quarta-feira, 3 de maio de 2017

Seminário em SC sobre implicações do Acordo Brasil-Santa Sé


As implicações Jurídicas e Administrativas do Acordo Brasil-Santa Sé serão tema de um Seminário a ser realizado nos dias 4 e 5 de julho de 2017 na Sala de eventos do Hotel Castelmar, em Florianópolis.

O evento é promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pelo Instituto Superior de Direito Canônico Santa Catarina (ISDCSC).

O Acordo entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, foi firmado na Cidade do Vaticano, em 13 de novembro de 2008 e aprovado pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo Nº 698, de 7 de outubro de 2009, nos termos do seu artigo 20 entrou em vigor em 10 de dezembro de 2009, sendo promulgado pelo Presidente da República através do Decreto Nº 7.107, de 11 de fevereiro de 2010. 

Bento XVI adverte a Europa do perigo de Estados ateus e teocráticos islâmicos


O continente europeu enfrenta o perigo tanto do conceito de estado ateu quanto de Estado Teocrático islâmico, advertiu o papa emérito Bento XVI em uma rara mensagem pública enviada a uma recente conferência na Polônia.

“O tema da conferência”, disse na mensagem em polonês, “…é de importância fundamental para o futuro do nosso continente [Europa].”

O contraste entre os conceitos do estado radicalmente ateu e a criação do estado radicalmente teocrático pelos movimentos muçulmanos cria uma situação perigosa para nossos dias atuais, cujos efeitos experimentamos todos os dias”.

O que os cristãos devem fazer sobre isso? Eis o que Bento XVI recomenda: “Essas ideologias radicais exigem que desenvolvamos urgentemente um conceito convincente do Estado que resista ao confronto entre esses desafios e ajude a superá-los”. 

CCJ do Senado aprova projeto de legalização do casamento gay no Brasil


A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira (3/5), em turno suplementar, o projeto que permite o reconhecimento legal da união estável entre pessoas do mesmo sexo (PLS 612/2011).

Terminativa na comissão, a matéria deveria seguir direto para a Câmara dos Deputados, mas a discussão vai ao plenário após o senador e pastor da Igreja Universal Magno Malta (PR-ES) apresentar recurso. Ele promete acabar com “essa aberração”.

Malta diz que nada tem contra os homossexuais e que mantém respeito aos que fazem tal “opção”, no entanto o casamento é entre “homem e mulher”. Os senadores Eduardo Amorim (PSDB-SE), Eduardo Lopes (PRB-RJ) e Wilder Morais (PP-GO) também anunciaram votos contrários ao projeto.

O projeto que legaliza a união estável homoafetiva é da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), que saudou a decisão da CCJ nesta manhã. O substitutivo, de autoria de Roberto Requião (PMDB-PR), havia sido aprovado em primeiro turno no último dia 8 de março.

Atualmente, o Código Civil reconhece como entidade familiar “a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”. Com o projeto de Marta, a lei será alterada para estabelecer como família “a união estável entre duas pessoas”, mantendo o restante do texto do artigo.

O texto determina ainda que a união estável “poderá converter-se em casamento, mediante requerimento formulado dos companheiros ao oficial do Registro Civil, no qual declarem que não têm impedimentos para casar e indiquem o regime de bens que passam a adotar, dispensada a celebração”.

Padre Fábio de Melo participa de culto do cantor protestante Kleber Lucas


Na noite deste domingo (30) o padre Fábio de Melo pregou na Igreja Batista Soul, no Rio de Janeiro, denominação liderada pelo cantor Kleber Lucas. O culto fez parte da Conferência Soul que começou no dia 27 de abril e terminou neste domingo. O evento também faz parte das comemorações dos 3 anos da igreja.

Colocar um padre para pregar em uma igreja evangélica é fato que foge do comum, Fábio de Melo nunca tinha passado por essa experiência. “Eu nunca entrei numa igreja evangélica, agora não quero mais sair”, disse ele que, pela liturgia, tinha que deixar a igreja assim que terminasse a pregação.


