quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Testemunho de ex protestante a católico!


Olá, meus amigos e minhas amigas, venho através deste meio de comunicação expressar minha alegria e gratidão em retornar à Casa de Deus, a Santa e Única Igreja Católica Apostólica Romana.

Nasci em lar católico, na minha cidade natal de Aiuaba-Ceará. Durante minha infância e adolescência cresci um pouco desligado das coisas da fé, limitando-me a apenas algumas poucas missas em ocasiões especiais como Natal, Festas da Padroeira, dentre outras. No entanto, aqui devo dizer que só agora compreendo um sonho que tive certa vez de estar pregando na Igreja Católica, mas sem conseguir entender como isso se daria.

Conheci o protestantismo através das pregações de amigos e amigas a quem estimo e considero com amor fraternal, pois os considero irmãos e irmãs em Cristo, dado que a Igreja Católica sempre os considerou e considera como “irmãos separados”.

Chegando à idade adulta tomei uma decisão difícil e enfrentei diversas provações para aderir à “nova fé cristã” no protestantismo assembleiano pentecostal, onde conheci Fábia, minha esposa com quem tive dois filhos. Vivemos em Aiuaba por alguns anos. E foi estudando a bíblia que fui convidado pelo pastor para anunciar o evangelho e ajudar na igreja através da música e do louvor.

Enfrentando dificuldades de conseguir trabalho, mudamos para Santa Catarina, onde vivemos até hoje. Aqui chegando, consegui trabalho e pude também realizar um antigo sonho de cursar Teologia. Matriculei-me num curso de Teologia pela Faculdade São Brás e ali tive algumas surpresas que colocaram em estado de alerta e expectativa diante de algumas certezas que alimentei por mais de 10 anos no protestantismo. O curso de Teologia recomendado pela igreja assembleia de Deus de Santa Catarina fez-me conhecer doutos e mui preparados professores de eclesiologia, história da Igreja, e outras disciplinas. Foi especificamente na disciplina de História da Igreja que tive um verdadeiro encontro pessoal com meu Salvador: o professor elogiou a Bíblia de Jerusalém (Edição Católica) como a melhor tradução da Bíblia de estudos em português. Como se não bastasse, ainda indicou estudar com atenção os Pais da Igreja (Clemente de Roma, Inácio de Antioquia, Policarpo de Esmirna, Irineu de Lyon, Tertuliano de Cartago, Orígenes de Alexandria, Cipriano de Cartago, Eusébio de Cesaréia, Agostinho de Hipona etc) que me dei conta de que a Igreja Cristã não nasceu na Reforma Protestante em meados de 1500, com os conhecidos Reformadores Lutero, Calvino e outros. Mas nasceu realmente nos dias de Cristo, quando este andando aqui entre nós, chegou a afirmar para Pedro:

“E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.” (Mateus 16,18-19) E, mais ainda falou: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.” (Mateus 28,20). Ora, meus amigos, como pode ter acontecido - pensava eu em dias de muito sofrimento e dúvida interior – como explicar que Jesus Cristo tivesse ensinado e doutrinado Sua Dileta Esposa, a Igreja Cristã através dos apóstolos e dos pais da Igreja durante mais de 15 séculos por meio de Seu Espírito Santo e então, chegando em 1500, inspirou Lutero e os demais a dizer que estava a Sua Igreja errada e ensinando heresias?

Isso foi um verdadeiro choque! Não conseguia nem mesmo me alimentar direito e passei noites sem dormir normalmente impressionado e tentando encontrar uma forma de harmonizar os ensinos dos Padres da Igreja com o Protestantismo.

