segunda-feira, 22 de maio de 2017

Como os ensinamentos de São Bento podem salvar o nosso século?


Pelo final do século V, o Império Romano estava em ruínas. Enfraquecida desde dentro pela corrupção, pela opulência, pela luxúria e pelo comodismo, a cidade de Roma foi, durante boa parte do século, violentamente invadida por povos estrangeiros.

O Império foi à falência, tanto moral quanto financeiramente, e, por volta do ano 500, Bento — um jovem nobre da cidade de Núrsia — decidiu que a melhor coisa que poderia fazer era subir para as montanhas e tornar-se eremita. Primeiro, ele foi a Subiaco e viveu em uma caverna, onde foi orientado por um monge mais velho. Finalmente, mudou-se para o sul, em Monte Cassino, onde estabeleceu pequenas comunidades de homens e mulheres que pudessem seguir uma vida simples e digna de trabalho, estudo e oração.

G. K. Chesterton diz que cada século é salvo pelo santo que lhe é mais contrário. A simplicidade monástica de São Bento era justamente a resposta de que a corrupção e a opulência do decadente Império Romano precisavam. Ele respondeu à luxúria com a pureza, à avareza com a simplicidade, à ignorância com a sabedoria, à decadência com a diligência e ao cinismo com a fé. Suas comunidades nas montanhas se tornaram faróis em uma época de trevas e um refúgio para as tempestades que estavam prestes a cair.

Vale a pena lembrar o exemplo de Bento hoje, quando muitos veem aproximar-se as mesmas tempestades do que parece ser a derrocada da civilização ocidental. Quando consideramos o fim que levou a Roma pagã, os paralelos são sensivelmente similares.

Também a nossa cultura está enfraquecida desde dentro por incríveis opulência, luxúria e sensualidade. Como os antigos romanos, a nossa sociedade mata os seus filhos que ainda não nasceram em um nível alarmante e também investe grandes montantes em máquinas militares para dominar o mundo. Nossos ricos “patrícios” reinam de seus templos de poder sem nenhuma preocupação com o povo, enquanto os “plebeus” comuns rangem os dentes com descontentamento cada vez maior. Também nós nos sentimos ameaçados por bárbaros desconhecidos que vêm do outro lado do mundo e também nós nos preocupamos em defender-nos das hordas que cruzam as nossas fronteiras. 

domingo, 21 de maio de 2017

A urgência mistagógica


“A identidade cristã de muitos católicos é fraca e vulnerável. Há uma multidão de batizados e não evangelizados. Ou educamos na fé, colocando as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo e as convidando para segui-lo, ou não cumpriremos nossa missão evangelizadora”.

Foram com essas contundentes palavras que os bispos das dioceses de toda a América Latina pronunciaram, em 2007, na Conferência de Aparecida (n. 286 e 287), a preocupação de toda a Igreja com o processo de formação catequética. O fato é que se formam muitos batizados, porém poucos são verdadeira e profundamente evangelizados.

Essa constatação inicial advinda da realidade, por mais dolorosa que possa parecer, é necessária. Se não reconhecermos nossas limitações ante a urgência da evangelização, não se terá condições de encontrar estratégias e caminhos pastorais para uma nova catequese. O Apóstolo dos Gentios reconheceu: “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho” (1Cor 9,16), dizendo isso aos cristãos recém-convertidos que estavam habitando a cidade de Corinto, na Grécia, um dos lugares onde o Evangelho encontrou-se com os mais arraigados costumes e as visões teológicas presentes no antigo paganismo.

Reconhece o Apóstolo, incorporado ao colégio episcopal posteriormente, perante os apóstolos que compuseram o primeiro grupo dos seguidores de Cristo, que o Evangelho não é título de glória, mas, antes, uma obrigação que se lhe impõe. Recorde-se da “imposição do Evangelho”, a ser anunciado oportuna e inoportunamente, quando das Ordenações dos diáconos, dos presbíteros e dos bispos, como que a dizer que todo o Corpo Místico de Cristo, juntamente e através do Ministério Ordenado, tem o dever de permanentemente fazer com que o doce aroma do Evangelho seja misturado nos ambientes onde as pessoas estão, que Cristo se torne o que é, qual seja o verdadeiro e único Mestre que deve ser seguido fielmente por todos aqueles que receberam ou estão por receber o anúncio primeiro.