Nas redes sociais, o representante católico mostrou sua gratidão pelos responsáveis pela Soul Church. “Hoje foi dia de estabelecer comunhão. Preguei na Igreja Batista Soul liderada pelo meu amigo Kleber Lucas. Muito obrigado a todos os pastores e membros da igreja que me receberam com tanto respeito e carinho”, escreveu Fábio de Melo no Instagram.

Papa: "Egito é sinal de esperança e refúgio".


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 03 de maio de 2017
Viagem Apostólica ao Egito

Caros irmãos e irmãs, bom dia !

Hoje quero falar a vocês da Viagem apostólica que, com a ajuda de Deus, eu realizei nos últimos dias ao Egito. Eu fui ao país após ter recebido um convite quadruplo: do Presidente da República, de sua Santidade o Patriarca Copto ortodoxo, do Grande Imã de Al- Azhar e do Patriarca Copto Católico. Agradeço a cada um deles pela acolhida que me deram, verdadeiramente calorosa. E agradeço a todo povo egípcio pela participação e afeto com que viveram esta visita do Sucessor de Pedro.

O presidente e as autoridades civis se empenharam de modo extraordinário para que este evento pudesse acontecer do melhor modo; para que pudesse ser um sinal de paz, um sinal de paz para o Egito e para toda aquela região, que infelizmente sofre com os conflitos e o terrorismo. De fato, o tema da viagem era “O Papa da paz no Egito da paz”.

A minha visita à Universidade de Al-Azhar, a mais antiga universidade islâmica e máxima instituição acadêmica do Islã sunita, teve um duplo horizonte: o diálogo entre cristãos e muçulmanos e, ao mesmo tempo, a promoção da paz no mundo. E em Al-Azhar aconteceu o encontro com o Grande Imã, encontro que se alargou na Conferência Internacional para a Paz.

Em tal contexto, eu ofereci uma reflexão que valorizou a história do Egito como terra de civilidade e terra de alianças. Para toda a humanidade, o Egito é sinônimo de antiga civilização, de tesouros de arte e conhecimento; e isso nos recorda que a paz se constrói mediante a educação, a formação da sabedoria, de um humanismo que compreende como parte integrante a dimensão religiosa, o relacionamento com Deus, como recordou o Grande Imã em seu discurso. A paz se constrói também partindo da aliança entre Deus e o homem, fundamento da aliança entre todos os homens, baseada no Decálogo escrito em tábuas de pedra no Sinai, mas muito mais profundamente no coração de cada homem de cada tempo e lugar, lei que se resume nos dois mandamentos do amor a Deus e ao próximo.

Este mesmo fundamento está também na base da ordem da construção social e civil, na qual são chamados a colaborar todos os cidadãos, de cada origem, cultura e religião. Tal visão de sã laicidade, emergiu na troca de discursos com o presidente da República do Egito, em presença das autoridades do país e Corpo diplomático. O grande patrimônio histórico e religioso do Egito e o seu papel na região meridional lhe conferem um dever no caminho em direção a uma paz estável e duradoura, que se apoie não no direito da força, mas na força do direito. 

Maria Santíssima, a Arca da Nova Aliança


O que a Arca tinha 
O que Maria tinha
                       
Parece claro que Lucas usou tipologia de revelar algo sobre o lugar de Maria na história da salvação. Na Arca da Antiga Aliança, Deus veio ao seu povo, com uma presença espiritual, mas em Maria, a Arca da Nova Aliança, Deus vem habitar com o seu povo, não apenas espiritualmente, mas fisicamente, no ventre de uma judia especialmente preparado menina.

O Velho Testamento nos diz que um item foi colocado dentro da Arca da Antiga Aliança, enquanto no deserto do Sinai: Deus disse a Moisés para colocar as tábuas de pedra com os Dez Mandamentos dentro da arca (Dt 10,3-5). (Hebreus 9,4): Nos informa que dois itens adicionais foram colocados na Arca: "uma urna de ouro que continha o maná, e a vara de Arão que floresceu". Observe os paralelos surpreendentes: Na arca era a lei de Deus inscrita em pedra; no ventre de Maria era a Palavra de Deus em carne.

terça-feira, 2 de maio de 2017

Volta à Monarquia Imperial do Brasil? O que o sr. acha, padre?


Em primeiro lugar, acho que a família imperial deve desculpas por seu passado #maçônico, e espero que seja apenas passado mesmo. Já explico mais.

