Ao definir ideologia de gênero, devemos
considerar dois conceitos bem particulares, que assumem significados distintos:
ideologia e movimento. Algumas ideologias viraram movimentos, ao passo que
muitos movimentos nasceram sem ideologia.
Hoje, quando precisamos nos referir à
ideologia de gênero, é mais prático utilizar a expressão agenda de gênero –
lembrando-se de que o termo “agenda” significa projeto, planejamento e
sequência.
Essa questão remete a um movimento promovido,
no início do século XIX, por uma pessoa de nome Lewis Henry Morgan. Ele dedicou
seus estudos a estabelecer três itens no incipiente movimento chamado, então,
de “sociedade primitiva”. A intenção de Morgan era demonstrar que o Estado, a
ideologia de gênero, a crise da identidade sexual e religião tinham causado
grandes problemas na configuração da família. Para Morgan, que desenvolveu sua
pesquisa ao lado da tribo dos Iroqueses, nada poderia ser mais errado do que
estabelecer o conceito de família na sociedade, pois os vínculos consanguíneos,
segundo ele, não existem.
Primeira definição de ideologia de gênero
O processo de Morgan se estendeu,
infelizmente, pelos meios universitários durante os séculos XIX e XX. Seus
maiores expoentes e ideólogos eram Marx e Engels.
A primeira definição do termo ideologia de
gênero é, então, movimento que pretende desconstruir a família e os vínculos
existentes dentro dela.
O segundo passo, no estabelecimento de tal
ideologia, foi dado, em 1968, quando Robert Stoller defendeu a necessidade de
fortalecer o conceito e a definição do termo “gênero”, em detrimento da
definição do termo “sexo”. Segundo Stoller, utilizar o termo sexo masculino e
feminino constituía uma séria problemática para a identidade sexual do
indivíduo.
Em 1975, Elisabeth Clarke e Simone de Beauvoir
despontam como as maiores promotoras do feminismo ocidental. Na época, a
ideologia de gênero e o aparecimento de um novo sexo atraíam a atenção sobre a
situação que se vivia desde o início do século XX, quando um grupo de mulheres
decidira sair às ruas de Nova York exigindo o direito ao sufrágio. A esse
movimento se deu o nome de “feminismo ideológico”.
Desde o ano de 1999, iniciamos um quarto
momento, aquele no qual nos encontramos.
Diante da situação vivida pelos apelativos do
gênero e pelos novos movimentos sexuais, no século XXI, tornou-se mais
relevante o processo educativo que países como Holanda, Bélgica e Suécia
iniciavam viver.
Nesse momento da agenda, seus defensores
pretendem criar um sistema educativo e pedagógico dentro do qual um dos passos
seja permitir que a pessoa não se sinta reconhecida na sua natureza. Sob essa
perspectiva, ela mesma, com o passar do tempo, poderia descobrir qual é o seu
estado natural e, assim, “decidir” se é homem ou mulher. Essa suposta decisão
vem acompanhada de um aniquilamento da pessoa, substituindo-a por alguém sem
identidade.
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Canção Nova
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