quinta-feira, 12 de março de 2015

Médio Oriente: Vaticano pede donativos para cristãos perseguidos na Síria e Iraque


O Vaticano apelou na última terça-feira aos donativos dos católicos em favor das comunidades cristãs perseguidas na Síria e Iraque, que vivem um “momento dramático”.

O pedido é apresentado pelo cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais (Santa Sé), na carta aos episcopados de todo o mundo, por ocasião da coleta anual de Sexta-feira Santa (3 de abril, em 2015).

O documento, divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé, é acompanhado por um relatório que descreve a aplicação dos donativos de 2014, em particular a ajuda de emergência (cerca de 2 milhões de euros) destinada à Síria e ao Iraque.

“Há milhões de deslocados que fogem da Síria e do Iraque, onde o grito das armas não se cala e o caminho do diálogo e da concórdia parece completamente perdido, ao mesmo tempo que parecem prevalecer o ódio insensato de quem mata e o desespero desarmamento de quem perdeu tudo e foi expulso da terra dos seus pais”, alerta o cardeal Sandri.

Segundo o responsável da Santa Sé, as comunidades católicas têm de estar atentas a estes acontecimentos, para evitar a “fuga” dos cristãos da Terra Santa.

“Só na unidade de espírito e na caridade fraterna de todos os discípulos de Cristo, a Igreja, sua esposa, poderá dar testemunho de esperança aos seus filhos que vivem todos os dias os mesmos sofrimentos do Senhor humilhado e abandonado”, escreve.

A verdade sobre o dom de línguas


 “O dom das línguas é um milagre não para os fiéis, mas para os infiéis” (1Cor 14,22).


O Papa São Gregório Magno comenta esse versículo:


"Estes sinais foram necessários no começo da Igreja. Para que a Fé crescesse, era preciso nutri-la com milagres. Também nós, quando nós plantamos árvores, nós as regamos até que as vemos bem implantadas na terra. Uma vez que elas se enraizaram, cessamos de regá-las. Eis porque São Paulo dizia: “O dom das línguas é um milagre não para os fiéis, mas para os infiéis” (I Cor, XIV,22)." ( Sermões sobre o Evangelho, Livro II, Les éditions du Cerf, Paris, 2008, volume II, pp. 205 a 209).


As línguas faladas em pentecostes eram "idiomas" (At 2,8ss).


“Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotámia, Judéia, Capadócia, Ponto e Asia, e Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.” (At 2,9-11).


O Apóstolo Paulo ao citar o profeta Isaías nos confirma que se referia a idiomas estrangeiros.


“Na lei está escrito: “Será por gente de língua estrangeira e por lábios estrangeiros que falarei a este povo; e nem assim me ouvirão, diz o Senhor (Is 28,11s)” (1 Cor 14,21).


Apesar dos textos bíblicos estarem claros, é bom mostrarmos que dessa forma interpretaram os Santos da Igreja:

Santo Agostinho Disse:


“No período primitivo, o Espírito Santo caiu sobre quem cria e falava em línguas que jamais havia aprendido. O Espírito concedia-lhes que falassem, e estes eram sinais adaptados a época, pois precisava haver aquela evidência do Espírito Santo em todas as línguas, e mostrar que o evangelho de Deus havia de correr através de todas as línguas sobre a terra. Aquele facto foi feito com evidência e passou”. (Fonte: Dez homilias sobre 1ª epístola de João, vol. VII. Os pais nicenos/pós niceno, 6 10).


O dom de língua aconteceu em Pentecostes para que a Igreja atingisse a unidade e assim o mesmo evangelho era pregado em vários idiomas para que todos tivessem a mesma doutrina. Logo após o acontecimento o próprio livro de atos mostra o resultado do evento em relação à unidade da Igreja “A multidão dos que haviam crido era um só coração e uma só alma(At 4,32).


Como comentou o Papa São Gregório Magno, o dom de língua não permanece quando a Igreja atinge a unidade. O próprio São Paulo deixa claro que o dom de línguas cessará.


1Cor 13,8: “[...] o dom das línguas cessará”.
1Cor 13,10: “Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá”.
1Cor 13,13: "Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade”.


São João Crisóstomo disse:


“Este lugar está completamente obscuro. A obscuridade provém de nossa ignorância dos atos referidos e por sua cessação, sendo que esses então ocorriam. Mas agora não mais acontecem (Fonte: Homilias sobre a 1ª aos corintios, vol XII, os pais niceno e pós niceno. Hom 29,2) GEMIDOS INEFÁVEIS(Rm 8,26).

