sexta-feira, 19 de abril de 2013

CNBB é contra redução da maioridade penal.

Cardeal Raymundo Damasceno afirma que reduzir a menoridade é simplificar um problema.


O presidente da Confederação (sic) Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis, criticou nesta sexta-feira (19), a ideia de redução da maioridade penal. Damasceno reafirmou a posição da entidade católica e disse que reduzir a maioridade penal não ajudará a resolver o problema da violência no país. Para ele, o fato de muitos menores de 18 anos estarem cometendo crimes tem a ver com a desagregação das famílias, a insuficiência de políticas públicas e a falta de oportunidades de educação e preparação para o trabalho.

— Reduzir a maioridade penal é simplificar um problema e não vai ajudar a diminuir a violência. Temos que atacar as causas. As pessoas se sentem à margem e isso gera violência. O problema é mais amplo e não deve ser diminuído. Reduzir a maioridade violenta e penaliza ainda mais os jovens, principalmente os pobres, negros e de periferias — afirmou o presidente da CNBB.


O presidente da CNBB disse que as paróquias precisam estar cada vez mais presentes em áreas onde muitas vezes religiosos não conseguem chegar e cobrou que leigos se envolvam mais no processo de evangelização. Segundo ele, as paróquias não podem perder dinamismo, sob o risco de ficarem "esclerosadas". Neste ano, o tema principal da 51ª Assembleia da CNBB foi o papel das paróquias.

— As paróquias não devem ser apenas uma agência prestadora de serviços para quem as procura. As paróquias têm que ir a quem precisa delas. Elas têm que tentar vencer o isolacionismo e a apatia em relação aos outros.

A CNBB decidiu que um documento oficial sobre as conversas realizadas durante a assembleia só será divulgado em 2014, pois sentiu a necessidade de aprofundar os debates sobre o papel das paróquias, a comunicação da Igreja e a questão agrária. Esses assuntos, segundo a CNBB, continuarão sendo analisados pelos próximos meses nas comunidades.
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Fonte: CNews.

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