quinta-feira, 23 de abril de 2015

O esplendor Sui Juris que os “católicos” não conhecem


O que poucos “católicos” conhecem é um dos maiores orgulhos da Igreja, que, sendo santa, respeita a cultura dos povos que a adotam como religião. Esses “católicos” geralmente são os primeiros a criticar a Igreja. Sempre estão em uma rodinha que fica falando mal do Papa ou fazendo coisas ainda piores. São um câncer na Igreja e não fazem nenhuma falta, pois só estão dentro da Igreja para fazer mal.

Essas pessoas não conhecem e não fazem nenhum esforço para conhecer a doutrina. Se dizem católicas, mas em nada obedecem a Santa Igreja. Aceitam convites de pessoas de todas as religiões para irem conhecer e sequer crêem na frase de São Cipriano (258 dC): “Extra ecclesiam nulla salus”, ou seja, fora da Igreja não há salvação!

Para esses pseudo-católicos é que essa carta é direcionada. Em especial, para aqueles totalmente ignorantes que desconhecem em plenitude que o celibato não é algo plenamente obrigatório na Igreja. Poderia aqui falar sobre a “relação” mirabolante entre pedofilia e celibato, mas não vou me ater a essa temática que já foi abordada em nosso blog.

O catecismo da Igreja Católica fala sobre os ritos orientais, isto é, ritos que fazem parte em plenitude da Igreja Católica através de outras Igrejas igualmente católicas. Provavelmente, os pseudo-católicos vão falar aqui que no oriente não há Igreja Católica e que essas Igrejas as quais estamos nos referindo são as Igrejas Apostólicas Ortodoxas. Puro engano!

Estamos aqui falando das Igrejas Orientais Católicas Apostólicas Romanas, isto é, Igrejas que fazem parte da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, pois são submissas ao papado, o que é bem diferente das Igrejas Apostólicas Ortodoxas que são cismáticas.

Para uma melhor explanação, vamos descrever calmamente o que é necessário para compreender melhor o que se aborda aqui. A Igreja Católica Apostólica Romana é constituída atualmente por 24 Igrejas particulares Sui Juris. O que é isso? Isso significa que temos no seio da Igreja, 24 Igrejas particulares submissas ao papado, mas que têm diferentes ritos, formas organizacionais, tradições e localizações geográficas. Comumente essas Igrejas têm um hierarca (Arcebispo maior, Patriarca, Metropólita, etc.) que as coordena sob a autoridade papal.

A amizade de Deus


Nosso Senhor, o Verbo de Deus, que primeiro atraiu os homens para serem servos de Deus, libertou em seguida os que lhe estavam submissos, como ele próprio disse a seus discípulos: Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai (Jo 15,15). A amizade de Deus concede a imortalidade aos que a obtém.

No princípio, Deus formou Adão, não porque tivesse necessidade do homem, mas para ter alguém que pudesse receber os seus benefícios. De fato, não só antes de Adão, mas antes da criação, o Verbo glorificava seu Pai, permanecendo nele, e era também glorificado pelo Pai, como ele mesmo declara: Pai, glorifica-me com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse (Jo 17,5).

Não foi também por necessitar do nosso serviço que Deus nos mandou segui-lo, mas para dar-nos a salvação. Pois seguir o Salvador é participar da salvação, e seguir a luz é receber a luz. 

Quando os homens estão na luz, não são eles que a iluminam, mas são iluminados e tornam-se resplandecentes por ela. Nada lhe proporcionam, mas dela recebem o benefício e a iluminação.

Do mesmo modo, o serviço que prestamos a Deus nada acrescenta a Deus, porque ele não precisa do serviço dos homens. Mas aos que o seguem e servem, Deus concede a vida, a incorruptibilidade e a glória eterna. Ele dá seus benefícios aos que o servem precisamente porque o servem e aos que o seguem precisamente porque o seguem; mas não recebe deles nenhum benefício, porque é rico, perfeito e de nada precisa.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Parada Gay de Maringá terá como tema a frase do Papa.


A quarta edição da Parada LGBT de Maringá, no norte do Paraná, tem como tema a frase “Quem sou eu para julgar?”, dita pelo Papa Francisco após a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em 2013.