Por essa fundamental razão é que a Igreja, enviada por Cristo para também tornar Sua presença viva e atuante em todo o mundo, preocupa-se com a Evangelização das crianças, dos jovens e também dos adultos. Não se está buscando exatamente a conversão dos que não são católicos, mesmo que esse movimento de conversão também seja querido e esperado. Quantos católicos, que professam a fé católica, que foram batizados na Igreja Católica, e muitos desses foram crismados e receberam outros sacramentos da Graça, talvez, desconhecem a grandeza da Verdade da Fé da qual a Igreja se tornou a única e fiel depositária!

Se a nossa Catequese, se o nosso Ritual de Iniciação Cristã de Adultos conseguir atingir a consciência, o coração, formar novos valores nos católicos que se encontram mais afastados da vida eclesial, já teremos alcançado em muito o grande objetivo de fazer com que o mundo conheça Jesus Cristo e todo o conjunto de verdades teológicas e morais que emanam da sua vida, pregação e missão.

Civilidade e respeito


Parece estar cada vez mais distante o tempo em que se investia em civilidade e urbanidade. Era comum, nos lares, ouvir os pais corrigirem seus filhos, valendo-se de expressões com tons de advertência: “cria modos”, “tenha compostura”. De modo semelhante, as escolas, instituições religiosas e culturais costumavam investir em processos formativos para que os alunos aprendessem as normas da boa convivência. Com o passar dos anos, esses necessários requisitos foram perdendo a importância, comprometendo os princípios de urbanidade que poderiam garantir processos relacionais qualificados e imprescindíveis para a civilidade. Não há dúvidas de que a qualidade na dimensão relacional de um povo é determinante, para o bem ou para o mal, nas dinâmicas sociais. Por isso é importante reconhecer: investir em civilidade é necessidade real e urgente.

Pode parecer que esse investimento seja supérfluo ou esteja na contramão do mundo pós-moderno. Afinal, vive-se num tempo em que as subjetividades reivindicam absoluta autonomia. Um contexto que leva à consideração de que tudo aquilo que não corresponde aos interesses individuais imediatos é indevido e, consequentemente, inaceitável. Com isso, cada pessoa orienta seu comportamento observando apenas as suas ambições, desconsiderando a vida dos outros. O abandono do necessário processo de aprendizagem das posturas que garantem civilidade contribui para que haja um terrível primado do subjetivismo. Consequentemente, cada pessoa passa a considerar-se como norma e referência absolutas.

A possibilidade de “cada cabeça” estar livre para proferir “sentenças” contribui para alimentar uma perversa anomia. Com a falta de regras e normas, cada um passa a fazer o que quer e como bem entende, sem obediência e reverência a parâmetros inegociáveis. Caminho livre para que a arbitrariedade se instale e alimente violências, descasos, subestimando, assim, a sacralidade da vida. Não cultivar a reverência às posturas que garantam civilidade compromete o respeito, a percepção das diferenças, a competência para valorizar aquilo que realmente conta e sustenta o equilíbrio da vida em sua complexidade. Esse mal atinge não apenas algumas pessoas ou segmentos da sociedade. Alcança todos, desencadeando descompassos no âmbito da cultura. Alimenta prejuízos que incidem na economia, no tecido social e no conjunto dos hábitos e das vivências que definem o jeito de ser de um povo.

Venezuela: Para o cardeal Parolin ‘a solução verdadeira é a das eleições’.


Os mortos na Venezuela chegam a 51, a crise econômica e a falta de medicamentos e de alimentos penalizam a população. A situação torna-se cada vez mais dramática com os contínuos protestos contra o governo de Nicolás Maduro.

O Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, declarou a jornalistas à margem de um simpósio realizado em Roma nesta quinta-feira que a mediação da Santa Sé ainda é possível, mas a solução verdadeira é a das eleições: dar ao povo a possibilidade de expressar-se segundo aquilo que gostaria, mas restituir a soberania ao povo e permitir a ele determinar o seu presente e o seu futuro.

