sexta-feira, 19 de abril de 2013

CNBB é contra redução da maioridade penal.

Cardeal Raymundo Damasceno afirma que reduzir a menoridade é simplificar um problema.


O presidente da Confederação (sic) Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis, criticou nesta sexta-feira (19), a ideia de redução da maioridade penal. Damasceno reafirmou a posição da entidade católica e disse que reduzir a maioridade penal não ajudará a resolver o problema da violência no país. Para ele, o fato de muitos menores de 18 anos estarem cometendo crimes tem a ver com a desagregação das famílias, a insuficiência de políticas públicas e a falta de oportunidades de educação e preparação para o trabalho.

— Reduzir a maioridade penal é simplificar um problema e não vai ajudar a diminuir a violência. Temos que atacar as causas. As pessoas se sentem à margem e isso gera violência. O problema é mais amplo e não deve ser diminuído. Reduzir a maioridade violenta e penaliza ainda mais os jovens, principalmente os pobres, negros e de periferias — afirmou o presidente da CNBB.


O presidente da CNBB disse que as paróquias precisam estar cada vez mais presentes em áreas onde muitas vezes religiosos não conseguem chegar e cobrou que leigos se envolvam mais no processo de evangelização. Segundo ele, as paróquias não podem perder dinamismo, sob o risco de ficarem "esclerosadas". Neste ano, o tema principal da 51ª Assembleia da CNBB foi o papel das paróquias.

— As paróquias não devem ser apenas uma agência prestadora de serviços para quem as procura. As paróquias têm que ir a quem precisa delas. Elas têm que tentar vencer o isolacionismo e a apatia em relação aos outros.

A CNBB decidiu que um documento oficial sobre as conversas realizadas durante a assembleia só será divulgado em 2014, pois sentiu a necessidade de aprofundar os debates sobre o papel das paróquias, a comunicação da Igreja e a questão agrária. Esses assuntos, segundo a CNBB, continuarão sendo analisados pelos próximos meses nas comunidades.
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Fonte: CNews.

O caso Marco Feliciano: em defesa da democracia.



O Caso Marco Feliciano está se tornando um ícone dos tempos difíceis pelos quais passa o Brasil. E não se trata de reafirmar a crise ética na qual estamos mergulhados há 4 décadas, pelo menos. Não é de hoje que o brasileiro não se sente realmente representado pelos políticos no país. O problema que ronda-nos nesses dias é uma grave crise republicana e democrática.

Já disse e repito que não sou fã do Marco Feliciano. Enganar as pessoas com o que elas possuem de mais sagrado, a sua fé, torna-lhe culpado de um pecado imenso. Considerando verdadeiras as imagens que correm pela net, sua prática nefanda de extorquir pessoas em seus cultos é verdadeiramente vergonhosa. Mas não se trata de avaliar o problema eclesiológico ou religioso de Marco Feliciano. Se alguém deve preocupar-se com suas ações aparentemente criminosas são os fiéis de suas seitas e a polícia. Para além dessas questões – que para mim são importantíssimas, mas de outro nível – há também a questão política. 


Contra tudo e contra todos, Marco Feliciano foi eleito para um cargo eletivo e, até onde se sabe, não cometeu qualquer crime no uso ou em razão desses mesmos poderes legislativos. Tentar intimidar – a ele ou a casa legislativa a que pertence – em razão de suas convicções pessoais ou religiosas é preconceito e perseguição. Pior: tentar pressioná-lo a abrir mão de um direito amplamente defendido na Carta Magna do país é prática medonha e aponta para uma crise institucional grave.

O que se vê diariamente há mais de três meses, em jornais e revistas, é a tentativa de organizações não democráticas, como Ong’s, sindicatos, associações de artistas, centros acadêmicos tomarem a palavra para se fazerem porta-voz dos cidadãos. Ocorre, contudo, que numa democracia e numa república, o meio ordinário de representatividade da população não é uma organização – que aliás devia estar longe do governo, por isso não-governamental – ou uma associação de bairro, ou de servidores, ou patronais. Essas instâncias absolutamente legais devem ter voz em uma democracia, entretanto não têm direito ou legitimidade para pressionar um legítimo representante do povo, ainda que sobre ele recaiam suspeitas e sombras. O são processo criminal defende a inocência do réu enquanto não houver provas para o contrário. Apesar disso, Marco Feliciano é linchado ordinariamente, no rádio, na televisão e nos jornais, sem motivo aparente senão acusações genéricas de caráter moral ou religioso. Repito: se houvesse qualquer evidência de crime ou negligência pairando sobre o deputado, justificar-se-ia o mimimi, mas nunca a exigência de abandono da Comissão de Direitos Humanos. Muito menos há razão para defenestrá-lo por causa de meia dúzia de pelegos comunistas. A interpretação que atribui a rejeição ao deputado em razão de preconceitos moralistas e anticlericais não é de toda equivocada e revela uma faceta bastante irônica do evento, capitaneado por personagens defensores das diferenças e contra preconceitos .

