sábado, 16 de setembro de 2017

Significado da genuflexão


«Que significa a genuflexão? Não exprime um ato de ADORAÇÃO, que os católicos prestam aos anjos e santos, contrariamente às indicações da Sagrada Escritura? Nesta se lê que os anjos e São Pedro recusaram a genuflexão que outras criaturas lhes quiseram prestar (cf. At 10,25s; Apc 19,10; 22,8s)». – Câmara, Belo Horizonte.

Em nossa resposta, analisaremos, antes do mais, o significado que a genuflexão tem por si mesma. A seguir, veremos o papel que ela desempenha no culto dos cristãos.

1. A genuflexão como símbolo natural

1.1. Todo homem que perceba estar em presença de um ser maior (mais digno, mais possante...), tende não somente a conceber sentimentos interiores de respeito, mas é outrossim levado espontaneamente a exprimir esses sentimentos mediante uma atitude de corpo correspondente: a percepção de sua pequenez impeli-lo-á naturalmente a procurar diminuir a estatura do seu próprio corpo.

Tenha-se em vista o que está dito em «P.R.» 15/1959, qu. 3; 28/1960, qu. 8.: o corpo é naturalmente destinado a exprimir os sentimentos internos da alma.

Ora o «cair de joelhos» é, sem dúvida, uma maneira muito sensível de diminuir a própria estatura. Sendo assim, o «ajoelhar-se» vem a ser sinal, e sinal do respeito, da submissão e da indigência de alguém que tem a intuição de ser muito pequeno em relação a outrem.

R. Guardini expõe com sabedoria o significado da genuflexão, lembrando o seguinte : a estatura erguida é o sinal distintivo do homem entre os demais seres vivos deste mundo; ela simboliza, pois, o poder dominador, a capacidade de lutar e rivalizar, que fazem do ser humano um chefe. Ora ajoelhar-se equivale a renunciar à estatura erguida; significa, portanto, a renúncia do homem a si mesmo, à sua autossuficiência, ao poder de chefia, para se entregar a outrem, a outrem que realmente o mereça por ser mais digno ou mais sábio Cf. Welt und Person. Wuerzburg 1940, 31.42; Besinnung vor der Feier der hl. Messe. Mainz 48; Brieíe ueber Selbstbildung. Mainz 1930, 160.

Thurnwald, estudioso de história e pré-história, assevera: «O costume de dobrar os joelhos se deriva indubitavelmente do fato de que quem o pratica intenciona pelo seu próprio corpo mostrar que é menos digno do que aquele a quem ele saúda» (Reallexikon der Vorgeschichte. Berlin IV 574).

Alguns historiadores julgam que a genuflexão era originariamente a atitude que o guerreiro vencido tomava diante do vencedor (cf. «Die Religion in Geschichte und Gegenwart», por Gunkel-Zscharnock I 54).

No decurso dos tempos, como atestam os documentos da cultura e da história das religiões, a genuflexão se tornou usual em várias ocasiões da vida humana : praticada em presença da Divindade (o que é naturalmente o caso mais frequente) significava (e significa) ADORAÇÃO, reconhecimento da Suma Majestade e do Soberano Poder de Deus; praticado frente a autoridades humanas, exprimia (e exprime) reverência, homenagem respeitosa e pedido de auxilio. O simbolismo exato da genuflexão, portanto, depende da intenção de quem a realiza; somente tal pessoa está habilitada a dizer o que ela concebe em seu intimo e o que ela quer exprimir (ADORAÇÃO devida a Deus só, ou reverência devida a alguma criatura) quando dobra o joelho.

1.2. Não é necessário citar aqui textos que atestam o uso de genuflexão nos cultos pagãos; trata-se de praxe muito conhecida (basta lembrar apenas o «dobrar de joelhos diante de Baal» de que fala a S. Escritura em 3 Rs 19,18).

Mais importante é comprovar, na base de documentos históricos, que nem sempre a genuflexão foi (e é) praticada com a intenção de adorar a Deus; ela pode ser mero sinal de cortesia entre homens. É realmente o que testemunham certas tribos de negros da África Central, os quais saúdam o seu chefe mediante uma genuflexão; no reino de Siam (Tailândia), os membros da família real são cumprimentados da mesma forma, na China, tal tratamento é estendido às altas personalidades; na Rússia, os cidadãos se ajoelhavam diante do Czar para receber dele a bênção; entre os mongóis, o mesmo gesto é praticado frente aos nobres, de modo tal que as regiras de polidez mongólica ensinam o seguinte: quando um simples cidadão montado a cavalo se encontra com um nobre, deve descer da montadura, e dobrar o joelho até que o mais digno tenha passado (testemunhos colhidos na obra de Th. Ohm, Die Gebetsgebãrden der Võlker und das Christentum. Leiden 1948, 345).

