A quarta edição da Parada LGBT de Maringá, no
norte do Paraná, tem como tema a frase “Quem sou eu para julgar?”, dita pelo
Papa Francisco após a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em 2013.
Na ocasião, o Papa Francisco afirmou para
jornalistas que os gays não devem ser marginalizados, e sim integrados à
sociedade. O pontífice citou o Catecismo da Igreja Católica para reafirmar a
posição de que a orientação homossexual não é pecado, mas os atos são. “Se uma
pessoa é gay e busca a Deus, quem sou eu para julgá-la?”, afirmou o Papa.
Margot Jung, vice-presidente da Associação Maringaense
de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AMLGBT) explicou ao
Portal G1 como a frase do Papa foi acolhida no meio Gay.
“A fala do
Papa Francisco serve de reflexão para várias circunstâncias e é um grande sinal
de que é preciso quebrar qualquer tipo de preconceito. Essa discriminação que
ainda está presente em vários locais, até mesmo no nosso Congresso, onde vários
políticos insistem em ter uma postura fundamentalista, esquecendo que os
direitos humanos são para todos, independente da religião”, diz Margot
Jung.
A parte esquecida:
Diante de todo frenesi que gerou as palavras
do Papa, ninguém se preocupou de ouvir a frase completa. O Papa disse: "Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por caridade, pra julgá-la? O Catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser discriminados por causa disso, mas devem ser integrados na sociedade". (28 de Julho de 2013)*
O mais importante desta frase é a citação do Catecismo.
Vejamos o que o catecismo referenciado pelo Papa diz a respeito:
2358. Um número considerável de homens e de
mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas. Esta
propensão, objetivamente desordenada, constitui, para a maior parte deles, uma
provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza.
Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas
pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem
cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem
encontrar devido à sua condição.
2359. As pessoas homossexuais são chamadas à
castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e,
às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça
sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição
cristã.
Não é a primeira vez:
Cartaz da Parada Gay em 2012 gerou polêmica (Foto: divulgação/Maringay) |
Em 2012, o material de divulgação da Parada
LGBT de Maringá utilizava a imagem da Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora
da Glória, principal ponto turístico da cidade, como material de
divulgação.
Renato
Aquino
É um dos idealizadores do projeto Fides Press.
Participante do Apostolado Santa Igreja desde 2008, Renato tem como objetivo
para sua coluna no FidesPress.com a transmissão de noticias de forma opinativa
ao mesmo tempo que , é claro, mantem plena fidelidade aos ensinamentos da mãe Igreja.
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*Alteramos o texto transcrevendo o que o papa afirmou de acordo com a entrevista publicada originalmente pela CNBB e pelo nosso site. O autor desta matéria transcreveu da seguinte forma: “Se uma pessoa é gay e procura o Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para a julgar? O Catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem, dizendo – esperem um pouco… como diz… -: «Não se devem marginalizar estas pessoas por isso, devem ser integradas na sociedade». Todo o itálico do texto é nosso, exceto quanto ao uso da palavra frenesi. Removemos os negritos do autor da matéria mantendo apenas os números do CIC como tal e destacamos os parágrafos 2358 e 2359. Título original: PROVOCAÇÃO: Parada GAY de Maringá terá como tema a frase do Papa.
Fonte: Fides Press
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