segunda-feira, 9 de abril de 2018

Liturgia em homenagem a esposa de Lula foi comício, criticam católicos no Brasil

Dom Angélico Sandalo e o ex-presidente Lula

Na manhã deste sábado, 07, em cima de um carro de som localizado em frente ao sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo, o ex-presidente Lula participou de uma “celebração da Palavra” em homenagem à sua falecida esposa que hoje cumpriria 68 anos, que vem recebendo críticas de leigos e sacerdotes católicos por ter se convertido em um ato político e que não obedeceu às diretrizes litúrgicas da Igreja.

Antes do seu início, meios de imprensa no Brasil e Portugal noticiaram que o evento seria uma missa em memória à falecida primeira-dama, depois do qual Lula faria um discurso e se entregaria à Polícia quase 48 horas depois de um mandato de prisão contra ele ter sido expedido pelo juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava-jato. Moro deu ao ex-presidente um prazo para entregar-se à justiça até às 17h da sexta-feira, 06, em Curitiba (PR), mas Lula decidiu entregar-se hoje, sábado, de manhã, após o ato religioso.

A cerimônia foi presidida pelo Bispo Emérito de Blumenau, Dom Angélico Sandalo Bernardino, de 85 anos, um amigo de décadas do ex-presidente e que desde o início de seu episcopado deu apoio a Lula, ao Partido dos Trabalhadores e é considerado um dos mais altos representantes da Teologia da Libertação no Brasil, a mesma condenada seguidamente pelos Papas São João Paulo II, Bento XVI e o Papa Francisco.

Segundo o próprio Dom Angélico o ato ia ser uma missa, mas depois de refletirem junto aos organizadores, decidiu-se fazer uma celebração da Palavra. Dom Angélico, e demais sacerdotes presentes estavam paramentados de alva e estola. Entretanto, manifestações políticas por parte dos celebrantes de dos participantes, levaram à indignação de católicos nas redes sociais pelo evidente desrespeito que estes atos comportam às normas litúrgicas.

Segundo a Rádio Jovem Pan, “Dom Angélico Sândalo Bernardino deu início à celebração e saudou “o nosso querido irmão Lula e a nossa presidente Dilma”. Ele disse que o evento tem “outros motivos” e pediu por “um Brasil e um mundo onde todos possam viver como gente””.

Comentando o fato, o sacerdote da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Pe. Augusto Bezerra, que recentemente dedicou um escrito contra abusos litúrgicos, afirmou: “O que ficou evidente no cerimonial é que a Palavra de Deus pouco importava para os presentes. O microfone passando de mão em mão, entre sacerdotes da teologia da libertação e militantes petistas, foi usado para falar de lutas partidárias”.

“Ao fim da proclamação do Evangelho, mais uma vez o povo aclamava: “Não se entrega! Não se entrega”! O sacerdote pedia silêncio porque ele ia fazer o sermão, o que em outros momentos o reclamou diante da agitação da massa, mas pouco se importavam com o seu pedido e gritavam: “Lula livre! Lula Livre”!”, criticou Pe. Augusto.

Também causou estranheza que durante a celebração tenha sido realizada a leitura, por parte do ex-ministro Gilberto Carvalho, de uma carta escrita pelo religioso Frei Betto na ocasião da morte de Marisa Leticia, amigo de Lula e Fidel Castro, conhecido ademais pelos seus livros em que elogia o comunismo. Este tipo de “homenagem” não está previsto em nenhum manual de liturgia consultado pela nossa redação nem corresponde às diretrizes litúrgicas aprovadas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil para celebração da Palavra sem a celebração da Eucaristia.

Vaticano apresenta nova exortação apostólica do Papa Francisco


O Vaticano apresentou nesta segunda-feira, 9, a nova exortação apostólica do Papa Francisco: Gaudete et exsultate, sobre a chamada à santidade no mundo atual. O documento foi apresentado aos jornalistas em coletiva de imprensa com a participação do vigário geral do Papa para a diocese de Roma, Dom Angelo De Donatis, do jornalista Gianni Valente e de Paola Bignardi, da Ação Católica.

“Com efeito, a chamada à santidade está patente, de várias maneiras, desde as primeiras páginas da Bíblia; a Abraão, o Senhor propô-la nestes termos: ‘anda na minha presença e sê perfeito’ (Gn 17, 1)”, escreve no Papa logo no início do documento.

Francisco explica que não se deve esperar da exortação um tratado sobre a santidade, com definições e análises, mas que seu objetivo é humilde: “fazer ressoar mais uma vez a chamada à santidade, procurando encarná-la no contexto atual, com os seus riscos, desafios e oportunidades”, explica o Papa.

