quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Imprensa vaza carta do Papa Francisco ao "senhor" Nicolás Maduro



O jornal italiano ‘Corriere della Sera’ publicou parte do conteúdo da carta que o Papa Francisco enviou a Nicolás Maduro, depois que o presidente lhe pediu sua mediação na crise na Venezuela.

Em um artigo publicado neste dia 13 de fevereiro pelo jornalista Massimo Franco, indica-se que a carta de duas páginas e meia foi dirigida ao "Excelentíssimo Senhor Nicolás Maduro". A imprensa internacional destacou este detalhe ao assinalar que o Papa não se dirigiu a Maduro como "presidente".

Na carta, datada de 7 de fevereiro, o Santo Padre afirma que outros " tentaram encontrar uma saída para a crise venezuelana". "No entanto, tudo foi interrompido porque o que foi acordado nas reuniões não foi seguido por ações concretas para fazer acordos" e "as palavras pareciam deslegitimar os bons propósitos que foram postos por escrito".

As palavras do Papa se referem à participação do Vaticano em 2016 como facilitador do diálogo –promovido pela UNASUL- entre o governo e a oposição.

A Santa Sé enviou Dom Paul Tscherrig e, depois, Dom Claudio Maria Celli. No entanto, este último decidiu, em janeiro de 2017, não voltar para a Venezuela, devido ao fracasso dos acordos de outubro de 2016.

No dia 11 de fevereiro, o vice-presidente e secretário da Pontifícia Comissão para a América Latina, Guzmán Carriquiry lembrou que esses acordos contemplavam "a abertura de canais humanitários para sair ao encontro das necessidades da população e aliviar seus sofrimentos, a convocação dentro de um prazo próximo e realista de eleições livres e transparentes, o reconhecimento da Assembleia Nacional (controlada pela oposição), a libertação dos presos políticos e o fim da violência e repressão".

Na carta divulgada por ‘Corriere della Sera’, Francisco reitera que é a favor da mediação, "não de qualquer diálogo, mas daquele em uma mesa quando as diferentes partes envolvidas no conflito colocam o bem comum acima de todos os outros interesses e trabalham pela unidade e paz".

Os acordos de outubro de 2016 também foram recordados na carta enviada em dezembro daquele ano pelo Secretário de Estado do Vaticano e ex-núncio na Venezuela, Cardeal Pietro Parolin.

Na carta do Cardeal Parolin, diz o Papa, "a Santa Sé assinalou claramente quais eram as condições para que o diálogo fosse possível" e avançou "uma série de condições que considerava essencial para o diálogo se desenvolver de uma forma frutífera e eficaz".

Estas condições, continuou o Papa, "juntamente com outras que já foram acrescentadas como resultado da evolução da situação" são mais necessárias do que nunca, especialmente para "que se evite qualquer derramamento de sangue."

Francisco, indica ‘Corrierre dela Sera’, explica a Maduro que "a situação o preocupa profundamente" e lhe diz que está preocupado com "o sofrimento do nobre povo venezuelano, que parece não ter fim".

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Guardemos a fé católica e apostólica!



Caro Amigo,

Nestes tempos difíceis, guardemos a fé católica e apostólica,
sem descontos, sem medos, sem complexos.

Guardemos a fé recebida pelos Apóstolos do Senhor e transmitida, geração após geração, num desenvolvimento orgânico e sem rupturas, sob a ação do Santo Espírito no seio da Igreja.

Foi a Igreja toda quem recebeu o Santo Espírito para viver, testemunhar, guardar e transmitir a fé. Cada fiel, em cada estado de vida ou ministério no interior da Igreja, tem este dever, esta responsabilidade e esta graça, de modo particular os ministros ordenados, a começar pelo Colégio Episcopal, cuja cabeça é o Bispo de Roma, na comunhão do Episcopado e de toda a Igreja.

Ninguém é dono da Igreja, ninguém, sozinho, é o guardião da fé católica e apostólica, ninguém - absolutamente ninguém - pode mudar a doutrina da Igreja, aquela fé confiada aos santos uma vez por todas!

Guarde, portanto, a fé!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Excessos litúrgicos


É coisa muito interessante: têm aparecido jovens com o desejo de participar da Santa Missa no rito de S. Pio V ou, pelo menos, no rito do Missal de Paulo VI em latim.

É um direito dos fiéis católicos participarem da Missa segundo o missal anterior ao atual. Basta que o Bispo diocesano julgue conveniente o pedido e determine uma igreja para a celebração.

No entanto, se esse desejo nascer de uma visão reacionária contra o Concílio Vaticano II e contra o Missal atual, promulgado pelo Papa Paulo, tal desejo e tal pedido não podem ter cidadania na Igreja.