Foi tudo em vão! Não consegui e sofri ainda quando reli a passagem de Efésios capítulo 4, versos de 3 a 6 e vi Paulo falando de UNIDADE DA FÉ, UMA SÓ FÉ E UM SÓ BATISMO: “Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos.” (Efésios 4,3-6)

Aí foi que eu sofri, por que como harmonizar, na verdade, a diversidade de igrejas protestantes, todas ensinando doutrinas desencontradas a partir da mesma bíblia. Eles dizem que são ministérios diferentes, mas na verdade não é bem assim: uns pregam que os dons espirituais ainda agem nos dias de hoje e outros os negam veementemente, baseados na mesma bíblia. Uns dizem que a trindade não é mais que invenção de alguns e outros sustentam sua veracidade com base bíblica. Uns ensinam que se deve dar o dízimo e outros dizem que não é mais necessário. Uns deixam mulheres ser ordenadas como pastoras, bispas e diaconisas e outros apenas os homens. Ou seja, isso não satisfaz o desejo de Paulo quando fala sobre a UNIDADE DA FÉ Depois meu primo Liminha Feitosa, que tanto se esforçou em me evangelizar durante esse 10 anos, me indicou os vídeos do professor Paulo Leitão, daí foi que as coisas passou a ficar mais clara ainda, quanto mais se esclarecia, mais eu ficava confuso enfim...

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Professor educador


Amanhã, dia 15, dia de Santa Teresa de Jesus, grande mestra da vida espiritual, e exatamente por isso, é comemorado o dia do professor. Da mesma ordem religiosa de Santa Teresa, temos outra mestra, mas da simplicidade diária na santidade, Santa Teresinha do Menino Jesus, que dedicou sua vida no Carmelo à oração e ao sacrifício pelos missionários, sendo por isso, proclamada padroeira das Missões, cujo dia celebraremos no próximo domingo.

Deixo aqui consignada a minha saudação e gratidão a todos os que se dedicam a essa nobre e benemérita carreira, difícil, mas nem sempre reconhecida e condignamente gratificada. Mais do que uma profissão, educar é uma arte, uma vocação e uma missão: formar, conduzir crianças, jovens e adultos no caminho da verdade, sugerindo opiniões conscientes, aconselhando e tornando-se amigos e irmãos dos seus alunos. Que Deus os abençoe e lhes dê coragem, paciência e perseverança nessa sua verdadeira missão. Missionários da educação!

Ser professor é ser educador e mestre. E ser mestre é muito mais do que ensinar matérias, como bem escreveu o nosso ilustre poeta Antônio Roberto Fernandes, de saudosa memória:

“Ser mestre não é só contar a história/
de um certo Pedro Álvares Cabral/
Mas descobrir, de novo, a cada dia,/
um mundo grande, livre, fraternal.
- Ser mestre não é só mostrar nos mapas/
onde se encontra o Pico da Neblina/
Mas é subir, guiando os alunos,/
à montanha da vida que se empina...
Ser mestre é ser o pai, a mãe, o amigo,/
mostrando sempre a direção da luz,/
pois a palavra Mestre – sobretudo –/
também é um dos nomes de Jesus”.

Papa dedica catequese às crianças e pede perdão por escândalos.


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 14 de outubro de 2015


Queridos irmãos e irmãs, bom dia! Hoje como as previsões do tempo estavam um pouco inseguras e se previa a chuva, esta audiência se faz ao mesmo tempo em dois lugares: nós aqui na praça e 700 doentes na Sala Paulo VI que seguem a audiência por telão. Todos estamos unidos e os saudamos com um aplauso.

A palavra de Jesus é forte hoje: “Ai do mundo por causa dos escândalos!”. Jesus é realista e diz: “É inevitável que escândalos aconteçam, mas ai do homem pelo qual o escândalo vem”. Gostaria de, antes de começar a catequese, em nome da Igreja, pedir perdão pelos escândalos que foram cometidos nos últimos tempos, seja em Roma ou no Vaticano, peço perdão.

