sábado, 25 de abril de 2015

Nova presidência toma posse e concede entrevista coletiva


A nova presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tomou posse na manhã desta sexta-feira, dia 24, durante a sessão de encerramento da 53ª Assembleia Geral (AG) da entidade, iniciada no dia 15, em Aparecida (SP). Também tomaram posse os doze presidentes da Comissões Episcopais.

O arcebispo de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis, na condição de presidente da Conferência, fez uma série de agradecimentos aos participantes, parceiros e colaboradores pela realização da 53ª AG. Também agradeceu pelos “frutos” do trabalho. “A oração, a convivência fraterna, os temas que pudemos aprofundar, sobre os quais pudemos dialogar, os documentos que aprovamos são alguns dos frutos do nosso trabalho que nos fizeram crescer na corresponsabilidade colegial pela Igreja no Brasil”, disse o cardeal.

Dom Damasceno ainda expressou a gratidão ao episcopado pela confiança do mandato iniciado em 2011, o qual os permitiu “servir com limitações, mas com grande amor, à Igreja no Brasil”, afirmou.

No final de sua fala, dom Raymundo desejou “votos de boas realizações” na condução dos trabalhos da Conferência Episcopal. 

Espiritismo: orientação para os católicos


A Evocação [de Espíritos dos Mortos]

Vimos que a evocação ou a manifestação provocada das almas dos falecidos, que são os "espíritos" do espiritismo, especifica, caracteriza e define o movimento suscitado por Allan Kardec. Sem evocação não há espiritismo. A evocação é a base da doutrina exposta em O livro dos espíritos, como se afirma no próprio subtítulo: "Segundo os ensinos dados por espíritos superiores com o concurso de diversos médiuns"; e como se explica amplamente na introdução. Em 1861 Allan Kardec publicou sua segunda obra considerada fundamental: O livro dos médiuns, com este significativo subtítulo: "Guia dos médiuns e dos evocadores". Todo o capítulo XXV é dedicado à evocação. Sua exposição neste capítulo inicia com esta afirmação: "Os espíritos podem comunicar-se espontaneamente, ou acudir ao nosso chamado, isto é, vir por evocação".

Nestas palavras já temos uma espécie de definição do termo "evocação": "Acudir ao nosso chamado". Lembra em seguida Allan Kardec que algumas pessoas acham que se deve deixar de chamar por determinado espírito, pois nenhuma certeza poderíamos ter de entrarmos realmente em comunicação com o espírito desejado, já que estamos rodeados de espíritos brincalhões e galhofeiros que se aproveitariam da oportunidade para nos enganar; por isso, dizem, seria melhor fazer uma evocação muito genérica e esperar que determinado espírito se apresente então espontaneamente. Allan Kardec não nega este tipo de manifestações "espontâneas" (que, no entanto, sempre seria provocado ou produzido mediante o médium), mas não concorda com o parecer que acabara de expor: "Primeiramente, porque há sempre em torno de nós espíritos, as mais das vezes de condição inferior, que outra coisa não querem senão comunicar-se; em segundo lugar, e mesmo por esta última razão, não chamar a nenhum em particular é abrir a porta a todos os que queiram entrar. Numa assembléia, não dar a palavra a ninguém é deixá-la livre a toda a gente e sabe-se o que daí resulta. A chamada direta de determinado espírito constitui um laço entre nós e ele; chamamo-lo pelo nosso desejo e opomos assim uma espécie de barreira aos intrusos. Sem uma chamada direta, um espírito nenhum motivo terá muitas vezes para confabular conosco".


Aí está bem claramente definido o pensamento de Kardec e o propósito espírita: chamar ou evocar diretamente bem determinado falecido para confabular conosco. Allan Kardec insiste: "Quando se deseja comunicar com determinado espírito, é de toda necessidade evocá-lo".

Esta é base do espiritismo.

Sobre este fundamento será agora necessário fazer algumas ponderações.

Itália descobre célula do Al Qaeda que planejava atentado contra o Vaticano. Santa Sé nega preocupação por ataque iminente.


A polícia italiana prendeu nove pessoas - na ilha de Sardenha e em outras sete regiões – que pertencem a uma célula do grupo terrorista Al Qaeda, a mesma que teria planejado um atentado contra a Santa Sé em 2010. Por sua parte, o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, negou que atualmente haja uma preocupação por um ataque terrorista.

A Procuradoria pública de Cagliari conduziu as investigações para desmantelar uma rede de organização terrorista Al Qaeda, na Itália.

O procurador público Mauro Mura assinalou que, durante as intervenções realizadas nos últimos anos, encontraram "sinais da preparação de um possível atentado no Vaticano em 2010".

Estas revelações surgiram durante a investigação iniciada em 2009 para fortalecer a segurança, por motivo da celebração da cúpula do G8 na cidade italiana La Maddalena.

Nesse sentido, foram emitidas 20 ordens de prisão, e nove pessoas foram detidas, oito paquistaneses e um afegão, enquanto outros três estão desaparecidos e o resto abandonou a Itália.

