segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Coreia do Norte: Diocese de Pyongyang é consagrada a Nossa Senhora de Fátima



Por ocasião da festa da solenidade da Assunção de Nossa Senhora, o Cardeal Andrew Yeom Soo-jung, Arcebispo de Seul, na Coreia do Sul, e Administrador Apostólico da Diocese de Pyongyang, na Coreia do Norte, divulgou uma mensagem na qual anuncia a dedicação da Diocese norte-coreana a Nossa Senhora de Fátima.

Alegra-te, cheia de graça, o Senhor é contigo!

No documento, intitulado “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor é contigo!” (Lucas 1, 28), o purpurado afirma “decidi, após sincera oração e discernimento, dedicar a Diocese de Pyongyang a Nossa Senhora de Fátima”.

Bênção do Papa

O Cardeal afirma ainda que pediu ao Papa Francisco uma bênção especial para a Diocese de Pyongyang. “O Santo Padre prometeu oferecer uma oração especial pela proteção da Santíssima Virgem Maria no dia em que dedicarmos a Diocese de Pyongyang à Santa Mãe de Fátima”, ressalta.

75° aniversário da libertação da Coreia do domínio colonial japonês

Recordando que este ano se celebram o 75° aniversário da libertação da Coreia do domínio colonial japonês e o 70° aniversário do início da Guerra da Coreia, Dom Andrew Yeom Soo-jung manifestou seu desejo de que as duas Coreias abram seus corações ao diálogo para alcançar uma verdadeira paz.

Tensão entre as Coreias

Neste ano, o aniversário do início da Guerra da Coreia ocorre em um período marcado por uma preocupante tensão entre as duas Coreias, que teve seu auge no último dia 16 de junho, quando Pyongyang explodiu a sede do escritório de ligação com a Coreia do Sul aberto na cidade de Kaesong, após a histórica cúpula inter-coreana em abril de 2018. 

Saiba quem é o médico que fez o aborto em menina estuprada



O caso da menina que interrompeu uma gravidez de 22 semanas, com apenas 10 anos de idade, mobilizou as discussões sobre o tema ao redor do país. Após ter o procedimento negado em um hospital do Espírito Santo, estado onde mora, a garota teve que viajar para o Recife, em Pernambuco, onde o aborto foi realizado pelo obstetra Olímpio Moraes, no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam).

Moraes pode parecer, a priori, um nome desconhecido ao público geral, mas é um profissional conhecido quando o assunto é o aborto, principalmente quando há casos de crianças que ficam grávidas e a opção é por interromper a gestação, como ocorreu com a garota de 10 anos.

O procedimento realizado neste final de semana não foi o primeiro em que o médico viu uma forte repercussão sobre seu nome. Em março de 2009, Olímpio fez o aborto de uma criança ainda mais jovem, com nove anos. A gestação, na ocasião, ocorreu após um abuso que a menor sofria desde os seis anos pelo padrasto na casa em que vivia, em Alagoinha, no agreste de Pernambuco.

O aborto não foi completado sem que houvesse forte protesto contra o obstetra. Após realizar o procedimento, Moraes acabou excomungado pela Igreja Católica, pela segunda vez, já que a primeira fora determinada em 2006, quando ele foi apontado como o responsável pela campanha que distribuiu gratuitamente a chamada “pílula do dia seguinte” durante e após o carnaval. 

Papa envia equipamentos médicos para o Brasil


O papa Francisco enviou suprimentos médicos, 18 ventiladores pulmonares e seis aparelhos de ultrassom para o Brasil. A doação é uma forma de ajudar o país no combate ao novo coronavírus. A informação foi confirmada, nesta segunda-feira (17), pela Esmolaria Apostólica, setor do Vaticano responsável pela divulgação das obras de caridade do pontífice.

– A fim de concretizar a proximidade e o carinho do Santo Padre neste momento de dura provação e dificuldade, ele se mobilizou de diferentes formas e em mais frentes para buscar suprimentos médicos e equipamentos eletromédicos para doar a muitos centros de saúde que estão em situação de emergência e pobreza para encontrar os meios necessários para salvar e curar muitas vidas humanas – afirmou o comunicado. 

Só venceremos o coronavírus com os olhos da Fé e o coração da caridade, afirmam Bispos Filipinos



Numa carta pastoral, difundida em 12 de agosto na página web do Episcopado, os bispos filipinos exortaram os fiéis a responder à pandemia do coronavírus “com os olhos da fé, o coração da caridade e o cinto da verdade”.

A Carta Pastoral foi assinada pelo arcebispo de Lingayen-Dagupan e responsável pela Comissão para os Seminários, dom Sócrates Villegas, e pelo bispo de San José e presidente da Comissão de Catequese e Educação Católica, dom Roberto Mallari.

