quinta-feira, 20 de junho de 2019

Bispo chinês prefere perseguição a aderir à Associação Patriótica


Dom Vincenzo Guo Xijin, Bispo Auxiliar de Mindong (China), está disposto a sofrer perseguições junto aos outros sacerdotes não oficiais ou clandestinos, em vez de aderir à Associação Patriótica (AP), controlada pelo governo, e obrigar seus presbíteros a tal adesão.

Assim informou a agência ‘Asia News’, citando fontes da diocese que, segundo alguns, seria o "projeto piloto" para a aplicação do Acordo Provisório assinado pela China e o Vaticano em setembro de 2018.

Depois do acordo e por uma decisão do Papa Francisco, o Bispo oficial da diocese, Dom Vicenzo Zhan Silu, foi retirado da excomunhão, assim, Dom Guo Xijin aceitou retroceder a Bispo Auxiliar para deixar a sede de ordinário para Dom Zhan Silu.

Sendo Dom Guo Xijin um Bispo reconhecido apenas pela Santa Sé, a Frente Unida e o Departamento de Assuntos Religiosos o fizeram assinar um documento no qual lhe exigia obediência ao novo Bispo, mas, sobretudo, submissão às leis do país e adesão aos princípios de “independência” da Igreja na China em relação ao Vaticano e à Associação Patriótica (AP).

No entanto, Dom Guo Xijin conseguiu assinar um documento aceitando obediência ao Bispo, às leis do país, mas não à "independência“ nem à AP, cujos princípios são "incompatíveis com a fé católica", como assinala a carta de Bento XVI aos católicos chineses do ano de 2007.

Desta forma, Dom Guo Xijin foi reconhecido como bispo e pôde celebrar a Missa Crismal em público na última Quinta-Feira Santa.

As autoridades não querem publicar este documento e exigem que todos os sacerdotes não oficiais ou subterrâneas da diocese – a maioria, com cerca de 60 – assinem a adesão à AP, fazendo crer que Dom Guo Xijin também o fez.

Daí a revolta de Dom Guo, que inclusive prefere não ser reconhecido como bispo pelo governo, a ver seus sacerdotes obrigados a assinar a pertença à Associação Patriótica.

O problema, indica ‘Asia News’, está no que o Acordo Provisório entre a China e o Vaticano não tornou público. A agência assinala que o acordo prevê a submissão de sacerdotes e bispos às leis da China, mas mantém como facultativa a adesão à Associação Patriótica.

No entanto, a organização do governo que controla a Igreja exige a inscrição obrigatória dos sacerdotes e bispos, sob a pena de serem excluídos de seu ministério.

Para reivindicar liberdade para si e para os seus sacerdotes, Dom Guo Xijin escreveu uma carta na qual retirou o seu pedido de reconhecimento por parte do governo e a enviou ao Departamento para a Segurança Pública de Fuan, ao Departamento de Assuntos Religiosos de Fuan e ao Bispo Zhan Silu.

Na carta, Dom Guo Xijin explicou suas razões: "O governo já decidiu perseguir os sacerdotes que se recusem a assinar o pedido (de adesão à AP). Se eu não puder protegê-los, não vale a pena que eu seja reconhecido como bispo auxiliar. Estou disposto a enfrentar a perseguição junto com outros sacerdotes".

Haiti: bispos convocam um ano de oração pelo país

 
“O momento é grave! Os eventos desses últimos dias devem questionar o sentido de cidadania e a consciência patriótica de todos. Precisamos agir em sinergia para salvar o Haiti, nossa pátria e nossa casa comum. Não devemos ser indiferentes. O Haiti não é algo dos outros, mas de cada haitiano.”

É o que escreve a Conferência Episcopal Haitiana (Ceh) numa mensagem na qual destaca mais uma vez a difícil situação do país caribenho e lança a iniciativa de uma grande oração pelo Haiti, até Pentecostes de 2020, segundo informações da Agência Sir.

Apelo à conversão para reencontrar esperança e dignidade

“Conscientes de tudo o que está acontecendo em nosso país e da importância da corresponsabilidade do homem em relação à ação de Deus na transformação da cidade”, lê-se na mensagem, nós, os bispos do Haiti, queremos, através dessa nota, renovar o nosso chamado ao amor, ao patriotismo, à conversão e à oração a fim de tirar o nosso povo fora do abismo em que se encontra e guiá-lo num caminho de esperança e dignidade. Voltemos o nosso olhar para Cristo, Redentor e Salvador do ser humano e de toda a humanidade”.

Considerações sobre o documento 'Instrumentum laboris' que auxiliará bispos no Sínodo da Amazônia


O Vaticano apresentou ao público no dia 17 de junho, o "Instrumentum laboris", o documento que irá auxiliar os Bispos e participantes do Sínodo da Amazônia, que acontece entre os dias 06 e 27 de outubro deste ano [1].

A expectativa, desde o anúncio do Sínodo, ficou centrada em dois pontos: o celibato e a ordenação de mulheres. Muito se especulou, e os que ousaram alertar sobre as manobras, os riscos e perigos, eram logo descartados como histéricos. Mas, tudo agora parece confirmado.