Palavra de Vida: «Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê tem a vida eterna».


Esta frase faz parte de um longo diálogo de Jesus com a multidão que assistira ao sinal da multiplicação dos pães. Aquelas pessoas seguiam-No, mas talvez só porque esperavam receber d’Ele mais alguma ajuda material. Começando pela necessidade imediata de saciar a fome, Jesus orienta, pouco a pouco, o seu diálogo para falar da sua missão: foi enviado pelo Pai para transmitir aos homens a verdadeira vida, a vida eterna, isto é, a própria vida de Deus, que é Amor.

Quando caminhava pelas estradas da Palestina, Jesus tornava-se próximo de todos os que encontrava, não se esquivando das exigências de alimento, de água, de saúde, de perdão. Pelo contrário, partilhava sempre das necessidades de todos, dando esperança a cada um. Por isso, podia exigir um passo mais em frente, podia convidar aqueles que O escutavam a receber a vida que Ele oferece, a entrar na amizade com Ele, a confiar e a ter fé n’Ele.

Comentando precisamente esta frase do Evangelho, Chiara Lubich escreveu: «Jesus responde aqui às aspirações mais profundas do ser humano, que foi criado para a vida e a procura com todas as forças que tem. Mas o seu grande erro é procurá-la nas criaturas, nas coisas criadas, que, sendo limitadas e passageiras, não podem dar uma verdadeira resposta às aspirações do ser humano. (…) Jesus é o único que pode saciar a fome do homem. Só Ele pode dar-nos a vida que não morre, porque Ele é a Vida» (1).

«Em verdade, em verdade vos digo: 
aquele que crê tem a vida eterna».

domingo, 8 de abril de 2018

Padre é morto a tiros durante refeição após missa dominical, no Congo


Homens armados mataram um padre depois de uma missa dominical na região oriental da República Democrática do Congo, neste domingo, segundo o líder católico Emmanuel Kapitula.

De acordo com Kapitula, os atiradores entraram em uma sala em Masisi, onde o padre Etienne Nsengiunva estava comendo com outras pessoas, neste domingo, e atiraram em sua direção. Kapitula então pediu ao governo que ofereça proteção e investigue o assassinato.

Declaração final do encontro em Roma para discutir a crise na Igreja

Declaração final do colóquio “Igreja Católica, onde vais?” (“Chiesa cattolica, dove vai?”), Roma, 7 de Abril de 2018


Por causa de interpretações contraditórias da exortação apostólica Amoris laetitia, o desconcerto e a confusão grassam crescentes entre os fiéis de todo o mundo.

O pedido urgente por parte de cerca de um milhão de fiéis, de mais de 250 estudiosos e também de alguns cardeais, solicitando uma resposta clarificadora do Santo Padre a estas questões, até agora ainda não foi ouvido.

Diante do grave perigo que assim se criou para a fé e a unidade da Igreja, nós, membros batizados e crismados do Povo de Deus, somos chamados a reafirmar a nossa fé católica.

A isso nos autoriza e encoraja o Concílio Vaticano II, que, no nº. 33 de Lumen gentium, afirma: «todo e qualquer leigo, pelos dons que lhe foram concedidos, é ao mesmo tempo testemunha e instrumento vivo da missão da própria Igreja, “segundo a medida concedida por Cristo” (Ef. 4,7).» 

A isso nos encoraja ainda o Beato John Henry Newman, que, já no ano de 1859, num escrito que se pode dizer profético, On Consulting the Faithful in Matters of Doctrine (“Sobre a consulta dos fiéis em matéria doutrinal”),  mostrava bem a importância do testemunho de fé por parte dos fiéis leigos.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Por que Jesus dobrou o lenço que cobria sua cabeça no sepulcro depois de sua ressurreição?

Poucas pessoas haviam detido a atenção a esse detalhe.

João 20,7 afirma que o lenço que fora colocado sobre a face de Jesus, não foi apenas deixado de lado, como os lençóis no túmulo.

A Bíblia reserva um versículo inteiro para nos dizer que o lenço foi dobrado cuidadosamente e colocado na cabeceira do túmulo de pedra.

"Bem cedo, na manhã de domingo, Maria Madalena foi à tumba e descobriu que a pedra da entrada havia sido removida. Ela correu ao encontro de Simão Pedro e outro discípulo... aquele que Jesus tanto amara (João) e disse-lhe ela: "Tiraram o corpo do Senhor e eu não sei para onde o levaram." Pedro e o outro discípulo correram ao túmulo para ver... O outro discípulo passou à frente de Pedro e lá chegou primeiro. Ele parou e observou os lençóis, mas ele não entrou no túmulo. Simão Pedro chegou e entrou. Ele também notou os lençóis ali deixados, enquanto que o lenço que cobrira a face de Jesus estava dobrado, e colocado em outro lado.

