No século VIII celebrava-se já em todo o império bizantino, mas, teve origem na dedicação da Basílica de Santa Maria Nova. O objeto da festa era a apresentação de Maria no templo, de que fala o proto-evangelho de Tiago. No Ocidente começou a ser celebrada em Avinhão, sob Gregório XI e em 1585 entrou definitivamente para o calendário romano por obra de Sisto V.
Consiste no conhecimento de que a Virgem Maria, que se tornou a cheia de graça na sua concepção imaculada e na Anunciação, porque unida à fonte da graça do gênero humano, viveu e se comportou de maneira correspondente a tal graça e foi sempre fiel à sua elevação, esteve sempre disposta a realizá-la, numa dedicação total de si mesma a Deus, desenvolvida e confirmada no curso dos anos. De qualquer forma, devemos reconhecer que mesmo sem semelhantes fatos, podemos e devemos afirmar este caráter da pessoa de Maria, isto é, a dedicação a Deus que se estendeu a toda a sua vida.
Uma passagem do Sermo 25 (7-8) de Santo Agostinho, diz: “Santa é Maria, bem-aventurada é Maria, mas é melhor a Igreja do que Maria. Por quê? Porque Maria é uma parte da Igreja: um membro santo, um membro excelente, um membro que ultrapassa a todos em dignidade; todavia, é sempre um membro com relação ao Corpo todo... também vós sois membros de Cristo, também vós sois Corpo de Cristo”.
Durante a proclamação da Palavra de Deus, o silêncio na presença do Senhor é expressão de respeito, mas é antes de tudo uma premissa necessária para perceber a proximidade de Deus e para poder acolher a Sua Palavra. A dessacralização não leva à salvação do mundo, mas à perda do centro santificador em que habita o Senhor. Deixe fora o que não pertence ao interior: pensamentos, desejos, preocupações, curiosidades, superficialidade. Deixe fora tudo o que não é consagrado. Torne-se puro. Você está entrando no Santuário.
A fé só pode crescer no Templo, porque somente num espaço feito de silêncio, de recolhimento, de refúgio no Seio do Santo, livre da necessidade de colocar-se em atitude de defesa, o coração pode abrir-se e acolher a Palavra de Deus, e assim, por sua vez, tornar-se Templo de Deus.
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