Mas não se deixem enganar: encontra-se na ingerência das organizações não-governamentais no governo o real perigo do Caso Marco Feliciano. Se o Congresso Nacional ceder a pressões políticas, seja desses movimentos, dos artistas de sempre, da imprensa, colocará em risco os fundamentos da República, qual seja: que os governantes dos poderes são eleitos por voto de toda a população e não servem a outros interesses que não os da mesma população. Submeter seus mandatos a uma opinião pública comprometida e muito habilmente manipulada é historicamente perigoso. Um Congresso que se põe de joelhos a manifestações desse naipe torna-se joguete na mão de oradores carismáticos e está refém do pior dos males de uma democracia: a demagogia, que é a arte de manipular as massas a partir de promessas superficiais e populistas.


Por este motivo, o Caso Marco Feliciano representa um ponto relevante da política nacional. No caso concreto da Presidência da Comissão de Direitos Humanos, a razão e o direito estão com o deputado e não é saudável para a República deixar-se manipular pela mídia oficial ou por grupelhos que representam parcelas ínfimas da sociedade, sem qualquer respaldo filosófico além de suas opiniões. Quem representa o povo nessa pendenga é o deputado, jamais as Ong’s, empresas ou sindicatos. Permitir que políticos eleitos por voto popular passem pelo crivo direto ou indireto de organizações desse tipo é submeter a democracia à plutocracia ou à aristocracia, ambas muito facilmente deterioradas em demagogia.

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Disponível em: Guia de Blogs Católicos.

Comissão para a Vida e a Família promove eventos de valorização da família .



A Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família (CEPVF) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o apoio da Canção Nova, promoverá o 3º Simpósio Nacional da Família. O evento será realizado dia 25 de maio, na Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP). No dia 26 de maio, a Comissão também organizará a 5ª Peregrinação Nacional da Família, no Santuário Nacional, em Aparecida (SP).

Este ano, o 3º Simpósio Nacional da Família e a 5ª Peregrinação Nacional da Família, em sintonia com o Ano da Fé e com a Jornada Mundial da Juventude, terão por tema a “Transmissão da Fé na Família: tarefa dos pais”. O objetivo será oferecer aos pais a oportunidade de reavivar a missão de educar os filhos na fé, especialmente pela presença e pelo testemunho. O 3º Simpósio será televisionado pela TV Canção Nova.


Os eventos contarão com a presença do presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família e bispo de Camaçari (BA), dom João Carlos Petrini, e do bispo Auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), dom Antonio Augusto Dias Duarte, além de membros e os assessores nacionais da CEPVF.

Os bispos responsáveis pela Pastoral Familiar nos 17 Regionais da CNBB também estarão presentes, assim como coordenadores nacional, regionais, diocesanos e paroquiais da Pastoral Familiar e famílias vindas de todas as dioceses do Brasil. Nos dois dias, é estimada a participação de 250 mil pessoas.

O 3º Simpósio Nacional da Família será realizado na Canção Nova, no Rincão do meu Senhor, em Cachoeira Paulista (SP). Durante o evento haverá uma série de conferências que tratarão de diversos temas ligados à família. Dentre os conferencistas, dom João Carlos Petrini, fará a primeira conferência, que falará sobre “O desígnio de Deus”.

Professores do Pontifício Instituto João Paulo II de estudos sobre matrimônio e família, com sede Salvador (BA), também farão conferências que tratarão de temáticas como “Família e Sociedade”, “A transmissão da fé na família”, “Família acolhedora (desde a hospitalidade à adoção)”, e “Comunidade de famílias”.

Na tarde do dia 25 de maio, saindo do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), às 19h30, haverá uma procissão até a “ Igreja Velha”. No dia da 5ª Peregrinação Nacional da Família, 26 de maio, serão realizadas Celebrações Eucarísticas, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida a partir das 5h30.
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Fonte: CNBB.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Nota de solidariedade dos bispos do Brasil sobre a seca no Nordeste.



“Eu estava com fome, e me destes de comer;
estava com sede, e me destes de beber” (Mt 25,35).

Nós, bispos do Brasil, reunidos em Aparecida–SP, na 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, de 10 a 19 de abril de 2013, expressamos nossa solidariedade aos irmãos e irmãs castigados pela maior seca que atinge a região do semiárido nos últimos 40 anos. Fazemos nossos seus sofrimentos e suas dores e nos unimos à sua luta pela superação deste fenômeno, secular e cíclico, que ameaça a vida e o desenvolvimento integral da população. Trata-se de mais de 10 milhões de pessoas diretamente atingidas, em 1.326 municípios, segundo dados da Secretaria da Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional (SEDEC/MI).

Os bispos do Nordeste, por várias vezes, assinalaram as consequências de ordem social, econômica, moral e ética provocadas pela seca tais como: a) Migração forçada com a consequente desarticulação e desintegração da família, que fica exposta à máxima penúria; b) tráfico humano, que conduz ao trabalho escravo; c) instrumentalização da extrema vulnerabilidade das pessoas para fins eleitoreiros, em total desrespeito aos valores éticos; d) agravamento da situação econômica relegando milhares de famílias à miséria; e) dizimação da produção agrícola e agropastoril com a morte de rebanhos inteiros, comprometendo o presente e o futuro dos pequenos e médios produtores, além de seu endividamento; f) colapso no abastecimento de água nas áreas urbanas; g) risco de se perderem conquistas econômicas e produtivas fundamentais acumuladas nos últimos dez anos.


