quinta-feira, 2 de julho de 2020

Senado e STF seguindo o modelo de censura extremista do Irã



A conjuntura internacional vem fervilhando com pautas diversas que se entrelaçam nos emaranhados globalistas. Mas, o modus operandi totalitário guarda fortes semelhanças entre as ditaduras islâmicas e os regimes comunistas, inclusive, na versão “socialista”, guardadas as especificidades de cada “cultura”, que deve ser “respeitada, desde que se coadune com  a diretriz de desconstrução do modelo civilizacional herdado da tradição judaico-cristã.

No rastro da tsunami globalista populações majoritariamente conservadoras são reputadas como “nada”, uma vez que o “sistema progressista”  promove perseguição e censura representadas pela extrema-imprensa como mecanismos necessários à salvaguarda da “democracia”, de modo que esboçar qualquer “pensamento conservador” já é considerado “ato antidemocrático”, sobretudo, quando se incorre em denúncias e condenações à corrupção generalizada na administração pública.

Governo conservador não impede os propósitos da agenda globalista como se vê claramente no Brasil graças ao aparelhamento ideológico em todas as instituições. Quem imaginava a criminalização da opinião emergindo da mais alta corte do país? Prisões políticas aplaudidas pela mídia mainstream num cenário mascarado de combate às fake news e aos “atos antidemocráticos” advieram como resultado de narrativas progressistas rotulando conservadores de “fascistas” e “nazistas”.

Contudo, os noticiários dessa semana mostram o linhame globalista das violações aos direitos humanos implementadas por agentes do Estado no Brasil e o regime totalitários islâmico iraniano. Nessa terça-feira, o ministro do STF Alexandre de Moraes prorrogou a prisão política do jornalista profissional Oswaldo Eustáquio – rebaixado a blogueiro por jornalistas militantes – como “punição” por apoiar abertamente o presidente Bolsonaro e ousar praticar jornalismo investigativo que denunciou sua esposa por “atender políticos condenados do PSDB em tribunais superiores”[1]. A manutenção de atos inconstitucionais baseados em ilações infundadas lastreadas em lei composta durante a ditadura seguem a mesma diretriz utilizada pela tirania iraniana ao condenar à pena de morte o jornalista Rouhollah Zam, o qual vinha fazendo oposição nas mídias sociais ao regime.

Dentre as muitas “informações proibidas”, o jornalista iraniano divulgou tortura e maus tratos em centros de detenção iranianos, bem como documentos que corroboravam denúncias de fraude no sistema judicial iraniano envolvendo principalmente um ex-chefe do Poder Judiciário. Zam foi acusado de manifestar em suas reportagens preconceito, informações erradas – leia-se fake news” –  e violações da “integridade jornalística”[2]. Tais quais as denúncias de Eustáquio contra a esposa do excelentíssimo ministro, não houve investigação dos atos ilícitos noticiados pelo jornalista iraniano.

Outra “coincidência” entre os dois prisioneiros está na “motivação” do “cárcere pedagógico”: Zam foi julgado por 17 acusações vinculadas à questão de “segurança”, o que engloba incitar violência mortal, vazar informações secretas e insultar o líder supremo iraniano. Como é de sabença geral, Eustáquio e todos os militantes bolsonaristas presos por criticar ministros do STF foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional. Seguindo a linha a ditadura islâmica, o sr. Alexandre trata críticas como insultos e atentados à segurança nacional.

O “sigilo” que paira sobre as investigações ultrassecretas contra Eustáquio não revela muita coisa sobre as acusações que o tornam um criminoso que põe em risco a segurança do país, exceto narrativas desconexas como a acusação de que estaria mobilizando parcela da população que “com afinidade ideológica” tem sido usada para propagar extremismo e discurso de polarização, apesar do jornalista não ter grande engajamento nas redes e seu atos não serem considerados “crimes” pela lei penal vigente. Além disso, investigadores propalam a existência de indícios de que o jornalista participa de “fatos que estão sob apuração e guardam relação com atos de potencial lesivo considerável”, sem mencionar, é claro, quais fatos estão sendo apurados e a descrição do “potencial lesivo” que justifiquem a medida extrema de prisão.

A PGR reforça o posicionamento ideológico-vingativo do ministro Alexandre de Mores ao acusar o jornalista Eustáquio de “defender uma ruptura institucional oblíqua”, apesar da defesa da legitimidade do acionamento pelo Executivo Federal do Art. 142 da Constituição Federal estar amparada no parecer do mais notável jurista brasileiro, o Dr. Ives Gandra da Silva Martins. É triste ter que reconhecer que a “sorte” de Eustáquio é não ter previsão de pena de morte em nosso ordenamento.