Sobre o celibato, o documento estabelece o seguinte: "Afirmando que o celibato é uma dádiva para a Igreja, pede-se que, PARA AS ÁREAS MAIS REMOTAS DA REGIÃO, se estude a possibilidade da ORDENAÇÃO SACERDOTAL DE PESSOAS IDOSAS, de preferência INDÍGENAS, respeitadas e reconhecidas por sua comunidade, mesmo que já tenham uma família constituída e estável, com a finalidade de assegurar os Sacramentos que acompanhem e sustentem a vida cristã" (129, a, 2).

É evidente que uma proposta sobre o celibato não seria colocada de forma radical, algo que escandalizasse os fiéis, sobretudo com a polêmica que se arrasta, inclusive com autoridades eclesiásticas levantando-se veementemente para defender a tradição da Igreja. A mudança é gradativa, e o passo inicial pode estar aí: "PARA AS ÁREAS MAIS REMOTAS DA REGIÃO, se estude a possibilidade da ORDENAÇÃO SACERDOTAL DE PESSOAS IDOSAS, de preferência INDÍGENAS" [...].

 
Acontece que o interesse alegado - "assegurar os Sacramentos", acompanhar e sustentar a "vida cristã" - fica sob suspeita com a própria redação do documento e contradiz toda a argumentação que os seus proponentes e entusiastas têm utilizado para justificar a ordenação de homens casados. Se pregavam sobre a necessidade de atender as tais "áreas remotas", percorrendo todas as comunidades e tribos, como "pessoas idosas" darão conta de um trabalho tão exigente e extenuante? Ademais. Como farão com o cuidado, a atenção e o sustento de suas próprias famílias com as novas e rigorosas atribuições?

No que se refere à ordenação de mulheres, o "Instrumentum laboris" não é nada claro: "Identificar o tipo de ministério oficial que pode ser conferido à mulher, tendo em consideração o papel central que hoje ela desempenha na Igreja amazônica" (129, a, 3). Essa imprecisão não parece ser inocente.

A palavra final do Papa São João Paulo II, na Carta Apostólica "Ordinatio Sacerdotalis", sempre foi levantada para frear os intentos de ordenar "sacerdotisas". O diaconato feminino, contudo, nunca saiu da pauta. Em 2016, o próprio Papa Francisco ordenou a criação de uma comissão de estudos sobre o assunto; e, embora tenha recentemente tergiversado sobre a conclusão dos estudos, na coletiva de imprensa dada a bordo do voo que o trouxe de volta da Macedônia a Roma, o "Intrumentum laboris" não deixa dúvida de que a possibilidade de ordenação de diaconisas está aberta, no mínimo para "discussão". A propósito, a ordenação de "diaconisas" - e também de "sacerdotisas" (!) - foi um pedido da própria Regional Norte 1 da CNBB - Conferência dos Bispos, com a publicação de uma carta da "assembleia territorial pré-sinodal", que se reuniu exatamente em Manaus, na capital do estado do Amazonas. Regional Norte 1 que tem como presidente Dom Mário Antônio da Silva, agora o segundo vice-presidente da CNBB [2].

Enfim, no que diz respeito a esses dois principais temas - o celibato e a ordenação de mulheres -, o Sínodo da Amazônia vem para tentar o que alguns já apontavam: abrir as portas e introduzir já certas mudanças significativas, na esperança de uma "revolução" ainda maior no futuro. Os índios são apenas um pretexto. Trata-se de um verdadeiro atentado "progressista" contra a Santa Igreja Católica.

terça-feira, 18 de junho de 2019

"Jesus Cristo foi morto como a Marielle", diz professor para alunos em sala de aula


Mais um episódio de doutrinação ideológica em sala de aula foi gravado pelos alunos e divulgado no último final de semana. Se trata de um professor de Geografia do Sesi de Suzano. O vídeo mostra o docente fazendo críticas ao cenário cultural e político do país, indiretamente, induzindo a opinião dos alunos sobre tais aspectos.

O professor identificado como Jefferson, segundo informações do movimento Escola Sem Partido (ESP), aparentemente contextualiza sua fala ao modo como a figura da mulher é tratada na sociedade atual, tema de um trabalho feito pelos alunos. No entanto, o mesmo chega à comparar o assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), à morte de Jesus Cristo.

Ideologia de gênero e a desconstrução da família


Ao definir ideologia de gênero, devemos considerar dois conceitos bem particulares, que assumem significados distintos: ideologia e movimento. Algumas ideologias viraram movimentos, ao passo que muitos movimentos nasceram sem ideologia.

Hoje, quando precisamos nos referir à ideologia de gênero, é mais prático utilizar a expressão agenda de gênero – lembrando-se de que o termo “agenda” significa projeto, planejamento e sequência.