O clamor do povo do Nordeste, acolhido pela Igreja, ecoa em documentos históricos como o de Campina Grande, em 1956, e o de João Pessoa - “Eu ouvi o clamor do meu povo (Ex 3,7)” - em 1963. Além disso, a Igreja tem realizado diversas campanhas de doações, promovido inúmeras ações solidárias de apoio às famílias mais atingidas pelo flagelo da seca e participado na luta pela execução de políticas públicas como a construção de cisternas de consumo e de produção.

Apoiamos as “Diretrizes para a convivência com o Semiárido”, lançadas em recente seminário realizado, em Recife-PE, pela Igreja Católica e vários movimentos sociais e sindicais, exigindo que sociedade e governos não pensem no Nordeste apenas em ocasião de seca.

A seca no semiárido é um fenômeno cíclico que se repete sistematicamente. Entretanto, o ciclo de secas “não pode nos fazer pensar que o semiárido brasileiro seja apenas um condicionamento climático e, a longa estiagem, sua intempérie. O semiárido é, antes de tudo, um conjunto de condições próprias de um bioma e, desse modo, exige-nos um novo olhar e a construção de iniciativas diferenciadas” para a convivência nesta região onde vivem 46% da população nordestina e 13% da população brasileira, representando 11% do território nacional. Os 25 milhões de pessoas que aí habitam, aguardam medidas estruturais que facilitem a convivência com esse ecossistema.

Reconhecemos que os Governos têm desenvolvido importantes ações neste momento crítico por que passam os atingidos pela seca. São, no entanto, ações mitigadoras e emergenciais que não resolvem o problema, presente em todo o polígono da seca.

Somente com decidida vontade política e efetiva solidariedade, será possível estabelecer ações que tornem viável a convivência com o semiárido, mesmo no período da seca. Como pastores solidários aos nossos irmãos nordestinos, reivindicamos:

a)       A definição e a aceleração de políticas públicas e institucionais permanentes que garantam segurança hídrica e alimentar, incentivando o uso de tecnologias adaptadas à realidade climática da região para captação, armazenamento e distribuição das águas das chuvas;

b)       Democratização do acesso à água com a construção de sistemas simplificados de abastecimento de água;

c)        Ações estruturantes como a revitalização e preservação dos rios, lagoas, ribeiras, riachos e da floresta nativa; construção de cisternas de placas e de cisternas “calçadão”; perfuração e equipamentos de novos poços tubulares;

d)       Interligação de bacias hidrográficas e de recursos hídricos; construções de diversos tipos de armazenamento de água, bem como de adutoras e canais, para o consumo humano, animal e a produção de alimentos;

e)       Ampliação e universalização da aplicação dos recursos financeiros e técnicos a partir do protagonismo das populações locais e de suas organizações, no campo e na cidade;
f)        Conclusão urgente das numerosas obras cuja paralisação tem causado graves prejuízos econômicos e sociais;

Que Nossa Senhora Aparecida, cuja casa nos abriga durante a 51ª Assembleia da CNBB, alcance para todos os irmãos e irmãs do Nordeste a força renovadora da esperança, que nasce do coração do Cristo Ressuscitado, vencedor do mal e da morte.




Aparecida, 16 de abril de 2013.



Cardeal D. Raymundo Damasceno de Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão – MA
Vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Santo Expedito - 19 de abril


Era um militar, comandante da 12º Legião Romana baseada em Malitene, na Copadócia (atual Armênia), legião esta intitulada "Fulminante" devido a gloriosa vitória contra os bárbaros às margens do rio Danúbio, e composta em sua maioria de cristãos.

Tocado pela graça de Deus, converteu se ao cristianismo, mesmo sob ameaças de perseguição do Imperador Galério, e resolveu mudar de vida. Foi então que o demônio lhe apareceu, sob a forma de um corvo e lhe segredou: "Cras ... cras ... cras", palavra latina que significa: amanhã ... amanhã ... amanhã, isto é, deixe para amanhã, não tenha pressa, adie sua conversão. Mas Santo Expedito, pisoteando o corvo, esmagou o gritando: "Hodie", que significa hoje, nada de protelações ... é pra já!

Pelo seu próprio nome, o santo é invocado nos casos, que exigem solução imediata, nos negócios em que qualquer demora poderá casas prejuízo. Protetor da juventude, os estudantes a ele recorrem para ter êxito nos exames. Santo Expedito não adia seu auxílio para amanhã. Ele atende hoje mesmo ou na hora que precisar de sua ajuda. Mas ele espera que também não deixemos para amanhã nossa conversão.

Tendo se recusado a adorar os deuses pagãos, foi flagelado e depois decapitado em 303, na cidade de Melitene, no dia 19 de abril, data em que é celebrada sua festa.