As prisões foram feitas nas cidades de Sassari, Bérgamo, Macerata, Roma, Frosinone e Foggia, e os detidos foram acusados de terrorismo no exterior e de favorecer a imigração clandestina. 

CNBB divulga nota sobre o momento nacional


NOTA DA CNBB SOBRE O MOMENTO NACIONAL



“Entre vós não deve ser assim” (Mc 10,43).

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, reunida em sua 53ª Assembleia Geral, em Aparecida-SP, no período de 15 a 24 de abril de 2015, avaliou, com apreensão, a realidade brasileira, marcada pela profunda e prolongada crise que ameaça as conquistas, a partir da Constituição Cidadã de 1988, e coloca em risco a ordem democrática do País. Desta avaliação nasce nossa palavra de pastores convictos de que “ninguém pode exigir de nós que releguemos a religião para a intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre os acontecimentos que interessam aos cidadãos” (EG, 183).

O momento não é de acirrar ânimos, nem de assumir posições revanchistas ou de ódio que desconsiderem a política como defesa e promoção do bem comum. Os três poderes da República, com a autonomia que lhes é própria, têm o dever irrenunciável do diálogo aberto, franco, verdadeiro, na busca de uma solução que devolva aos brasileiros a certeza de superação da crise.

A retomada de crescimento do País, uma das condições para vencer a crise, precisa ser feita sem trazer prejuízo à população, aos trabalhadores e, principalmente, aos mais pobres. Projetos, como os que são implantados na Amazônia, afrontam sua população, por não ouvi-la e por favorecer o desmatamento e a degradação do meio ambiente.

A lei que permite a terceirização do trabalho, em tramitação no Congresso Nacional, não pode, em hipótese alguma, restringir os direitos dos trabalhadores. É inadmissível que a preservação dos direitos sociais venha a ser sacrificada para justificar a superação da crise.

A corrupção, praga da sociedade e pecado grave que brada aos céus (cf. Papa Francisco – O Rosto da Misericórdia, n. 19), está presente tanto em órgãos públicos quanto em instituições da sociedade. Combatê-la, de modo eficaz, com a consequente punição de corrompidos e corruptores, é dever do Estado. É imperativo recuperar uma cultura que prima pelos valores da honestidade e da retidão.  Só assim se restaurará a justiça e se plantará, novamente, no coração do povo, a esperança de novos tempos, calcados na ética. 

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Carta do Santo Padre para o VIII Encontro Mundial das Famílias


CARTA DO PAPA FRANCISCO
PARA O VIII ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS

FILADÉLFIA, 22-27 DE SETEMBRO DE 2015


Ao venerado Irmão D.Vincenzo Paglia
Presidente do Pontifício Conselho para a Família

No final do VII Encontro Mundial das Famílias , o Papa Bento XVI anunciou que a cidade de Filadélfia, nos Estados Unidos da América, seria a sede do evento sucessivo. Em muitas ocasiões confirmei tal escolha, observando com confiança e esperança este encontro de graça no qual, se Deus quiser, participarei. Ele terá lugar de 22 a 27 de Setembro de 2015 com o tema «O amor é a nossa missão. A família plenamente viva».

A missão da família cristã, hoje como ontem, é anunciar ao mundo o amor de Deus, com a força do sacramento nupcial. A partir deste mesmo anúncio nasce e constrói-se uma família viva, que coloca o lar de amor no centro de todo o seu dinamismo humano e espiritual. Se, como dizia santo Ireneu: «Gloria Dei vivens homo» (Adv. Haer., IV, 20, 7), também uma família que, com a graça do Senhor, vive em plenitude a própria vocação e missão o glorifica.

Recentemente celebrámos a Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos sob o tema «Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização». No sinal da sinodalidade indicámos as temáticas mais urgentes que envolvem a família na nossa sociedade plural. Na realidade, «não podemos qualificar uma família com conceitos ideológicos, nem falar de família conservadora ou progressista. A família é família!» ( Discurso aos participantes no Colóquio internacional sobre a complementaridade entre homem e mulher , 17 de Novembro de 2014). Os valores e as virtudes da família, as suas verdades essenciais, são os pontos de força sobre os quais se apoia o núcleo familiar e não podem ser postos em discussão. Aliás, somos chamados a rever o nosso estilo de vida que está sempre exposto ao risco de ser «contagiado» por uma mentalidade mundana — individualista, consumista e hedonista — e a reencontrar sempre a via mestra, para viver e propor a grandeza e a beleza do matrimónio e a alegria de ser e fazer família. 

Jamaal, o muçulmano que se ofereceu para morrer com os cristãos


Chamava-se Jamaal Rahman e não era para ele estar ali.

O vídeo divulgado pelo autodenominado Estado Islâmico indicava que os homens ajoelhados no chão algures na Líbia, preparados para morrer, eram todos cristãos da "Igreja Etíope hostil" e que por isso iam pagar com a vida, como já tinham feito 21 cristãos coptas antes deles e tantos outros na Síria, no Iraque e no Quénia.

