quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Bispos do mundo se solidarizam com Igreja no Chile por ataques a seus templos


Diferentes conferências episcopais expressaram sua fraternidade e proximidade à Igreja no Chile diante dos recentes ataques a três de seus templos.

As mensagens dirigidas ao presidente da Conferência Episcopal do Chile e Bispo Castrense, Dom Santiago Silva, contaram com expressões de afeto ante a dor da destruição de igrejas no contexto das manifestações sociais no país.

A Paróquia da Assunção e a igreja de São Francisco de Borja, em Santiago, foram completamente destruídas após grandes incêndios em 18 de outubro, enquanto a igreja de São Francisco de Assis, em La Serena, foi saqueada e destruída na noite de segunda-feira, 19.

Esses ataques ocorrem no contexto das manifestações um ano após a rebelião social no país e alguns dias antes da realização de um plebiscito constitucional em 25 de outubro.

A Conferência Episcopal Espanhola se uniu "profundamente na dor do povo católico pelos ataques sofridos nos últimos dias".

Indicou que reza "a Deus para que derrame sua graça sobre o povo chileno para que os corações dos violentos sejam apaziguados e surja o respeito pela verdade, a justiça e os direitos humanos", descreveu um comunicado no site.

Papa incentiva união civil para casais homossexuais, uma mudança na postura do Vaticano


Em um documentário que estreou nesta quarta-feira em Roma, o Papa Francisco se mostrou favorável à aprovação de leis de união civil para casais do mesmo sexo, tomando assim distância da atual posição do Vaticano e dos seus predecessores em relação ao tema.

Os comentários surgiram em meio a uma parte do documentário que reflete, entre outros temas, sobre a pastoral dedicada a pessoas que se identificam como LGBT.

“Os homossexuais têm o direito de fazer parte da família. Eles são filhos de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deve ser expulso ou ter uma vida miserável por causa disso”, disse o Papa Francisco no filme ao comentar o trabalho desta pastoral.
Após essas observações, e em comentários que provavelmente causarão controvérsia entre os católicos, o Papa Francisco emitiu uma opinião pessoal sobre o tema das uniões civis para casais do mesmo sexo.

“O que precisamos é criar uma lei da união civil. Dessa forma, eles estarão cobertos pela lei”, disse o Papa. "Eu defendi isso," asseverou.
Os comentários são expostos no novo documentário sobre o Papa chamado, "Francesco", que fala sobre a vida e o ministério do Papa Francisco que estreou hoje, 21, no Festival de Cinema de Roma, e está programado para fazer sua estreia na América do Norte este domingo.

O filme narra a abordagem do Papa Francisco às questões sociais urgentes e ao ministério pastoral entre aqueles que vivem, nas palavras do pontífice, “nas periferias existenciais”.

Apresentando entrevistas com personalidades do Vaticano, incluindo o cardeal filipino Luis Tagle e outros colaboradores do papa, “Francesco” analisa a defesa que o Papa faz dos migrantes e refugiados, dos pobres, seu trabalho no tema dos abusos sexuais do clero, o papel das mulheres na sociedade e aqueles que se identificam como LGBT.

O filme aborda o alcance pastoral do Papa Francisco àqueles que se identificam como LGBT, incluindo uma história do pontífice encorajando dois homens italianos a manter um relacionamento do mesmo sexo a criarem seus filhos em sua igreja paroquial, que, segundo um dos homens, era muito benéfico para seus filhos.

“Ele não mencionou qual era a sua opinião sobre a minha família. Provavelmente ele está seguindo a doutrina sobre este ponto”, disse o homem, enquanto elogiava o Papa por sua disposição e atitude de boas-vindas e encorajamento.

Os comentários do Papa sobre as uniões civis aparecem precisamente nesta parte do documentário. O cineasta Evgeny Afineevsky disse à CNA, a agência em inglês do grupo ACI, que o Papa expressou o pedido por uniões civis na entrevista que o produtor conduziu com o pontífice.

O apelo direto do Papa por leis de união civil representa uma mudança da perspectiva de seus antecessores e de suas próprias posições a respeito das uniões civis no passado.

Em 2010, enquanto era arcebispo de Buenos Aires, o Papa Francisco se opôs aos esforços para legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Entretanto, Sergio Rubin, futuro biógrafo do Papa, sugeriu que Francisco apoiava a ideia de uniões civis como uma forma de evitar que crianças fossem dadas em  adoção massivamente a estes casais, Miguel Woites, que trabalhou diretamente com a Conferência Episcopal da Argentina e a Arquidiocese de Buenos Aires dizia que esta afirmação era falsa.

Porém, o fato do próprio Papa afirmar no documentário ter “defendido” anteriormente as uniões civis homossexuais parece confirmar os relatos de Rubin e outros que afirmavam que, de forma reservada, o então cardeal Bergoglio apoiava a ideia.