Santo Expedito é representado de pé, vestido de soldado romano, com uma capa vermelha, tendo na mão esquerda a palma do martírio e na direita uma cruz, onde está escrito: HODIE.

Esmaga com o pé direito um corvo, junto ao qual aparece a palavra CRAS e tem no chão, ao lado do pé esquerdo, o capacete militar romano, simbolizando que deixou de lado a carreira militar para empunhar a cruz, símbolo do cristianismo.

Seu culto, iniciado no locar do martírio, passou para Alemanha Meridional, Itália, especialmente na Sicília, onde é padroeiro de Aci Reale. Venerado no sul da França e na Espanha, sua devoção no Brasil vem sendo cada vez mais difundida.

Na Região de Presidente Prudente, mais precisamente na cidade de Santo Expedito existe o grande Santuário Nacional.

A valorização do errado e o desprezo do certo: a gente vê por aqui!



“A luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois as suas obras eram más”(João 3,19)


Salve Maria Imaculada!

A cada dia que passa podemos perceber que o homem passa a amar mais e mais as trevas. Ao escrever aqui este versículo bíblico fico imaginando como deve ser doído para Jesus nos dizer isso. Sim, doído, pois Jesus é a luz do mundo, mas nem mesmo a Luz do mundo que é Cristo vindo, fez com que quem era e, infelizmente, é trevas, passasse para a luz. Muita gente a dois mil anos atrás odiou a luz, e muita gente hoje, passados dois mil anos da encarnação do verbo, continua a odiar o Cristo, o único que pode nos dar a felicidade. Ou melhor: Ele é a própria felicidade.

E as pessoas odiando a luz, sendo trevas, mostra o quanto as pessoas estão sedentas de Deus. Por mais que elas manifestem o ódio voluntário a Deus. Já falam alguns exorcistas que em suas experiências no ministério de expulsar demônios, estes seres perversos, quereriam fazer qualquer coisa, se fosse possível para eles, para ver novamente a face de Deus. Mas para eles não tem mais jeito. E nós, seres humanos, que somos merecedores da Misericórdia de Deus, não por mérito nosso propriamente dito, mas pelos méritos da Cruz de Cristo, que mesmo quando tornamos a cair vem nos reerguer, vem nos dar a oportunidade de levantar e recomeçar com um suave conselho/mandamento: NÃO TORNES A PECAR! Sim, não tornemos a pecar, pois se fosse pra continuar a pecar pra quê cruz de Cristo? O próprio Jesus disse aos apóstolos:“Se eu não viesse e não lhes tivesse falado, não teriam pecado; mas agora não há desculpa para o seu pecado.”(João15,22)


O Evangelho vem sendo pregado a dois mil anos. Sim, a Igreja Católica vem pregando o Evangelho arduamente há dois mil anos. Momentos de crise tiveram, mas nunca ficou-se parada. A própria existência da Igreja já é uma pregação autêntica do Evangelho. Em outras palavras: é a luz. A Igreja Católica é sal e luz do mundo, pois é portadora da verdade. Aliás, nas Palavras de São Paulo, a Igreja é coluna e sustentáculo da verdade!(cf. 1Timótio 3,15) E, assim como Cristo que é luz, veio ao mundo que estava impregnado pelas trevas, pelo lamaçal do pecado, foi odiado pelo mundo, assim também a Igreja é odiada pois condena as trevas. A Igreja Católica, pelo pecado e cegueira das pessoas, pode até ter sua luz ofuscada, mas mesmo com o fogo de uma vela ela continua a iluminar, e as pessoas se afastam dessa luz da Igreja para que suas obras não sejam rejeitadas. Por isso, entendamos que quando uma pessoa fica dizendo que a Igreja tem que mudar, subtenda o seguinte: a Igreja tem que aceitar os meus pecados, e tornar não só aceitável, mas como um direito de pecar. E isso seria ser trevas, pois estaríamos fazendo do Corpo Místico de Cristo, que é luz, uma treva densa.

E, sabendo dessa verdade, podemos ver o quanto as pessoas tem odiado a Cristo odiando Sua Igreja. Aquilo que a Igreja ensina, aquilo que são os mandamentos de Deus, aquilo que é a Verdade revelada, é odiada, distorcida, caluniada, relativizada, pisada, ou pra evitar problemas: oculta-se de uma vez. Mas, aquilo que é trevas, pecado, condenável, é exaltado, é colocado como algo a ser seguido. E grandes pecadores tem sido quase que levado a “honra dos altares” pelas mídias seculares pelo motivo de simplesmente dizer que são pecadores mesmo e que fazem aquilo que é contrário a vontade de Deus. Em Oséias 4,6 vai dizer que “por falta de conhecimento o meu povo se perde”; no entanto, hoje vemos muita gente se perder tendo consciência, e isso se dá a alienação principalmente da mídia que dá uma grande evolução no processo de “imbecilização” das pessoas. Traduzindo: Muita gente sabe a verdade, mas foi mordida pela serpente do relativismo. E a salvação das almas fica em segundo plano. Aliás, para esse povo, quando nem acreditam mesmo na existência do inferno – isso quando acreditam em Deus, no Céu... -, passam a dizer que ninguém vai pra lá, pois basta amar. Sabe por quê? Amam as trevas! Aliás, enquanto não se impregnarem do Sangue de Cristo, eles não só amam e estão nas trevas, como são as próprias trevas.

