sexta-feira, 26 de maio de 2017

Alegrai-vos sempre no Senhor


O Apóstolo manda que nos alegremos, mas no Senhor, não no mundo. Pois afirma a Escritura: A amizade com o mundo é inimizade com Deus (Tg 4,4). Assim como um Homem não pode servir a dois senhores, da mesma forma ninguém pode alegrar-se ao mesmo tempo no mundo e no Senhor.

Vença, portanto, a alegria no Senhor, até que termine a alegria no mundo. Cresça sempre a alegria no Senhor; a alegria no mundo diminua até acabar totalmente. Não se quer dizer com isso que não devamos alegrar-nos, enquanto estamos neste mundo; mas que, mesmo vivendo nele, já nos alegremos no Senhor.

No entanto, pode alguém observar: “Eu estou no mundo; então, se me alegro, alegro-me onde estou”. E daí? Por estares no mundo, não estás no Senhor? Escuta o mesmo Apóstolo, que falando aos atenienses, nos Atos dos Apóstolos, dizia a respeito de Deus e do Senhor, nosso Criador: Nele vivemos, nos movemos e existimos (At 17,28). Ora, quem está em toda parte, onde é que não está? Não foi para isto que fomos advertidos? O Senhor está próximo! Não vos inquieteis com coisa alguma (Fl 4,5-6).

Eis uma realidade admirável: aquele que subiu acima de todos os céus, está próximo dos que vivem na terra. Quem está tão longe e perto ao mesmo tempo, senão aquele que por misericórdia se tornou tão próximo de nós?

Na verdade, todo o gênero humano está representado naquele homem que jazia semimorto no caminho, abandonado pelos ladrões. Desprezaram-no, ao passar,o sacerdote e o levita; mas o samaritano, que também passava por ali, aproximou-se para tratar dele e prestar-lhe socorro. O Imortal e Justo, embora estivesse longe de nós, mortais e pecadores, desceu até nós. Quem antes estava longe, quis ficar perto de nós.

Ele não nos trata como exigem nossas faltas (Sl 102,10), porque somos filhos. Como podemos provar isto? O Filho único morreu por nós para deixar de ser único. Aquele que morreu só, não quis ficar só. O Unigênito de Deus fez nascer muitos filhos de Deus. Comprou irmãos para si com seu sangue. Quis ser condenado para nos justificar; vendido, para nos resgatar; injuriado, para nos honrar; morto, para nos dar a vida.

Portanto, irmãos, alegrai-vos no Senhor (Fl 4,4) e não no mundo; isto é, alegrai-vos com a verdade, não com a iniqüidade; alegrai-vos na esperança da eternidade, não nas flores da vaidade. Alegrai-vos assim onde quer que estejais e em todo o tempo que viverdes neste mundo. O Senhor está próximo! Não vos inquieteis com coisa alguma.


Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo 
(Sermo 171,1-3.5:PL38,933-935)

(Séc.V)

12 versículos da Bíblia que desmascaram a “Teologia da Prosperidade”.


A teologia da prosperidade é algo que tem se alastrado cada vez através de seitas protestantes e por isso queremos auxiliados pela Palavra de Deus desmacara essa heresia, que muitas vezes é usada para benefício próprio dos “donos” dessas seitas.

Aqui estão 12 versículos da Bíblia para demolir esse tipo de bobagem e mostrar o que realmente significa seguir Jesus:

1) Lucas 6,20-26

Então ele ergueu os olhos para os seus discípulos e disse: Bem-aventurados vós que sois pobres, porque vosso é o Reino de Deus! Bem-aventurados vós que agora tendes fome, porque sereis fartos! Bem-aventurados vós que agora chorais, porque vos alegrareis! Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos ultrajarem, e quando repelirem o vosso nome como infame por causa do Filho do Homem! Alegrai-vos naquele dia e exultai, porque grande é o vosso galardão no céu. Era assim que os pais deles tratavam os profetas.

Mas ai de vós, ricos, porque tendes a vossa consolação! Ai de vós, que estais fartos, porque vireis a ter fome! Ai de vós, que agora rides, porque gemereis e chorareis! Ai de vós, quando vos louvarem os homens, porque assim faziam os pais deles aos falsos profetas!

2) Lucas 9,23-24

Em seguida, dirigiu-se a todos: Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me. Porque, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salvá-la-á.

3) Lucas 1,52-53

Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos.

4) Tiago 1,9-11

Mas que os irmãos humildes se gloriem de sua elevação; os ricos, pelo contrário, de sua humilhação, porque passarão como a flor dos campos. Desponta o sol com ardor, seca a erva, cai sua flor e perde a beleza do seu aspecto. Assim murcha também o rico em suas empresas. 