Na China é costume antiquíssimo, ajoelharem-se os familiares diante dos cadáveres de seus familiares.

Por ocasião da controvérsia a respeito dos «ritos chineses» (séc. XVII/XVIII), não poucos missionários católicos tinham tal costume na conta de pagão. Outros julgavam-no independente de crença religiosa; seria mera expressão de reverência aos antepassados e de dedicação familiar; assim, por exemplo, pensava o Legado Pontifício na China, Card. Carlos Amhrósio Mezzabarba (tl741). Em 1742, o Papa Bento XIV condenou a praxe por motivos disciplinares e transitórios. Em 1924 um sínodo católico reunido em Shangai houve por bem autorizá-la de novo aos católicos chineses, considerando-a qual mera expressão de cortesia.

Este caso é particularmente interessante, porque bem ilustra como o simbolismo da genuflexão é ambíguo; há de ser interpretado estritamente segundo as intenções de quem o pratica.

Analisemos agora qual o significado preciso que a genuflexão tem no culto cristão. 

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Por que a Igreja permite a veneração das relíquias?


Algumas pessoas ficam assustadas ao saberem que em pleno século XXI a Igreja Católica permite o culto das relíquias, ou seja, a veneração pelo corpo de santos falecidos ou mártires e que até mesmo que guardem com cuidado pedaços desses corpos. Não seria isso uma coisa macabra, uma realidade malsã, e mais que cristianismo, essa prática traga em si mesma resquícios de superstição pagã, uma vez que eram eles quem veneravam os antepassados?

A melhor forma de responder a esse tipo de acusação está na Suma Teológica de Santo Tomás de Aquino que diz: “Por isso, o próprio Deus honra como convém as suas relíquias, pelos milagres que faz na presença deles."[01] Apesar disso, mesmo que não se creia nos relatos de inúmeros milagres e curas que ocorreram pelo contato com os corpos ou roupas dos santos da Igreja, não se pode negar o conteúdo da Sagrada Escritura:

Certa vez, alguns homens que estavam a enterrar um morto avistaram um desses bandos. Atiraram o corpo para dentro do túmulo de Eliseu e fugiram. Aconteceu que o morto, ao tocar nos ossos de Eliseu, voltou à vida e pôs-se de pé.[02]

Logo, é o próprio Deus quem venera os restos mortais (relíquias) de seus santos, conforme explicou Santo Tomás. E o que se vê no Antigo está presente também no Novo Testamento, como no caso de São Paulo que, enquanto era vivo servia de instrumento para Deus realizar milagres e, mais pontualmente, o que diz a passagem abaixo extraída dos Atos dos Apóstolos:

Deus realizava milagres extraordinários pelas mãos de Paulo, a tal ponto que pegavam em lenços e aventais usados por Paulo para os colocar sobre os doentes, e estes eram libertados das suas doenças e os espíritos maus eram afastados. [03]

Nossa Senhora da Defesa


Nossa Senhora começou a ser venerada com esse título primeiramente na Catedral de Ozieri, que fica em Sassari, na Itália. Depois a devoção se espalhou pelo mundo.

O título Nossa Senhora da Defesa nasceu a partir de um episódio histórico, ocorrido na época das imigrações. Durante um rigoroso inverno, um exército dos Godos, vindos do norte, instalou-se ameaçadoramente na Bacia de Ampezzano, na Itália. Os habitantes da região logo começaram a se reunir para organizar uma defesa. Acontece que eram pobres, não tinham armas nem um exército treinado capaz de vencer inimigo tão poderoso. Por isso, começaram a se reunir para rezar, pedindo ajuda a Nossa Senhora. O povo permaneceu unido, em oração, pedindo e esperando auxílio do céu.

Quando o exército Gogo partiu para o ataque, o povo intensificou as orações. De repente, ela, Nossa Senhora, apareceu sobre as nuvens. Ela estava com uma espada de fogo na mão direita e segurando o Menino Jesus no braço esquerdo. Em seguida, ela desceu sobre o local onde aconteceria o massacre. Nesse momento, nuvens espessas causaram enorme escuridão, de tal forma que os godos nada podiam ver. Atordoados e confundidos, começaram a lutar contra eles mesmos até que, por fim, destruíram-se uns aos outros. O povo italiano, emocionado e agradecido, a partir desse momento, passou a chamar a Virgem Maria de Nossa Senhora da Defesa.