É incrível ver a imparcialidade da mídia, que exalta o mal, e pisa o bem. Quando uma pessoa se converte verdadeiramente a Cristo, torna-se Católico convicto vivendo e ensinando a fé católica, passa a ser tratada como uma pessoa ridícula, descontrolada, demente, alienada, problemática. Quando se trata de pessoas famosas, no caso, artistas, além de taxarem de vários nomes semelhantes a estes, passam a esquecê-los.

Nós podemos ver isso concretamente nos acontecimentos recentes da nossa sociedade. Todos puderam ver a quase “divinização” que fizeram do homossexualismo -que é uma grande abominação perante os olhos de Deus – após a cantora baiana Daniela Mercury ter assumido um “casamento” homossexual com outra mulher. Aliás, a “divinização” do homossexualismo é algo antigo, já tem algum tempo que as pessoas tem querido incutir isso na mente das pessoas. Mas, aproveitando um momento de discussão na política brasileira, Daniela Mercury assume ser gay, e então a mídia começa a noticiar elevando ela e sua companheira, como se elas fossem exemplos a serem seguidos. Exaltam e exaltam! Começam a elogiar, colocando-as como corajosas, como coisas belas e meigas... Mas poucos falam que a mãe da cantora não gostou do relacionamento da filha.

Em contrapartida com a grande exaltação de quem assume mesmo que fez e faz com orgulho o que Deus abomina, temos os casos de artistas que se convertem, e emitindo opiniões, são jogadas pra escanteio. Aliás, muitos são chutados para fora do estádio. Não quero nem citar o caso de Joelma da banda Calipyso, que, como disse Chimbinha (marido e companheiro de banda da cantora), a vida deles virou um inferno após as supostas declarações contrárias ao homossexualismo que a cantora fez. Mas avaliemos uma pessoa que assumiu a fé católica concretamente e tem militado por causas realmente importantes. Falo de Elba Ramalho! Você tem visto ela se apresentando? Uma artista secular que teve grande fama, hoje ainda faz shows, e tem bom público, mas na TV parece que ela não tem aparecido muito não é mesmo? A própria Elba Ramalho conta de sua vida corrompida pelo pecado, e que por intercessão da Bem-Aventurada sempre Virgem Maria ela se converteu. Hoje ela milita contra o aborto. Tem sido um grande testemunho. Nunca fui a um show dela, mas dizem-me que nos shows ela fala de Deus, de Nossa Senhora, e, obviamente, contra o aborto. Muito interessante isso, afinal muita gente vai pra shows seculares e acabam engravidando por fazer do sexo, ou melhor, do corpo do outro um objeto, e da gravidez, um objeto descartável. E Elba tem falado abertamente sobre a questão do aborto. E ninguém lembra dela. E quando lembram, criticam-a. Na TV até que a vi esses dias no programa DFTV da Rede Globo Brasília, apenas filmaram um pedaço de uma encenação de Semana Santa em Taguatinga-DF onde ela se apresentou, e vimos lá, belamente diga-se de passagem, sua corrente de consagração à Virgem Maria. Sim, Elba Ramalho é escrava do amor, ou seja, escrava de Jesus Cristo por meio da Virgem Maria. Você sabia disso? Pois é, acho que o Fantástico não se interessou em fazer uma matéria limitando por um Consagra-te mostrando o porque uma artista se entregou de corpo e alma aos cuidados da Virgem Maria. Você sabia que Elba Ramalho vive a castidade! Ela não é casada, por diversas circunstâncias, e então ela vive o contrário da sociedade que manda arrumar outra pessoa, ou que manda sair catando todo mundo... Elba disse NÃO! Elba preferiu Jesus Cristo. Vive a castidade. Sei que deve ser difícil, e temos que rezar por ela, pois sabemos que assim como eu e você ela é uma miserável, que sem a graça de Deus ela não conseguirá. Mas eis que ela tem lutado. Vive a castidade! Você sabia disso? Acho que o Fantástico e outros programas televisivos não se interessam em fazer uma grande matéria sobre a graça da castidade, e mostrar o porque uma artista renomada como Elba Ramalho que tem aos seus pés a depravação que quiser (graças a Deus ela preferiu a santidade), preferiu viver aquilo que a Igreja ensina, aquilo que é vontade de Deus. Viram só como o mundo trata de maneira bem diferente as trevas e a luz? A trevas é exaltada pelas pessoas – em especial a mídia demoníaca -, enquanto a luz, ou seja, a santidade é pisada.

