domingo, 2 de março de 2014

Carnaval cristão?


Apesar de o Brasil ser um dos grandes “focos” das festividades de carnaval, a origem da festividade é grega. A festa, que surgiu em meados dos anos 600 a 520 a.C., foi adotada pela Igreja Católica no ano de 590 d.C., orientada pelo ano lunar e marcada pelo “adeus à carne”, em latim “carne vale”, que gerou o termo “carnaval”. 

O acréscimo das fantasias e desfiles, parte do carnaval moderno, surgiu no século XIX. A principal cidade que festejava o carnaval com fantasias, o que levou a ser uma “tendência” para as outras, foi Paris. Mas o Rio de Janeiro criou os famosos desfiles de escolas de samba como um estilo próprio de festejar o carnaval, inspirando assim outras cidades como São Paulo, Tóqui e Helsínquia (capital da Finlândia). Segundo o Guinness World Record, o Rio de Janeiro possui o “Maior Carnaval do Mundo”.

Antecedendo os quarenta dias de jejum propostos pela Igreja Católica como período de penitência pessoal em preparação para a Semana Santa, a festa em geral tem duração de três dias e é finalizada com a Quarta-Feira de Cinzas. O carnaval contrasta com a Quaresma; é chamado o período “gordo” que precede o tempo de penitência.

Faz sentido comemorar o carnaval hoje em dia?


Hoje, o carnaval é comemorado como uma festa a mais do calendário, sem a relação com a Quaresma, que lhe dava sentido; só mantém as datas, mas não segue os motivos de antes.
Qual é a origem desta festa? Como ela foi se modificando? Que sentido tem hoje? É positivo comemorá-la? Quem conversa sobre este tema com a Aleteia é o professor de História Moderna Jesús María Usunáriz, da Universidade de Navarra.

Qual é a origem do carnaval?

É comum ouvir que sua origem se perdeu na noite dos tempos. Mas, se nos baseamos nos testemunhos, vemos que os romanos já celebravam as “saturnalias”, festas semelhantes às que conhecemos como carnaval.

Há muitos precedentes do carnaval, mas, assim como ele é entendido hoje, está inserido em uma cultura cristã, responde a certas características do mundo ocidental cristão.

Desconhecemos a data exata em que o carnaval teria começado assim, o que corresponde a uma determinada forma de entender o calendário anual. Em concreto, vem de um período que vai do final do Natal até o início da Quaresma, a Quarta-Feira de Cinzas.


De onde vem esta palavra?

Carnaval” parece ter relação etimológica com a palavra “carne” e se refere ao momento prévio ao período de jejum e proibição de comer carne da Quaresma.

Como sua comemoração foi se transformando?

O carnaval, como conhecemos hoje, está muito estendido por todos os povos do Ocidente. Os costumes são muito similares em todos os casos. Há dias especiais até chegar à terça-feira de carnaval.

Desde os séculos XVI, XVII e XVIII, houve tentativas cada vez mais claras de controlar as manifestações de carnaval, por considerarem que ele envolve uma série de excessos que precisariam ser controlados. No século XIX, ele continua sendo comemorado, mas houve épocas em que foi taxativamente proibido.

Papa Francisco: o nosso modelo de “catolicismo evangélico”


O papa Francisco é um “católico evangélico”? Primeiro, temos que definir os termos: "evangélico", em seu sentido mais simples, se refere à "boa nova", que é o significado da palavra grega “evangelos”. Os autores dos evangelhos são chamados de "evangelistas" porque registraram por escrito a “boa nova”, o “evangelho”, de Jesus Cristo. O evangelho de Marcos começa explicando: "Início da boa nova de Jesus Cristo, o Filho de Deus".
 
No entanto, a palavra "evangélico" também é usada, hoje, para se referir aos protestantes que defendem uma compreensão conservadora (e às vezes anticatólica) da fé cristã. Os protestantes evangélicos são conhecidos pela devoção simples a Jesus Cristo, pelo zelo na difusão do evangelho e pela alegria em comunicar a mensagem básica do cristianismo ao mundo.