O mais antigo Santuário dedicado a Nossa Senhora da Defesa foi erguido em 1750. E, bem acima da porta principal, na fachada da igreja, uma pintura representa a história, contada através das gerações, sobre como Nossa Senhora da Defesa defendeu o povo da Bacia de Ampezzano. Entrando no santuário, vê-se no altar mor a estátua de Nossa Senhora da Defesa. Esta vem sendo venerada desde o Século XIV. Neste e em vários outros Santuários dedicados a Nossa Senhora da Defesa armazena-se milhares de relatos de milagres e graças alcançadas através da intercessão de Nossa Senhora da Defesa.



Oh! Nossa Senhora da Defesa, virgem poderosa, recorro a Vossa proteção contra todos os assaltos do inimigo, pois Vós sois o terror das forças malignas. Eu seguro no Vosso manto santo e me refugio debaixo dele para estar guardado, seguro e protegido de todo mal. Mãe Santíssima, Refúgio dos pecadores, Vós recebestes de Deus o poder para esmagar a cabeça da serpente infernal e com a espada levantada afugentar os demônios que querem acorrentar os filhos de Deus. Curvado sobre o peso dos meus pecados venho pedir a Vossa proteção hoje e em cada dia da minha vida, para que vivendo na luz do vosso filho, Nosso Senhor Jesus Cristo eu possa depois desta caminhada terrena, entrar na pátria celeste. Amém!

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

O aborto e a encarnação do Verbo


“DEIXAI VIR A MIM AS CRIANCINHAS, NÃO AS IMPEÇAIS.” (São Mateus 18,14)

Nenhum debate cristão autêntico sobre o aborto encontrará a Verdade tendo por foco o sentimentalismo humano ou a defesa de bens temporais terrenos, como por exemplo, o compadecimento em relação ao sacrifício daquelas mulheres, que terão que renunciar a si próprias, aos seus planos de bem-estar afetivo, financeiro ou emocional, ao se tornarem mães em circunstâncias indesejadas.

Nosso sentimentalismo, corrompido pelo pecado, tornou-se o movimento da paixão contra a razão; da substância sensível contra o intelecto; da concupiscência natural contra a Santidade Divina; do egoísmo contra a Comunhão com a Vontade de Deus; do aprazível contra o sacrificial, no qual tomamos nossa cruz, e por ela nos assemelhamos ao Cristo, credenciados como seus seguidores.

Tudo que é sentimentalmente ocupado apenas com o conforto humano, nos leva ao egocentrismo que aniquila Deus como Princípio Único de todos os nossos atos e vontades.

A vontade de Deus é imutável porque é Perfeita.

Em contrário, tudo que é sentimental é volúvel, traiçoeiro e mutável, posto que imperfeito e defectível.

Um mesmo sentimento que nos comove a não aceitar que seja ceifada a vida de um feto, também pode nos comover a permitir o seu aborto levando em conta o sofrimento da mãe, por exemplo, quando é sabedora que ao nascer, viverá a criança apenas alguns instantes, como no caso dos anencéfalos.

Eis aí, uma hipótese que demonstra como a emotividade é instável, e portanto, não pode nortear conceitos, definições e muito menos decisões sobre o aborto.

O que dizer da comoção que leva ao aborto eugênico, provada a deformidade ou doença incurável do feto?

Ou o fato da mulher não estar preparada para ser mãe, ou quando a maternidade lhe impedir o progresso profissional ou constituição de uma nova vida amorosa?

Dirá então do sofrimento do marido da esposa violentada, quando ver na criança, a reminiscência do algoz da sua consorte?

No campo do sentimentalismo, poderemos ter vários argumentos, prós e contra o aborto. 

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Homilética: 25º Domingo do Tempo Comum - Ano A: "Trabalhadores na vinha do Senhor".


“Amados Irmãos e Irmãs, depois do grande Papa João Paulo II, os Senhores Cardeais elegeram-me, simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor. Consola-me saber que o Senhor sabe trabalhar e agir também com instrumentos insuficientes.” Com essas palavras, Bento XVI iniciava o seu pontificado no dia 19 de abril de 2005. Você se lembra daquele momento? Pois bem, o Evangelho de hoje nos fala exatamente da importância de trabalhar na vinha do Senhor. Deus Pai, todos os dias e a todas as horas deseja empregar um novo trabalhador.

Mas, note-se, Deus quer trabalhadores, isto é, pessoas que estejam interessadas em capinar a terra, lavrá-la, prepará-la bem, semear o campo, cuidar das plantinhas e colher os frutos. Talvez não participemos de todas as etapas, mas uma coisa é certa: somos trabalhadores na vinha do Senhor. Nós agradamos a Deus ao arregaçar as mangas para estender o seu reino de amor e de paz. Nesse trabalho é preciso docilidade, esforço e criatividade.

“Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, e vossos caminhos não são os meus”, diz o Senhor (Is 55,8).

O homem não pode reduzir Deus à medida dos seus pensamentos, nem condicionar o comportamento do Altíssimo às suas categorias de justiça e de bondade. Deus está muito acima do homem, muito mais do que está o céu acima da terra (Is 55,9); por isso, muitas vezes os projetos da sua providência são incompreensíveis à inteligência humana, que os deve aceitar com humildade, sem pretender advinhá-los ou julgá-los. Quantas vezes ficamos aquém das maravilhas que Deus nos preparou! Quantas vezes os nossos planos se revelam tão estreitos! É este o ensinamento profundo contido na parábola dos trabalhadores da vinha (Mt 20,1-16). 

Com esta parábola o Senhor não deseja dar-nos uma lição de moral salarial ou profissional, mas sublinhar que, no mundo da Graça, tudo é um puro dom, mesmo o que parece ser um direito que nos assiste pelas nossas boas obras.

No campo do Senhor há trabalho para todos! Deus não chega nem demasiado cedo nem demasiado tarde às nossas vidas. O que Ele quer é que, a partir do momento em que nos visitou na sua misericórdia, nos sintamos verdadeiramente comprometidos a trabalhar na sua vinha, com todas as forças e com todo o entusiasmo, sem nos esquivarmos com promessas futuras, nem desanimarmos com o tempo perdido.

Não são gratas ao Senhor as queixas estéreis, que revelam falta de fé, ou mesmo um sentido negativo e cético do ambiente que nos rodeia. Esta é a vinha e este é o campo em que o Senhor quer que estejamos inseridos nessa sociedade que apresenta os seus valores e deficiências. É na nossa própria família, e não em outra, que devemos santificar-nos , e é essa família que devemos levar a Deus; e o trabalho que nos espera hoje, na Universidade ou no escritório, e não outro, que devemos converter em trabalho de Deus…Esta é a vinha do Senhor, onde Ele quer que trabalhemos sem falsas desculpas, sem saudosismos, sem exagerar as dificuldades, sem esperar oportunidades melhores.

O Senhor quer nos mostrar que no mundo da Graça não se podem fazer valer quaisquer direitos. É certo que o homem deve colaborar na sua salvação eterna, mas esta é um bem tão sublime que jamais deixa de ser um dom, até mesmo para as almas mais santas.

A parábola mostra-nos ainda que nunca é tarde para começar. O Senhor chama sempre, em todas as horas. Importa estar atento e corresponder ao apelo. A resposta final, por parte de Deus, superará sempre a nossa expectativa.

Deus pode chamar a qualquer hora e o homem deve estar sempre pronto para responder ao Seu chamamento. “Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado; invocai-o, enquanto Ele está perto” (Is 55,6).

Queermuseu: até onde vai nossa liberdade de expressão?

 
No último domingo foi fechada em Porto Alegre uma exposição de mais de duzentas obras de arte, de mais de oitenta artistas, que havia começado no dia 15 de agosto, promovida pelo Banco Santander Cultural, com benefícios da Lei Rouanet. A exposição foi encerrada devido a uma enxurrada de protestos e reações pela internet. A repercussão foi mundial através dos meios de comunicação.

Algumas obras faziam alusão à pedofilia com frases em crianças como: "criança viada, deusa das águas"; outra criança com arco-íris cobrindo o rosto, símbolo da diversidade sexual, e a palavra love ou amo, em inglês; outras ainda sugeriam a zoofilia ou sexo com animais e ainda partículas usadas na consagração da missa, com nomes de órgãos sexuais. Quem protestou não gostou do que viu e quem expôs não gostou da reação de quem protestou. Quem estará com a razão?

Fala-se em liberdade de expressão. Ainda, se defende que a arte transgride o senso comum para suscitar reflexão. A repercussão criou o debate. Se ele vai buscar razões profundas para compreender essa questão, isso não se sabe.

Eu também gostaria de fazer algumas perguntas: primeiro gostaria de saber do autor da exposição o que ele pretende dizer ao escrever vagina e língua num plástico que continha dentro partículas de missa? Que debate ele quer suscitar? Será que isso é respeitoso com a religião católica ou mesmo cristã que faz da ceia ou da comunhão o seu momento mais sagrado? Ou quem fez isso não sabia que para nós, cristãos, isso é sagrado? Até onde a arte pode transgredir para provocar a reflexão? Pode ser desrespeitosa com valores do outro? Ou talvez o autor da exposição tenha tido em sua intenção o máximo de respeito com esse símbolo religioso e todos os que viram interpretaram errado? Estariam esses visitadores enganados?