“Nós esperamos que exista sempre a possibilidade, pois no caso, se fosse aberta alguma, eu gostaria de dizer que a situação, num certo sentido, está melhor. Assim, não podemos que expressar a nossa esperança de que isto aconteça, pois o que está ocorrendo é realmente dramático e leva ao risco de se tornar sempre mais dramático”.

Papa: "Todos os dias se deve aprender a arte de amar".


Papa Francisco

REGINA COELI

Praça de São Pedro 
Domingo, 21 de maio, 2017

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho de hoje (cf. Jo 14,15-21), continuação do de domingo passado, nos traz de volta a esse momento comovente e dramático que é a última ceia de Jesus com os seus discípulos. O evangelista João coleta da boca e do coração do Senhor seus últimos ensinamentos antes de sua paixão e morte. Jesus promete a seus amigos, neste momento triste, escuro, que depois dele, receberá "outro Paráclito" (v. 16). Esta palavra significa outro "Advogado", outro defensor, outro Consolador, "o Espírito da verdade" (v 17.); e acrescenta: "Eu não vos deixarei órfãos; voltarei a vós" (v 18).. Estas palavras transmitem a alegria de uma nova vinda de Cristo: ele, ressuscitado e glorificado, habitando no Pai, ao mesmo tempo, vem a nós no Espírito Santo. E nesta nova vinda revela a nossa união com Ele e com o Pai: "Você sabe que eu estou em meu Pai, e vós em mim e Eu em vós" (v 20)..

Meditando sobre estas palavras de Jesus, nós agora percebemos através do sentido da fé para ser o povo de Deus em comunhão com o Pai e com Jesus através do Espírito Santo. Neste mistério de comunhão, a Igreja é a fonte inesgotável da sua missão, o que é conseguido através do amor. Jesus diz no Evangelho de hoje: "Aquele que tem os meus mandamentos e os observa é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele "(v. 21). É o amor que nos leva ao conhecimento de Jesus. Através da ação deste 'advogado' que Jesus enviou o Espírito Santo. O amor a Deus e ao próximo é o grande mandamento do Evangelho. Hoje, o Senhor nos chama a responder generosamente ao chamado evangélico do amor, colocando Deus no centro das nossas vidas e nos dedicando ao serviço dos irmãos, especialmente os mais necessitados de apoio e consolo.

Se houver uma atitude que nunca é fácil, não concedida mesmo para uma comunidade cristã, é apenas para saber como amar, a amar um ao outro exemplo do Senhor e por Sua graça. Às vezes, os contrastes, o orgulho, a inveja e as divisões deixam a sua marca na bela face da Igreja. A comunidade de cristãos deve viver no amor de Cristo, e, no entanto, é onde o maligno "tem uma mão" e, por vezes, deixa-nos enganar. E quem faz o custo é espiritualmente fraco. Quantos deles - e você vai saber alguns - como muitos deles se afastaram porque não se sentiram aceitos, porque não se sentem compreendidos, porque não se sentem amados. Quantas pessoas se afastaram, por exemplo, de alguma paróquia ou comunidade devido um ambiente de ciúme e inveja que eles encontraram lá. Mesmo para um cristão para saber como o amor nunca é um dado adquirido uma vez por todas; a cada dia você tem que começar, você tem que exercitar porque o nosso amor pelos irmãos e irmãs que encontramos torna-se maduro e purificado a partir desses limites ou pecados que fazem parciais, egoístas, estéreis e infiéis. Todos os dias você tem que aprender a arte de amar. Ouça isto: todos os dias você deve aprender a arte do amor, a cada dia você tem que seguir pacientemente na escola de Cristo, a cada dia você tem que perdoar e olhar para Jesus, e este, com a ajuda deste "Advogado", este Consolador que Jesus nos enviou que é o Espírito Santo.

Que a Virgem Maria, discípula perfeita de seu Filho e Senhor, ajude-nos a ser cada vez mais dóceis ao Paráclito, o Espírito da verdade, para aprender cada dia a amar uns aos outros como Jesus nos amou.

