crer sem ver” (20,29b).  

Páscoa: Ele não está mais aqui!


O grito crucial de Jesus na cruz, na sexta-feira da paixão: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mateus 27, 46) retoma todas as situações de aflição da humanidade. É expressão do medo existencial diante morte que ocupa o lugar da vida, expressa o fim de projetos e sonhos. A resposta a este grito vem no sábado santo, na madrugada do primeiro dia da semana: “Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito”. “Alegrai-vos” (Mt 28,6.9)  É um grito de fé e de esperança. De fé, porque anuncia a ressurreição de Cristo, acontecida uma vez para sempre, a verdade fundamental da fé cristã; de esperança, porque anuncia aquilo que diz respeito a todos os homens e mulheres da terra quando irão vê-lo ressuscitado na eternidade.

As constantes notícias de mortes, injustiças, desonestidades, desilusões e tristezas fazem diminuir as esperanças. Isto talvez, por não termos uma ideia mais clara sobre a libertação trazida por Cristo Ressuscitado. A páscoa de Jesus Cristo inaugura a criação de uma nova humanidade. É um fato histórico e o início da transformação global do mundo. É um evento que transforma o sentido da história, indicando uma nova direção. Um evento único que revela uma espera escrita no coração humano. É único porque semelhante fato não foi documentado anteriormente.

É um acontecimento extraordinário, mas que manifesta um desejo universal da imortalidade. A ressurreição de Cristo responde as intuições, às esperanças de um destino humano aberto ao futuro, vem ao encontro do desejo humano de que a morte não seja a última palavra, que a colocação do corpo inanimado no túmulo não seja o último ato da nossa existência. 

Milagre em Israel? Mães cristãs, muçulmanas e judias marcham juntas pela paz


Um pequeno-grande milagre aconteceu e foi quase que completamente ignorado pelos meios de comunicação: milhares de mulheres judias, muçulmanas e cristãs caminharam por Israel, juntas, pela paz.

Recentemente, junto com a cantora israelense, Yael Deckelbaum, lançaram a canção “Prayer of the Mothers” (Oração das Mães), em que as mulheres destas três religiões mostram que a paz é possível – e que, portanto, é um dever.

Elas foram reunidas pelo movimento “Women Wage Peace”, que surgiu na precedente escalada da violência entre israelitas e palestinos.

Neste contexto, em outubro de 2016, mulheres judias e árabes lançaram o projeto Marcha da Paz (“March of Hope”), que, entre suas muitas manifestações, reuniu quatro mil mulheres (metade israelenses e metade palestinas) em Qasr el Yahud (ao norte do Mar Morto).

Ao mesmo tempo, outras 15 mil mulheres exigiam paz diante da residência dos primeiros ministros de ambos os governos – o palestino e o israelense.

“E admirou-se com a falta de fé” (Mc 6,6a).


Naquele tempo, Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: "De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?" E ficaram escandalizados por causa dele.

Jesus lhes dizia: "Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares". E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando.
 (Mc 6, 1-6)

"E admirou-se com a falta de fé deles". É com essas palavras que o Evangelista São Marcos registra os sentimentos de Cristo, rejeitado pelos que lhe eram mais próximos, desprezado por seus conterrâneos e familiares. Não se admira o Senhor com a pouca fé dos nazarenos, senão com a total falta dela. O próprio texto grego, aliás, faz questão de o ressaltar: Jesus fica perplexo diante da ἀπιστία (apistia) daqueles que, embora o conhecessem desde pequenino, na verdade nunca chegaram a conhecê-lo de fato, porque não estavam dispostos a crer nele. Mas o que significa, na prática, esse não ter fé? Vejamos, antes de mais, em que consiste a fé cristã. Trata-se, com efeito, de um dom de Deus derramado em nossos corações: é, noutras palavras, "uma virtude sobrenatural infundida por Ele" (CIC, 153) em nossas almas. Nesse sentido, podemos dizer que, se alguém tem fé, tem-na apenas porque Deus lha concedeu. Ora, se tal é assim, não estariam escusados os nazarenos? Afinal, que culpa teriam eles por um ato a que, por si sós, não têm direito e do qual, deixados às próprias forças, são incapazes? 

Sucede porém que a fé é um dom que o Senhor quer dar a todos os homens, pois a todos deseja a salvação: Ele "não quer que ninguém pereça", escreve o Príncipe dos Apóstolos, "mas que todos cheguem ao arrependimento" (2Pd 3, 9). Ele a todo momento nos fala ao coração, convida-nos à conversão, inspira-nos a abraçar a fé em seu Filho, Jesus Cristo. "Eis que estou à porta, e bato", diz-nos todos os dias; "se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo" (Ap 3, 20). Qual, então, a nossa desculpa? De que modo, pois, nos poderíamos excusar de não crer? Não manda Deus graças mais do que suficientes para escutarmos o seu apelo, para assentirmos à sua Palavra? Por que então, ensoberbecidos como os nazarenos de hoje, nos fechamos à fé em Cristo? Acaso julgamos os nossos preconceitos, as nossas tolices e a nossa "ciência", provinciana e de curtas vistas, superiores ao Verbo eterno do Pai? Acaso pensamos ser Deus um enganador, um embusteiro que não merece sequer a mais simplória e frágil das confianças humanas?