Hoje vamos refletir sobre um tema muito importante: as promessas que fazemos às crianças. Não falo tanto das promessas que fazemos aqui e ali, durante o dia, para fazê-los felizes ou para estarem bem (talvez com qualquer truque inocente: te dou uma bala e promessas similares…) para levá-los a empenhar-se na escola ou para dissuadi-los a qualquer capricho. Falo de outras promessas, das promessas mais importantes, decisivas para suas expectativas nos confrontos da vida, para sua confiança nos confrontos dos seres humanos, para sua capacidade de conceber o nome de Deus como uma benção. São promessas que nós fazemos para eles.

Nós adultos estamos prontos a falar das crianças como de uma promessa da vida. Todos dizemos: as crianças são uma promessa da vida. E também somos fáceis de nos comovermos dizendo aos jovens que são o nosso futuro, é verdade. Mas me pergunto, às vezes, se somos tão sérios com o seu futuro, com o futuro das crianças e com o futuro dos jovens! Uma pergunta que devemos nos fazer muitas vezes é essa: quanto somos leais com as promessas que fazemos às crianças, fazendo-as vir ao nosso mundo? Nós fazemos com que elas venham ao mundo e essa é uma promessa, o que prometemos a elas?

Acolhimento e cuidado, proximidade e atenção, confiança e esperança, são promessas de base que se podem resumir em uma só: amor. Nós prometemos amor, isso é, amor que se exprime no acolhimento, no cuidado, na proximidade, na atenção, na confiança e na esperança, mas a grande promessa é o amor. Esse é o modo mais justo de acolher um ser humano que vem ao mundo e todos nós aprendemos isso, antes mesmo de sermos conscientes. Eu gosto tanto quando vejo os pais e as mães, quando passo entre vocês, trazendo a mim um menino, uma menina pequeninos e pergunto: “Quanto tempo tem? – “Três semanas, quatro semanas…peço a benção do Senhor”. Também isso se chama amor. O amor é a promessa que o homem e a mulher fazem a cada filho: desde quando foi concebido no pensamento. As crianças vêm ao mundo e se espera de ter confirmada essa promessa: espertam-no de modo total, confiante, indefeso. Basta olhar para elas: em todas as etnias, em todas as culturas, em todas as condições de vida! Quando acontece o contrário, as crianças são feridas por um “escândalo”, por um escândalo insuportável, tão mais grave, pois não têm os meios para decifrá-lo. Não podem entender o que acontece. Deus vigia sobre essa promessa, desde o primeiro instante. Lembram o que disse Jesus? Os Anjos das crianças refletem o olhar de Deus e Deus não perde nunca de vista as crianças (cfr Mt 18, 10). Ai daqueles que traem a sua confiança, ai! O seu confiante abandono à nossa promessa que nos empenha desde o primeiro instante, nos julga.

E gostaria de acrescentar outra coisa, com muito respeito por todos, mas também com muita franqueza. A confiança delas (das crianças) em Deus nunca deveria ser ferida, sobretudo quando acontece por motivo de uma certa presunção (mais ou menos inconsciente) de substituir a Ele. A terna e misteriosa relação de Deus com a alma das crianças não deveria nunca ser violada. É uma relação real, que Deus a quer e Deus a protege. A criança está pronta desde o nascimento para sentir-se amada por Deus, está pronta para isso. Não apenas é capaz de sentir que é amada por si mesma, um filho sente também que há um Deus que ama as crianças. 

Homilética: 29º Domingo Comum - Ano B: "Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de todos".


Hoje a liturgia gira em torno do serviço, do serviço que Jesus veio inaugurar com a sua vida e o seu ministério. 

A leitura de Isaías nos leva a refletir sobre a missão de Deus de assumir os pecados da humanidade escravizada pelo pecado original. Jesus assumirá nossos pecados, carregará nossos pecados inaugurando um tempo novo, o tempo da salvação. No quarto canto do Servo de Javé, Deus não segue a lógica dos homens. O justo esmagado é que assume e resgata as faltas dos “muitos”. Por isso, Deus o exalta, na figura de Nosso Senhor Jesus Cristo, no Evangelho.