No livro "No Céu e na Terra", de 2013, o Papa Francisco não descarta por completo a possibilidade das uniões civis, mas afirma que as leis que "assimilam" ao casamento as práticas homossexuais eram "uma regressão antropológica". Ele expressou ainda preocupação de que casais do mesmo sexo “tenham direito a adotar filhos, pois isto poderia afetar as crianças”. “Cada pessoa precisa de um pai e uma mãe que possam ajudá-los a formar sua identidade”, afirmava.

Em 2014, Pe. Thomas Rosica, que então trabalhava na assessoria de imprensa da Santa Sé, disse à CNA que o Papa Francisco não expressou apoio às uniões civis de pessoas do mesmo sexo, depois que alguns jornalistas relataram que ele o teria feito durante uma entrevista. Naquela altura, uma proposta de união civil era debatida na Itália e Pe. Rosica enfatizou que Francisco não iria opinar no debate, mas que ele daria ênfase à doutrina católica sobre o casamento.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Governo comunista chinês segue perseguindo católicos


Às vésperas da renovação do acordo China-Vaticano -que é dado como certo, apesar da pressão contra a diplomacia norte-americana- continuam chegando os ecos das indignações das autoridades comunistas desse país contra membros da Igreja Católica fiel ao Vaticano, principalmente daqueles que se negam a aderir à denominada Associação Patriótica Católica Chinesa (CPCA, sigla em inglês).

Religiosas preferem ser presas do que ceder às pressões do governo comunista

Exemplo disso é o que acontece com algumas freiras da Diocese de Xuanhua, na província de Hebei, que são continuamente pressionadas a ingressar na CPCA. “Preferimos ser presas e encarceradas do que preencher esses requerimentos”, expressou uma das religiosas. “Depois que os formulários [de inscrição do CPCA] fossem preenchidos, eles nos convocariam para assistirmos aulas de treinamento na capital da província, Shijiazhuang, onde seríamos doutrinadas com a ideologia do Partido Comunista Chinês, como fazem com os sacerdotes”.

Em junho passado, o governo da cidade de Gaojiaying no distrito de Chongli da cidade de Zhangjiakou ordenou que as freiras que serviam na Igreja Católica da cidade, que se recusaram a ingressar na CPCA, deixassem a área porque “não eram locais”. Abandonar a área é realmente um eufemismo, pois essa ordem equivale a um exílio. Algumas dessas religiosas vivem lá há 20 anos e não têm parentes que as possam acolher.

Sacerdote desaparecido é encontrado no Litoral da Paraíba


Padre José Gilmar Moreira, que desapareceu no último dia 13 de outubro, em João Pessoa (PB), foi encontrado na sexta-feira, 16, no Conde, Litoral Sul do estado, debilitado e com sinais de desidratação.

A informação foi confirmada pela Arquidiocese da Paraíba que, em nota, informou que o sacerdote “foi encontrado com vida na região da cidade do Conde”.

“Ele está bem e está sendo acompanhado pelo setor jurídico da Arquidiocese e pessoas próximas ao sacerdote para que tudo seja esclarecido”, afirmou a nota, ao pedir ainda “respeito ao momento” e indicar que, “assim que possível, a Arquidiocese emitirá nota oficial sobre o caso”.

“Agora é momento de agradecer a Deus e à Virgem Santíssima por este livramento!”, concluiu a nota.

De acordo com a polícia, Pe. Gilmar foi encontrado desorientado, caminhando às margens de uma estrada, mas sem sinais de violência. Ele foi reconhecido por um amigo, Agenor Lima Rocha, que acompanhava os policiais.

Ao portal G1, o delegado Luciano Soares relatou que ele e um agente da Polícia Civil passaram pelo sacerdote, que “não deu sinal”. “Ele só foi localizado porque em outra viatura havia uma pessoa que trabalhava com ele na paróquia e o reconheceu”.

Duas Igrejas incendiadas em Santiago do Chile

 
A ACN condena os violentos ataques a duas igrejas em Santiago do Chile, ontem, 18 de outubro. Dois templos foram atacados por manifestantes em um momento em que várias horas de manifestação pacífica aconteciam para comemorar o início da erupção social de 18 de outubro de 2019: a Igreja de São Francisco de Borja e a Igreja da Assunção, uma das mais antigas da capital, construída em 1876, que já havia sido atacada em 8 de novembro de 2019.

Declaração de Thomas Heine-Geldern, presidente executivo da ACN:


“Estamos consternados com as agressões, saques e ataques a igrejas em Santiago do Chile: os acontecimentos de ontem mostram o quão longe podem chegar a violência e o ódio promovidos por alguns grupos.

Nada justifica o uso da violência, nem os ataques a espaços sagrados, nem o uso da violência contra a fé e crenças alheias contribuirão para a defesa da justiça social, racial ou econômica.

Acreditamos que, embora seja legítimo manifestar e pedir mudanças sociais, o ódio desenfreado contra grupos religiosos gera violência e destruição e deve ser abertamente condenado em todo o mundo. Além disso, pedimos ao governo chileno que garanta a proteção dos edifícios religiosos contra este tipo de crimes de ódio.