“O dom de língua era idiomas, e não sílabas sem sentidos! "Língua dos anjos é o silêncio" (Ortho Pisti, São João Damasceno).


Essa citação de São João Damasceno nos exorta em relação ao termo gemidos inefáveis (cf. Rm 8,26).

inefável

i.ne.fá.vel
adj (lat ineffabile): Que não se pode exprimir por palavras.

Este termo vem da palavra grega anekdiegetos e também pode ser traduzida como inexprimível como está na tradução Ferreira de Almeida.

Geralmente essa passagem de Rm 8,26 é usada de forma isolada e interpretada de forma tendenciosa para subentender que se refere ao dom de línguas, porém se lermos o próximo versículo vemos um significado bastante distinto. Não é nada mais que a intercessão do Espírito Santo por nós perscrutando nossos corações.


Rm 8,26-28: “Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo INTERCEDE POR NÓS com gemidos inefáveis. E aquele que prescruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus. Aliás, sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo os seus desígnios”.


Querer usar os textos bíblicos dos acontecimentos primitivos para associar esse dom à glossolalia atual é dar um tiro no pé, pois nem no seu formato encaixaria.


Paulo em 1Coríntios 12,10 nos fala: “a outro, o dom de milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas” (1 Cor 12,10);


Agora veja bem, se é variedade é porque são diversas línguas diferentes (idiomas), porque não pode haver variedade de “línguas dos anjos”, pois seria uma única língua. Observemos que o verbo interpretar está ligado à palavra língua no plural.

O engraçado é que o dom de falar em línguas na Igreja como acontecia na época do Novo Testamento era dado para apenas duas ou três pessoas no máximo e um por vez, não pode um grupo falar em línguas de uma só vez, e deve-se ter um interprete que em grego é (ερμηνεύει) que se refere à interpretação de línguas estrangeiras (1 Cor 14,27).


Obs.: As mulheres falariam em línguas se fossemos estar de acordo com as Escrituras, São Paulo é claro quando diz que na Igreja as mulheres deveriam silenciar-se (1Cor 14,34).


Nos estatutos da RCC que foram aceitos pela Santa Sé não constam esse fenômeno, foi pura invenção, constatando o perigo de comunidades regidas por leigos.

Homilética: 4º Domingo da Quaresma - Ano B: "Entre a luz e as trevas".


Hoje é o domingo Laetare, isto é, da alegria. O motivo de nossa alegria é: Deus nos ama! Diz São Paulo: “Por causa do grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos por causa de nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo.” (Ef 2,5).

E no Evangelho (Jo 3, 14-21), João nos apresenta a conclusão do diálogo de Jesus com Nicodemos: “ Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. Pois Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho único, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 14-16). A Palavra de Deus é uma Palavra de esperança sem limites. Deus nunca nos considera um caso perdido. Continua a convidar – nos para erguermos os olhos para um futuro de esperança, e promete – nos a força para o realizar.

Muitas vezes temos a impressão de que a maior parte da nossa vida passa-se entre a luz e as trevas. Aquela antiga expressão que afirmava que há pessoas que mantêm duas velas acessas, uma ao diabo e outra a S. Miguel, parece encontrar o seu correlativo na vida de um filho de Deus que procura ser bom e encontra frequentemente as dificuldades da jornada. Uma coisa é bem certa: é preciso apagar a vela ao diabo!

No interior do ser humano trava-se uma batalha constante e que poucas vezes dá trégua. Não é à toa que somos chamados “Igreja militante”, isto é, a família de Deus que luta, que combate, que quer viver sempre na luz ainda que as trevas queiram entrar no seu interior. “Aquele que pratica a verdade, vem para a luz” (Jo 3,21). Observemos que a passagem citada não diz “aquele que fala a verdade”, mas “aquele que pratica a verdade”. O que seria então “praticar” a verdade? Poderíamos resumir em poucas palavras: “viver conforme a verdade”.

Viver segundo a verdade de Deus é adaptar a nossa maneira de pensar, querer, sentir e agir à maneira de Jesus, pois ele é a verdade. Não nos esqueçamos de que no cristianismo, a verdade não é simplesmente um argumento, a verdade é uma pessoa: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6). Viver conforme a verdade de Deus é pensar a própria vida segundo o plano de Deus que se manifestou suficientemente no mistério da Palavra de Deus que se encarnou para a nossa salvação.

