Grupos de pais estão pedindo a renúncia do
ministro da educação do governo do Peru, devido à inclusão de conteúdo sexual
explícito em livros didáticos para alunos entre 12 e 14 anos.
Nos livros didáticos "Desenvolvimento
Pessoal, Cidadania e Cívico", distribuídos para alunos do terceiro ano do
ensino médio, foi incluído um link para conteúdo sobre sexo e masturbação
bastante explícito, informa a ACI Digital.
Em uma parte referente à "sexualidade e
gênero" do livro há um link que leva a um conteúdo onde os alunos são
encorajados a experimentar "prazer ilimitado", através de atos como
masturbação, várias práticas sexuais e até mesmo orgias em grupos com pessoas
do mesmo sexo. Veja o print abaixo:
Conteúdo que foi distribuído para os alunos em forma impressa. Reprodução: ACI Digital |
O texto, que foi elaborado pelo atual governo
de Martin Vizcarra, foi distribuído em forma impressa para as escolas públicas
de todo o país durante 2018-2019 e ficou também disponível no site oficial do
Ministério da Educação (Minedu) em 2018 [após a polêmica, o órgão retirou do
ar].
Antes de fazer a denúncia, a associação
"Os pais em Ação" questionou a ministra da Educação, Flor Pablo
Medina, que precisou se explicar na segunda-feira na Comissão de Educação do
Congresso, pelos 'inadequado' livros de conteúdo, o que ela chamou de
'barbaridade' e um 'erro', de acordo com o Corrêo.
Durante a sua declaração perante a comissão,
no entanto, a ministra continuou defendendo o conteúdo como uma “abordagem de
gênero” e descarregou a responsabilidade pelos “erros” dos textos escolares
inadequados no chefe anterior do Ministério da Educação.
Nesse sentido, o ex-ministro da Educação, Idel
Vexler, em respeito às declarações, disse que seu governo, que deixou em 2 de
abril de 2018, não deixou nenhum manual escolar pendente de impressão.
"Eu tenho informações que vazaram e foram
impressas na administração anterior do ministro, antes da atual (...) Essa
responsabilidade corresponde à parte política de 2018", disse Vexler ao
Post.
Print do conteúdo impresso para os alunos. Reprodução: ACI Digital |
Além disso, de acordo com Vexler, a
disseminação desse conteúdo inadequado não foi um "erro", como afirma
o ministro. O ex-chefe de Educação disse que "houve uma decisão expressa
de incluir esses conteúdos inadequados através do link".
"Os especialistas que produziram este
link fizeram isso de maneira consciente, deliberada e expressa. Isso não é um
erro de qualquer questão ortográfica, uma foto, uma página mal escrita ou uma
soma mal feita", acrescentou.
Apesar do escândalo, a ministra não só
desconsidera a renúncia, mas garante que "a abordagem de gênero do
Currículo Nacional não tem nada a ver com esse tipo de vínculo".
Apenas alguns dias atrás, uma decisão judicial
indeferiu o processo movido pela Associação de Pais contra o Minedu, que
procurava impedir a introdução da ideologia de gênero no currículo nacional.
Esse grupo de pais já anunciou que a batalha legal continuará de outras maneiras.
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Opinião Crítica
Com informações: BL es Mundo.
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