Deploramos a marginalização dos valores religiosos em nossos programas de combate a esta pandemia

Os prelados apelam às comunidades dos fiéis, para que neste tempo de pandemia, quando a população tem sofrido, entre outras coisas, em isolamento, com medo de doenças e morte, perda de emprego e liberdades fundamentais e com o colapso da economia, elas sejam capazes de discernir a verdade e tomar decisões apropriadas com base nesta verdade:

“Precisamos de clareza de propósito e certeza de direção de nossos líderes neste caminho tortuoso.

Deploramos a marginalização dos valores religiosos em nossos programas de combate a esta pandemia. O programa Covid-19 deve ser radicado na ética, uma ética centralizada nas pessoas”, diz a Carta Pastoral.

A verdade libertará de medos e ansiedades desnecessárias

Os bispos apelam para que os círculos de estudo dentro das comunidades religiosas sejam críticos e perspicazes diante das falsas histórias da mídia e de muitas políticas públicas não científicas e irracionais, convidando os institutos e universidades católicas, e seus departamentos de pesquisa, a fazer de modo que os estudos científicos sobre a Covid-19 sejam amplamente compartilhados, usando a razão, a ciência e os ensinamentos sociais católicos.

“Eles darão a nossos compatriotas, acesso à verdade que os libertará de medos infundados e ansiedades desnecessárias”, afirmam os bispos na carta pastoral. 

Paraguai: Igreja divulga logo e lema do Ano da Eucaristia 2021

O lema escolhido para o Ano da Eucaristia no Paraguai foi “O reconheceram ao partir o pão” (Cf Lc 24, 30-31).


O Conselho Permanente da Conferência Episcopal do Paraguai (CEP) aprovou o programa, o tema e o logotipo do Ano da Eucaristia, que será celebrado no país em 2021. A notícia foi divulgada por Dom Amancio Benítez, secretário geral da CEP.

Logotipo e lema do Ano da Eucaristia

O logotipo do Ano da Eucaristia leva como título “Ano da Eucaristia 2021”. A imagem principal do mesmo se centra nos discípulos de Emaús que com alegria reconhecem ao Senhor e o pão eucarístico que é compartilhado. Ao fundo se observam os raios do sol, sinal de revelação, pois, “lhes abriram os olhos”, e também se inclui a representação de Cristo, Pão da Vida em sua Palavra e na Eucaristia.

Outros elementos gráficos que se relacionam com as celebrações comunitárias da Palavra, além do cálice e da patena, sinais da Liturgia Eucarística, podem ser vistos na arte. O lema escolhido para o Ano da Eucaristia no Paraguai foi “O reconheceram ao partir o pão” (Cf Lc 24, 30-31). 

CRB promove pela primeira vez Semana Nacional da Vida Consagrada em agosto



Pela primeira vez, dentro do Mês Vocacional, a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) realiza uma semana, dedicada à vida religiosa, a Semana Nacional da Vida Consagrada, com o tema “Amados e Chamados por Deus”, o mesmo dedicado ao mês vocacional.

Segundo a presidente da CRB, irmã Maria Inês, a iniciativa foi pensada não somente para celebrar no terceiro domingo de agosto, o dia do/a religioso/a, como também destinar toda a terceira semana para celebração, formação e divulgação da vocação à vida consagrada.

A Semana da Vida Consagrada ocorre de 16 a 22 de agosto, e em seu decorrer, a CRB preparou quatro momentos à nível nacional, “isto porque também as 20 seções regionais estarão fazendo cada uma a sua programação”, explica irmã Maria Inês.

O primeiro momento foi a missa de abertura no dia 16, domingo, que foi celebrada na Catedral Metropolitana de Brasília, e teve a participação de um número restrito de religiosos por causa do tempo de pandemia vivido. Por conta disso, a missa também será transmitida nas redes sociais da CRB (Facebook e Youtube).

No dia 17, segunda, ocorreu a  live com o tema “A relevância da vida consagrada nos tempos atuais”. Para este momento participarão o cardeal prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, dom João Braz de Aviz; o bispo referencial para a vocação cristã, dom João Inácio Muller e a presidente da CRB, irmã Maria Inês Ribeiro.

No dia 19, quarta-feira, das 20h às 21h30, haverá uma análise de conjuntura  com  o  tema “Diálogos Formativos: o  Chamado de Deus  diante  das Circunstâncias atuais”, que contará com a assessoria do Moisés Sbardelotto, doutor em Comunicação.

E no dia 21,  sexta-feira, das 20h às 21h30, haverá mais um  momento formativo  com  o frei Vanildo Luís  Zugno, com o tema “Diálogos Formativos: Os Conselhos Evangélicos à luz do Sínodo  da Amazônia”.