Mas, como sabemos e experimentamos, não basta saber essas coisas, é preciso lutar para propor-se seriamente o seguimento de Jesus-Verdade. O ambiente no qual nos movemos oferece muitas atrações que não nos conduzem a bom porto, que não nos levam pelo caminho da salvação. O pecado frequentemente se assemelha a uma maçã que, estando podre por dentro, apresenta-se com belíssimo aspecto, bem atraente aos sentidos. O que fazer? Pedir a luz de Deus para vermos que tal fruta está podre, que não alimenta. O Evangelho de hoje ressalta justamente isso: andar na luz, que é sinônimo de andar na verdade.

O cristão tem que ser consciente de que sem a luz da fé na inteligência e sem a caridade na vontade, não fará o bem que almeja. Ninguém pode mover-se sobrenaturalmente sem a graça de Deus. É impossível! A nossa natureza, depois do pecado original, ficou estragada (não totalmente), posteriormente foi resgatada, e, contudo, nela permanece a ignorância e a concupiscência. Essas duas realidades são as que obscurecem a nossa inteligência e debilitam a nossa vontade. A fé vem para curar a ignorância e o amor de Deus vem para dar força à nossa vontade.

Os sofrimentos e as tribulações acompanham todos os homens na terra, mas o sofrimento, por si só, não transforma nem purifica; pode até causar revolta e ódio. Alguns cristãos separam-se do Mestre quando chegam até a Cruz, porque esperavam uma felicidade puramente humana, que estivesse isenta de dor e acompanhada de bens naturais.

Para O amarmos com obras, o Senhor pede-nos que percamos o medo à dor, às tribulações, e o procuremos onde Ele nos espera: na Cruz. A nossa alma ficará então mais purificada e o nosso amor mais forte. Então compreenderemos que a alegria está muito perto da Cruz. Mais ainda: que nunca seremos felizes se não amarmos o sacrifício.

Essas tribulações que, à luz exclusiva da razão, nos parecem injustas e sem sentido, são necessárias para a nossa santidade pessoal e para a salvação de muitas almas. No mistério da co-redenção, a nossa dor, unida aos sofrimentos de Cristo, adquire um valor incomparável para toda a Igreja e para toda a Humanidade. A dor, quando lhe damos o seu verdadeiro sentido, quando serve para amar mais, produz uma paz íntima e uma profunda alegria. Por isso, em muitas ocasiões, o Senhor abençoa-nos com a Cruz.

Nesta quaresma, tempo de conversão, é preciso ter em conta essa realidade: quem vive habitualmente na graça de Deus não está livre de todas as tentações, também ele se encontra exposto às trevas do pecado. Nunca percamos o bom senso: somos fracos, precisamos da luz e do amor de Deus. Não sejamos ingênuos: fujamos das ocasiões de pecados! Nada dizer: “não importa, eu resisto, pois eu sou forte”. Quantos heróis já foram derrotados por causa de uma confiança exagerada nas próprias forças!
 

quarta-feira, 11 de março de 2015

Papa explica valor e missão dos idosos na família


CATEQUESE
Praça São Pedro
Quarta-feira, 11 de março de 2015


Queridos irmãos e irmãs, bom dia.

Na catequese de hoje, prosseguimos a reflexão sobre os avós, considerando o valor e a importância do seu papel na família. Faço isso identificando-me com essas pessoas, porque também eu pertenço a essa faixa de idade.

Quando estive nas Filipinas, o povo filipino me saudava dizendo “Lolo Kiko” – isso é, vovô Francisco – “Lolo Kiko”, diziam! Uma primeira coisa é importante destacar: é verdade que a sociedade tende a nos descartar, mas certamente não o Senhor. O Senhor não nos descarta nunca. Ele nos chama a segui-Lo em cada idade da vida e mesmo a velhice contém uma graça e uma missão, uma verdadeira vocação do Senhor. A velhice é uma vocação. Não é ainda o momento de “tirar os remos do barco”. Este período da vida é diferente dos precedentes, não há dúvida; devemos também “criá-lo” um pouco, porque as nossas sociedades não estão prontas, espiritualmente e moralmente, para dar a isso, a esse momento da vida, o seu pleno valor. Uma vez, de fato, não era assim normal ter tempo à disposição; hoje é muito mais. E mesmo a espiritualidade cristã foi pega um pouco de surpresa e se trata de delinear uma espiritualidade das pessoas idosas. Mas graças a Deus não faltam os testemunhos de santos e santas idosos!

