Ao todo, são cerca de 270 obras que promovem a pedofilia, a pornografia
e diversas outras afrontas à população.
O presidente da instituição, Sérgio Rial,
emite a narrativa de que “a exposição “está ancorada em um conceito no qual
realmente acreditamos: a diversidade observada sob aspectos da variedade, da
pluralidade e da diferença”, que cada vez mais ganha “atenção por parte da
nossa organização”, segundo consta no encarte de apresentação.
Ele diz querer com isso o “questionamento
entre a realidade das obras e do mundo atual em questões de gênero e suas
nuances”.
“Diferentes ângulos de visão e abordagens são
fundamentais e extrapolam questões institucionais ou relacionadas ao politicamente
correto. Trata-se de um valor para a nossa empresa, pois acreditamos que a
diversidade é a impulsionadora da criatividade e da eficiência”, afirma.
Gaudêncio Fidelis, o curador da exposição,
diz que “objetivo é propiciar um campo de investigação sobre o caráter
patriarcal e heteronormativo do museu como instituição”, “pensar fora da
norma”, “provocar um deslocamento, ao menos temporário, no conceito de museu
como instituição”.
O detalhe é que este é um projeto
desenvolvido pela Lei de Incentivo à Cultura, com apoio do Ministério da
Cultura e Governo Federal, ou seja, é dinheiro tirado dos pagadores de
impostos.
Reação Católica
Após a mobilização de católicos contra a exposição blasfema que
promovia a pedofilia, o Santander Cultural, em Porto Alegre (RS), decidiu
encerrar a mostra no domingo, 10 de setembro.
A exposição “Queermuseu – Cartografia da Diferença na
Arte Brasileira” foi aberta no dia 15 de agosto e seguiria até o dia 8 de
outubro. A mostra contava com 270 obras que, segundo a entidade abordavam
as “questões de gênero e diferença”.
Entretanto, as obras apresentavam blasfêmias contra
símbolos religiosos, como hóstias nas quais escreveram nomes de órgãos sexuais,
além de imagens indicando
pornografia, pedofilia e zoofilia.
Diante disso, cristãos iniciaram nas redes sociais uma
mobilização contra a exposição, expressando sua indignação e repúdio à mostra.
Entre as iniciativas, muitos ingressaram na página de Facebook do Santander
Cultural, conseguindo rebaixar a sua nota de avaliação para 1,4, além de outros
que anunciaram o cancelamento de suas contas na instituição financeira.
Frente a esta mobilização o Santander Cultural anunciou no domingo, 10
de setembro, o encerramento da exposição, após receberem “diversas
manifestações críticas”. “Pedimos sinceras desculpas a todos os que se sentiram
ofendidos por alguma obra que fazia parte da mostra”, acrescenta em nota.
“O objetivo do Santander Cultural é incentivar as artes e
promover o debate sobre as grandes questões do mundo contemporâneo, e não gerar
qualquer tipo de desrespeito e discórdia”, afirma a instituição, ressaltando
que promovem a reflexão “sem interferir no conteúdo para preservar a
independência dos autores”.
Entretanto, informa que desta vez “ouvimos as
manifestações e entendemos que algumas das obras da exposição Queermuseu
desrespeitavam símbolos, crenças e pessoas, o que não está em linha com a nossa
visão de mundo”.
Após o anúncio do encerramento da exposição, Padre
Augusto Bezerra, um dos impulsionadores da campanha contra a mostra nas redes
sociais, expressou que “o gigante acordou”.
“Que sirva de exemplo a qualquer um que tente algo do
tipo”, declarou o sacerdote, ressaltando que “estamos avançando e não vamos
cessar nossa militância cristã. Sim, cristãos posicionados e fazendo frente aos
males presentes”.
Por sua vez, a Arquidiocese de Porto Alegre (RS) divulgou
uma nota nesta segunda-feira, na qual “manifesta a sua estranheza diante da
promoção da exposição realizada junto ao Santander Cultural, na capital gaúcha,
que utiliza de forma desrespeitosa símbolos, elementos e imagens, caricaturando
a fé católica e a concepção de moral que enleva o corpo humano e a sexualidade
como dom de Deus”.
A Arquidiocese ressalta que ultimamente se tem “assistido
ataques discriminatórios à cultura judaico-cristã que contribuiu na formação
cultural do ocidente”. Assim, reforça que “eliminar as dificuldades jamais pode
significar desrespeitar o outro e suas crenças, especialmente porque, ao se
tratar do imaginário simbólico da fé, entra-se num campo delicado de
significados e sentidos que a ninguém é dado o direito de desprezar”.
“Em tempos de terrorismo e intolerância, não se constroem
pontes com agressão e desrespeito pelo o que é mais íntimo e sagrado no outro:
sua fé e seu corpo”, sublinha.
Assim, exorta a continuar “trabalhando por um humanismo
solidário com uma atitude de paz que não precisa agredir e ofender quem tem
pensamento diferente”. “São Francisco de Assis, medieval e cristão que continua
a iluminar a contemporaneidade, ensina-nos a ver o outro como irmão e nos faça
a todos instrumentos de paz”, conclui.
Proposta de reabertura da mostra foi levada ao
secretário de Cultura de BH, Juca Ferreira.
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Jornal Livre/ ACI Digital
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