Aliás, engana-se quem pensa que as semelhanças de tirania com o regime dos aiatolás do terror terminam por aí... A aprovação pelo Senado do PL 2630/2020, conhecido como Projeto de Lei das Fake News[3], causou verdadeiro assombro nas redes, pois, representa um dos muitos instrumentos de censura para inviabilizar a liberdade de expressão oficializando o enviesamento ideológico das informações que circulam no país. A pauta é transformar em “informações” as narrativas desinformativas  da extrema-esquerda. 

Papa Francisco envia carta a Bento XVI pela morte de Georg Ratzinger



O Papa Francisco enviou uma carta ao Papa Emérito Bento XVI pelo falecimento de seu irmão, Georg Ratzinger, nesta quarta-feira, 1º. A mensagem foi divulgada nesta quinta-feira, 2, pela sala de imprensa da Santa Sé.

“Desejo renovar a expressão das minhas condolências e da proximidade espiritual neste momento de dor”, escreveu Francisco, destacando a delicadeza de Bento XVI ao comunicá-lo primeiramente sobre a morte do irmão.

Francisco assegura ainda suas orações por Georg, para que Deus, em sua bondade misericordiosa, o introduza na pátria celeste e lhe conceda o prêmio preparado aos fiéis servidores do Evangelho.

“Rezo também pelo senhor, Santidade, invocando ao Pai, por intercessão da Bem Aventurada Virgem Maria, o apoio da esperança cristã e a consolação divina. Sempre unidos na adesão a Cristo Ressuscitado, fonte de esperança e de paz”, conclui Papa Francisco. 

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Aos 96 anos, morre Georg Ratzinger, irmão de Bento XVI


Georg Ratzinger, irmão mais velho do Papa emérito, faleceu com a idade de 96 anos. Encontrava-se em Regensburg, a cidade onde viveu a maior parte da sua longa vida. Com a sua morte, Joseph Ratzinger, que em 18 de junho último desejou enfrentar uma viagem de avião para ver novamente o seu irmão moribundo, perdeu o único membro da família ainda vivo. Ordenados sacerdotes no mesmo dia, os dois irmãos - um músico e maestro de um famoso coral, o outro teólogo e depois bispo, cardeal e Papa - foram sempre muito unidos.

Nascido em Pleiskirchen, Baviera, em 15 de janeiro de 1924, Georg Ratzinger tocava órgão na igreja paroquial desde os 11 anos de idade. Em 1935 entrou no seminário menor de Traunstein, mas em 1942 foi alistado nas Reichsarbeitsdienst, e mais tarde na Wehrmacht, com a qual combateu também na Itália. Capturado pelos Aliados em março de 1945, permaneceu prisioneiro em Nápoles durante alguns meses antes de ser libertado e autorizado a regressar à sua família. Em 1947, junto com o seu irmão Joseph, entrou no seminário de Herzogliches Georgianum, em Munique. Em 29 de junho de 1951, ambos os irmãos, juntamente com cerca de quarenta outros companheiros, foram ordenados sacerdotes na Catedral de Freising pelo cardeal Michael von Faulhaber.

Depois de se tornar maestro de capela em Traunstein, durante trinta anos, de 1964 a 1994, foi o diretor do coral da Catedral de Regensburg, o coral dos “Regensburger Domspatzen”. Viajou o mundo fazendo inúmeros concertos e dirigiu muitas gravações para a Deutsche Grammophon, Ars Musici e outras importantes empresas discográficas com produções dedicadas a Bach, Mozart, Mendelssohn e outros compositores.

Em 22 de agosto de 2008, agradecendo ao prefeito de Castel Gandolfo que concedeu a Georg a cidadania honorária, Bento XVI disse de seu irmão: "Desde o início da minha vida meu irmão sempre foi para mim não só um companheiro, mas também um guia confiável. Ele foi para mim um ponto de orientação e referência com a clareza e determinação de suas decisões. Ele sempre me mostrou o caminho a seguir, mesmo em situações difíceis".

