O assassinato brutal do menino Rhuan Maycon da Silva Castor, de apenas 9 anos, cometido por sua própria mãe e a parceira com
quem mantinha uma relação homossexual, revela mais uma vez e de forma
estarrecedora o quanto grupos políticos, movimentos sociais e boa parte da
grande mídia tratam de forma seletiva a questão sobre direitos humanos no
Brasil.
O crime bárbaro ocorreu no dia 31 de maio, em
Samambaia Norte, região de Brasília, DF. A cabeleireira Rosana Auri da Silva
Candido (27) e sua namorada, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno Pessoa, 28
anos, deram 12 facadas em Rhuan e em seguida esquartejaram o seu corpo,
colocando suas partes em duas malas para serem descartadas.
Segundo um laudo da Polícia Civil, o garoto já
passava por tortura física e psicológica a pelo menos um ano. Como sinal disso,
seu pênis teria sido mutilado pela mãe, que cultivou ódio contra a figura
masculina e por isso teria descontado sua revolta no próprio filho, por ser
homem.
Rhuan foi retirado da guarda do pai, Maycon
Douglas Lima de Castro, em 2015 e de forma ilegal. “A gente postava no Facebook
fotos e as pessoas indicavam onde ele estava. Tentamos salvar o Rhuan”, disse
ele emocionado ao portal Metrópoles. Sem ser encontrado, o garoto passou a
viver com a mãe e sua parceira, além de uma menina de 8 anos, filha de Kacyla,
que presenciou a cena do crime.
Segundo a conselheira tutelar Cláudia Regina
Carvalho, a menina de 8 anos que também falou sobre o que viu do crime
apresentou forte rejeição ao pai, o agente penitenciário de Rio Branco (AC)
Rodrigo Oliveira. Ao que tudo indica, ela foi vítima de alienação parental. Ou
seja, Kacyla e Rosana influenciaram a visão da menina sobre a figura paterna.
“Ela tem a figura masculina como agressora. Se
refere ao irmão [Rhuan] como primo e estava ressentida. Disse que tinham
desavenças, no entanto, não mencionou agressão por parte da mãe. Pelo
contrário: falava dela com um grande carinho”, disse Cláudia Regina Carvalho.