Nossa Senhora de Caravaggio


A história relatada abaixo é atribuída à fé católica. O município de Caravaggio, terra da aparição, se encontrava nos limites dos estados de Milão e Veneza e na divisa de três dioceses: Cremona, Milão e Bérgamo.

Ano de 1432, época marcada por divisões políticas e religiosas, ódio, heresias, assolada por bandidos e agitada por facções, traições e crimes. Além disso, teatro da segunda guerra entre a República de Veneza e o ducado de Milão, passou para o poder dos venezianos em 1431. Pouco antes da aparição, em 1432, uma batalha entre os dois estados assustou o país.

Neste cenário de desolação, às 17 horas da segunda-feira, 26 de maio de 1432, acontece a aparição de Nossa Senhora a uma camponesa. A história conta que a mulher, de 32 anos, era tida como piedosa e sofredora. A causa era o marido, Francisco Varoli, um ex-soldado conhecido pelo mau caráter e por bater na esposa. Maltratada e humilhada, Joaneta Varoli colhia pasto em um prado próximo, chamado Mezzolengo, distante 2 km de Caravaggio.

Entre lágrimas e orações, Joaneta avistou uma senhora que na sua descrição parecia uma rainha, mas que se mostrava cheia de bondade. Dizia-lhe que não tivesse medo, mandou que se ajoelhasse para receber uma grande mensagem. A senhora anuncia-se como “Nossa Senhora” e diz: “Tenho conseguido afastar do povo cristão os merecidos e iminentes castigos da Divina Justiça, e venho anunciar a Paz”. Nossa Senhora de Caravaggio pede ao povo que volte a fazer penitência, jejue nas sextas-feiras e vá orar na igreja no sábado à tarde em agradecimento pelos castigos afastados e pede que lhe seja erguida uma capela. Como sinal da origem divina da aparição e das graças que ali seriam dispensadas, ao lado de onde estavam seus pés, brota uma fonte de água límpida e abundante, existente até os dias de hoje e nela muitos doentes recuperam a saúde.

Joaneta, na condição de porta-voz, leva ao povo e aos governantes o recado da Virgem Maria para solicitar-lhes – em nome de Nossa Senhora – os acordos de paz. Apresenta-se a Marcos Secco, senhor de Caravaggio, ao Duque Felipi Maria Visconti, senhor de Milão, ao imperador do Oriente, João Paleólogo, no sentido de unir a igreja dos gregos com o Papa de Roma. Em suas visitas, levava ânforas de água da fonte sagrada, que resultavam em curas extraordinárias, prova de veracidade da aparição.

Os efeitos da mensagem de paz logo apareceram. A paz aconteceu na pátria e na própria Igreja.

Até mesmo Francisco melhorou nas suas atitudes para com a esposa Joaneta. Sobre ela, após cumprida a missão de dar a mensagem de Maria ao povo, aos estados em guerra e à própria Igreja Católica, os historiadores pouco ou nada falam. Por alguns anos foi visitada a casa onde ela morou que, com o tempo desapareceu no anonimato.



Ó Maria, Virgem Santa de Caravaggio,
do presépio até a cruz cuidaste do teu Filho,
e para Joaneta, foste consolação e fonte de paz.
Mostra-nos o Salvador: fruto do teu ventre,
e ensina-nos a acolher Jesus
e seguir seu Evangelho.
À tua proteção recorremos, ó cheia de graça,
em nossas necessidades: livra-nos dos perigos;
ajuda-nos a vencer as tentações;
leva ao Senhor nossa prece
e mostra que és nossa mãe, a mãe que ele nos deu.
Roga por nós, Nossa Senhora de Caravaggio,
para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Amém.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Bispos da Comissão Especial de Textos Litúrgicos se reúnem com pauta ampla de trabalho


A Comissão de Textos Litúrgicos (Cetel) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) iniciou, nesta terça-feira, 23, mais uma reunião, na sede da Conferência, em Brasília (DF), dando continuidade ao trabalho de acompanhamento e aprovação da revisão do missal romano por uma equipe de bispos e peritos.

A revisão da tradução atende a uma ordem vinda da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos através da quinta instrução Liturgiam Authenticam, de 2001, que serve de comentário sobre as traduções em língua vernácula dos textos da liturgia romana. Outro cuidado é com a linguagem poético-musical. 