Em termos políticos, deixo claro que não vejo a República como uma realidade absoluta na modernidade. A monarquia bem vivida e administrada é um caminho possível mesmo em tempos contemporâneos. Não sou monarquista também. Mas agora vem a outra parte.

A família imperial foi a principal causa da ruína do Império, pois toda a hierarquia estava infiltrada de alto a baixo de maçons que mais tarde vieram a ajudar na operação política de estabelecimento da República. Portanto, o Império foi algoz de seu próprio fim. Há fatos que precisam ser conhecidos.

Dom Vital
Durante a história da monarquia, a maçonaria perseguiu duramente um santo homem chamado Dom Vital, bispo de Olinda e que foi o mais jovem da história do Brasil, ordenado antes mesmo de completar 27 anos. Ele resolveu se pôr em luta contra a maçonaria no Império e dentro da Igreja, levando muitos a abjuração, inclusive numerosos clérigos, e outros foram excomungados dadas as chances de reconciliação com a Igreja. Ele destituiu irmandades, confrarias e grupos que serviam de reduto maçônico. Pôs-se como um fiel servidor de Deus que apontou os pecados de eclesiásticos e homens do império, a traição que eles cometiam contra Deus e a fé católica.

Porém, como haveria de se esperar, sofreu para o resto de sua vida. Foi perseguido de todos os lados. E toda a máquina do império brasileiro foi posta contra ele, inclusive a caluniosa imprensa que o chamava de tudo quanto era nome e adjetivos que o desqualificavam. Sua vida tornou-se um exílio completo. 

Palavra de Vida: “Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos” (Mt 28,20).


No final do seu Evangelho, Mateus narra os últimos acontecimentos da vida terrena de Jesus. Ele ressuscitou, depois de ter realizado a sua missão: anunciar o amor regenerador de Deus por cada criatura e reabrir o caminho para a fraternidade, na história dos homens. Para Mateus, Jesus é “o Deus conosco”, o Emanuel prometido pelos profetas e esperado pelo povo de Israel.

Antes de regressar ao Pai, Ele reúne os discípulos aqueles com quem tinha partilhado, mais de perto, a sua missão para lhes confiar a continuação da sua obra ao longo dos tempos.

Uma tarefa árdua! Mas Jesus tranquiliza-os: não os vai deixar sozinhos. Pelo contrário, promete-lhes que vai estar com eles todos os dias, para os apoiar, para os acompanhar, para os encorajar, “até ao fim dos tempos”.

Com a sua ajuda, eles serão testemunhas do encontro com Ele, da sua palavra e dos seus gestos de acolhimento e de misericórdia para com todos. Para que, assim, muitos outros se possam encontrar com Ele, e, todos juntos, formem o novo povo de Deus, fundado sobre o mandamento do amor.

Poderemos dizer que a alegria de Deus consiste precisamente neste estar com cada um, comigo, contigo, conosco, em cada dia, até ao fim da nossa história pessoal e da história da humanidade. Mas será mesmo assim? É mesmo possível encontrá-lo?

Ele «está ao dobrar da esquina, está junto de mim, de ti. Esconde-se no pobre, no desprezado, no pequeno, no doente, em quem pede um conselho, em quem está privado da liberdade. Está no feio, no marginalizado… Disse-o Ele: “… tive fome e deste-me de comer…” (1). … Aprendamos a descobri-Lo ali onde está» (2).

Ele está presente na sua Palavra que, sendo posta em prática, revivifica a nossa existência. Está presente em todos os pontos da Terra, na Eucaristia, e age também através dos seus ministros, servidores do seu povo. Está presente quando geramos concórdia entre nós (3). Então, a nossa oração ao Pai é mais eficaz e encontramos a luz para as decisões do dia-a-dia. “Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos”. Quanta esperança nesta promessa, que nos encoraja a procurá-lo no nosso caminho. Abramos o coração e as mãos ao acolhimento e à partilha, pessoalmente e como comunidade: nas famílias, nas igrejas, nos locais de trabalho e nos momentos de festa, nas associações cívicas e religiosas. Encontraremos Jesus e Ele surpreender-nos-á com a alegria e a luz, sinais da sua presença.