Existem tantos jovens que vivem a castidade, mas o legal é mostrar e incentivar a prostituição. Mostram casos de gravidez na adolescência colocando a gravidez como se fosse uma doença, e, maldosamente, já incentivam o uso de camisinha, pípulas, etc. Mas nunca ou quase nunca mostram as milhares de moças que não engravidam porque simplesmente sabem que o sexo é para a vida, e não para viver de sexo. Em outras palavras, que sabem que o sexo deve ser feito de forma correta no casamento. Da mesma forma os rapazes também. A luz é pouco valorizada. Querem colocar para os nossos jovens que é bom, saudável, e normal transar antes do casamento, que o que importa é amar. Sabemos que quem ama espera. E o pior ainda: a mídia que incentiva o sexo antes do casamento não divulga pesquisas de universidades americanas que mostram que em casamentos em que o casal teve relações pré-matrimoniais, ou seja, transaram antes do casamento, tiveram infelicidade no casamento levando ao divórcio. Isso eles não dizem. Mostram a camisinha como a grande evolução, que com ela tudo se pode, transe com todo mundo e nada acontecerá. Saiba que além da não prevenção do sentimento de ser usado(a) e ter usado o outro, do grande vazio interior, a camisinha não te protege nem mesmo da aids. O número de gente que usa camisinha tem aumentado, e por acaso o número de infectados pela aids e por outras doenças tem diminuido. Acho que não. Quem faz isso é porque não segue o que a Igreja ensina. Pois quem faz o que a Igreja ensina vive a castidade no namoro e a fidelidade no casamento. E estes, caros leitores, não estão sendo infectados. Mas, estes casais, lindos, com muitos filhos, ou são chutados para fora do estádio, ou são colocados como exceções e alienados que precisam “abrir a cabeça”.

Como é triste ver que as pessoas cada dia mais amam somente as trevas. Nem ia escrever o seguinte, mas algo está me incomodando para escrever: muitos falam que a Igreja é culpada pela aids, porque a Igreja proíbe o uso da camisinha. No entanto, se vivesse a castidade isso não ocorreria, pois a Igreja também proíbe a promiscuidade do sexo fora do casamento. E vejo que a mídia não fala algumas coisas. Um exemplo do que a mídia não tem falado? Ok. ACenter for Disease control afirmou o seguinte: “Os caminhos mais confiáveis para evitar a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis, inclusive o HIV, são a obstenção de atividade sexual, ou manter atividade sexual monogâmicas , durante tempo prolongado, com parceiro não contaminado.” E isso não é noticiado, mas a Igreja quando ensina o sexo apenas no casamento, fala contra a promiscuidade: surra na Igreja! Zombaria nos alienadinhos! Aí, voltando a falar do homossexualismo, as pessoas exaltam os relacionamentos homossexuais, dizem que é normal, e querem que a Igreja aprove. E não vai aprovar! Até porque a Igreja ama as pessoas e não pode colocar em cheque a salvação da alma das pessoas, por mais que elas fiquem “chatiadinhas”. Falo isso por um motivo que vai além do apenas “ser pecado” . Você sabia que a grande causa da aids na sociedade se dá pelo homossexualismo? Claro que não sabe, a rede esgoto de televisão e derivados não noticiam. E não sou eu quem diz, afinal já deve ter gente querendo me processar por homofobia. Mas quem afirma é um militante homossexual dos EUA: “Como 70% das pessoas infectadas por HIV neste país são gays ou bissexuais, não podemos negar que a AIDS é uma doença de homossexuais. Temos de reconhecer isso e enfrentar o problema.” (Matt Foreman, em 08/02/2008, durante a Conferência Nacional sobre LGBT nos Estados Unidos). Mas essa notícia não vemos na mídia, mas vemos o incentivo. Aliás, pergunto-me: será que nos EUA eles ainda não descobriram a camisinha? Pois é, mas as trevas obscurecem a inteligência e torna as pessoas cegas e dementes, a ponto de não ver que a sociedade atual com poder principalmente na mídia, está fazendo engolir fezes como se fosse chocolate. Quem está certo nessa história toda: a Igreja que proíbe os relacionamentos homossexuais e a promiscuidade em geral tanto de héteros como de gays, ou a mídia que diz faça se você quiser pois o importante é se sentir bem (este último acrescenta-se: se sentir bem nem que isso te faça pegar uma AIDS ou outra doença que te faça sofrer até os poucos anos que lhe restam... sua anta.)?