Após o Regina Caeli:

Papa Francisco apresenta Maria Madalena como a apóstola da Esperança


CATEQUESE
Praça de São Pedro, no Vaticano
Quarta-feira, 17 de maio de 2017

A Esperança cristã – Maria Madalena, apóstola da Esperança

Caros irmãos e irmãs, bom dia !

Nestas semanas a nossa reflexão se move, por assim dizer, na órbita do mistério pascal. Hoje encontramos alguém que, de acordo com os Evangelhos, foi a primeira pessoa a ver Jesus ressuscitado: Maria Madalena. Havia terminado o descanso de sábado. No dia da paixão não tinha havido tempo para completar os ritos funerários; por isso, naquele amanhecer cheio de tristeza, as mulheres vão ao sepulcro de Jesus com unguentos perfumados. A primeira a chegar é ela: Maria Madalena, uma das discípulos que tinham acompanhado Jesus desde a Galileia, mantendo-se a serviço da Igreja nascente. Em seu caminho para o túmulo se reflete a lealdade de muitas mulheres que dedicam anos indo ao cemitério, em memória de alguém que não está mais entre nós. Os laços mais autênticos não são quebrados até mesmo por morte: há aqueles que continuam a amar, mesmo se o se a pessoa amada se foi para sempre.

O Evangelho (cf. Jo 20,1-2.11-18) descreve Maria Madalena colocando logo em evidência que ela não era uma mulher entusiasmo fácil. De fato, após a primeira visita ao túmulo, ela volta decepcionada para lugar onde os discípulos estavam escondidos; relatos de que a pedra foi movida da entrada do sepulcro, e sua primeira opção é a mais simples que pode ser formulada: alguém deve ter roubado o corpo de Jesus. Assim, o primeiro anúncio que Maria traz não é o da ressurreição, mas de um roubo de autores desconhecidos, enquanto toda Jerusalém estava dormindo.

Em seguida, os Evangelhos falam de uma segunda viagem da Madalena ao túmulo de Jesus. Ela era teimosa! Ela foi, ela voltou … porque não estava convencida! Desta vez, o seu passo é lento, muito pesado. Maria sofre duplamente: em primeiro lugar pela morte de Jesus, e depois pelo desaparecimento inexplicável de seu corpo.

É enquanto ela está inclinada perto da sepultura, com os olhos cheios de lágrimas, que Deus a surpreende da maneira mais inesperada. O evangelista João enfatiza como era persistente sua cegueira: não nota a presença de dois anjos que a interrogam, e nem mesmo desconfiado ao ver o homem atrás dela, quem ela acredita ser um jardineiro. Mas descobre o acontecimento mais marcante da história humana quando finalmente é chamada pelo seu nome: “Maria” (V. 16).

Como é belo pensar que a primeira aparição de Cristo ressuscitado – de acordo com os Evangelhos – tenha ocorrido de forma tão pessoal! Que há alguém que nos conhece, que vê o nosso sofrimento e decepção, e que se comove por nós, e nos chama pelo nome. É uma lei que encontramos esculpida em muitas páginas do Evangelho. Ao redor de Jesus, existem muitas pessoas que buscam a Deus; mas a realidade mais prodigiosa é que, muito antes, há em primeiro lugar Deus que se preocupa com nossas vida, que a quer levantar, e para fazer isso nos chama pelo nome, reconhecendo o rosto pessoal de cada um. Cada homem é uma história de amor que Deus escreve sobre esta terra.

Cada um de nós é uma história de amor de Deus. Cada um de nós é chamado, por Deus, pelo próprio nome: nos conhece pelo nome, nos olha, nos espera, nos perdoa, é paciente conosco. É verdade ou não é verdade? Cada um de nós faz esta experiência.

E Jesus a chama: “Maria!”, a revolução de sua vida, a revolução destinada a transformar a existência de cada homem e mulher, começa com um nome que ecoa no jardim do sepulcro vazio. Os Evangelhos nos descrevem a felicidade de Maria: a ressurreição de Jesus não é umaalegria dada com conta-gotas, mas uma cascata que afeta toda a vida.

