Andrzej
Duda, presidente da Polónia, esteve presente na Missa do dia de Ação de
Graças celebrada pelo Cardeal Kazimierz Nycz, arcebispo de Varsóvia, em 2015. Num
dado momento, já depois da consagração, o vento forte fez com que uma Hóstia
consagrada voasse do altar e fosse parar ao chão. Nesse momento, o presidente
polaco levantou-se, genuflectiu e apanhou a Hóstia. Confira as imagens:
terça-feira, 9 de junho de 2015
No Brasil, quanto mais pobre o Estado, mais ele gasta com o Legislativo
Os Estados mais
pobres do país são os que mais gastam com seus parlamentos. Um levantamento
feito pela ONG Transparência Brasil mostra que quanto menor o Produto
Interno Bruto (PIB) do local, maior é o gasto com as Assembleias
Legislativas. O mesmo vale para as Câmaras Municipais das capitais.
Dessa forma,
cada cidadão de Roraima acaba pagando anualmente 352 reais para garantir o
funcionamento de sua principal casa de Leis, que tem 24 deputados estaduais. O
valor é 15 vezes maior do que em São Paulo, onde há 94 parlamentares e o
contribuinte paga, por meio dos impostos, 23 reais anuais.
A explicação
para essa disparidade está, conforme especialistas, na estrutura semelhante
para Estados completamente distintos. Por exemplo, o salário dos parlamentares
é igual em 25 das 27 unidades da federação, independentemente de quão pobre é a
região. Algo que não ocorre no mercado formal. O valor é de 25.322 reais, 75%
do que recebe um deputado federal, conforme prevê a legislação, que define um
teto salarial. Além disso, esses parlamentares também recebem uma série de
benefícios que eles mesmos estipulam para si e acabam inflando seus
vencimentos. “Parece que há alguma distorção. A pergunta que a gente faz é: por
que em Estados e municípios pobres um deputado estadual e um vereador precisam
receber uma verba tão grande que é maior do que um representante de um Estado
mais rico? Será que é necessário para as atividades parlamentares usar essa
verba toda ou será que isso ocorre porque há menos fiscalização e pressão
nesses Estados e municípios?”, analisa a diretora-executiva da Transparência Brasil,
Natália Paiva.
Iraque: a igreja de Santo Efrém é transformada em mesquita
Um ano já se passou desde a fatídica noite de 9
para 10 de junho de 2014, em que um grupo de militantes extremistas,
autoproclamado Estado Islâmico (EI), tomou a cidade iraquiana de Mossul. Para
celebrar este aniversário, o EI anunciou a iminente abertura da "mesquita
dos mujaheddin", que ocupará o lugar da antiga igreja de Santo Efrém.
A notícia foi divulgada pelos jihadistas com
cartazes pelas ruas de Mossul, conforme relatado por fontes locais ao site
iraquiano ankawa.com e à agência Fides.
Santo Efrém era um dos maiores lugares de culto cristão
do centro de Mossul e pertencia à Igreja siro-ortodoxa. Alguns indícios
apontavam a intenção dos jihadistas de transformá-la em mesquita, como a
escolha dos edifícios anexos à igreja como sede para o Conselho de Estado dos
mujaheddin. A cruz da cúpula tinha sido removida, assim como o mobiliário da
igreja: os bancos e outros móveis foram expostos como mercadoria à venda em
frente ao templo.
Qual é a diferença entre a bíblia católica e a bíblia protestante?
Quem já teve a
oportunidade de folhear alguma edição protestante da Bíblia certamente percebeu
que existe uma diferença na quantidade de livros desta e da católica. De fato,
o Novo Testamento contém 27 livros tanto na Bíblia católica quanto na
protestante: ele se inicia no Evangelho de Mateus e termina no Apocalipse. O
número de livros do Antigo Testamento, porém, é destoante.
O cânon (lista)
católico contém 46 livros e o protestante, 39. Neste, estão ausentes os livros
de Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (Sirácida ou Sirac), I
Macabeus e II Macabeus. Além disso, faltam alguns fragmentos dos livros de
Ester e de Daniel.
Por que faltam
estes trechos sagrados na Bíblia dos protestantes? A Igreja Católica, além das
Sagradas Escrituras e da Tradição, está embasada também no Magistério. Este
garante que o Evangelho transmitido e a fé professada são os mesmos ensinados
por Cristo ao longo do tempo. Inicialmente, ele foi formado por pessoas
escolhidas pelo próprio Jesus, os Apóstolos, cujos sucessores são, hoje, os
responsáveis por confirmarem os irmãos e garantirem a guarda do depósito da fé.