A primeira leitura demostra, uma vez mais, como os valores de Deus e os valores dos homens são diferentes. Na lógica dos homens, os vencedores são aqueles que tomam o mundo de assalto com o seu poder, com o seu dinheiro, com a sua ânsia de triunfo e de domínio, com a sua capacidade de impor as suas ideias ou a sua visão do mundo; são aqueles impressionam pela forma como vestem, pela sua beleza, pela sua inteligência, pelas suas brilhantes qualidades humanas…

Na lógica de Deus, os vencedores são aqueles que, embora vivendo no esquecimento, na humildade, na simplicidade, sabem fazer da própria vida um dom de amor aos irmãos; são aqueles que, com as suas atitudes de serviço e de entrega, trazem ao mundo uma mais valia de vida, de libertação e de esperança.

Irmãos e irmãs, o cenário do Evangelho de hoje(cf. Mc. 10,35-45) é a estrada para Jerusalém. Jesus e os Apóstolos se aproximam da cidade Santa. Dois discípulos queriam sentar-se, um à direita e outro à esquerda, de Jesus. Puro engano! Ainda não haviam compreendido o projeto de salvação de Jesus, que era morrer na Cruz pela salvação da humanidade.

Tiago e João cometeram o pecado de querer ser iguais ao Deus Salvador. Isso é um grave pecado, querer usurpar o lugar do Redentor, porque Tiago e João não poderiam morrer na cruz pela nossa salvação: essa era uma missão privativa do Filho de Deus, que depois subirá ao Céu e se sentará à direita do Pai. Jesus se humilha, fazendo-se servidor e morrendo pelos nossos pecados, para ser glorificado, ou seja, irromper a morte e anunciar a vida eterna. Jesus nos ensina hoje a amar e esperar com fé e esperança a morte.

A Morte de Jesus é para nós muito cara, principalmente quando relembramos que todos nós bebemos do mesmo cálice da salvação e recebemos o mesmo batismo, ou seja, a porta de entrada para sermos associados ao Senhor Ressuscitado, pela salvação.

Todos nós temos muito de João e Tiago: queremos o Reino de Deus, mas não trabalhamos para isso, não fazemos jus a este prêmio eterno. Hoje os homens procuram o poder, a glória, o ter, a honra. O que nós devemos ter é uma atitude de desprendimento, de renúncia, de serviço, é humilhar-se como Cristo, para subir ao céu depois de nossa peregrinação neste mundo!

Caros irmãos, na lógica da “mundanidade” os primeiros são os que têm dinheiro, os que têm poder, os que frequentam as festas badaladas nas revistas da sociedade, os que vestem segundo as exigências da moda, os que têm sucesso profissional, os que sabem colar-se aos valores politicamente corretos…

Em geral como concebe o nosso mundo social e político o uso da autoridade, dos ministérios, dos papéis e das funções? Promoção e honra, ambição e prestígio, domínio e tirania. Megalomania, arbitrariedade, tirania: eis ai a definição de muitos reinos e impérios da história passada: Nero, Sérvio Sulpicio Galba, Vespasiano... Isto é, “quantos súditos tenho para mandar, quantas bombas para disparar, quanto dinheiro para gastar”. Ambição, megalomania, exploração (ditatorial, republicana, democrática...): eis ai a definição de alguns Estados e nações na história contemporânea. Isto é: “quantos tenho que pisar para subir, que impostos impor para emagrecer os que têm e cevar os confrades do partido, quantos azulejos tenho que quebrar e corromper de religião, moral, matrimônio, família, filhos para me manter na poltrona”. E, desgraçadamente, não só no campo social e político, mas também familiar ou comunitário, isto pode acontecer. Está sempre ai a tentação de dominar e tiranizar os outros, se eles se deixam.