Quem nega a autoridade do Concílio Vaticano II e suas determinações ou quem refuta o Missal de Paulo VI, aprovado pela autoridade de um Papa legítimo e acolhido por todo o Episcopado e por toda a Igreja, afasta-se gravemente da comunhão de sentimento com a Igreja de Cristo. Isso é, pelo menos, temeridade, além de uma enorme soberba: pensar que compreende melhor a fé católica e lê melhor a Tradição que o próprio Episcopado em comunhão com o Sucessor de Pedro!

É assim: quando o Diabo não derruba pelo menos, ataca pelo mais!

Abusos na liturgia


“Parece-me que não havia coisa mais desagradável do que ver a diversidade das cerimônias com que se celebravam a Missa. Uns começavam o santo sacrifício pelo Pater noster; outros, enquanto se revestiam da casula, recitavam o Introibo. Lembro-me de que, um dia, estando em Saint-Germain-en-Laye, notei que sete ou oito padres celebravam a Missa de modo diferente: um fazia de um modo, outro de modo diverso; era uma variedade que provocava lágrimas”.

Assim descrevia São Vicente de Paulo (1581-1660) os abusos litúrgicos de sua época, que ele procurou corrigir. Estamos nos séculos XVI e XVII, portanto, depois da reforma litúrgica feita por São Pio V, em cumprimento do estabelecido pelo Concílio de Trento.

Nesse tempo, explica o livro da vida de São Vicente, também em consequência das guerras de religião demorou a entrar em prática a disciplina eclesiástica estabelecida pelo Concílio Tridentino. “O relaxamento do clero era deplorável... praticavam mal as cerimônias dos sacramentos... muitos padres não usavam batina, nem hábito eclesiástico para celebrar a Missa, e ministravam os sacramentos em traje secular”.

São Paulo apóstolo (1 Cor 11) invectivava contra os abusos litúrgicos que já havia entre os primeiros cristãos. Portanto, não são exclusividade da nossa época. Mas a fé e o respeito devidos à Eucaristia nos impelem a não nos conformarmos com esses desmandos.

O Cardeal Virgílio Noé, cerimoniário da Santa Sé, explicou que, com a célebre expressão “fumaça de Satanás no templo de Deus”, Paulo VI se referia aos abusos litúrgicos pós-conciliares: “A fumaça de Satanás não era outra coisa que a mentalidade que queria distorcer as regras tradicionais e litúrgicas da cerimônia Eucarística... Ele condenava o espírito de protagonismo e delírio de onipotência que se seguiram à liturgia do Concílio” (14/5/2008).

PB: Decreto de Arcebispo sobre conduta com menores reforça o que já era orientado


No último dia 6 de fevereiro a Arquidiocese da Paraíba publicou um decreto interno que normatiza a conduta do clero em relação a menores de idade e pessoas vulneráveis, o qual, segundo o Vigário Geral, Pe. Luiz de Souza e Silva Júnior, traz orientações que já eram transmitidas aos padres durante sua formação.

Trata-se de um documento interno com 12 artigos, assinado pelo Arcebispo, Dom Frei Manoel Delson Pedreira da Cruz, que vazou à imprensa no último fim de semana. Em declarações a ACI Digital, o Vigário Geral da Paraíba explicou que, “como há outros decretos internos sobre outros temas, também foi publicado este que normatiza as condutas dos clérigos com relação ao trato de menores e pessoas com vulnerabilidades”.

“Essas orientações e cuidados, na verdade devem existir em toda instituição que lide com menores e vulneráveis”, assinalou.

Segundo Pe. Luiz Júnior, “basicamente, o decreto orienta a que não acolham menores sem seus pais ou responsáveis, nem pessoas com vulnerabilidade em suas residências, automóveis”.

Além disso, em casos de confissões, o Vigário Geral explicou que a orientação é a de que “sejam feitas em locais que permitam a visibilidade, a fim de preservar a imagem do menor, da pessoa com vulnerabilidade, do padre e da instituição de possíveis comentários posteriores”.

“São orientações que sempre foram dadas aqui pela Igreja aos seus padres durante a formação, mas que foram reforçadas neste decreto”, ressaltou o sacerdote.

De acordo com Pe. Luiz Júnior, a publicação deste decreto já estava sendo estudada desde o ano passado pelo setor jurídico da Arquidiocese, sob o olhar do Arcebispo, Dom Manoel Delson. Entretanto, “veio o fim do ano e, em janeiro, o Arcebispo teve alguns dias de férias. Somente agora em 6 de fevereiro houve a primeira oportunidade quando aconteceu a primeira reunião do clero”.

“Sabemos que o Papa Francisco sempre dá orientações para o cuidado com os menores e é isso o que buscamos fazer”, assinalou o Vigário Geral.