No século XVI,
os protestantes afastaram-se do Magistério, renegando-o. Sob a alegação de que
a Igreja Católica havia se corrompido, empreenderam um grande esforço
arqueológico para recuperar a chamada Igreja "primitiva". Nesse
movimento, descobriram que o povo judeu possuía uma lista diferente de livros
sagrados, com 39 livros - ou seja, 7 livros a menos que o cânon católico. Daí
para concluírem que a Igreja Católica acrescentou os outros livros foi questão
de tempo.
Os sete livros
adicionais recebem o nome de deuterocanônicos. A palavra "deuteros"
vem do grego δευτεροσ e significa "segundo". Eles são assim chamados
pois, apesar de já constarem no cânon no Concílio de Cartago, no século IV, só
foram oficializados pelo Concílio de Trento, no século XVI. Em verdade, eles já
se encontravam na versão grega da Bíblia, chamada Septuaginta, só não faziam
parte do texto hebraico. A partir disto, no século XIX, os protestantes
decidiram abolir definitivamente os sete livros de seu cânon.
O Antigo
Testamento foi compilado inicialmente em hebraico. O livro era formado por três
partes: 1. a Torá que continha os cinco primeiros livros, também chamados de
pentateuco; 2. O Neviim que continha os Profetas; 3. O Kethuvim que continha os
Escritos. A diferença entre a Tanakh (Bíblia hebraica) e o Antigo Testamento
adotado pela Igreja Católica estava no livro que continha os
"Escritos".
Interessante
frisar que foi muito lento o processo de canonização desses livros.
Primeiramente foram canonizados os livros da Torá, posteriormente os dos
Profetas e, somente muito tempo depois, os dos Escritos. Na época de Jesus o
cânon da Bíblia judaica ainda não estava fechado. Portanto, os judeus,
contemporâneos de Jesus, ainda debatiam sobre quais eram os livros sagrados.
Por exemplo, os saduceus só criam nos livros da Torá, já os fariseus aceitavam
os Profetas e os Escritos, mas não totalmente, pois achavam que a inspiração
dos Escritos ainda não estava concluída.
Jesus deu uma
ordem aos Apóstolos: "ide pelo mundo e evangelizai". Ora, o mundo
daquela época falava o grego, que era o equivalente ao inglês de hoje. Assim,
os Apóstolos começaram a pregar o Evangelho em grego. Mas como se dava isto, se
a Bíblia estava em hebraico? Os Apóstolos passaram a utilizar uma tradução da
Bíblia do hebraico para o grego denominada Septuaginta, que havia sido
elaborada em Alexandria antes de Cristo.
Ocorre que na
Tradução dos Setenta, como também é conhecida, estão contidos aqueles sete
livros. Ora, qualquer biblista sério é capaz de perceber que em diversas
citações do Antigo Testamento encontradas no Novo, a tradução utilizada é a da
Septuaginta. Este era o livro utilizado pelos Apóstolos e foi este, portanto,
que a Igreja Católica adotou.
É verdade que
houve um conflito entre os cristãos e os judeus, pois estes perceberam que os
Apóstolos estavam pregando o Evangelho de forma diferente e, por isso,
expulsaram-nos das sinagogas. Esse fato também motivou os judeus a fecharem o
cânon dos livros sagrados: eles decidiram pela exclusão definitiva daqueles
sete livros que constavam na Septuaginta.
Isto, porém, só
aconteceu no final do século I, ou seja, um século após a vinda de Jesus. Desta
forma, os protestantes, ao aceitarem o cânon da bíblia judaica, estão
desprezando a autoridade dada pelo próprio Jesus aos apóstolos e aceitando a
definição dos rabinos judeus mesmo depois de Cristo.
segunda-feira, 8 de junho de 2015
É possível exigir respeito desrespeitando?
O falecido humorista Millôr Fernandes escreveu:
"Democracia é quando eu mando em você.
Ditadura é quando você manda em mim".
Essa ironia é uma boa definição do pensamento que
se manifesta em grande parcela das discussões ideológicas no mundo, ontem e
sempre. Sua estrutura também pode ser aplicada a termos como
"liberdade", "intolerância" e "manifestar-se":
"Liberdade é quando eu me manifesto sobre
você. Intolerância é quando você se manifesta sobre mim".
A imagem acima foi feita na "Parada do Orgulho
Gay" realizada neste domingo em São Paulo e apresenta um manifestante
fantasiado de Cristo crucificado, com os dizeres "Basta homofobia
GLBT".
Palavra de Vida: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária.” (Lc 10,41-42).
Quanto afeto na repetição deste nome: Marta, Marta.