O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB, frei Faustino Paludo, explica que as Conferências Episcopais de todo o mundo estão se dedicando ao mesmo trabalho. De acordo com ele, a Conferência do Brasil já está bem adiantada no quesito, uma vez que a Cetel já está revendo a tradução da terceira edição do missal.

Nessa reunião, que vai até o dia 25, por exemplo, os bispos estão discutindo os assuntos que foram levados para apreciação na 55ª Assembleia Geral da CNBB, ocorrida no mês de abril, em Aparecida (SP), entre eles, a aprovação das missas rituais, àquelas que estão unidas à celebração de alguns sacramentos e sacramentais. “Agora é a hora de analisarmos o que foi decidido na Assembleia, se há coisas a serem feitas, encaminhadas”, explica frei Faustino. 

Índia: Mais de 100 extremistas assaltam nova igreja dedicada à Virgem de Fátima


Uma igreja dedicada a Nossa Senhora de Fátima e recentemente inaugurada por ocasião dos 100 anos das aparições marianas foi atacada por uma multidão de cem pessoas na Diocese de Hyderabad, no estado indiano de Andhra Pradesh.

Segundo informou no dia 22 de maio a revista ‘Mondo e Missione’ do Pontifício Instituto para as Missões Exteriores (PIME), a igreja tinha sido inaugurada pelo Arcebispo de Hyderabad, Dom Thumma Bala, no último dia 13, durante a celebração do centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima.

A revista assinalou que os responsáveis que pertencem aos “movimentos mais fanáticos da direita nacionalista hindu” e que a igreja ficou “completamente” devastada. Os vândalos destruíram as imagens de Jesus e da Virgem Maria, paramentos, quadros e cadeiras.

A informação e as imagens foram enviadas a ‘Mondo e Missione’ pelo Pe. Vijay Kumar Rayarala, Superior Regional do PIME na Índia. A revista assinalou que este ataque é “um sinal particularmente preocupante não só pela maneira que foi executado, como também porque Hyderabad não está em uma das áreas onde normalmente ocorre este tipo de violência”.

“Estamos em estado de choque e com muita dor. Que o Senhor nos proteja e perdoe as pessoas que cometeram esta destruição. É um sinal muito perigoso e os cristãos devemos permanecer unidos ao exigir que os culpados sejam detidos”, expressou o Pe. Vijay.

Filipinas: Terroristas ligados ao ISIS incendeiam catedral e sequestram sacerdote e fiéis


Um grupo terrorista que jurou lealdade ao Estado Islâmico (ISIS) atacou na terça-feira a Catedral de Marawi, na ilha filipina de Mindanao, e sequestrou um sacerdote, religiosas e vários fiéis que estavam rezando no último dia da novena a Nossa Senhora Auxiliadora.

Em declarações à agência vaticana Fides, o Bispo de Marawi, Dom Edwin de la Peña, assinalou que são militantes do grupo islamista Maute. “Atacaram a catedral católica em Marawi City, e sequestraram cerca de 15 fiéis, entre eles um sacerdote – o Pe. Chito Sunganob –, algumas religiosas e vários leigos que estavam rezando na igreja”, informou o Prelado.

O ataque em Marawi começou em 23 de maio às 12h, quando o exército filipino começou uma operação contra “alvos de alto valor” pertencentes aos grupos terroristas Abu Sayyaf e Maute na área comercial e residencial de Marawi.

Em represália, entre 100 e 200 homens armados apoiados por simpatizantes locais ocuparam o centro médico Amai Pakpak, em Marawi. Uma hora depois, o grupo terrorista ocupou a prisão e incendiou a instalação. Foram divulgadas na Internet imagens da bandeira negra do ISIS em vários lugares da cidade.

Mais tarde, a imprensa filipina informou dois incêndios em Dansalan College e na Catedral de Nossa Senhora Auxiliadora.

O Bispo disse à agência Fides que “isto ocorreu justamente na véspera da Festa de Maria: pedimos ajuda a Ela, que é o auxílio dos cristãos. Pedimos a salvação dos nossos fiéis. Somente ela pode vir em nosso socorro”.

“Dirigimos um apelo também ao Papa Francisco para que reze por nós e possa pedir aos terroristas para libertar os reféns, em nome de nossa comum humanidade. Violência e ódio trazem somente destruição: peçamos aos fiéis em todo o mundo para rezarem junto conosco pela paz”, pediu. 

A Ascensão do Senhor


Ao final do percurso que estamos percorrendo como Igreja nesse tempo pascal nos deparamos com a solenidade da Ascensão do Senhor. Essa celebração marca o final desse período de particular alegria por celebrar a vitória de Cristo sobre a morte e, com ela, a nossa reconciliação com Deus. Mas se a ascensão é a subida de Jesus ao Pai, podemos nos alegrar? Parece que Jesus está nos deixando, qual é então o motivo da celebração?