"O meu irmão e eu - dissera Georg Ratzinger 11 anos atrás durante uma entrevista - éramos ambos coroinhas, ambos ajudávamos na Missa. Ficou logo claro, primeiro para mim e depois para ele, que a nossa vida seria a serviço da Igreja". E partilhou recordações da sua infância: "Em Tittmoning Joseph tinha recebido a crisma do cardeal Michael Faulhaber, o grande arcebispo de Munique. Ele tinha ficado impressionado e disse que também ele queria tornar-se cardeal. Mas, poucos dias depois daquele encontro, observando o pintor que pintava os muros da nossa casa, disse também que quando crescesse queria ser pintor...".

Georg Ratzinger era um homem simples e pouco habituado à diplomacia. Por exemplo, nunca escondeu o fato de não ter exultado com a eleição do irmão em abril de 2005: "Devo admitir que não esperava - disse ele - e fiquei um pouco decepcionado... Tendo em conta os seus onerosos compromissos, compreendi que a nossa relação teria de ser muito reduzida. Em todo o caso, por detrás da decisão humana dos cardeais está a vontade de Deus, e a ela devemos dizer sim". 

sábado, 27 de junho de 2020

Mobilização consegue retirar de pauta projetos de implantação do aborto no Brasil



O empenho de líderes pró-vida e a manifestação da população brasileira foram fundamentais para o adiamento da votação dos projetos de Lei 1.444 e 1.552 de 2020 na sessão virtual da Câmara dos Vereadores, nesta quinta-feira, 25. Se tivessem sido aprovados como estavam seriam brechas para a despenalização do aborto no Brasil.

A mobilização, via telefone e redes sociais, jogou luz em pontos obscurecidos e conseguiu adiar a movida, que foi apelidada de “Covidão do Aborto”, por aproveitar de maneira sorrateira o surto de Covid-19 para ampliar os casos em que o aborto no Brasil não é penalizado.

“As lideranças conseguiram explicar o que estava embutido nos projetos, as armadilhas e eufemismos para o presidente da Câmara, Deputado Rodrigo Maia, que retirou de pauta. Não chegou a ter discussão sobre esses projetos”, disse o coordenador do Movimento Legislação e Vida, professor Hermes Rodrigues Nery.

Segundo o professor Nery, a vitória ainda é temporária, porque a tramitação está em aberto e o pacote legislativo em favor do aborto ainda pode voltar na próxima semana.

“Caso os projetos entrem em pauta novamente, saberemos com um dia de antecedência. A mobilização precisa continuar para evitar que a agenda do aborto avance sorrateiramente no Congresso Nacional, sob o pretexto da pandemia do novo coronavírus”, afirmou. 

Jovens cercam estátua de santo católico e impedem a sua derrubada por manifestantes



Um grupo de jovens católicos cercou a estátua de um santo em Ventura, Califórnia, no último sábado, colocando seus corpos entre Junipero Serra e a multidão que queria derrubá-lo.

Os manifestantes anti-Serra convocaram as mídias sociais para o evento de 20 de junho, que começou às 13h. Chamando o evento de “Derrubar a Junipero Serra”, os manifestantes declararam que “não mais celebraremos a escravidão, o estupro e o genocídio do povo original de Ventura”.

No mesmo fim de semana, estátuas do santo católico Serra, considerado o fundador das missões da Califórnia, foram derrubadas e desfiguradas no Golden Gate Park, em São Francisco, e na histórica Olvera Street, em Los Angeles.

Serra, um missionário franciscano espanhol que atuou nos Estados Unidos, ajudou a fundar nove missões na Califórnia no final do século XVIII. Ele estabeleceu a missão de San Buenaventura em 1782, que atualmente é Ventura. Sua estátua foi erguida na prefeitura em 1936. A atual estátua de bronze foi erguida em 1989. O Papa Francisco o canonizou em 2015.

Às 13h, manifestantes anti-Serra, cerca de 200, se reuniram perto da estátua do santo, localizada em frente à prefeitura de Ventura, onde iniciaram uma manifestação turbulenta. 

Abuso de poder religioso, como confiar na interpretação do STF?


O Ministro Edson Fachin colocou em debate nesta quinta-feira que, a partir das eleições deste ano, abuso de poder religioso possa levar à cassação de mandato. A manifestação aconteceu durante um julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O debate foi interrompido por pedido de vista, em certamente ano que vem será colocado em pauta, já que é literalmente  2021 é um ano de campanha.