A casa de Betânia, a uns três quilômetros de Jerusalém, é um lugar onde Jesus
costuma se deter para repousar com os seus discípulos. Lá fora, na cidade, Ele
tem de enfrentar discussões, encontra oposição e rejeição, enquanto que aqui
existe paz e acolhida.
Marta é empreendedora e ativa. É o que ela
demonstra também por ocasião da morte de seu irmão Lázaro, quando entra num
diálogo sério com Jesus, no qual o questiona com energia. É uma mulher forte,
que mostra uma grande fé. Diante da pergunta: “Crês que eu sou a ressurreição e
a vida?”, ela responde, sem hesitar: “Sim, Senhor, eu creio”
(cf. Jo 11,25-27).
Também agora ela está atarefada na preparação de
uma acolhida digna do Mestre e dos seus discípulos. Ela é a patroa, a dona de
casa (como diz o próprio nome: Marta significa “patroa”) e, portanto, sente-se
responsável. Provavelmente está preparando o jantar para o ilustre hóspede.
Maria, sua irmã, deixou-a sozinha nas suas ocupações. Contrariamente aos
hábitos orientais, em vez de permanecer na cozinha, fica escutando Jesus junto
com os homens, sentada aos seus pés, exatamente como a perfeita discípula. Daí
a intervenção um pouco ressentida de Marta: “Senhor, não te importas que minha
irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda pois que ela venha me ajudar!”
(Lc 10,40). Eis então a resposta afetuosa e ao mesmo tempo firme de Jesus:
“Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada com
muitas coisas. No entanto, uma só é necessária.”
Será que Jesus não estava satisfeito com o espírito
empreendedor e o serviço generoso de Marta? Não lhe agradaria a acolhida
concreta e não apreciaria de bom grado as iguarias que lhe estava preparando?
Pouco depois desse episódio, nas parábolas, Jesus elogia administradores,
empresários e empregados que sabem fazer render talentos e negociar os bens
(cf. Lc 12,42; 19,12-26). Elogia até mesmo a esperteza deles
(cf. Lc 16,1-8). Portanto, não podia deixar de alegrar-se ao ver uma
mulher tão cheia de iniciativa e capaz de uma acolhida dinâmica e abundante.
O que Ele repreende é a ansiedade e a preocupação
que ela põe no trabalho. Fica agitada, “sozinha com todo o serviço”
(Lc 10,40), perdeu a calma. Não é mais ela quem orienta o trabalho, foi o
trabalho que assumiu o comando e a tiranizou. Ela não está mais livre,
tornou-se escrava da sua ocupação.
Não acontece também conosco de às vezes nos
perdermos nas mil coisas a serem feitas? Somos atraídos e distraídos pela
internet, pelo WhatsApp, pelos SMS inúteis. Mesmo quando se trata de
compromissos sérios que nos prendem, eles podem nos fazer esquecer que devemos
estar atentos aos outros, escutar as pessoas que estão perto de nós. O perigo é
sobretudo perder de vista por que e para quem trabalhamos. É deixar que o
trabalho e as outras ocupações se tornem fim a si mesmos.
Ou senão, somos tomados pela ansiedade e pela
agitação diante de situações e problemas difíceis que dizem respeito à família,
à economia, à carreira, à escola, ao futuro nosso ou dos filhos, até o ponto de
esquecermos as palavras de Jesus: “Portanto, não vivais preocupados, dizendo:
‘Que vamos comer? Que vamos beber? Como nos vamos vestir?’ Os pagãos é que
vivem procurando todas essas coisas. Vosso Pai que está nos céus sabe que
precisais de tudo isso” (Mt 6,31-32). Também nós merecemos a repreensão de
Jesus:
“Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada com
muitas coisas. No entanto, uma só é necessária.”
A Eucaristia é escola de caridade e de solidariedade, diz Papa
ANGELUS
Praça
São Pedro – Vaticano
Domingo,
07 de junho de 2015
Queridos irmãos e irmãs, bom
dia!
Celebra-se hoje em muitos países, incluindo a
Itália, a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, ou, de acordo com
a expressão latina mais conhecida, a solenidade de Corpus Christi.
O Evangelho apresenta o relato da instituição da
Eucaristia, realizada por Jesus durante a Última Ceia, no Cenáculo em
Jerusalém. Na véspera de sua morte redentora na cruz, Ele realizou o que tinha
predito: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá
eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é minha carne para a salvação do
mundo... Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu
nele"(Jo 6,51-56). Jesus toma o pão em suas mãos e diz: "Tomai, isto
é o meu corpo" (Mc 14,22). Com este gesto e com estas palavras, Ele
atribui ao pão uma função que não a de simples alimento físico, mas torna a sua
Pessoa presente em meio à comunidade dos fiéis.
