Maria desempenha um papel central também segundo a concepção protestante da fé, que este dado realmente desapareceu em larga escala da consciência geral, com prejuízo das próprias igrejas da reforma, e que uma veneração de Maria biblicamente fundamentada não ofende, necessariamente, a honra de Deus e de Cristo.
Não podemos, pois, nos interessar por Jesus Cristo sem levar em consideração sua mãe. Não temos Jesus Cristo sem Maria! Maria é aquela através da qual Cristo foi unido a toda humanidade e à sua história.
Exaltar, portanto, a virgindade de Maria significa exaltar a nossa salvação pois, sem a virgindade de Maria não há salvação. A Igreja não tem o direito de reduzir a doutrina sobre o nascimento virginal.
Vejamos, por exemplo, o reconhecimento de alguns protestantes a respeito de Maria:
“Não existe Evangelho algum sem Cristo, sem a Igreja, sem o Espírito Santo e sem Maria” (Brandenburg).
“O Filho de Deus tem uma mãe” (Stahlin).
Maria é a porta da qual Deus entrou pessoalmente no mundo.
Embora os protestantes censurem a Igreja Católica dizendo que ela honra a si própria e exalta a si mesma em Maria, não faltam também autores evangélicos que estabelecem uma união entre Maria e a Igreja. Maria se reconhece como a humilde serva do Senhor que Deus olhou e encheu de graça.
Maria não é a causa da salvação, mas sua posição e função demonstram que a ação salvífica de Deus nunca se desenrola ignorando ou deixando de lado a história. Deus entrou na história por meio de Maria, portanto, ela, a israelita, pode representar toda a humanidade a quem Deus se dirige em sua ação e a quem quer atingir, partindo de Israel.
Considerar Maria como tipo da Igreja significa considerar como representante daquela força de fé que mantém em vida a comunidade cristã, como fogo que continua a arder sob as cinzas de toda e qualquer destruição.
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Fonte: O Culto a Maria Hoje, Paulinas.* com pequenos cortes e adaptações.
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