Mas Jamaal Rahman não era fiel da Igreja Ortodoxa Etíope, nem sequer era cristão. Era muçulmano e esse facto teria sido suficiente para o salvar, caso ele não tivesse feito o impensável.

Jamaal ofereceu-se para ser refém para que o seu amigo cristão não morresse sozinho.

A informação foi avançada pela publicação MissionLine, do Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras (PIME), que identifica como fonte um combatente do Al-Shabab, o grupo terrorista islâmico que combate na Somália, país que faz fronteira com a Etiópia.

Há diferentes versões sobre aquilo que se passou. Uma diz que Rahman se converteu ao cristianismo a caminho da Líbia, mas a segunda, considerada mais provável pelo PIME, é de que ele se ofereceu como refém para não abandonar o seu amigo cristão e talvez na esperança que a presença de um muçulmano entre o grupo de detidos levasse os captores a mostrar alguma misericórdia. 

Confissão digital?


Era só questão de tempo até que alguém tivesse a "inovadora" ideia de oferecer o sacramento da reconciliação online para os católicos. Usando o pseudônimo @PriestDavid, uma pessoa na cidade de San Antonio (Texas, EUA) está oferecendo confissões virtuais às pessoas, por meio do aplicativo Snapchat.

Essa pessoa, que diz ser sacerdote há mais de 23 anos, mas prefere manter seu anonimato, afirma que seu objetivo é chegar aos jovens por meio desse "serviço". A Igreja local já se pronunciou ao respeito, recordando a invalidez desta prática.

Como todos os sacramentos, a confissão é uma ação litúrgica. Em geral, os elementos da sua celebração são: saudação e bênção do sacerdote, leitura da Palavra de Deus para iluminar a consciência e suscitar a contrição, exortação ao arrependimento; a confissão, que reconhece os pecados e os manifesta ao sacerdote; a imposição e aceitação da penitência; a absolvição que o sacerdote dá; ação de graças e despedida com a bênção do sacerdote (Catecismo n. 1480). 

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Por que os católicos não devem apoiar o Projeto de Reforma Política?


Em sua catequese das quartas feiras, no último dia 15 de Abril, o nosso Papa Francisco alertou o povo de Deus sobre a gravidade da chamada “ideologia do gênero”, que está crescendo em nosso país e no mundo. Para esta ideologia, e para as pessoas que a defendem e propagam, as pessoas não se dividiriam por sexo (sexo masculino e sexo feminino), mas por gêneros: heterossexuais, homossexuais, travestis, transexuais e o que mais os desejos de cada um o levassem a seguir. Os inventores dessa tal “ideologia de gênero”, criticada pelo Papa, consideram que dividir a humanidade em “sexo masculino” e “sexo feminino” é errado, e que as pessoas deveriam ser classificadas conforme seus desejos genitais. 

O Papa mostrou que o avanço dessa ideologia é um sério problema, não somente para os cristãos. Pergunto-me, por exemplo, se a chamada teoria do gênero não é expressão de uma frustração e resignação, com a finalidade de cancelar a diferença sexual por não saber mais como lidar com ela. Neste caso, corremos o risco de retroceder”, diz o Papa Francisco. E lembrou que junto com a difusão de tal ideologia, existe uma tentativa de cancelar as diferenças naturais entre homens e mulheres, para reconhecer apenas as inclinações sexuais de cada um como definidoras da sua própria identidade sexual. Mas, para o Papa, a eliminação da diferença, com efeito, é um problema, não uma solução. Para resolver seus problemas de relação, o homem e a mulher devem dialogar mais, escutando-se, conhecendo-se e amando-se mais”.

Falando assim, o Papa Francisco reafirma a doutrina de sempre da Igreja Católica. O nosso Catecismo reconhece que há pessoas com tendências homossexuais, e que devem ser acolhidas e respeitadas, mas que esta tendência é objetivamente desordenada e atenta contra a castidade (CIC, § 2357 e seguintes). Reafirmando que as pessoas humanas são, em si mesmas, homens e mulheres, o Catecismo aponta no sentido de que tais tendências desordenadas não podem substituir a sexualidade natural, querida e criada por Deus, o que, aliás, desordena as famílias e destrói a castidade, que é o convite feito pelo Catecismo a todos os cristãos. A Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, publicou, nesta mesma linha, em 03 de junho de 2003, um documento chamado “Considerações sobre os Projetos de Reconhecimento Legal das Uniões entre Pessoas Homossexuais”, assinado pelo então Cardeal Joseph Ratzinger (que depois viria a ser Bento XVI), e publicado no pontificado de João Paulo II, no qual, seguindo a mesma linha do Papa Francisco, afirma-se com todas as letras: A Igreja ensina que o respeito para com as pessoas homossexuais não pode levar, de modo nenhum, à aprovação do comportamento homossexual ou ao reconhecimento legal das uniões homossexuais”, e institui um grave dever aos fiéis e aos políticos católicos: Se todos os fiéis são obrigados a opor-se ao reconhecimento legal das uniões homossexuais, os políticos católicos são-no de modo especial, na linha da responsabilidade que lhes é própria.