A Última Ceia representa o cume da vida de Cristo.
Não apenas a antecipação do seu sacrifício, que será realizado na cruz, mas
também a síntese de uma existência ofertada pela salvação de toda a humanidade.
Portanto, não basta afirmar que Jesus está na Eucaristia, devemos perceber nela
a presença de uma vida doada, e participar dela. Quando pegamos e comemos
aquele Pão, nós nos associamos à vida de Jesus, entramos em comunhão com Ele,
nos comprometemos em realizar a comunhão entre nós, a transformar a nossa vida
em dom, especialmente aos mais pobres.
A festa de hoje evoca esta mensagem de
solidariedade e nos encoraja a acolher o convite à conversão e ao serviço, ao
amor e ao perdão. Encoraja-nos a imitarmos, com a vida, aquilo que celebramos
na liturgia. Cristo, que nos nutre com as espécies consagradas do pão e do
vinho, é o mesmo que vem ao nosso encontro todos os dias; Ele está no pobre que
estende a mão, está no sofredor que implora ajuda, está no irmão que pede a
nossa disponibilidade e espera o nosso acolhimento; está na criança que ainda
não sabe nada sobre Jesus, da salvação, que não tem fé. Está em todo ser
humano, inclusive no menor e indefeso.
A Eucaristia, fonte de amor para a vida da Igreja,
é escola de caridade e de solidariedade. Quem se alimenta do Pão de Cristo não
pode ficar indiferente perante aqueles que não têm o pão de cada dia. E hoje,
como sabemos, é um problema crescente.
Que a festa de Corpus Christi inspire e alimente
sempre mais, em cada um de nós, o desejo e o compromisso por uma sociedade
acolhedora e solidária. Confiemos este desejo ao coração da Virgem Maria,
Mulher eucarística. Que ela suscite em todos a alegria de participar da Santa
Missa, especialmente aos domingos, e a coragem alegre de testemunhar a caridade
infinita de Cristo.
Papa deixa tarefa aos jovens de Sarajevo: trabalhar pela paz
VIAGEM
APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO
A
SARAJEVO (BOSNIA-HERZEGÓVINA)
ENCONTRO
COM OS JOVENS
Centro
Diocesano Juvenil João Paulo II
Sábado,
6 de Junho de 2015
Estes vossos quatro companheiros vão fazer
perguntas. Eu entregarei o discurso preparado a D. Semren, que vo-lo dará mais
tarde. E agora respondo às vossas perguntas.
PERGUNTA: [tendo
ouvido dizer que o Papa não vê televisão há 20 anos, um jovem pergunta a razão
de ser desta escolha]
PAPA:
A minha
resposta é assim: não posso responder, sem ver a pessoa...
É verdade!
Uma noite, a meados dos anos 90, senti que [a televisão] não me fazia bem,
alienava-me, condicionava-me... e decidi deixar de a ver.
Quando queria
ver um filme bom, ia ao centro televisivo do arcebispado e via-o lá. Mas só
aquele filme... A televisão, ao contrário, alienava-me e impelia-me para fora
de mim; não me ajudava. Sem dúvida, sou da Idade da Pedra, sou antigo!
Compreendo
que o tempo mudou! Agora vivemos no tempo da imagem. E isto é muito importante.
Mas, no tempo da imagem, deve-se fazer como no tempo dos livros: escolher as
coisas que me fazem bem! Daqui seguem-se duas coisas. Primeira: a
responsabilidade que têm os centros televisivos de produzir programas que façam
bem, que promovam os valores, que construam a sociedade, que nos façam crescer,
e não nos degradem; e ainda, produzam programas capazes de nos ajudar para que
os valores, os verdadeiros valores, se tornem mais fortes e nos preparem para a
vida. Esta é a responsabilidade dos centros televisivos. Segunda coisa: saber
escolher os programas, e esta é uma responsabilidade nossa. Se vejo que um
programa não me faz bem, destrói-me os valores, torna-me vulgar, resvalando
mesmo na obscenidade, devo mudar de canal. Como se fazia na minha Idade da
Pedra: quando um livro era bom, tu lia-lo; quando um livro te fazia mal,
jogava-lo fora. Mas há ainda um terceiro ponto: a fantasia nociva, aquela
fantasia que mata a alma. Se tu, que és jovem, vives preso ao computador e te
tornas escravo do computador, perdes a liberdade! E, se procuras no computador
programas porcos, perdes a dignidade!
Ver a
televisão, usar o computador, mas para as coisas belas, as coisas grandes, as
coisas que nos fazem crescer. Isto é bom! Obrigado!
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