Essa questão remete a um movimento promovido, no início do século XIX, por uma pessoa de nome Lewis Henry Morgan. Ele dedicou seus estudos a estabelecer três itens no incipiente movimento chamado, então, de “sociedade primitiva”. A intenção de Morgan era demonstrar que o Estado, a ideologia de gênero, a crise da identidade sexual e religião tinham causado grandes problemas na configuração da família. Para Morgan, que desenvolveu sua pesquisa ao lado da tribo dos Iroqueses, nada poderia ser mais errado do que estabelecer o conceito de família na sociedade, pois os vínculos consanguíneos, segundo ele, não existem.

Testemunho: "Após 18 anos sendo protestante fervorosa, fui vencida pela Verdade".


Eu fui vencida pela Verdade. É isso que costumo dizer quando alguém me pergunta o motivo de ter me tornado católica. Resolvi escrever um breve relato de minha pequena história porque para muitos a mudança ainda assusta e as pessoas não entendem como fui “capaz” de me tornar católica.

Fui protestante por dezoito anos, desde muito pequena eu vou à igreja, cresci na Assembleia de Deus e lá permaneci até mais ou menos doze anos de idade.

A partir daí foi só ladeira abaixo, entrei numa igreja de célula M12, é um negócio complicado demais para eu explicar num post de facebook, mas lá participava de encontros em que colocavam-nos num sítio por um fim de semana inteiro e nos submetiam a palestras de cura e libertação. Eu ainda estou no começo dos estudos sobre o assunto tentando entender o fenômeno, então digo, por hora, que a coisa toda fica entre um tipo de psicoterapia grupal, sob a liderança de pastoras desnorteadas, e lavagem cerebral. Eu não quero ofender os membros da seita, os respeito como almas imortais, no entanto eu preciso dizer a verdade do que sei, e sei por experiência direta e contínua.

Não era bonito. Eles abriam as feridas da minha alma e davam-me paliativos para que pudessem abrir de novo quantas vezes precisassem até que eu estivesse domesticada o bastante, era terrível! Fora as humilhações a que era submetida e a vigilância constante das mínimas decisões que tomava em minha vida. Uma submissão total à liderança.

Bem, vivi nesse caos por seis anos, nunca satisfeita, sempre com aquele vazio enorme no peito. Saí da seita depois de um término de namoro muito doloroso e comecei a frequentar outras igrejas protestantes, batista, presbiteriana, etc.

Então num dia difícil, onde eu vivia de crise em crise, com depressão e ansiedade, automutilação, burrice sem fim e perdida na dor que o subjetivismo atroz e a incompreensão do que a vida realmente é me causavam, eu conheci o filósofo e professor Olavo de Carvalho. E minha vida mudou.

Estava eu assistindo vídeos no YouTube quando o Nando Moura, explicando sobre a decadência em que estamos metidos, citou o professor e fui atrás para saber quem era; foi uma centelha de esperança que me invadiu quando assisti o professor pois pela primeira vez na vida eu ouvia alguém falar com veracidade, sem tapeação e com uma inteligência extraordinária, um mestre que ensina e um pai que aconselha; percebi que havia encontrando um tesouro então assisti quase tudo o que havia dele no youtube.

A respeito do catolicismo o que me fez começar a pensar no assunto foi quando ele disse: — fé não é crer no sentido de crença, fé é confiança numa pessoa real, Nosso Senhor Jesus Cristo; você pode crer o quanto quiser mas se não confiar na pessoa real do Cristo você não é cristão — isso foi no podcast dele com o Yuri Vieira e a partir daí eu fui tomada por uma ânsia em buscar a verdade.

Vaticano prepara documento doutrinário sobre ideologia de gênero


A Congregação para a Doutrina da Fé está preparando um documento sobre o ensinamento da Igreja e a antropologia correta no contexto da ideologia de gênero, uma corrente global que nega que o sexo seja algo natural, mas o considera como uma construção sociocultural.

Segundo indicou uma fonte do Vaticano a CNA – agência em inglês do Grupo ACI –, a Congregação para a Doutrina da Fé deveria publicar o texto nos próximos meses, com uma profundidade maior do que o documento divulgado em 10 de junho pela Congregação para a Educação Católica, intitulado "Homem e mulher os criou", que busca ser uma orientação para abordar a questão da ideologia de gênero no contexto educacional de crianças e jovens.

Este documento se centra na educação por ser o âmbito da congregação que o produziu, embora outros especialistas também tenham sido consultados, como é habitual no Vaticano.

Canadá: Aprovam lei que proíbe uso de símbolos religiosos no trabalho


A província de Quebec (Canadá) aprovou no domingo, 16 de junho, uma lei que proíbe funcionários públicos, como professores e juízes, de usar símbolos religiosos em suas horas de trabalho.

O projeto promovido pelo ministro de Imigração, Diversidade e Inclusão de Quebec, Simon Jolin-Barrette, foi apresentado em 28 de março e proíbe o uso de véus muçulmanos, kipá judaica e crucifixos.

A lei afetará futuros funcionários contratados no setor público, incluindo professores, policiais e juízes, enquanto os atuais funcionários do governo em Quebec estariam isentos da proibição, mas não poderiam ser promovidos se a rejeitarem.