Eu acho bem errado Igrejas que fazem campanhas politicas para determinados candidatos seja na esfera Municipal, Estadual e Federal. Achar errado é uma coisa, fazer lei para isto e ter o STF interpretando esta questão para punir e inocentar, é perseguição sim! Se o STF não puniu o Glenn do ‘Intercept’ que pagou hacker para violar sigilos dos políticos da direita, e puniu com rigor ativistas Bolsonaristas somente por suas opiniões – como confiar qualquer interpretação justa nas mãos dos 11 ministros comprometidos com ideologias vermelhas e com o estabelecimento da velha política? Não é! Eles se revelam cada vez mais seletivos, ativistas e estão impedindo qualquer avanço que beneficie políticas conservadoras. Certamente vão fazer novas interpretações sobre este tema, aqui é o país das brechas, das ambiguidades – não vão perseguir e criminalizar a fé cristã como estão perseguindo os ativistas que apoiam o governo? Não existem garantias. Nossa liberdade religiosa corre sérios riscos. 

Homilética: Vigília de São Pedro e São Paulo (28 de junho*): «Apascenta as minhas ovelhas».


Celebramos a Páscoa de Jesus, na vida e no ministério dos apóstolos Pedro e Paulo, agradecendo a Deus pela fé de Pedro e pelo empenho missionário de Paulo, testemunhas fiéis de Jesus Cristo. Rezemos em comunhão com a Igreja de Roma, que testemunhou o martírio deles, e com seu bispo de Roma, o Papa.

Os Apóstolos Pedro e Paulo se notabilizaram no grupo dos apóstolos de Jesus. Apesar da notoriedade que lhes foi dada ao longo da história da Igreja e, ainda hoje, eles são apresentados pelos evangelistas e nos Atos com profundas marcas de fragilidade humana, durante o seu encontro com Jesus.

Celebrando hoje a Páscoa desses dois grandes apóstolos e mártires de Jesus, a Igreja é lembrada que em todas as comunidades cristãs precisam estar presentes, e muito ligados com duas faces, os fundamentos da mesma missão evangelizadora: a vida eclesial com dinâmica de comunhão e participação e sua ação transformadora no mundo.

Hoje também rezamos especialmente pelo papa, bispo de Roma, cidade onde se deu o martírio de Pedro e Paulo. Sua missão é zelar para que a Igreja permaneça unida, fiel a Jesus Cristo e seu projeto, realizando com humildade e coragem uma ação evangelizadora, cada vez mais inculturada, profética e aberta a todos.

A festa dos Apóstolos alegra todo o mundo até os seus extremos, com júbilo profundo. Louvamos Pedro e Paulo, por Cristo, consagrados colunas das Igrejas no sangue derramado. São duas oliveiras diante do Senhor, brilhantes candelabros de esplêndido fulgor. Do céu luzeiros claros, desatam todo laço de culpa, abrindo aos santos de Deus o eterno Paço. Ao Pai louvor e glória nos tempos sem fronteiras. Império a vós, ó Filho, beleza verdadeira. Poder ao Santo Espírito, Amor e Sumo Bem. Louvores à Trindade nos séculos. Amém. (Liturgia das Horas).

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Escolhido o cartaz da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021: “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor”


A Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) de 2021 já tem cartaz escolhido. A equipe que prepara a CFE do ano que vem, composta por representantes da CNBB e de outras igrejas-membro do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), realizou concurso para a escolha da arte.

No próximo ano, a Campanha da Fraternidade será ecumênica e terá como tema “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor”. E como lema o trecho da carta de Paulo aos Efésios: “Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade” (Ef 2, 14ª). Essa será a quinta CFE e tem como objetivo geral “convidar as comunidades de fé e pessoas de boa vontade para pensar, avaliar e identificar caminhos para superar as polarizações e as violências através do diálogo amoroso testemunhando a unidade na diversidade”.


A arte escolhida para ilustrar o caminho fraterno de diálogo e comunhão foi elaborada pela agência Ateliê 15. O cartaz remete ao apelo de Cristo pela unidade. O secretário executivo para Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, destaca que “Cristo é a nossa paz e suas ações nos inspiram a concretiza-la por meio do nosso testemunho de vida”.

“Seu amor nos une, sua Palavra desperta em nossos corações o compromisso com a construção de uma sociedade que seja capaz de dialogar superando assim as polarizações que adiam a “cultura do encontro” e o desejo de Cristo de que todos sejamos um (Jo 17,21). Cultura capaz de iniciar processos de vida nova a partir de um coração que se converte e, como tal, jamais deixará de dialogar, viver a fraternidade e, em conjunto, trabalhar em favor da justiça e pela paz”, reforça padre Patriky.