 
O papa Francisco é um católico evangélico. Sua amizade com o bispo Tony Palmer é uma indicação de zelo evangélico do papa e do seu interesse e aceitação dos cristãos evangélicos. O bispo inglês Tony Palmer pertence à Comunhão das Igrejas Evangélicas Episcopais. Palmer e Bergoglio se tornaram amigos quando o inglês era missionário da sua igreja na Argentina. Recentemente, Tony Palmer foi convidado a se encontrar com seu velho amigo, agora papa Francisco. Palmer contou a sua história e apresentou uma mensagem do papa Francisco gravada em vídeo para um grupo de líderes pentecostais do Texas, nos EUA.



Em sua mensagem, o papa cumprimentou calorosamente os evangélicos americanos, reconhecendo o amor por Jesus Cristo, que compartilhamos, e a necessidade de compartilharmos a boa nova com o mundo. Francisco reafirmou as próprias credenciais como católico evangélico. O livro “Catolicismo Evangélico”, de George Weigel, oferece uma boa descrição desse modo de viver a fé. Simplificando: o catolicismo evangélico une as riquezas de dois mil anos de religião católica com o zelo missionário básico, a mensagem simples do evangelho e o ministério social ativo dos evangélicos.
 
O catolicismo evangélico é "mais cristianismo", não apenas "mero cristianismo". Ele reúne as belezas do culto católico tradicional com uma compreensão histórica da fé. Ele se enraíza na erudição bíblica animada por uma mensagem social relevante e pelo ministério ativo na comunidade.

 
O bispo Tony Palmer declarou, em seu discurso aos líderes evangélicos do Texas, que ele "queria tudo": ele queria afirmar a plenitude da fé católica, mas também o zelo ardente dos carismáticos, os sonoros entendimentos bíblicos dos "crentes na bíblia" e o amor dos evangélicos pelo compartilhamento do evangelho. E perguntou aos pentecostais reunidos: "Vocês não querem Jesus mais ainda? Você não querem tudo?".
 
Eu entendo Tony Palmer porque vivi a mesma jornada. Criado em um larevangélico norte-americano, eu procurei a Igreja histórica e me tornei anglicano. Este passo me aproximou do catolicismo e acabei recebido na plena comunhão da Igreja católica. Ao trilhar essa estrada, eu afirmei toda a plenitude da fé na Igreja católica e todas as coisas boas das tradições evangélica e anglicana ao mesmo tempo. Eu não neguei as coisas boas da minha experiência evangélica e anglicana, mas, ao me tornar católico, afirmei mais ainda.

 
O catolicismo evangélico reúne três grandes correntes da vida contemporânea da Igreja: a bíblica, a carismática e a litúrgica. Elas podem ser vistas como representantes da mente, do espírito e do corpo. No catolicismo evangélico, as atividades intelectuais da teologia e da erudição bíblica são equilibradas com a fervorosa devoção e espiritualidade dos carismáticos. Estas duas dimensões são equilibradas e levadas a um nível mais profundo da experiência humana pela estabilidade da liturgia. Da mesma forma, a liturgia é aprofundada pela pregação forte, sonora e animada pela oração e pela adoração no Espírito.

 
Essas três vertentes da nossa experiência cristã são vitalmente necessárias se queremos viver a plenitude da fé cristã. Nossa cabeça, nosso coração e nosso corpo precisam estar engajados com a nossa fé. Temos que pensar, sentir e agir no mundo para ser plenamente vivos em Cristo.


 
As três características são visíveis no ministério do papa Francisco. Sua vida está enraizada na liturgia e na oração da Igreja, mas também se fundamenta na teologia e na escritura sagrada. E essas duas dimensões são vividas em seu ministério público vibrante, que proclama um evangelho radical e vive a mensagem da boa nova do amor de Deus em um mundo às escuras e profundamente necessitado.
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Fonte: Aleteia

Um ano do adeus ao Papa Bento XVI


O dia 28 de fevereiro de 2013 ficou marcado no coração daqueles que, após a renúncia de Bento XVI, acompanharam pelos meios de comunicação a comitiva que o conduziu ao Palácio Pontifício de Castel Gandolfo, onde permaneceu um tempo. Os portões da residência papal se fechando, os aplausos dos fiéis presentes, as últimas palavras do Sumo Pontífice na janela e sua última bênção como Papa fizeram daquele dia um marco na história.

