terça-feira, 18 de junho de 2019

Testemunho: "Após 18 anos sendo protestante fervorosa, fui vencida pela Verdade".


Eu fui vencida pela Verdade. É isso que costumo dizer quando alguém me pergunta o motivo de ter me tornado católica. Resolvi escrever um breve relato de minha pequena história porque para muitos a mudança ainda assusta e as pessoas não entendem como fui “capaz” de me tornar católica.

Fui protestante por dezoito anos, desde muito pequena eu vou à igreja, cresci na Assembleia de Deus e lá permaneci até mais ou menos doze anos de idade.

A partir daí foi só ladeira abaixo, entrei numa igreja de célula M12, é um negócio complicado demais para eu explicar num post de facebook, mas lá participava de encontros em que colocavam-nos num sítio por um fim de semana inteiro e nos submetiam a palestras de cura e libertação. Eu ainda estou no começo dos estudos sobre o assunto tentando entender o fenômeno, então digo, por hora, que a coisa toda fica entre um tipo de psicoterapia grupal, sob a liderança de pastoras desnorteadas, e lavagem cerebral. Eu não quero ofender os membros da seita, os respeito como almas imortais, no entanto eu preciso dizer a verdade do que sei, e sei por experiência direta e contínua.

Não era bonito. Eles abriam as feridas da minha alma e davam-me paliativos para que pudessem abrir de novo quantas vezes precisassem até que eu estivesse domesticada o bastante, era terrível! Fora as humilhações a que era submetida e a vigilância constante das mínimas decisões que tomava em minha vida. Uma submissão total à liderança.

Bem, vivi nesse caos por seis anos, nunca satisfeita, sempre com aquele vazio enorme no peito. Saí da seita depois de um término de namoro muito doloroso e comecei a frequentar outras igrejas protestantes, batista, presbiteriana, etc.

Então num dia difícil, onde eu vivia de crise em crise, com depressão e ansiedade, automutilação, burrice sem fim e perdida na dor que o subjetivismo atroz e a incompreensão do que a vida realmente é me causavam, eu conheci o filósofo e professor Olavo de Carvalho. E minha vida mudou.

Estava eu assistindo vídeos no YouTube quando o Nando Moura, explicando sobre a decadência em que estamos metidos, citou o professor e fui atrás para saber quem era; foi uma centelha de esperança que me invadiu quando assisti o professor pois pela primeira vez na vida eu ouvia alguém falar com veracidade, sem tapeação e com uma inteligência extraordinária, um mestre que ensina e um pai que aconselha; percebi que havia encontrando um tesouro então assisti quase tudo o que havia dele no youtube.

A respeito do catolicismo o que me fez começar a pensar no assunto foi quando ele disse: — fé não é crer no sentido de crença, fé é confiança numa pessoa real, Nosso Senhor Jesus Cristo; você pode crer o quanto quiser mas se não confiar na pessoa real do Cristo você não é cristão — isso foi no podcast dele com o Yuri Vieira e a partir daí eu fui tomada por uma ânsia em buscar a verdade.

Sou uma pessoa bem determinada, doa o quanto for eu farei o necessário para seguir na direção daquilo que acredito, tanto que depois dos treze anos permaneci na seita praticamente sozinha, sempre fiz tudo sozinha. Assim também o fiz em relação a Santa Madre Igreja Católica, contrariando meus pais que são praticantes no protestantismo — meus pais são pessoas excelentes e no fim, por amor a mim, aceitaram a minha conversão e até foram no meu batismo — e a todos com quem cresci, visto que a maioria das pessoas que conheço são protestantes, eu corri em direção da verdade. Comecei a ver os vídeos do padre Paulo Ricardo e a estudar sobre a doutrina da Igreja, relatos de alguns alunos do Professor, a vida dos santos, etc.

No entanto eu ainda tinha receio de me tornar idólatra, eu era muito influenciada pelas coisas que havia aprendido, na seita diziam que o catolicismo era totalmente satânico, coisa abjeta e que me levaria diretamente para o fogo do inferno, e havia uma outra coisa com a qual eu não conseguia lidar que era a liberdade para a qual eu estava sendo chamada. Eu era um passarinho recém libertado pelos laços do amor divino que, por vezes, via-se querendo voltar à gaiola, então a conversão não foi um processo fácil.

Numa aula o Padre Paulo explícita o porquê de se ser católico e não protestante. Ele explica a diferença da teologia de Lutero para a teologia católica sob as luzes de Santa Teresa de Lisieux e aí eu cedi totalmente quando ele disse que podemos ser santos, que não estamos fadados a sermos pobres porcos imundos na lama do pecado. Sim! Podemos ser santos! Aquilo iluminou minha inteligência, convidou minha vontade e eu abri meu coração para a verdade. Isso sim foi libertador visto que as cadeias que amarravam meu ser já não existiam mais, eu estava livre.

Por fim muita coisa aconteceu, tornei-me aluna no curso online de filosofia, entrei para a catequese e fui transformada pelo amor de Deus que é Santo e faz de pecadores santos.

É claro que ainda sou um bebê engantinhando na fé e nos estudos, contudo recebi de presente a devoção à Nossa Senhora, salve Maria! Que tanto me auxilia. Entendam de uma vez, não sou idólatra e católicos não adoram imagens. Somos filhos da Santa Sé, a Igreja de dois mil anos e nada do que dizem muda isso.

“Irmãos, corramos em direção a meta que é Cristo Nosso Senhor. Corações ao alto! Caritas Christ Urget Nos. O amor de Cristo nos impele.”

“Tornemo-nos uma harmonia cujo resultado seja a conquista da verdade.”?
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Front Católico

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