E na comunidade cristã? Quem são os primeiros? As palavras de Jesus não deixam qualquer dúvida: “quem quiser ser o primeiro, será o último de todos e o servo de todos”. Na comunidade cristã, a única grandeza é a grandeza de quem, com humildade e simplicidade, faz da própria vida um serviço aos irmãos.

Na comunidade cristã não há donos, nem grupos privilegiados, nem pessoas mais importantes do que as outras, nem distinções baseadas no dinheiro, na beleza, na cultura, na posição social… Na comunidade cristã há irmãos iguais, a quem a comunidade confia serviços diversos em vista do bem de todos. Aquilo que nos deve mover é a vontade de servir, de partilhar com os irmãos os dons que Deus nos concedeu.

Olhemos para Cristo, o nosso exemplo supremo. Não quis prerrogativas, nem ambições. Rebaixou-se, fez-se nada, arregaçou as mangas e lavou os pés. Veio para servir, e não para ser servido. Serviu o seu Pai celestial. Serviu Maria e José, os seus pais aqui na terra. Serviu a humanidade, curando, consolando, dando de comer, pregando a mensagem da salvação. Não quis nada em troca. Veio para dar a vida em resgate por todos. Onde resgate equivale à libertação do pecado e do cativeiro do demônio, mas também libertação das estruturas sociais, políticas, econômicas, religiosas, sindicais... opressoras do homem. Cristo não é um líder divino que abre caminho vencendo inimigos e instaurando um Reino de Deus político, não é um dominador, mas um servidor; não um vencedor, mas um vencido e rendido por amor. 

Não troco a minha fé por outra fé


Sempre, em minha caminhada de Igreja, ouvi questionamentos sobre certas práticas da Igreja Católica, tanto de católicos em dúvidas quanto de alguns evangélicos mal informados ou talvez mal formados (e que buscam comunidades pentecostais onde qualquer formação é deixada de lado). Para ser breve, apresento algumas dessas questões:

- “Por que os católicos têm imagens se a Bíblia as proíbe?”

- “Por que a Igreja Católica usa incenso? Isso não é coisa de bruxaria?”

- “Por que acreditar na ação dos santos?”

- “Por que dizer que Maria é virgem se a Bíblia fala dos irmãos de Jesus?”

Há mais perguntas, mas vamos a estas que já preenchem matéria para mais de uma página.

Sobre as imagens é interessante que há passagens que proíbem a fabricação de ídolos, mas, depois, na construção do templo que Davi desejou construir (e que seu filho Salomão teve o privilégio de concretizar), há orientações bem claras sobre imagens de querubins sobre a arca e estátuas de bois para servir de apoio à bacia usada nos ritos de purificação. Havia imagens no templo, mas ninguém as adorava só por estarem ali. Nenhum judeu cometeu idolatria só porque entrou num templo com imagens de ouro e bronze. Além disso, temos outros episódios emblemáticos, como o da serpente de bronze incrustada em um poste (Números 21,8). Deixo a seguir várias citações bíblicas para que cada um verifique e as guarde para dar respostas a muitos que as desconhecem: proibição das imagens – Êxodo 20, 4; Deuteronômio 5, 8-10; aprovação das imagens – 1Reis 6, 23-29; Êxodo 26, 31-33; Êxodo 25, 18-22; 1Samuel 4, 4; 2Samuel 6, 2; Salmo 98, 1; Êxodo 25, 40.

Papa reafirma promessa de nova visita ao Brasil em 2017


O Papa quer manter a sua palavra e voltar ao Brasil em 2017. A promessa feita em julho de 2013, diante dos fiéis em Aparecida, deverá ser cumprida, e foi o próprio Francisco a garanti-lo pessoalmente ao Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis. O cardeal está participando do Sínodo sobre a Família como Presidente Delegado, motivo pelo qual não pode estar em sua arquidiocese, celebrando a padroeira.