“Já não sou Sumo Pontífice da Igreja Católica: até às oito horas da noite, ainda o sou; depois já não. Sou simplesmente um peregrino que inicia a última etapa da sua peregrinação nesta terra. Mas quero ainda, com o meu coração, o meu amor, com a minha oração, a minha reflexão, com todas as minhas forças interiores, trabalhar para o bem comum, o bem da Igreja e da humanidade. E sinto-me muito apoiado pela vossa simpatia. Unidos ao Senhor, vamos para diante a bem da Igreja e do mundo. Obrigado!”, disse Bento XVI na sacada da residência papal de Castel Gandolfo.

As poucas imagens divulgadas do Papa Emérito nos aproximam daquele que, há um ano, vive recluso no Mosteiro Mater Ecclesiae, dentro do Vaticano. Permanece em nós a certeza das orações silenciosas desse peregrino escondido, que acompanha e sustenta a Igreja. A missão de Bento XVI ainda não acabou, como ele mesmo afirmou antes de se recolher. Ele continua em postura vigilante de oração, apoiando a missão de seu sucessor, Francisco.



A Aleteia preparou um vídeo com as últimas imagens do Papa Emérito, como demonstração de gratidão pelos frutos colhidos na sua doação de vida. Acompanhe e relembre os últimos dias de seu pontificado, momentos inesquecíveis para a Igreja e o mundo.

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Fonte: Aleteia

Ucrânia e Venezuela: da necessidade de Deus na era digital


Não passou despercebido um traço aparentemente periférico que nas manifestações da Ucrânia e Venezuela acabou por ser característica importante: a dimensão cristã que tem acompanhado os acontecimentos. Com isso não nos referimos à motivações religiosas como motor das reivindicações ou das denúncias ante governos totalitários; nos referimos antes de mais nada ao aspecto religioso cristão como elemento de coesão tanto das multidões que enchem as ruas como daqueles que se juntam a elas por meio das redes sociais.

No Facebook, Twitter e Google+ o hashtag (etiqueta comum que facilita acompanhar conversas em torno de um tema específico) #prayforUcrania e #prayforVenezuela acabou por se tornar um ponto de encontro para aqueles que querem conhecer em tempo real o que está acontecendo em ambos países ou para aqueles que desejam solidarizar-se com a causa. Tanto usaram o hashtag milhões de usuários comuns como estrelas do espetáculo e do esporte: de Paulina Rubio a Juanes, passando por Paris Hilton, Ricardo Montaner, Ricky Martin, Alejandro Sanz ou Rihanna.

Obviamente, o “pray” ao qual se refere (“reza”, em espanhol) supõe pelo menos uma remota valorização da oração e, nesse sentido, está relacionado com Deus que é o destinatário final das orações. Mas o que acontece nas redes sociais não é um mero fenômeno que se reduz às fronteiras do digital.


As numerosas fotografias de sacerdotes ortodoxos e católicos entre a polícia e manifestantes, tentando oferecer a ambos atenção espiritual, foi uma constante nas manifestações da Ucrânia. Não poucas dessas fotos se transformaram em verdadeiros conteúdos virais que possibilitaram conhecer esse rosto, muitas vezes oculto, de entrega, do clero, em tantas ocasiões maltratado pela imprensa no geral. Alguns correspondentes da mídia internacional comentavam desde o Twitter a surpresa que era ver tantos elementos de fé nas manifestações dos cidadãos comuns (imagens da Virgem Maria nos estrados, crucifixos e ícones como bandeira que clama justiça, etc.) até chegar a dizer: “isso parece mais uma vigília de oração do que uma manifestação política”.

Na Venezuela os eventos não foram muito diferentes: jovens estudantes nas ruas carregam terços e pedem para a Igreja católica mediar o conflito entre cidadãos e governo. O assassinato e os espancamentos por soldados e policiais pró-chavistas a alguns sacerdotes tiveram como efeito a maior união do povo com a Igreja que é também atacada em seus ministros de culto.

É verdade que esses elementos também podem ser usados para interesses mesquinhos e até mesmo prostituí-los em seu sentido. Mas, mantendo-os em um plano meramente fenomenológico-sociológico não parece apressado ver em tudo isso a capacidade unificadora e de identidade que o cristianismo favorece ainda hoje, em meio a sociedades tão divididas ideologicamente. E isso leva a colocar os olhos no aspecto de transcendência que está por detrás: depois de tudo, apelar a simbologias como as referidas e amparar-se no poder da oração supõem uma perspectiva horizontal, da terra ao céu, que, em definitiva, traz consigo reconhecer a necessidade de Deus, da sua capacidade de intervenção para o bem no mundo e assim como porta de esperança... Também na era das redes sociais.