Isto é importante? Definitivamente sim!
Isto é significante? Certamente que sim!

Para poder entender a significância do lenço dobrado se faz necessário que entendamos um pouco a respeito da tradição Hebraica daquela época.

O lenço dobrado tem que a ver com o Amo e o Servo, e todo menino Judeu conhecia essa tradição.

domingo, 1 de abril de 2018

Mensagem de Páscoa e Bênção Urbi et Orbi 2018 do Papa Francisco


MENSAGEM URBI ET ORBI
DO PAPA FRANCISCO
PÁSCOA 2018

Sacada Central da Basílica Vaticana
Domingo, 1° de abril de 2018

Queridos irmãos e irmãs, feliz Páscoa!

Jesus ressuscitou dos mortos.

Ressoa na Igreja, por todo o mundo, este anúncio, juntamente com o cântico do Aleluia: Jesus é o Senhor, o Pai ressuscitou-O e Ele está vivo para sempre no meio de nós.

O próprio Jesus preanunciara a sua morte e ressurreição com a imagem do grão de trigo. Dizia: «Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12, 24). Foi isto mesmo que aconteceu: Jesus, o grão de trigo semeado por Deus nos sulcos da terra, morreu vítima do pecado do mundo, permaneceu dois dias no sepulcro; mas, naquela sua morte, estava contida toda a força do amor de Deus, que se desencadeou e manifestou ao terceiro dia, aquele que celebramos hoje: a Páscoa de Cristo Senhor.

Nós, cristãos, acreditamos e sabemos que a ressurreição de Cristo é a verdadeira esperança do mundo, a esperança que não decepciona. É a força do grão de trigo, a do amor que se humilha e oferece até ao fim e que verdadeiramente renova o mundo. Esta força dá fruto também hoje nos sulcos da nossa história, marcada por tantas injustiças e violências. Dá frutos de esperança e dignidade onde há miséria e exclusão, onde há fome e falta trabalho, no meio dos deslocados e refugiados – frequentemente rejeitados pela cultura atual do descarte – das vítimas do narcotráfico, do tráfico de pessoas e da escravidão dos nossos tempos.

E nós, hoje, pedimos frutos de paz para o mundo inteiro, a começar pela amada e martirizada Síria, cuja população se encontra exausta por uma guerra sem um fim à vista. Nesta Páscoa, a luz de Cristo Ressuscitado ilumine as consciências de todos os responsáveis políticos e militares, para que se ponha imediatamente termo ao extermínio em curso, respeite o direito humanitário e proveja a facilitar o acesso às ajudas de que têm urgente necessidade estes nossos irmãos e irmãs, assegurando ao mesmo tempo condições adequadas para o regresso de quantos foram desalojados.

Frutos de reconciliação, imploramos para a Terra Santa, ferida, também nestes dias, por conflitos abertos que não poupam os indefesos, para o Iémen e para todo o Médio Oriente, a fim de que o diálogo e o respeito mútuo prevaleçam sobre as divisões e a violência. Possam os nossos irmãos em Cristo, que muitas vezes sofrem abusos e perseguições, ser testemunhas luminosas do Ressuscitado e da vitória do bem sobre o mal.

Mensagem de Páscoa: Cristo Ressuscitou!


Jesus nos chamou para sermos testemunhas privilegiadas de sua ressurreição. Por isso, voltamos nosso olhar para a manhã da Páscoa e ouvimos como que dirigidas a nós as palavras que o Anjo falou às piedosas mulheres que tinham ido ao túmulo do Senhor: “Não vos assusteis! Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele ressuscitou!” (Mc 16,6). Nosso anúncio da ressurreição torna-se tanto mais vivo quanto mais se aproximar dessas palavras, marcadas pela simplicidade: Ele ressuscitou!

A ressurreição de Cristo exige de nós um ato de fé. Sem esse ato, os primeiros que ouviram o anúncio da boca dos apóstolos não teriam se convertido, o mundo não teria se transformado e as comunidades não teriam se formado. Da fé na ressurreição de Cristo depende a nossa salvação. Celebrar a Páscoa é, pois, crer na ressurreição. Santo Agostinho nos lembra: “Não é grande coisa crer que Jesus morreu; também os pagãos o creem, também os condenados; todos o creem. Mas a coisa realmente grande é crer que ressuscitou. A fé dos cristãos é a ressurreição de Cristo”.