“Com muito pesar, estou ausente da celebração da grande festa da nossa padroeira e rainha do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, mas tenho um motivo para justificar a minha ausência: o Papa Francisco me nomeou como um dos Presidentes delegados do Sínodo da Família e por isto estou aqui em Roma, participando do encontro até dia 25. Tive, no entanto, a alegria de participar, e presidir a missa, da comunidade brasileira aqui em Roma, no bairro de Trastevere. Foi uma celebração com uma participação muito grande de brasileiros que vivem em Roma e nos arredores de Roma. Isto me fez, de certo modo, preencher, este sentimento de pesar por não poder participar da celebração de honra e louvor em Aparecida. Estou unido espiritualmente a todos os romeiros, a todos aqueles que estão hoje visitando o Santuário, em peregrinação; estou rezando por todos e pedindo a Deus que, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, que abençoe o nosso Brasil, o nosso povo, que nos dê luzes para podermos seguir o nosso caminho rumo ao crescimento, ao desenvolvimento, sempre na paz e na harmonia, e também na justiça social, onde todos os brasileiros possam usufruir do crescimento e do progresso do nosso país”. 

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Cardeal Müller: filtração de suposta “carta” para o Papa Francisco procura dividir-nos


O Cardeal Gerhard Ludwig Müller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, não confirmou nem desmentiu que esteve entre os cardeais que assinaram uma carta, a qual foi entregue ao Papa Francisco – e publicada pelo vaticanista Sandro Magister– através da qual expressam suas preocupações a respeito do Sínodo. Entretanto, afirmou que a difusão do texto procura “dividir-nos”.

Em uma entrevista concedida ao Jornal italiano ‘Il Correr della Sera’, o Cardeal também mencionou o tema do acesso à comunhão dos divorciados em nova união, assim como dos supostos conflitos que acontecem no Sínodo.

A respeito da suposta carta assinada por um grupo de cardeais – quatro deles desmentiram havê-la assinado –, Müller respondeu: “Eu não confesso ter assinado ou não”, mas “o motivo do escândalo foi por terem publicado uma carta privada dirigida ao Pontífice. Isto é um novo vatileaks. Os atos privados do Papa fazem parte da sua propriedade privada e de ninguém mais. Ninguém tinha o direito de publicá-la, não sei se isso aconteceu e quem o fez deveria justificá-lo”.

Vatileaks é o termo com o qual a mídia se referia à filtração dos documentos privados do Papa Bento XVI causada por um dos seus mordomos do apartamento pontifício em 2012 e estes foram publicados em um livro pelo italiano Gianluigi Nuzzi.

Sobre as intenções de quem filtrou a carta enviada ao Papa nesta ocasião, o Cardeal Müller acredita que pretende “semear conflitos, criar tensões. Isto é óbvio”. 

Carta privada ao Papa enviada por Cardeais foi publicada para “realizar um ato de interferência" não querida pelos signatários, diz o Pe. Federico Lombardi.


Por ocasião do Sínodo da família que está acontecendo no Vaticano, muitas pessoas e instituições escreveram ao Santo Padre Francisco. Entre as cartas há uma carta privada dirigida ao Papa, assinada por vários cardeais, e que foi dada a conhecer por um jornalista de forma ilegítima.

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, o Pe. Federico Lombardi, declarou nesta terça-feira que a carta foi publicada para “realizar um ato de interferência" não querida pelos signatários.

Pelo menos quatro cardeais --Scola, Vingt Trois, Piacenza e Erdó-- que estavam entre os signatários já desmentiram, disse Lombardi.

E o cardeal mexicano Norberto Rivera Carrera, Arcebispo da Cidade do México, disse hoje que ele também não a assinou: “Eu nunca assinei a mencionada carta com os conteúdos que alguns mencionam. Ao mesmo tempo, reconheço que o lugar apropriado da discussão é com outros padres sinodais e sob a orientação do Papa, que é a nossa garantia de unidade na Igreja e aquele que tem meu maior respeito e lealdade”.