A Arquidiocese de Brasília acompanha as
investigações sobre supostos casos de abusos sexuais que teriam sido cometidos
por dois franciscanos conventuais na Paróquia São Marcos e São Lucas, em
Ceilândia (DF).
Em nota publicada em 28 de julho, o
administrador diocesano, Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida, assinala a
solidariedade da Arquidiocese às vítimas e familiares, bem como garante que
estão realizando o monitoramento das atividades da Paróquia, que está sob os
cuidados da Ordem dos Frades Menores Conventuais.
De acordo com o site Metrópoles, dois
religiosos, Frei Hoslan Guedes e Alex Nuno, foram acusados de encaminhar fotos
e mensagens obscenas a adolescentes que frequentam a paróquia. O caso está
sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal. Ao menos 10 pessoas
teriam procurado a Polícia para denunciar casos de abusos que teriam sido
cometidos pelos freis.
As investigações começaram após surgirem nas
redes sociais imagens com as conversas dos franciscanos com as supostas vítimas
por meio de WhatsApp, no chat do Facebook e do Instagram.
Os religiosos foram ouvidos na 19º Delegacia
de Polícia, na terça-feira, 21 de julho, mas preferiram ficar em silêncio
durante o depoimento, tendo apresentado uma defesa por escrito, por meio de
advogados.
Ambos os sacerdotes também registraram
ocorrência por difamação. Em comunicado, a 19ª DP informa que “os freis
apresentaram memorial escrito de defesa e foram acompanhados de advogados, nos
casos mencionados. Representantes da Igreja Católica compareceram à 19ª DP para
acompanhar o desdobramento dos casos, na tarde da terça-feira (21/7). Os freis
foram afastados de suas funções, segundo documento protocolado pela própria
defesa”.
Em nota, a Arquidiocese de Brasília afirma que
“as recentes notícias veiculadas por vários meios de comunicação sobre supostos
abusos de menores resultaram no comprometimento do bom nome da Paróquia São
Marcos e São Lucas sita na Ceilândia, com grave escândalo para os fiéis e
pessoas de bem”.