Na ocasião, o Papa Francisco afirmou para jornalistas que os gays não devem ser marginalizados, e sim integrados à sociedade. O pontífice citou o Catecismo da Igreja Católica para reafirmar a posição de que a orientação homossexual não é pecado, mas os atos são. “Se uma pessoa é gay e busca a Deus, quem sou eu para julgá-la?”, afirmou o Papa.

Margot Jung, vice-presidente da Associação Maringaense de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AMLGBT) explicou ao Portal G1 como a frase do Papa foi acolhida no meio Gay.

“A fala do Papa Francisco serve de reflexão para várias circunstâncias e é um grande sinal de que é preciso quebrar qualquer tipo de preconceito. Essa discriminação que ainda está presente em vários locais, até mesmo no nosso Congresso, onde vários políticos insistem em ter uma postura fundamentalista, esquecendo que os direitos humanos são para todos, independente da religião”, diz Margot Jung.

A parte esquecida:

A assembleia da CNBB


Está acontecendo em Aparecida a 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na qual estou presente com os outros irmãos no episcopado, demonstrando a nossa comunhão eclesial efetiva e afetiva, tratando dos assuntos mais importantes para a Igreja no Brasil. Peço as orações de todos, pois é interesse de todos que os seus pastores, sucessores dos Apóstolos, os guiem bem.

Durante a Assembleia, os Bispos celebram a Santa Missa, rezam em comum o Ofício Divino, fazem retiro espiritual e tratam de questões necessárias à vida da Igreja e dos católicos. A Assembleia desse ano tem como tema central as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e como tema prioritário os Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade, além de tratar de diversos temas, tais como o Relatório do presidente, a avaliação do quadriênio, a análise de conjuntura social e eclesial, informe econômico, Liturgia, apresentação sobre os 300 anos do Encontro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida e do projeto 300 anos de bênçãos, eleições e sobre a Reforma Política.

A pergunta que costumam fazer é por que a Igreja trata também de política e assuntos não eclesiásticos. A resposta nos é dada pelo então Papa Bento XVI: “A Igreja não pode nem deve tomar nas suas próprias mãos a batalha política... não pode nem deve se colocar no lugar do Estado. Mas também não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça. Deve inserir-se nela pela via da argumentação racional e deve despertar as forças espirituais, sem as quais a justiça... não poderá firmar-se nem prosperar” (Deus caritas est, n. 28). 

Mulher não é réplica do homem nem inferior a ele, diz Papa


PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA GERAL
Quarta-feira, 22 de Abril de 2015
  
Locutor:

No livro do Gênesis, lemos que inicialmente Adão, o primeiro homem, sentia-se sozinho, mesmo vivendo cercado de tantos animais. Querendo pôr remédio à sua solidão, Deus lhe apresenta a mulher, que o homem acolhe exultante, como um ser igual. Com a imagem bíblica da costela de Adão, da qual Eva é plasmada por Deus, não se quer afirmar uma inferioridade da mulher ― ela não é uma réplica do homem ―, mas expressa uma reciprocidade entre eles: possuem a mesma natureza e são complementares. Contudo, por sugestão do maligno, os dois são tentados pelo delírio da onipotência e desobedecem a Deus. Este pecado rompe a harmonia que existia entre eles, gerando desconfiança, divisão, prepotência. Machismo, instrumentalização do corpo feminino e recusa a viver uma aliança, na diferença e complementariedade, entre o homem e a mulher são consequências dessa desarmonia. Porém, Deus não abandona o homem e a mulher após o pecado: a exemplo de Deus, também os cristãos devem buscar curar as feridas nas relações e recuperar o valor do matrimônio e da família. 

Ama o Senhor e anda por seus caminhos


O Senhor é minha luz e minha salvação: a quem temerei? Grande servo é este que sabia de que maneira era iluminado, donde lhe vinha a luz e quem o iluminava. Via a luz, não esta que declina à tarde; mas aquela que os olhos não veem. As almas iluminadas por esta luz não caem no pecado, não tropeçam nos vícios.

O Senhor disse: Caminhai enquanto tendes a luz em vós. De que luz falava ele? Não seria de si mesmo? Ele que afirmou: Eu, a luz, vim ao mundo, para que aqueles que veem não vejam e os cegos recebam a luz. É ele, o Senhor, nossa luz, sol de justiça, que refulgiu em sua Igreja católica, espalhada por toda a terra. O Profeta, figurando-a, clamava: O Senhor é minha luz e minha salvação; a quem temerei?