Fiquei muito impressionado com o “Dia para os idosos” que fizemos aqui na Praça São Pedro no ano passado, a praça estava cheia. Ouvi histórias de idosos que se gastam pelos outros e também histórias de casais de esposos que diziam: “Completamos os 50 anos de matrimônio, 60 anos de matrimônio”. É importante mostrar isso aos jovens que se cansam cedo; é importante o testemunho dos idosos na fidelidade. E nesta praça estavam tantos naquele dia. É uma reflexão a continuar, em âmbito seja eclesial seja civil. O Evangelho vem ao nosso encontro com uma imagem muito bela e comovente e encorajante. É a imagem de Simeão e de Ana, dos quais nos fala o Evangelho da infância de Jesus composto por Lucas. Eram certamente idosos, o “velho” Simeão e a “profetisa” Ana que tinha 84 anos. Esta mulher não escondia a idade. O Evangelho diz que esperavam a vinda de Deus todos os dias, com grande fidelidade, há muitos anos. Queriam propriamente vê-lo aquele dia, colher os sinais, intuir o início. Talvez estivessem um pouco resignados, por agora, a morrer primeiro: aquela longa espera continuava, porém, a ocupar toda a vida deles, não tinham compromissos mais importantes que isso: esperar o Senhor e rezar. Bem, quando Maria e José foram ao templo para cumprir as disposições da Lei, Simeão e Ana se moveram animados pelo Espírito Santo (cfr Lc 2, 27). O peso da idade e da espera desapareceu em um momento. Esses reconheceram o Menino e descobriram uma nova força, para uma nova tarefa: dar graças e dar testemunho para este Sinal de Deus. Simeão improvisou um belíssimo hino de júbilo (cfr Lc 2, 29-32) – foi um poeta naquele momento – e Ana se tornou a primeira pegadora de Jesus: “falava do menino a quantos esperavam a redenção de Jerusalém” (Lc 2, 38). 

Missão que acolhe haitianos recebe multa por gasto de água


A Paróquia Nossa Senhora da Paz, no Centro de São Paulo, que acolhe imigrantes e virou referência na recepção de haitianos, foi multada pela Sabesp por ter aumentado o consumo de água em fevereiro. Desde outubro de 2014, o fluxo de haitianos se intensificou e a demora para retirar carteiras de trabalho fez com que o abrigo improvisado acolhesse um número elevado de imigrantes nos primeiros meses deste ano.

“Ontem passou o funcionário da Sabesp e ganhamos uma multa. O consumo estourou porque tivemos que acolher muitos imigrantes. A gente ainda controla ao máximo os gastos, mas é muita gente. Você ajuda e ainda recebe multa. Até isso para complicar a situação. Vamos estudar o que fazer”, lamentou o padre Paolo Parisi, que coordena a missão.

O aumento do consumo de 135% fez com que a entidade recebesse uma multa de R$ 1.813,65. Assim, a conta do mês de fevereiro atingiu R$ 5.440,95. “É dinheiro que a gente tem que correr atrás porque é um gasto que não estava previsto”, contou. O valor já engloba o desconto de 50% que a entidade recebe da Sabesp por ser filantrópica.

O G1 entrou em contato e aguarda retorno da Sabesp sobre o tema.

Sacerdote na Síria relata a tragédia cotidiana dos cristãos perseguidos


Ajudem-nos a sustentar este povo que está vivendo esta tragédia, expressou da Síria o Pe. David Fernández, sacerdote argentino que se encontra em Aleppo e que conhece de perto o drama vivido pelos cristãos dia a dia, primeiro como resultado da guerra civil que está a ponto de fazer cinco anos e agora devido à perseguição do Estado Islâmico (ISIS), que na última semana sequestrou cerca de 300 pessoas no nordeste do país.

“Apesar da integridade das pessoas, o cansaço que experimentam por estes quatro anos de pressão pelos contínuos conflitos é grande, sua vida normal se reduz a sair de casa só para as coisas mais necessárias, com a possibilidade diária de talvez não retornar. Para muitos, o único lugar seguro para reunir-se em família e compartilhar com outros é a igreja”, assinalou ao Grupo ACI o sacerdote do Instituto do Verbo Encarnado (IVE).

“Ajudem-nos em primeiro lugar com a oração, pedindo continuamente a Deus o dom da Paz e a fortaleza na fé deste povo. E também a ajuda material segundo o que cada um em consciência possa dar, especialmente em dinheiro, já que em geral os alimentos ou outros produtos são difíceis de introduzir ao país”, acrescentou.