Essas são perguntas que, de alguma forma, o Papa Bento XVI buscou responder em seu livro Jesus de Nazaré, no qual fala sobre a vida de Jesus e os diversos acontecimentos que nela se deram. Quando medita sobre a Ascenção do Senhor, ele destaca a reação dos discípulos frente a esse suposto “ir embora” de Cristo. A reação deles é de alegria, o que nos deixa muito intrigados. Como assim os discípulos puderam se alegrar com isso? Mas efetivamente se alegraram como podemos ver no final do evangelho de Lucas: “Enquanto os abençoava, separou-se deles e foi arrebatado ao céu. Depois de o terem adorado, voltaram para Jerusalém com grande júbilo.” (Lc 24, 51-52)

Se, à primeira vista, não conseguimos uma explicação na bíblia para isso, pelo menos a leitura deve fazer-nos pensar que alguma coisa está escapando a nossa compreensão. O que fica evidente é que os discípulos não se sentem abandonados, não acreditam que Jesus tenha partido para um céu inacessível e distante. Parece evidente, diz o Bento XVI, que os discípulos estão seguros de uma certa presença nova de Jesus. E de fato, se olhamos a comunidade primitiva e o seu anuncio, perceberemos que se bem eles anunciam a vinda de Cristo novamente, o que eles fizeram foi, sobretudo, dar testemunho de uma presença viva de Jesus. Testemunho de que ele está vivo, que é a Vida mesma.

E para explicar melhor, Bento XVI nos diz que essa figura na qual Cristo aparece sentado à direita do Pai não faz referência a um local concreto, porque Deus é espírito puro. Deus não está no espaço, Ele é aquele que sustenta o espaço sem estar nele. Jesus retorna ao Pai e por isso retorna a essa condição na qual não está limitado pelo espaço e justamente por isso pode estar presente de uma forma distinta no mundo inteiro. Diz Bento XVI: “Seu ir é precisamente uma vinda, um novo modo de proximidade, de presença permanente”. E é essa presença a causa da alegria dos discípulos no Evangelho de Lucas que vimos acima. 

5 mitos sobre a confissão que muitas pessoas ainda creem (talvez você também).


O Sacramento da Confissão (ou Reconciliação) é uma parte amplamente incompreendida da fé católica, o que é muito triste, porque é um dos pontos mais importantes! Aqui estão 5 dos mitos mais comuns:

Mito 1: A Confissão mostra que os católicos realmente não acreditam que o sacrifício de Cristo foi suficiente


Esta objeção geralmente vem de protestantes que se perguntam por que uma pessoa precisa de mais perdão se eles já puseram sua fé em Cristo. Assim, veem a confissão como algo separado e adicional à graça de Jesus. Há dois problemas com esta objeção:

Primeiro, o poder da Confissão depende inteiramente do sacrifício de Cristo. Cristo ganhou graça infinita na cruz, e o Sacramento da Confissão é um importante caminho que a graça percorre a cada indivíduo. Em outras palavras, a Confissão não é uma fonte de graça separada de Cristo, é um instrumento para sua aplicação.

Em segundo lugar, esta objeção geralmente vem de um mal-entendido da vida cristã. Alguns protestantes pensam que após a conversão inicial de uma pessoa, não há mais cooperação adicional e crescimento na graça necessária para a salvação. A Igreja Católica, por outro lado (seguindo a Bíblia), ensina que a vida cristã é uma contínua conversão e crescimento em santidade pela graça de Cristo.

Mito 2: A confissão foi inventada pela Igreja Católica e não está na Bíblia


Isso pode surpreender algumas pessoas, mas o núcleo do sacramento da confissão é explicitamente estabelecido pelo próprio Cristo nas Escrituras.

No Evangelho de João, depois de ressuscitar dos mortos, Jesus aparece aos seus discípulos e isto acontece:

“Jesus disse-lhes outra vez, “paz seja com você. Assim como o Pai me enviou, assim vos envio. E, tendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; aqueles aos quais mantiverdes ser-lhes-ão mantidos.” (João 20,21-23).

Ali mesmo, Jesus dá explicitamente aos Apóstolos o poder de dar e reter o perdão dos pecados, que é a base do sacramento da confissão. E a Igreja praticou isso desde o princípio. Certamente, a maneira exata como isso tem se mostrado na prática variou um pouco ao longo do tempo, mas o núcleo está bem ali na Bíblia (CIC 1447).