Quanto à pedofilia: se eu coloco um arco íris escondendo o rosto de uma criança, colocando na boca da criança a palavra amo, estou eu respeitando a criança ou estou dizendo algo por ela, antes que ela mesma tenha consciência disso? Será isso respeito à diversidade ou incentivo e promoção da diversidade? Respeitar e acolher a diversidade, atitude fundamental e necessária em nosso tempo, não é o mesmo de promover. A diversidade não precisa de marketing ou promoção. A diversidade existe, está aí. Ou alguns consideram que ela precisa de propaganda? Não bastaria termos atitudes de acolhida e respeito humano com a diversidade? Quem expôs essas pinturas de crianças pensou em criar mais acolhida ou promover a diversidade?

Velhas heresias em novas roupagens


Satanás não é muito criativo. Suas ideias são repetitivas. Heresias novas nada mais são do que restauração de velhos erros. O próprio modernismo, condenado por São Pio X, foi, por este Papa, classificado como um conjunto de todas as antigas heresias com uma nova roupagem.

Nesse sentido, não devemos nos espantar de ver na teologia ensinada pela Reforma Protestante um renascimento das ideias na Antiguidade já professadas – e igualmente pela Igreja condenadas.

Buscando um suporte patrístico para as absurdas sustentações protestantes, os reformadores envolveram-se no ambiente histórico de polêmicas passadas. Todavia, essas mesmas polêmicas foram terminadas pela autoridade do Sumo Pontífice, a qual não era aceita pela doutrina protestante. Dessa forma, não poderia haver, no seio do protestantismo, uma norma objetiva que impedisse as heresias de se alastrarem entre as várias correntes que constituíam o movimento, no melhor espírito do livre-exame de Lutero.

Deslocando a época da Patrística para o Renascimento, importaram também os erros contra os quais os Padres da Igreja lutaram. Sem a autoridade romana, tão cara aos Padres, não se viram os reformadores com condições de separar o joio do trigo, a mentira da verdade, o erro da ortodoxia, ressuscitando velhos credos heréticos, há muito condenados. Nascido uma heresia – negação do primado do Papa, da concepção católica dos sacramentos, e da Tradição Apostólica –, o protestantismo só veio a contaminar-se mais ainda de outras heresias, essas sim, novos modos de demonstrar ancestrais erros.

A grande heresia contra a qual lutou a Igreja Cristã dos primeiros séculos foi o arianismo. Pregava Ário, o principal líder dessa seita, que Cristo não participava da essência divina. O Verbo, para os arianos, não era Deus, porém a mais perfeita criatura. Só era Cristo o Filho de Deus na medida em que recebera do Pai uma "adoção" em um dado momento histórico, ou que nascera sendo por Deus criado. Para o arianismo, as naturezas divina e humana eram, então, incomunicáveis. Contra os erros de Ário, foi convocado o Concílio Ecumênico de Nicéia I, que àqueles condenou. 

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Exposição blasfema do Santander Cultural que promove a pornografia e a pedofilia foi encerrada após mobilização de católicos


Ao todo, são cerca de 270 obras que promovem a pedofilia, a pornografia e diversas outras afrontas à população.

O presidente da instituição, Sérgio Rial, emite a narrativa de que “a exposição “está ancorada em um conceito no qual realmente acreditamos: a diversidade observada sob aspectos da variedade, da pluralidade e da diferença”, que cada vez mais ganha “atenção por parte da nossa organização”, segundo consta no encarte de apresentação.

Ele diz querer com isso o “questionamento entre a realidade das obras e do mundo atual em questões de gênero e suas nuances”.


“Diferentes ângulos de visão e abordagens são fundamentais e extrapolam questões institucionais ou relacionadas ao politicamente correto. Trata-se de um valor para a nossa empresa, pois acreditamos que a diversidade é a impulsionadora da criatividade e da eficiência”, afirma.

Gaudêncio Fidelis, o curador da exposição, diz que “objetivo é propiciar um campo de investigação sobre o caráter patriarcal e heteronormativo do museu como instituição”, “pensar fora da norma”, “provocar um deslocamento, ao menos temporário, no conceito de museu como instituição”.

O detalhe é que este é um projeto desenvolvido pela Lei de Incentivo à Cultura, com apoio do Ministério da Cultura e Governo Federal, ou seja, é dinheiro tirado dos pagadores de impostos.