Todas as lives poderão ser acompanhadas no Facebook e Youtube da CRB. 

Na Semana Nacional da Vida Consagrada, Papa Francisco envia carta aos religiosos do Brasil



CARTA DO PAPA FRANCISCO AOS CONSAGRADOS E CONSAGRADAS DO BRASIL

Queridos consagrados e consagradas do Brasil,

É com grande alegria que me uno em espírito às orações e iniciativas promovidas pela Conferência dos Religiosos do Brasil por ocasião da Semana da Vida Religiosa Consagrada entre os dias 16 e 22 de agosto que visa promover e renovar a missão de cada um de vocês na terra de Santa Cruz. Neste sentido, convém recordar que a caminhada vocacional tem sua origem na experiência de saber-se amado por Deus: a própria vida já é fruto de uma chamada de Deus; nos chamou à vida porque nos ama e tudo predispôs para que cada um de nós fosse único acompanhando-nos ao longo das estradas poeirentas da nossa vida e, sabendo da nossa pungente nostalgia de amor e felicidade, chama-nos à alegria, que se encontra somente no dom de si aos outros (cf. Mensagem para o 55º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, 22/2/2018).

Por outro lado, diante dos desafios impostos pela sociedade atual, que vive numa mudança de época, é preciso estar vigilantes, a fim de se evitar a tentação de ter um olhar mundano, que nos impede ver a graça de Deus como protagonista da vida e nos leva a sair à procura de qualquer substituto (cf. Homilia no 24º Dia Mundial da Vida Consagrada, 1/2/2020). O melhor antídoto contra a tentação é dar prioridade à oração em meio a todas as nossas atividades, certos de que a pessoa que mantém o olhar fixo em Jesus aprende a viver para servir, pois experimenta aquilo que disse o profeta Isaías: “És precioso a meus olhos… Eu te amo” (43,4). 

Por que não viver?



Desde o momento que soube do assassinato da bebê de mais de 5 meses, de São Mateus (ES), com uma injeção de potássio na cavidade cardíaca da criança, em Recife (PE), cuja mãe é uma menina de dez anos, fiquei pensando, como explicar esse crime hediondo.

Por que não foi permitido esse bebê viver? Que erro ele cometeu? Qual foi seu crime? Por que uma condenação tão rápida, sem um processo justo e fora da legalidade? Por que o desprezo a tantas outras possibilidades de possíveis soluções em prol da vida? Foram muitos os envolvidos, mas o silêncio e omissão dos órgãos institucionais que têm a prerrogativa de defender a vida, se entregaram às manobras de quem defende a morte de inocentes. Por quê?

É uma história que precisa ser esclarecida. É um processo que precisa ser desvendado. Duas crianças que poderiam viver… teve laudo técnico a favor da vida, teve suporte profissional a favor da vida, teve hospital disposto a cuidar até o fim da gestação, tiveram todas as condições de salvar as duas vidas, mas, de repente, uma transferência, de um Estado para o outro, e toda uma mobilização para que o aborto fosse realizado. Nas mãos de quem ficou a tutela dessa menina, quem decidiu tudo por ela?

Por que a obsessão de apresentar uma única saída? Por que burlar as leis para alcançar esse objetivo de usar de uma criança para um intento assassino?

Difícil raciocinar o que aconteceu, como aconteceu e porque terminou assim!

Ministério Público do Espírito Santo, Conselho Tutelar, Secretários Municipais da Saúde de Vitória e Recife e Secretários Estaduais da Saúde do Espírito Santo e de Pernambuco têm muitas explicações a dar à sociedade brasileira. Por que foi rejeitado um laudo técnico de profissionais e o suporte dos mesmos, obrigando o hospital a dar alta e subitamente transferir a menina-mãe para um hospital em outro Estado? Há claramente um abuso de poder que merece ser investigado.

Mas, de tudo isto, ainda resta a pergunta: por que o bebê não pôde viver? Por que foi sentenciado à morte, mesmo sendo inocente, e tendo todas as condições para vir à vida com os devidos cuidados e com o apoio técnico profissional à disposição? Por que optaram pela morte e não pela vida, desrespeitando a lei, pois se tratava de um bebê de 22 semanas?

Se não somos capazes nem de defender a nossa própria espécie, que tipo de humano estamos nos tornando? Estamos negando nossa própria humanidade. A violência do estupro e do abuso sexual é infame e horrenda, mas a violência do aborto provocado em um ser inocente e sem defesa é tão terrível quanto. Ambos são crimes. Apontam como sinais da degradação moral e da decadência dos costumes, ferindo os valores mais sublimes como o respeito à dignidade do ser humano e a sacralidade do valor da vida!