A vida cristã não é tecida com a felicidade suave, mas de ondas que transformam tudo. Tentem pensar também vocês neste instante, com a bagagem de decepção e derrota que cada um de nós carrega em seu coração, que há um Deus próximo de nós, que nos chama pelo nome e nos diz: “Levanta-te, pare de chorar, porque Eu vim para libertá-lo “. E isso é belo.

O significado do esconderijo do ser humano, segundo Santo Agostinho.


O pecado do ser humano rompeu a relação que Deus tinha com ele e vice-versa. Se antes havia a cordialidade, com o pecado surgiu o medo, o esconderijo, a fuga dos compromissos. Vejamos estes dados em Santo Agostinho.

1. O passeio de Deus

Se Deus passeava no paraíso e o homem e a mulher se encontravam com Deus, algo de novo, de ruim ocorreu com a queda. O ser humano foge à presença de Deus. Quando Deus veio até eles para julgá-los, ao ouvirem a sua voz se esconderam de sua presença. O pecado rompe com a alegria e o amor da pessoa com Deus.
           
2. O motivo do esconderijo

Por que o ser humano buscou a fuga? Santo Agostinho afirmou que o homem e a mulher fugiram porque a luz da verdade interior não estava mais neles. Quem se esconde do olhar de Deus senão aquele que, abandona-o, para amar o que é lhe é próprio? Eles tiveram que se cobrir com as vestes da mentira e o que profere mentiras, fala do que lhe é próprio e não aquilo que é de Deus.
           
3. O lugar do esconderijo

Eles se esconderam junto à arvore que estava no meio do paraíso, ou seja, junto a si mesmos que foram estabelecidos no meio das criaturas, abaixo de Deus e acima das coisas corporais. Segundo Santo Agostinho, o homem e a mulher se esconderam porque desobedecerem a Deus, abandonando a luz da verdade que é o Deus vivo e verdadeiro, não vivendo o seu amor por cada um de nós.

4. O Ser humano interrogado

Adão será interrogado não como se Deus ignorasse onde estava, mas para obrigá-lo a confessar seu pecado. Adão respondeu, depois de ouvir a voz de Deus, que se escondera porque descobrira que estava nu, como se isso pudesse desagradar a Deus, porque foi dessa forma que Deus o criou no início. A queda ao pecado levou Adão a pensar que o desagrada a alguém, desagrade a Deus. Ali virá a pergunta de Deus: E quem te fez perceber que estavas nu, a não ser porque comeste do fruto daquela árvore que era proibido comer?(cfr. Gn 3,11). O homem e a mulher se apartaram de Deus e voltaram-se para si mesmos. Assim descobre-se o significado de ter comido o fruto daquela árvore ao perceber a sua nudez, desagradando a Deus e à todos porque o amor de Deus pelas pessoas foi violado. 

Santo André Bóbola


Santo do século XVII, ele nasceu na Polônia e ficou conhecido como “caçador de almas”. Santo André Bóbola pertenceu à Companhia de Jesus como sacerdote jesuíta dedicado aos jovens e ao anúncio da Palavra de Deus num tempo dos cismas, quando a fé católica não era obedecida. Viveu também dentro de um contexto onde politicamente existia um choque entre a Polônia e a Rússia.

Certa vez, com a invasão dos soldados cossacos, ou seja russos na Polônia, os cismáticos aproveitaram a ocasião para entregar o santo. Ele, que tinha sido instrumento para muito se voltarem ao Senhor, foi preso injustamente e sofreu na mão dos acusadores. Foi violentado, mas não renunciou a sua fé. Renunciou a própria vida, mas não a vida em Deus. No ano de 1657, morreu mártir. O “caçador de almas” hoje intercede para que nós.

Deus eterno e todo-poderoso, que destes a Santo André Bóbola a graça de lutar pela justiça até a morte, concedei-nos, por sua intercessão, suportar por vosso amor as adversidades, e correr ao encontro de vós que sois a nossa vida. Por Cristo Senhor nosso, amém.


Santo André Bóbola, rogai por nós.