A respeito do encontro sobre "A proteção dos menores na Igreja", que acontecerá no Vaticano de 21 a 24 de fevereiro deste ano, com a presença dos presidentes das conferências episcopais de todo o mundo, Pe. Luiz indicou que, “assim como toda a sociedade, a Arquidiocese também está atenta ao que virá desta reunião e sabemos da sensibilidade do Papa Francisco e da atenção especial que tem dado a este tema, ao cuidado dos menores”.

“Nós também devemos ter esses cuidados”, completou.

Índia: Desconhecidos queimam estátua da Virgem Maria



Em Madhya Pradesh (Índia), queimaram uma estátua da Virgem Maria na paróquia de St. Joseph, a poucos quilômetros da sede arcebispal.

O grupo cristão Global Council of Indian Christians (GCIC) denunciou o fato. Seu presidente, Sajan K George, disse que o incêndio ocorreu no dia 3 de fevereiro. "A estátua de Maria foi encontrada queimada, na gruta da paróquia de St. Joseph", indicou.

A comunidade cristã expressou estar "muito aflita e profundamente ferida em seu sentimento religioso".

Padre Rockey Shah, porta-voz da Diocese de Jhabua, da qual a paróquia pertence, apresentou a queixa. "Uma investigação está sendo realizada, um memorando foi enviado à polícia e ao collector (prefeito do distrito). Pedimos ao nosso povo que reze pela paz e harmonia e evite reagir agressivamente ", assinalou.

Segundo informou Asia News, o presidente do GCIC disse que "a vulnerável comunidade cristã continua sofrendo com a hostilidade de grupos que buscam semear a desconfiança e a divisão". Indicou que esta situação "causa discórdia social e a fé cristã é vista na Índia com suspeita, apesar do fato de nosso país ser laico e sua Constituição garantir que ninguém seja discriminado por causa de sua crença".

Dom Orani lamenta morte de jornalista brasileiro Ricardo Boechat



O Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, lamentou a morte do jornalista Ricardo Boechat nesta segunda-feira, em uma queda de helicóptero em São Paulo, e expressou sua solidariedade aos familiares e amigos.

“A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro recebeu com pesar a notícia da queda do helicóptero que ocasionou o falecimento do jornalista Ricardo Eugênio Boechat ocorrido no início da tarde de hoje”, afirma nota assinada por Dom Orani.

O texto assinala que o jornalista “destacou-se por suas análises e opiniões, mesmo em épocas em que tal prática não era comum nas redações e jornais”.

“Neste momento de luto, a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro se solidariza com seus familiares, amigos e colegas de jornalismo, confiante nas promessas de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e a quem dirigimos nossas preces por Ricardo Boechat: ‘Dá-lhe Senhor o descanso eterno, brilhe para ele a Vossa Luz! Descanse em Paz’”, conclui a nota.

Três fatores a considerar quando ler sobre a “investigação da Abin contra a Igreja Católica”

Frei Betto, Lula e dom Claudio Hummes, escolhido pelo papa Francisco como "Presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônia" e um dos principais responsáveis pelo sínodo deste ano (foto: Agência Brasil).


Nesta segunda-feira (11/02) a imprensa nacional, padecente do vício de reproduzir notícias de agências sem gastar nem um minuto de reflexão antes de copiar e colar, alardeou a exagerada matéria do Estadão sobre como o “Planalto” investiga a “Igreja Católica” como potencial opositora. Mesmo que a suposta investigação já tenha sido esclarecida pela Abin, convém destacar alguns tópicos sobre a questão:

1) É uma obviedade gritante e antiga o fato de que temos bispos brasileiros mais fiéis ao deus petista – que tá preso, babaca! – do que a Jesus Cristo. Por isso o governo devia é ficar de olho sim.

2) Apesar disso, convém jamais esquecer que o jornalismo de esquerda, durante todo o governo Bolsonaro, vai investir insistentemente na tática de “dividir para conquistar”, tentando rachar a sólida base de apoio bolsonarista formada, entre outros grupos, por cristãos praticantes (católicos e evangélicos). Tentaram ao longo da campanha eleitoral e não vão parar no decorrer do mandato. Chamar de “Igreja Católica” um punhado de bispos petistas não é só uma generalização grosseira. Faz parte dessa estratégia.

3) Ainda que alguns desses traidores da fé realmente estejam no alto escalão da hierarquia católica e da CNBB (realidades que estão longe de ser a mesma coisa, registre-se), as eleições de outubro provaram que a influência real dessa gente sobre os fiéis é minúscula. É só ver como dioceses governadas por alguns dos bispos mais militantes deram votações esmagadoras ao atual presidente, contrariando frontalmente o desejo de seus perturbados pastores.