segunda-feira, 18 de maio de 2015

Profanação das espécies eucarísticas


Meus irmãos e irmãs é com muita tristeza e ao mesmo tempo grave necessidade pastoral que nós publicamos a seguir as penas correlativas àqueles que profanam as espécies eucarísticas. Nada há de mais precioso em nossa Igreja Católica que as espécies eucarísticas, pois elas são o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Acontece, porém, que não poucas vezes, ele venha sendo profanado nas igrejas em todas as partes do mundo. Como cristãos, devemos urgentemente, dar mais atenção aos cuidados tanto em relação a quem administra, aos que recebem e também quanto ao lugar em que se encontra o Santíssimo Sacramento. Sabemos que o sacrário não é um cofre e, em geral, não é de ouro; porém, guarda na sua fragilidade, o que há de mais precioso no Universo. Tal é seu valor que a pena para quem profana as espécies eucarísticas é a excomunhão reservada à Sé Apostólica, ou seja, nenhum padre ou bispo, senão com a devida autorização da Santa Sé, pode absolver tão grande delito. Vale ainda salientar que ao fim deste mês, a partir do dia 28, publicaremos além das matérias que já constam em nosso site, várias matérias sobre a Eucaristia até a semana de Corpus Christi.

“Ultrajado, não replicava com injúrias; 
tormentado, não ameaçava” (1Pd 2,23).

Diz o Concílio de Trento: “Por ter Cristo, nosso Redentor, dito que aquilo que oferecia sob a espécie do pão era verdadeiramente seu Corpo, sempre se teve na Igreja esta convicção, que o santo Concílio declara novamente: pela consagração do pão e do vinho opera-se a mudança de toda a substância do Corpo de Cristo Nosso Senhor e de toda a substância do vinho na substância de Seu Sangue” (DS 1642). A presença eucarística de Cristo começa no momento da consagração e dura também enquanto subsistirem as espécies eucarísticas. Cristo está presente inteiro em cada uma das espécies e inteiro em cada uma das partes delas (CIC 1377), razão pela qual a Igreja sempre manifestou imensa veneração  e máxima adoração ao corpo, sangue, alma e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo presentes nas espécies eucarísticas em todos os altares e tabernáculos da terra. (cf. SC 48; cân. 898).

Configurações do delito

O sacrílego, hediondo e abominável delito de profanação das espécies eucarísticas assume três modalidades:

A morte explicada por uma criança com câncer terminal


Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional, posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.

Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional... Comecei a frequentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria.

Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças.

Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano! 

domingo, 17 de maio de 2015

Carta das igrejas sobre a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2015


O amor de Deus, a paz de Jesus Cristo 
e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco!

Queridos irmãos e irmãs das comunidades cristãs no Brasil,

“Dá-me um pouco de tua água” (Jo 4.7) é o lema bíblico que o movimento ecumênico brasileiro, através do CONIC, propôs ao Conselho Mundial de Igrejas e ao Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos ao ser convidado a preparar o material da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos de 2015.

O pedido por água, feito por Jesus à mulher samaritana, é também o testemunho ecumênico que oferecemos aos irmãos e irmãs das muitas Igrejas que anunciam a boa-nova de Jesus, nos mais diferentes contextos do mundo. A fé em Jesus Cristo precisa expressar-se nessa abertura para encontros e conversas. Não devemos ver no outro um inimigo ou uma ameaça, mas sim, reconhecer nele uma expressão do amor de Deus. Complementamo-nos e crescemos quando nos abrimos para estes encontros. Este é o nosso testemunho ecumênico.

Em contextos de intolerância e perseguições religiosas, colocamos diante das nossas Igrejas o desafio de fazer a experiência do diálogo. Saiamos de nossas casas e até dos nossos templos e vamos ao encontro de nossos irmãos, irmãs, vizinhos e vizinhas. Ouçamos o que eles ou elas têm a contar sobre sua fé, sua vida, suas experiências e dúvidas. Celebremos juntos esta vivência plural do único amor de Deus! 

Homem invade a Catedral de Mossoró (RN) e tenta destruir imagem do Senhor Morto com marreta


Os fiéis que estavam na manhã do sábado (16) na Catedral de Santa Luzia de Mossoró foram surpreendidos por uma ação de vandalismo e desrespeito à fé cristã. Um homem, ainda não identificado, aparentado ter aproximadamente entre 55 e 60 anos, entrou na igreja portando uma bolsa de onde retirou uma marreta e destruiu o vidro que protege a imagem do Senhor Morto.