Podemos ver isso em qualquer questão de pecado, em qualquer questão moral. Quem nem dá para citar tudo. Mas vejamos alguns casos. A mídia coloca quem aborta (a gestante, incentivadores e médicos que cometem este crime) como uma vítima; mas colocam o bebê que é a vítima do homicídio como algo descartável. Ah, não é vida... E assim jogam não somente o bebê abortado, mas a própria ciência no vaso sanitário e dão descarga. Como é triste ver o mal virando bem, e o bem, a grande graça da pureza, e aqui, da maternidade, sendo destruída e colocada como algo ruim. Vemos coisas que não são necessariamente erradas, como por exemplo, lutar contra maus tratos à animais sendo exaltados demasiadamente desnecessária, enquanto poucos lutam contra os maus tratos feitos à seres humanos. Sempre citarei um caso, pois muito me entristeceu: existe um caso que muitos lembram; uma enfermeira espancou até a morte um cachorrinho. O Brasil ficou revoltado, a mulher chegou até a ser presa. Todo mundo virou defensor dos direitos dos animais. No caso, o direito do animal ser humano (entendeu?). Não sou a favor de violência à animais, por favor. Mas, na mesma semana mais ou menos, foi noticiado no SBT Brasil que a polícia tinha descoberto uma clínica de aborto clandestina que funcionava em uma farmácia. E cadê o povo que se revoltou com a morte de um cachorro mas não se revoltou com a morte de VÁRIOS seres humanos? Vivemos em um país em que destruir com um ovo de tartaruga é crime, mas matar seres humanos no ventre é normal. E isso é culpa nossa, que damos ouvidos a mídia, e o pior, acreditamos no que ela fala. Sempre mostram como é terrível cortar uma árvore, mas querem dizer que é belo as mulheres “ligarem” para não ter mais filhos, assim como também os homens fazer sua respectiva cirurgia. Isso é errado e pecado! Dizem que é belo a procriação dos animais; mas o ser humano tem que se fechar a vida. Pior, se sair vida, acabe com ela. E assim, vamos de mal à pior.

Como eu disse, é muita coisa que podemos ver que a mídia quer colocar a pé de igualdade ou superior aquilo que é pecado. Vocês já tiveram uma ideia do que quero dizer. Então o que eu tenho a dizer é: amem a luz, sejam luz, estejam na luz que é a Igreja. Se você não concorda com a Igreja, você não concorda com Cristo. Se persegue a Igreja, persegue a Cristo (cf. Atos 9,1-9). Enfim, ou você é da Igreja Católica, luz do mundo, ou você é das trevas e do lamaçal do pecado. Decida-se. Pois Deus amou o mundo de tal maneira que nos deu Seu filho único, para aquele que n'Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna (cf. João 3,16); mas em contrapartida, o homem amou as trevas de tal maneira, que pegou Cristo, o nosso Ressuscitado que passou pela cruz, jogou no chão, e tem pisado em cima e cuspido. Mas não pensem que no juízo de Cristo isso passará ileso. Aproveitemos o tempo da Misericórdia. Jesus mesmo já disse à Santa Faustina que quem não passasse pela porta da Misericórdia, teria que passar pela porta da Justiça. E pelos meus pecados eu tenho que passar pela porta da Misericórdia. E a sociedade hoje, deve se arrepender e não tornar a pecar para passar pela porta da Misericórdia, porque pela porta da Justiça é ré confessa e já estaria indo cumprir sua prisão perpétua no fogo do inferno. Mas, como quero passar pela porta da Misericórdia, devo me apegar a luz que emana da Cruz e da Igreja de Cristo, e pela graça d'Ele buscar evitar todo pecado. Ame a luz, seja luz.
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Fonte: Guia de Blogs Católicos.

JMJ: o legado não será só econômico.



A JMJ Rio2013 será um dos grandes eventos no Rio de Janeiro nos próximos anos e seu legado tem tudo para ser um dos maiores legados já deixados por um evento na cidade-sede. A maioria da população já sabe que a Jornada Mundial da Juventude movimenta milhões de jovens em todo o mundo, que peregrinam para estarem em comunhão com a Igreja e se encontrarem com o Papa. No entanto, são poucos os que compreendem que, além do crescimento espiritual e da oportunidade de viver um encontro inesquecível, a JMJ traz consigo um ganho social e cultural para a sociedade em geral, fora o aspecto econômico.

Um relatório divulgado pela organização da JMJ de Madri, realizada em 2011, mostra um impacto econômico de aproximadamente R$   920 milhões (cerca de 354 milhões de euros) na Espanha. O estudo, realizado pela PwC (PricewaterhouseCoopers), apontou que os gastos feitos por estrangeiros em Madri foram de 147 milhões de euros. Os cálculos foram baseados no gasto direto da organização da JMJ e em dados recolhidos através do Instituto de Estatística da Comunidade de Madri e pelo Instituto Nacional de Estatística.

Indicativos históricos do evento mostram que os peregrinos permanecem no país de 4 a 6 dias a mais. Assim, ao visitarem a cidade, eles entram em contato com a cultura local e seu interesse em retornar ao país em outras oportunidades aumenta. Com isso, sediar um evento desta magnitude é um investimento com retorno econômico para muitas empresas, como restaurantes, hotéis, e geração de emprego direto e indireto para muitas pessoas. Na Espanha, o impacto econômico da JMJ foi de três mil postos de trabalho em Madri e cinco mil no território espanhol.


Ao mesmo tempo, o legado evangelizador da jornada diz respeito aos desafios da Nova Evangelização. A JMJ tem como principal objetivo reforçar a experiência de cada jovem com o Amor de Cristo e firmá-lo na fé. Por meio da vivência da fé comum que une pessoas de culturas, idiomas e hábitos diferentes, a JMJ busca levar a juventude a um sentimento de pertença à Igreja de Cristo e motiva a todos a viver e transmitir esta mesma fé. E todos são chamados a participar. Assim surgiu o Fundo de Solidariedade, que teve como objetivo facilitar a participação na JMJ dos jovens que não têm condições de pagar os custos da viagem ao Rio de Janeiro.