Em comunicação com o Grupo ACI neste sábado, explicou que Aleppo está a 350 quilômetros ao oeste de Hassakeh, zona próxima à Turquia onde os jihadistas invadiram desde a semana passada vários povoados cristãos assírios. “Tomaram como reféns famílias cristãs inteiras”, separando “os homens das mulheres com as crianças”. “Também profanaram templos, sabemos também que até agora morreram 15 cristãos na tentativa de defender suas aldeias e famílias, que uma mulher foi decapitada e dois homens fuzilados”, assinalou. 

Quais são as semelhanças e diferenças entre a Bíblia e o Alcorão?


Alcorão (ou Corão) e Bíblia são equiparáveis? Sim e não.

Para entender de maneira simples, podemos dizer que entre ambos há conexões e diferenças, tanto no conteúdo como na forma.

Sem pretender esgotar o tema, podemos começar dizendo que ambos são escrituras reveladas. E, em certos aspectos, o conteúdo dessa revelação é similar e constante: adorar um único Deus e submeter-se à sua vontade. Alcorão e Bíblia representam a cristalização da palavra de Deus que "descende" em épocas diferentes até os profetas.

Adão, Noé, Abraão, Moisés, Aarão, Jesus e Maria são figuras que também aparecem no Alcorão, ainda que suas histórias não coincidam exatamente com as do relato bíblico.

A principal diferença entre ambos quanto ao ensinamento se refere a que a figura de Cristo é concebida de maneira muito diferente. No Alcorão, Jesus é considerado um grande profeta, predecessor de Maomé. Em nenhum caso é reconhecido como Filho de Deus.

O Espírito Santo, para um cristão, é o Espírito de Deus, expressão do amor existente entre o Pai e o Filho. No Alcorão, o Espírito é uma emanação divina, mas não faz parte da sua própria natureza.

Para o Islã, o Alcorão é a palavra revelada de Deus. E o profeta Maomé é apenas seu transmissor, porque essa palavra foi ditada integramente pelo próprio Deus. Para o cristão, a Palavra de Deus é uma pessoa, Verbo encarnado em Jesus, Palavra de Deus feita Homem, e não um livro. O Novo Testamento nos transmite essa Palavra viva mediante o testemunho dos apóstolos.

terça-feira, 10 de março de 2015

Angelus: O chicote do Senhor é a misericórdia


ANGELUS
Papa Francisco
Praça de São Pedro
Terceiro Domingo da Quaresma,
8 de março de 2015


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho de hoje (Jo 2,13-25) apresenta-nos o episódio da expulsão dos vendedores do templo, Jesus "fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, com as ovelhas e os bois" (v 15)., dinheiro, tudo. Este gesto despertou forte impressão, nas pessoas e nos discípulos. Claramente apareceu como um gesto profético, tanto que alguns dos presentes perguntou a Jesus: "Que sinal nos mostras para fazer essas coisas?" (V. 18), quem é você para fazer essas coisas? Mostre-nos um sinal de que você tem autoridade para fazê-las. Eles estavam procurando um sinal de Deus, queriam prodígios que apresentam Jesus como enviado por Deus. E Ele disse: "Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei" (v. 19). Responderam-lhe: "Este templo está em construção há quarenta anos, e você vai levantá-lo em três dias?" (V. 20). Eles não se deram conta de que o Senhor estava se referindo ao templo vivo de seu corpo, que seria destruído com a morte na cruz, mas que ressuscitaria ao terceiro dia. "Quando ele foi ressuscitado dentre os mortos - observa o evangelista - os seus discípulos lembraram que ele tinha dito isso, e creram na Escritura e na palavra que Jesus" (v 22)..

Na verdade, esse gesto de Jesus e sua mensagem profética é totalmente compreendida à luz da sua Páscoa. Temos aqui, de acordo com o evangelista João, o primeiro anúncio da morte e ressurreição de Cristo: seu corpo, destruído pela violência do pecado na cruz, na Ressurreição será o lugar de encontro entre Deus e os homens universal. E o Cristo ressuscitado é realmente o ponto de encontro universal - para todos! - Entre Deus e os homens. Por esta sua humanidade é o verdadeiro templo, onde Deus se revela, fala, você conhece; e os verdadeiros adoradores, que os verdadeiros adoradores de Deus não são os guardiões do templo, símbolos de quem está no poder ou de conhecimento religioso, são aqueles que adoram a Deus "em espírito e em verdade" (Jo 4,23).