Domingo próximo é o Domingo de Ramos, início
da Semana Santa, na qual contemplaremos os sofrimentos de Jesus Cristo e o
mistério da sua Cruz, dando-nos o sentido do sofrimento em nossa vida.
No Domingo de Ramos, recordamos a entrada
triunfal de Jesus em Jerusalém, aclamado pelo povo. Mas era a sua última
entrada na cidade santa, pois nessa semana ele sofreria, voluntariamente, a sua
paixão e seria crucificado e morto.
A Paixão física de Jesus começou na
Quinta-feira santa, à noite, no horto das oliveiras, quando ele viveu um
momento de particular angústia perante a vontade do Pai, contra a qual a
debilidade da carne é tentada a revoltar-se. Cristo quis sentir a repugnância
natural do homem diante do sofrimento. Ali Cristo se põe no lugar de todas as
tentações da humanidade e toma sobre si todos os seus pecados, para dizer ao
Pai: “Não se faça a minha vontade, mas a Tua” (Lc 22,42). Este seu “sim” de
aceitação muda o “não” dos nossos primeiros pais no Éden.
Em contraposição a certas teologias da
prosperidade e da saúde, muito em voga hoje, onde a religião fica sendo
unicamente um meio de fugir da cruz, a Igreja nos propõe a verdadeira Teologia
da Cruz.