O homem interiormente iluminado não vacila, não abandona o caminho, tudo tolera. Vê ao longe a pátria, por isso suporta as adversidades. Não se entristece com as vicissitudes terenas, mas em Deus se fortalece. Humilha o seu coração, é constante, e a sua humildade o torna paciente. A verdadeira luz que ilumina todo homem que vem a este mundo se dá aos que temem a Deus, inunda a quem quer, onde quer, revelando-se a quem o Filho quiser. 

terça-feira, 21 de abril de 2015

Padrinhos homossexuais


Os pais devem educar seus filhos na fé católica. Eles são os primeiros catequistas. Entretanto, na falta destes, a criança não pode ficar abandonada à própria sorte. Assim, instituiu-se a figura dos padrinhos de batismo, os quais assumem o encargo de conduzirem seus afilhados no caminho reto da doutrina cristã.

Para explicar com maior profundidade a natureza do encargo de padrinho, o Catecismo da Igreja Católica no número 1255 diz que:

“Para que a graça batismal possa desenvolver-se, é importante a ajuda dos pais. Este é também um papel do padrinho ou da madrinha, que devem ser cristãos firmes, capazes e prontos a ajudar, o novo batizado, criança ou adulto, em sua caminhada na vida cristã. A tarefa deles é uma verdadeira função eclesial (officium).”

É uma função de grande importância e, por isso, não pode ser ocupado por qualquer pessoa, é preciso que o escolhido para o encargo preencha certos requisitos ditados pelo Código de Direito Canônico:

Cânon 874 § 1. Para que alguém seja admitido para assumir o encargo de padrinho, é necessário que: 

– seja designado pelo batizando, por seus pais ou por quem lhes faz as vezes, ou, na falta deles, pelo próprio pároco ou ministro, e tenha aptidão e intenção de cumprir esse encargo;


– Tenha completado dezesseis anos de idade, a não ser que outra idade tenha sido determinada pelo Bispo diocesano, ou pareça ao pároco ou ministro que se deva admitir uma exceção por justa causa;


– seja católico, confirmado, já tenha recebido o santíssimo sacramento da Eucaristia e leve uma vida de acordo com a fé e o encargo que vai assumir;


– não tenha sido atingido por nenhuma pena canônica legitimamente irrogada ou declarada;


– não seja pai ou mãe do batizando; 

Homilética: 4º Domingo da Páscoa - Ano B: “… e as ovelhas O seguem, porque conhecem a sua voz” (Jo 10,4).


O Quarto Domingo da Páscoa é o domingo do Bom Pastor na qual a Igreja celebra também o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. 

Lançando um olhar para a história, podemos constatar que no Antigo Oriente, os reis costumavam designar a si mesmos como pastores dos seus povos. No Antigo Testamento, Moisés e Davi, antes de serem chefes e pastores do Povo de Deus, foram efetivamente pastores de rebanhos.  Uma das imagens mais usadas no Antigo Testamento para expressar o cuidado de Deus para com o seu povo, sobretudo o carinho com que o conduziu da escravidão do Egito para a Terra Prometida, é a imagem do pastor. Encontramos essas imagens nos livros dos profetas Isaías e Ezequiel (cf. Ez 34,12ss) e, de uma maneira muito viva, no salmo 22, onde lemos: “O Senhor é meu pastor, nada me falta”. O Salmo vai descrevendo como o pastor guia seu rebanho para verdes pastagens e para águas tranquilas; leva-o por caminhos seguros; infunde-lhe confiança pelo cajado que empunha em sua mão; e, mesmo que seja preciso atravessar um vale escuro, o rebanho não tem medo, porque sabe que está sendo bem guiado.  De um lado está a dedicação total do pastor, e do outro, a confiança do rebanho.

No Evangelho (Jo 10, 11-18) ouvimos a palavra do próprio Cristo que nos fala em primeira pessoa: Eu sou o Bom Pastor! É uma catequese sobre a missão de Jesus: conduzir o homem às pastagens verdejantes e às fontes cristalinas, de onde brota a vida em plenitude.

O Bom Pastor aparece numa atitude de ternura com as ovelhas… Ele as conhece, as chama pelo nome, caminha com elas e estas O seguem. Elas escutam a Sua voz, porque sabem que as conduz com segurança.