A ação foi registrada pelas câmeras de segurança da Catedral. Ainda durante a manhã, policiais militares foram à igreja, onde acompanharam as imagens, para, então, iniciarem as buscas pelo vândalo.

“Ele chegou à igreja normalmente por volta das 8h. Na ocasião havia alguns fiéis na Catedral e uma pessoa no altar da imagem do Senhor Morto, quando ele tirou da bolsa uma marreta com a qual quebrou o vidro que protege a imagem. Os fiéis não o abordaram, porque não sabiam com quem estavam lidando. As pessoas que trabalham na igreja também se resguardaram com medo da ação do vândalo. Ele vestia uma camisa azul e uma calção estampado, e foi embora tranquilamente, deixando a marreta ao lado da imagem do Senhor Morto”, explicou Fabrício Brito, secretário do pároco da Catedral, padre Walter Collini.

Assim que tomou conhecimento, o pároco imediatamente acionou a polícia e fez um Boletim de Ocorrência (BO). Agora, a Catedral espera o resultado das buscas efetuadas pela PM. 

“Parece que a polícia vai solicitar a realização de perícia no local para aprofundar as investigações. A pessoa aparentava ser um dependente de drogas ou apresentava alguma perturbação mental. Inclusive apontou o dedo para imagem, como se a estivesse afrontando”, enfatizou padre Walter. 

Papa Francisco canoniza quatro novas santas para a Igreja


Homilia do Papa Francisco na celebração da
canonização de quatro novas santas
VII Domingo de Páscoa, 17 de maio de 2015

“Os Atos dos Apóstolos nos apresentaram a Igreja nascente no momento em que elege aqueles que Deus chamou para tomar o lugar de Judas no Colégio Apostólico. Não se trata de assumir um cargo, mas um serviço. E de fato Matias, sobre quem recai a escolha, recebe uma missão que Pedro define assim: “É preciso que um deles se junte a nós para testemunhar Sua ressurreição” – a ressurreição de Cristo.

Com estas palavras ele resume o que significa fazer parte dos Doze: significa ser testemunha da ressurreição de Jesus. O fato que diga “junte-se a nós” faz entender que a missão de anunciar Cristo ressuscitado não é individual: deve ser vivida em modo comunitário, com o Colégio Apostólico e com a comunidade. Os apóstolos fizeram a experiência direta e estupenda da ressurreição; são testemunhas oculares de tal evento.

Graças ao seu respeitável testemunho, muitos acreditaram; e da fé em Cristo ressuscitado nasceram e nascem continuamente as comunidades cristãs. Também nós, hoje, fundamos nossa fé no Senhor ressuscitado, no testemunho dos apóstolos chegado até nós mediante a missão da Igreja. A nossa fé está firmemente ligada ao seu testemunho como a uma corrente ininterrupta desdobrada no decorrer dos séculos não somente pelos sucessores dos Apóstolos, mas por gerações e gerações de cristãos. À imitação dos Apóstolos, de fato, cada discípulo de Cristo é chamado a se tornar testemunha da sua ressurreição, sobretudo naqueles ambientes humanos onde é mais forte o esquecimento de Deus e a perda do homem. 

Esculturas agradáveis a Deus


A Igreja por ser fundada por Jesus segue a plenitude da forma de culto DE JUDÁ, tribo com qual Deus instituiu uma Nova Aliança (Hebreus 8,8) e cujo Sacerdócio não é estabelecido por Moisés (Hebreus 7, 14). O próprio Deus concede o dom de fazer esculturas para utilização de culto especificamente dessa tribo, da qual nasceu a Igreja.

Êxodo 31,2-5 diz: "Eu escolhi Bezalel , filho de Uri, filho de Hur, DA TRIBO DE JUDÁ , e o enchi do Espírito [...] e o enchi do Espírito de Deus, dando-lhe destreza, habilidade e plena capacidade ARTÍSTICA para DESENHAR e EXECUTAR TRABALHOS em ouro, prata e bronze. Dilapidar e engastar pedras, ENTALHAR MADEIRA e realizar todo tipo de trabalho".