Por fim, mas não menos importante, a JMJ Rio2013 deixa dois legados sociais muito importantes para a cidade do Rio de Janeiro: um trabalho de ajuda e inclusão a dependentes químicos e o projeto Vozes Católicas. O trabalho contra o envolvimento com as drogas por parte dos jovens agregará a criação de uma rede de intercâmbio entre instituições religiosas e civis e um centro de triagem. Além disso, será implementado o Passaporte da Cidadania, que consiste em um ônibus equipado com diversas tecnologias para promover a inclusão de dependentes químicos à sociedade. Já o Vozes Católicas, projeto criado em 2010 no Reino Unido para facilitar o trabalho dos meios de comunicação durante a cobertura da visita do Papa Bento XVI, tem como objetivo dar suporte ao esclarecimento de temas ligados à Igreja Católica na mídia.

Com isso, a JMJ Rio2013 vem, não com o intuito de movimentar a economia da cidade do Rio de Janeiro, mas para mostrar à sociedade que cultura e fé estão aliadas e rendem bons frutos, legados importantes que servem de exemplo para a sociedade em geral. Ao colocar o jovem como sujeito do processo, ele, em nome do evangelho, se vê como protagonista e vive uma experiência que o marca significativamente. A partir daí, ele sai do Rio de Janeiro para levar histórias, cultura e demais aspectos para o mundo inteiro, fazendo discípulos entre as nações.
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Fonte: Rádio Vaticano.
Disponível em: Católica Net.

CNBB em Assembleia



Está em pleno andamento a Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em Aparecida. É tradição de longa data, depois da Páscoa, os bispos todos do Brasil se reunirem em assembleia.

A possibilidade de se encontrarem, durante dez dias, vindos de todos os recantos do país, já justifica essa assembleia, independente dos assuntos a serem tratados.

Consolidar a comunhão dos bispos entre si, partilhando momentos de convivência fraterna, de troca de experiências, e de informações sobre a vida das dioceses, é sempre a finalidade principal de sua assembleia, seja qual for a agenda.


Cada assembleia tem sua característica, dependendo do contexto em se realiza. Desta vez a expectativa maior é como situar a assembleia no novo contexto eclesial, decorrente das diversas surpresas acontecidas neste início de ano, a começar pela renúncia de Bento XVI, culminando com a eleição do Papa Francisco.

Mesmo que nem façam parte da pauta, os comentários a respeito do novo Papa serão, certamente, o assunto principal das conversas entre os bispos.

Uma assembleia, portanto, muito marcada pelo novo clima, de diálogo e de esperança, que o Papa Francisco suscitou de maneira tão insistente neste início de seu pontificado.

Confirmada a presença do Papa no mês de julho, no Rio de Janeiro, o fato se insere no contexto mais amplo da importância da Igreja da América Latina. De fato a eleição de um cardeal latino americano, e sua primeira visita como papa ao Brasil, colocam em evidência a perspectiva latino americana da Igreja Católica, no momento histórico que estamos vivendo.

Este contexto repercute também na CNBB. Se a Igreja, no mundo inteiro, “passa a palavra” para a América Latina, é claro que a Igreja do Brasil é chamada a manifestar-se, através dos posicionamentos que o pontificado do Papa Francisco irá certamente solicitar. Isto coloca para a CNBB o desafio de identificar as contribuições válidas que a Igreja do Brasil está em condições de oferecer, contanto que sejam bem dimensionadas.

O tema central desta 51ª Assembleia se apresenta assim: “Comunidade de comunidades – uma nova Paróquia”

Sejam quais forem os enfoques que este tema pode comportar, é evidente a referência às “comunidades”, que se constituíram na experiência eclesial mais válida e mais consistente que a Igreja do Brasil vivenciou, no seu empenho de suscitar “comunidades eclesiais” autênticas, bem inseridas na realidade, guiadas por valores evangélicos, fortalecidas pela Palavra de Deus, e conscientes da comunhão eclesial a ser devidamente cultivada e manifestada.

A formação de comunidades eclesiais concretas, abertas à participação dos seus membros, prontas a valorizar os ministros ordenados, foi a riqueza mais original, produzida pelo esforço de renovação eclesial incentivado pelo Concílio.

De certa maneira, a Igreja do Brasil, no seu empenho de aplicar o Concílio, refez a caminhada da Igreja Primitiva, que teve nas comunidades o seu fruto melhor, resultante do testemunho que davam do Senhor Ressuscitado.

Com o clima de confiança e de abertura, suscitado pelo Papa Francisco, dá para sonhar que as riquezas da caminhada da Igreja Latino Americana sejam agora olhadas com serenidade, e colocadas a serviço da ampla renovação eclesial desencadeada pelo Concílio.


Dom Demétrio Valentini 
Bispo de Jales (SP)