Em contraste com o Pastor, aparece a figura dos ladrões e dos bandidos. São todos os que se apresentam como Pastor, ou até falam em nome de Cristo, mas procuram somente vantagens pessoais. Além do título de Bom Pastor, Cristo aplica-Se a Si mesmo a imagem da porta pela qual se entra no aprisco das ovelhas que é a Igreja. Ensina o Concílio Vaticano II:” A Igreja é o redil, cuja única porta e necessário Pastor é Cristo (LG,6). No redil entram os pastores e as ovelhas. Tanto os pastores como as ovelhas hão de entrar pela porta que é Cristo. 

Para os cristãos, o Pastor por excelência é Cristo: Ele recebeu do Pai a missão de conduzir o rebanho de Deus… Portanto, Cristo deve conduzir as nossas escolhas.

Quem nos conduz? Qual é a voz que escutamos? A voz da política, a voz da opinião pública, a voz do comodismo e da instalação, a voz dos nossos privilégios, a voz do êxito e do triunfo a qualquer custo, a voz da novela? A voz da televisão?

Cristo é o nosso Pastor! Ele conhece as ovelhas e as chama pelo nome, mantendo com cada uma delas uma relação muito pessoal. Diz – nos o Senhor: “Conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem ” (Jo 10, 14). Verdadeiramente, Jesus “conhece – nos”, de maneira ainda mais profunda de quanto nos conhecemos a nós mesmos, e Ele tem um plano para cada um de nós. Sabemos também que onde quer que Ele nos chame, encontraremos felicidade e satisfação; com efeito, encontrar-nos-emos a nós próprios ( Mt 10, 39).

Todos os anos a Igreja nos faz recordar, esta definição que Jesus deu de si mesmo, sendo vista à luz da sua paixão, morte e ressurreição: “O bom pastor oferece a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10, 11): estas palavras realizaram-se plenamente quando Cristo, obedecendo de maneira livre à vontade do Pai, se imolou na Cruz por cada uma das suas ovelhas.

Na última aparição, pouco antes da Ascensão, Cristo ressuscitado constitui Pedro como pastor do seu rebanho.  Cumpre-se então a promessa que fizera pouco antes da Paixão: “Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos” (Lc 22,32).  E como bom pastor, conforme diz a tradição, Pedro também morrerá pelo seu rebanho. E às margens do lago de Tiberíades disse certa vez Jesus a Pedro: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21,16-17). Estas últimas palavras indicam como sua o mandato confiado a Pedro: Guardar todo o rebanho do Senhor.  E apascentar equivale a dirigir e governar. Pedro é constituído pastor e guia de toda a Igreja. Com isto, podemos dizer que também cada sacerdote é destinatário deste convite de Jesus no apascentar o rebanho que é todo e só do Senhor.

Talvez alguém se assustaria com a afirmação tão clara que os filhos da Igreja ousam dizer nos tempos atuais: a Igreja de Cristo é a Igreja Católica. Contudo, isso é verdade: a Igreja que Jesus Cristo quis e fundou é a Igreja Católica, a única Igreja de Cristo, entregue a Pedro e aos demais Apóstolos. “Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como uma sociedade, subsiste na (“subsistit in”) Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele” (LG 8).

Hoje é também jornada mundial de oração pelas vocações sacerdotais e religiosas. Peçamos ao Senhor, Bom Pastor, que dê à Igreja e ao mundo pastores segundo o seu coração, pastores que, nele e com ele, estejam dispostos a fazer da vida uma total entrega pelo rebanho; pastores que tenham sempre presente qual a única e imprescindível condição para pastorear o rebanho do Bom Pastor: “Simão, tu me amas? Apascenta as minhas ovelhas!” (Jo 21,15s). Eis a condição: amar o Pastor! Quem não é apaixonado por Jesus não pode ser pastor do seu rebanho! Não se trata de competência, de eficiência, de vedetismo ou brilhantismo; trata-se de amor! Se tu amas, então apascenta! Como dizia Santo Agostinho, “apascentar é ofício de quem ama”. 

A consequência desta identificação de Jesus como verdadeiro e bom Pastor, está ainda na afirmação que encontramos na segunda Leitura da liturgia da Palavra deste domingo: “Vede com que amor nos amou o Pai…” (1Jo 3,1). 

Que o Senhor nos dê os pastores que sejam viva imagem dele; que Cristo nos faça verdadeiras ovelhas do seu rebanho.