Se o mandamento o qual fala sobre imagens de ídolos englobasse também imagens de santos Deus seria contraditório pois no mandamento referente a ídolos condena as imagens(ídolos) das coisas que estão: ““EM CIMA NOS CÉUS". (Ex 20, 4) e o próprio Deus se agrada com imagens de seus servos que estão no céu (cidade santa) mas proíbe imagens dos ídolos (astros) que estão no céu (firmamento), alguns idiomas como o inglês tem duas traduções para diferenciar céu (cidade santa) e céu (firmamento), Heaven e Sky.

sábado, 16 de maio de 2015

Entregues à morte por causa de Jesus (cf. 2Cor 4,11).


“Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a mim antes que a vós. [...].
No mundo havereis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo” .
(Jo 15,18; 16,33).

Sempre eram comoventes para mim as celebrações litúrgicas dos mártires. Impressionam nelas as extraordinárias histórias de suas vidas envolvidas pela graça da fé, e, em especial, o testemunho final do seu sangue derramado como o de Cristo, em oblação perfeita de suas frágeis vidas. Além disso, a cor vermelha dos paramentos litúrgicos, as antífonas, os salmos e os cânticos permitem penetrar mais profundamente a alma e o coração de quem reza. Tudo isso torna-se mais tocante e comovente ainda quando iluminado pelas ricas perícopes da Palavra de Deus e pelas belíssimas orações próprias que trazem o Missal Romano e a Liturgia das Horas.

Bebê sequestrado pelo Estado Islâmico e depois morto decapitado

Confesso, que até pouco tempo atrás estas celebrações eram para mim muito mais ações sagradas do encontro com Deus, revestidas de gloriosa e serena memória litúrgica, com tudo que ela é capaz de trazer para o hoje da vida da Igreja e para a nossa vida cristã, porém, permaneciam um tanto distantes e idealizadas. Atualmente, não consigo mais celebrar as festas dos mártires cristãos com a mesma quietude litúrgica. A comoção toma conta das orações, das leituras, das reflexões e das homilias. Por vezes, as palavras dificilmente passam pela garganta, e faço esforço enorme para conter a comoção. Isto porque o martírio daqueles cristãos passou a ser relido a partir do martírio de milhares de cristãos dos tempos atuais, que como afirma o Papa Francisco, são muito mais numerosos que nos primeiros séculos da Igreja. 

Pe. Gutierrez, fundador da Teologia da Libertação, é recebido no Vaticano


Realizou-se na manhã de terça-feira (12/05), na Sala de Imprensa da Santa Sé, a coletiva de imprensa de apresentação da Assembleia da Caritas Internacional, que tem início oficialmente hoje, dia 13.

Estavam presentes na coletiva o Presidente da Confederação, Cardeal Oscar Andrés Rodrigues Maradiaga, e o Secretário-Geral, Michel Roy. Mas quem chamou a atenção da mídia foi o teólogo dominicano Gustavo Gutierrez, considerado um dos fundadores da Teologia da Libertação. O sacerdote peruano será um dos conferencistas da Assembleia, quando falará da relação entre caridade e justiça.

Teologia da Libertação

Respondendo às inúmeras perguntas dos jornalistas, Pe. Gutierrez recordou que a Teologia da Libertação nunca foi condenada pela Santa Sé, mas passou por várias fases, inclusive “críticas”, de diálogo. “O que é importante agora é o momento atual, de ir às periferias, a opção preferencial pelos pobres. E isso está claro no pontificado do Papa Francisco. O importante é reabilitar o Evangelho”.

“A reflexão teológica deve estar ligada à vida cotidiana das pessoas. Não se trata de metafísica religiosa. Nunca li na Bíblia algum trecho que diz ‘ide e fazei Teologia’, mas sim ‘ide e fazei discípulos’. A Teologia é uma hermenêutica da esperança, dá a visão para quem está comprometido na ação.”

Carta de amor

Questionado se escreveria tudo o que escreveu da mesma maneira, o teólogo de 86 anos respondeu que é a mesma coisa perguntar para uma pessoa casada há anos se escreveria uma carta de amor exatamente igual ao do início do relacionamento. “Não é possível, mas o meu amor a Deus, à Igreja e ao povo permanece o mesmo.”