Jorge Henrique Mújica*
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* O autor é analista da Agência de Notícias ZENIT para questões relacionadas a internet e fé, comunicação institucional e jornalismo religioso.
(Trad.TS)

(27 de Fevereiro de 2014) © Innovative Media Inc.
Fonte: ZENIT

Nicolás Maduro agradece Francisco por mensagem de paz


O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, agradeceu ao Papa Francisco a mensagem que lhe enviou, há alguns dias, na qual assinala sua “particular apreensão” pela situação no país.

Durante um encontro do governo, no Palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, com representantes dos diversos setores, no âmbito da “Conferência Nacional para a Paz”, o Presidente venezuelano comentou a Carta do Papa, dizendo: “Trata-se de uma mensagem perfeita. Por isso, convido todos os que se sentam à mesa de trabalho, a ler e a refletir, cada palavra, cada frase da mensagem papal”.

Nicolás Maduro declarou ainda que o Papa enviou a sua mensagem “à alma boa da nossa Pátria e deve ser acolhida plenamente”. “Lutar pela paz – concluiu o Presidente – será cada vez mais difícil, pelo fato de aceitar simplesmente fatos irregulares e violentos”.


Quase um ano após a morte do líder Hugo Chávez, os venezuelanos desceram às ruas das principais cidades da Venezuela para protestar contra o cenário de crise econômica e fazer suas reivindicações sociais. Herdeiro político do chavismo, o presidente Nicolás Maduro enfrenta as primeiras grandes manifestações contra sua administração, que deixaram, desde a metade de fevereiro, 14 mortos, mais de 140 feridos e cerca de 45 detidos.


Francisco se encontrou com Maduro em 17 de junho do ano passado. Durante o encontro, ambos falaram sobre algumas problemáticas atuais do país, como a pobreza, a luta contra a criminalidade e o narcotráfico.
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Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Carnaval: a Unidos do Vaticano sai ou não sai?


Olha o Povo Católico aí, gente!

Carnaval chegando… todo mundo colocando o bloco na rua, seus colegas tentando desesperadamente montar uma agenda, sempre de forma a caber a maior quantidade de blocos possível… e você?  Bem.  Se você não gosta de Carnaval, está tudo bem. Mas e se gosta? Como um católico deve se comportar no Carnaval?


A primeira coisa é colocar os mimimis de lado. Muitos demonizam a data como se nestes dias houvesse algo de diabólico no ar.  Não há. O que tem é gente sem critério fazendo coisas que dariam vergonha no coisa ruim.

O Carnaval é uma festa com influências do mundo todo. Tem características trazidas de egípcios, gregos, babilônicos, hebreus e romanos. Uma das versões (sempre versões) para a figura do Rei Momo, por exemplo, vem da tradição Babilônica, na qual um prisioneiro assumia o papel de rei por um dado período. Podia comer e vestir-se como o rei e até “usar” suas concubinas. Gostou? É… mas ao final ele era morto ou empalado. Alguém aí quer ser Rei Momo?


O formato atual do Carnaval pode ter surgido a partir das festas Saturnais na Roma Antiga. Era uma celebração em honra a Saturno, deus romano da agricultura. Nessa ocasião, todos saíam para dançar nas ruas em meio a desfiles de “carros navais”, uma forma ancestral dos carros alegóricos, chamados assim pela sua semelhança com navios. Ah… adivinha o que eles carregavam? Gente nua! Olha aí… quanta diferença. Acredita-se que os carros navais podem ser a origem da palavra Carnaval, já que em latim se chamavam “Carrum Navalis”. Mas isso é controverso.

A versão mais aceita é que a palavra Carnaval se origina da expressão “Carnem Levare” que significa algo como “livrar-se da carne”. E aí entra a Igreja na história. Com o estabelecimento do ano litúrgico como conhecemos hoje, a Igreja fez com que o Carnaval passasse a ser uma espécie de despedida da carne (em sentido amplo – da carnalidade, materialidade) antes do período de penitência da Quaresma. Obviamente, a ideia era dar um freio na baderna, o que efetivamente ocorreu, se você pensar nos Carnavais clássicos da Europa, como o de Veneza. Assim, a data do Carnaval passou a ser definitivamente atrelada à da Páscoa, como acontece até hoje.