Igrejas são incendiadas e destruídas durante protesto no Chile


A Igreja da Assunção, nas proximidades da Praça Itália em Santiago, foi completamente incendiada no domingo depois de ser atacada por encapuzados em meio a uma grande manifestação pelo primeiro aniversário do início dos protestos sociais no Chile.

A pequena igreja foi o segundo templo a ser atacado durante este dia de protestos em Santiago. Quando a cúpula pegou fogo após o desabamento da estrutura, vários manifestantes comemoraram.

A estrutura foi atacada por manifestantes encapuzados no momento em que várias horas de manifestação pacífica ocorreram ao redor da Praça Itália, onde eles comemoraram o início dor protestos de 18 de outubro de 2019.

Quando a igreja pegou fogo, bombeiros e equipes de resgate fizeram uma cerca para evitar que o colapso da estrutura atingisse as pessoas.

“Deixa cair, deixa cair”, gritaram alguns encapuzados, que festejaram a subsequente queda da cúpula da igrejinha, também conhecida como “freguesia dos artistas”, segundo a imprensa chilena.

Antes, bem próximo ao local onde ocorreu o incêndio, outro templo, dos ‘Carabineros’, foi saqueado e queimado, mas os bombeiros conseguiram apagar as chamas antes que elas causassem maiores danos.

“Queimar igrejas é uma expressão de brutalidade”, afirmou o ministro do Interior e Segurança, Víctor Pérez, ao destacar que durante o dia a polícia protegeu as estações de metrô de Santiago, os ônibus do transporte público e outros alvos dos violentos ataques do ano passado.

O ministro disse que “grupos minoritários” dentro da manifestação foram responsáveis pelos atos de violência.

Desde cedo, os manifestantes – na maioria jovens, mas também famílias e idosos – compareceram à Praça Itália, rebatizada pelos manifestantes como “Praça da Dignidade”, para comemorar o dia em que “o Chile acordou”, como afirmam os manifestantes, mas também para se reunir novamente em um grande protesto após meses de pausa devido à pandemia.

Embora a Polícia tenha chegado cedo ao local, parte do efetivo se retirou com o aumento do número de manifestantes na praça, coberta por cartazes e bandeiras. Somente no começo da noite, alguns efetivos retornaram.

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Fala de humorista contra a criação de filhos é retrato da imaturidade dessa geração


Veio à tona esta semana a fala de um famoso humorista brasileiro sobre a criação de filhos. Ele fez questão de usar uma palavra bastante negativa para classificar o que seria isso, na prática, dizendo que “é um inferno ter filhos”.

Não vou citar nomes aqui porque a minha intenção não é atacar a pessoa do humorista, mas sim o que pode estar por trás da sua visão altamente negativa sobre a criação de filhos. Para mim, a sua fala é o retrato de algo mais complexo que podemos analisar resumidamente em alguns tópicos a seguir:

01 – Imaturidade dessa geração

Em um artigo publicado pela revista científica Lancet Child & Adolescent Health, em 2018, pesquisadores argumentaram que à adolescência deve ser estabelecida até os 24 anos. Susan Sawyer, diretora do Centro para a Saúde do Adolescente do Hospital Royal Children’s em Melbourne, uma das autoras da pesquisa, afirmou o seguinte, segundo a BBC.

“Apesar de muitos privilégios legais da vida adulta começarem aos 18 anos, a adoção das responsabilidades e do papel de adulto geralmente acontece mais tarde”.

O que vemos nisso é o adiamento das responsabilidades da vida para os jovens, algo que está estritamente relacionado à imaturidade dessa geração. Esse olhar superprotetor que chega a ser incapacitante sobre os jovens é o que reforça tamanha imaturidade.

É a extensão da figura da mãe superprotetora que prejudica o desenvolvimento emocional dos filhos ao nível da cultura. É a Síndrome de Peter Pan sendo culturalmente estabelecida como norma, fazendo assim com que a maturidade seja cada vez mais adiada, ou até não alcançada.

Fieis poderão doar por meio do PicPay para Coleta Missionária neste fim de semana, 17 e 18 de Outubro


A coleta Missionária, a ser realizada no próximo fim de semana, 17 e 18 de outubro, dentro da Campanha Missionária 2020, oferece uma nova forma de contribuição. Quem desejar contribuir com a Campanha Missionária poderá fazer sua doação por meio do PicPay. Para isto, basta acessar o QR na imagem acima.

Fortalecimento presença missionária da Igreja

Neste ano, junto com o material da campanha, foi enviada às dioceses brasileiras a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, com prestação de contas da coleta missionária de 2019. O fundo internacional de solidariedade ajudou na formação, animação e cooperação missionária em diferentes projetos nos cinco continentes: catequese, obras sociais, hospitais, leprosários, asilos, orfanatos, postos de saúde, centros de saúde mental, escolas, atendimentos à família, formação missionária ad gentes, etc. O Brasil na última campanha contribuiu para este fundo com o valor de R$8.854.027,18.