Claro que depois desse tempo de bonança deram um jeito de refundar a avacalhação (eu realmente estou me segurando pra não usar a palavra que estou pensando – deixo isso pra sua imaginação, caro leitor). E nós aqui no Brasil fomos muito competentes nisso. Agora, temos um Carnaval moderno, novamente muito parecido com as festas Saturnais da Roma antiga (só falta matar o Rei Momo no final).

Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, mas e nós católicos? Como devemos nos comportar no Carnaval? Bem. Essa história toda foi pra fazer você entender que uma boa referência de comportamento é a forma como se vivia o Carnaval na época em que ele era mais, digamos “cristianizado”. Ou seja, quer se fantasiar ou se divertir? Ok! Mas faça isso com decência!

Arquidiocese de São Luís recebe carta para iniciar a beatificação de frei que viveu no Maranhão


A Arquidiocese de São Luís recebeu, em missa realizada na noite de ontem, na Paróquia São Francisco de Assis, a carta - emitida pela Ordem dos Frades Menores Conventuais - de pedido de beatificação do Frei Antonio Maria Sinibaldi, por sua atuação perante a juventude e por trabalhos comunitários desenvolvidos nos municípios maranhenses de Bom Jardim e na capital do estado. Após o procedimento, o documento - já sob posse da Arquidiocese ludovicense - será analisado e, com base nas informações recolhidas sobre os possíveis milagres alcançados por fiéis após orações ao Frei, encaminhado ao Vaticano que, em até um ano, deverá emitir parecer sobre o pedido.

A missa que ratificou o início do processo de beatificação foi prestigiada por dezenas de pessoas. Após a leitura da palavra do Evangelho, o arcebispo de São Luís, dom José Belisário da Silva, falou sobre Frei Sinibaldi. "Essa etapa que está se consumando hoje [ontem] nesta igreja é o reconhecimento da manifestação da bondade de Deus, que se fez presente em Frei Sinibaldi. Um homem que dedicou sua vida para transmitir a palavra de Deus aos que a ela não tinham acesso, por uma série de razões. E que fez muito pelo povo de São Luís", disse.

Em seguida, foi feita pelo pároco da Igreja de São Francisco de Assis, padre Raimundo Valdo Nogueira (acompanhado pelo Ministro Provincial da Província Romana da Ordem dos Frades Menores Conventuais, Vitório Trani), a leitura na íntegra da carta expedida no dia 8 de fevereiro deste ano solicitando o pedido de beatificação de Frei Sinibaldi. "Devido à sua trajetória de vida, construída com extrema dedicação ao próximo, Frei Sinibaldi está aqui neste momento sendo agraciado como servo de Deus para, quem sabe, também ser beatificado. Quem sabe e conhece a vida dele, deve reconhecer que, independentemente do que ocorrer daqui para frente, trata-se de um homem que já escreveu uma trajetória de vida difícil de ser seguida", disse o padre Raimundo Valdo Nogueira.


Morte - Durante a missa, também foi lembrada a circunstância da morte de Frei Sinibaldi (por meio de um naufrágio, registrado no dia 7 de setembro de 1987, em viagem entre a Ponta da Madeira e a Ilha do Medo, na Baía de São Marcos). "Estava frei Sinibaldi em missão com outros 16 jovens até a Ilha do Medo, em missão do Encontro de Jovens de Cristo. Por volta das 9h do dia 7 de setembro de 1987, num dia ensolarado, a canoa em que estava o grupo naufragou. Em ato heroico, o frei Sinibaldi [um exímio nadador desde os tempos de Itália] salvou a todos os jovens, os levando a um canal próximo do local do naufrágio. Devido ao extremo esforço físico para resgatar cada jovem, o frade franciscano, que usou de caridade em vida, foi vencido pelo cansaço e veio a falecer", disse Ana Luzia Mendonça, uma das pessoas salvas por Frei Sinibaldi, na ocasião.


Por fim, dom José Belisário citou uma das últimas frases ditas por frei Sinibaldi, um ano antes de falecer. "Disse ele [Sinibaldi]: eu daria a minha vida pela juventude", lembrou Belisário.
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Fonte: Imirante