sábado, 9 de janeiro de 2016

Brasil passa por crise antropológica e precisa de uma revolução cultural, afirma Dom Walmor


O Brasil vive uma crise de caráter antropológico, é o que constata o Arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, ao fazer uma análise da atual situação do país. Segundo ele, para superar tal contexto, é necessária uma revolução cultural na sociedade que leve às mudanças que o Brasil realmente precisa.

“Bem no início desta contagem do ano novo de 2016, em meio ao tratamento dos problemas que continuam gerando suas consequências e preços a pagar, é urgente considerar que a crise das crises - a crise motora de todas essas outras em curso - é a de caráter antropológico”, escreve o Prelado em recente artigo, intitulado “Falências e reações”.

“É hora de efetivar mudanças”, afirma o Arcebispo, ao observar o “legado desolador deixado pelo ano que passou”, no qual “os horizontes da democracia e dos admiráveis avanços científicos e tecnológicos contracenam com os rios de lama da corrupção, dos desvarios no mundo da política, da submissão de poderes a interesses partidários e cartoriais, dos abomináveis desastres ambientais e humanitários”.

Entretanto, analisa que uma mudança de hábitos não é o suficiente, nem “resolver o caos perpetuado na sede dos poderes” – embora neste último estejam “urgências que precisam de novas e velozes reconfigurações”. 

Profecia do Padre Pio poderia se cumprir com uma ajuda do Papa Francisco


O superior do convento dos capuchinhos em Pietrelcina, Pe. Marciano Guarino, informou que os restos do Padre Pio chegarão a esta cidade italiana 100 anos depois que o frade deixou a sua cidade natal. Deste modo, se cumpriria a profecia que o Santo fez sobre sua volta alguns anos depois de sua morte.

A urna com os restos do Padre Pio chegará a Pietrelcina logo depois de estar os primeiros dias de fevereiro na Basílica de São Pedro no Vaticano, por motivo do Jubileu da Misericórdia, graças ao Papa Francisco que desejou que que este seja um importante sinal da misericórdia de Deus.

Em agosto de 1968, pouco antes de sua morte, o Padre Pio conversou com o Pe. Mariano da Santa Croce, que lhe disse que voltaria para sua cidade natal “alguns anos depois de sua morte (…) O Senhor sabe… e o chamará também ao Paraíso. Depois da sua morte haverá sinais, prodígios, milagres, a Igreja o levará aos altares. Então, transladarão seu corpo deste lugar e será feita uma preciosa viagem a Pietrelcina”.

O Santo, assinalou o jornal Avvenire dos bispos italianos, juntou suas mãos e abaixou duas vezes a cabeça e disse ao sacerdote: “Assim será”.

Em 17 de fevereiro de 1916 e logo depois de um período de recuperação que transcorreu em vários conventos da região e em Pietrelcina, o Padre Pio deixou sua cidade natal para ingressar na comunidade religiosa de Santa Ana em Foggia, lugar no qual “aprendeu a conviver com as forças demoníacas que o atormentavam em sua cela durante as noites”.

Logo depois de uma temporada em Foggia, foi para San Giovanni Rotondo, onde serviu até sua morte em 23 de setembro de 1968.

O Pe. Marciano Guarino disse que chegou o momento no qual “nosso irmão retorne a ‘sua’ Pietrelcina, lugar no qual nasceu e respirou o ar de um bairro e uma cidade especial, escolhida por Deus para ser a terra de um santo”.

Os restos do Santo estarão em Pietrelcina entre os dias 11 e 13 de fevereiro, conforme informou a Tele rádio Padre Pio. 

Nós católicos devemos acreditar nas previsões de futurólogos?, responde um exorcista


Nos dias prévios à celebração de um Ano Novo proliferam os prognósticos e adivinhações sobre o que virá. Algo que muito poucos tomam em conta ao recorrer a estes supostos adivinhos, é que nem sequer os demônios podem ver o futuro, tal como o explica o famoso exorcista José Antonio Fortea, que explica porque nós católicos não devemos acreditar nos gurus e adivinhos de fim de ano.

Em seu livro Summa Daemoniaca, um livro de consulta sobre a matéria dos demônios e o exorcismo, o P. Fortea adverte: “Nem precisa dizer que se o futuro não se pode conhecer nem mesmo invocando os demônios, muito menos com essas práticas de astrologia, cartomancia, etc.”.

“Os demônios não sabem tudo, só o que podem deduzir, mas eles não veem o futuro”, assinala.

O Pe. Fortea indica que os demônios “com sua inteligência muito superior à humana podem deduzir por suas causas algumas coisas que acontecerão no futuro”, mas precisa que aquilo que pertence “à liberdade humana, está indeterminável e eles não o sabem”. 

No aniversário do massacre, Charlie Hebdo ofende os cristãos com “Deus assassino” na capa


O jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano (LOR), publicou um artigo no qual critica a capa blasfema com que o semanário francês Charlie Hebdo comemora o primeiro ano do massacre praticado por extremistas muçulmanos em sua sede em Paris, no qual faleceram doze pessoas no dia 7 de janeiro de 2015.

Em um artigo intitulado “A fé manipulada”, o jornal do Vaticano afirma que a capa é “lamentável” e explica que foi publicada “há um ano dos assassinatos, com uma iconografia claramente cristã na qual estampou uma charge de Deus correndo como se fosse um terrorista, manchado de sangue e carregando um fuzil kalashnikov nas costas”.

Esta capa blasfema, prossegue LOR, “não é uma novidade: atrás da bandeira enganadora de uma laicidade sem compromissos, o semanário esquece uma vez mais aquilo que tantos dirigentes religiosos de todas as confissões não deixam de repetir para rejeitar a violência em nome da religião: usar Deus para justificar o ódio é uma verdadeira blasfêmia, como disse em várias ocasiões o Papa Francisco”.

“Na escolha do ‘Charlie Hebdo’ é claro o triste paradoxo de um mundo cada vez mais atento ao politicamente correto, ao ponto de chegar ao ridículo (como sublinhou o editorial de Paolo Mieli no Corriere della Sera do dia 4 de janeiro), mas que não quer nem reconhecer, nem respeitar a fé em Deus de todo o crente, qualquer que seja a sua religião”, ressaltou o diário católico.

Em seguida, o jornal também recordou as palavras do presidente do Conselho Francês de culto muçulmano, Anouar Kbibech, que disse que a capa do semanário é uma imagem que “fere todos os crentes de várias religiões: é uma caricatura que não ajuda, em um momento no qual precisamos permanecer lado a lado”.

Estas palavras, afirmou LOR, estão em sintonia com o comentário do episcopado francês, quando perguntou se este é o “tipo de polêmicas que a França precisa”. 

Santo Adriano


Adriano nasceu no ano 635 no norte da África, mas com cinco anos mudou-se com a família para Nápolis. Nesta cidade fez-se beneditino e ordenou-se sacerdote.

Adriano foi um homem sábio. Conhecia profundamente as sagradas Escrituras. Sua inteligência o direcionou para ser embaixador do papa Vitalino e veio a ser um conselheiro papal.

Indicado para o episcopado, Adriano recusou-se, pois dizia não ter dignidade para ser um bispo da Igreja. Mesmo assim, aceitou ser conselheiro do Bispo Teodoro, um grande amigo que ocupou a sede do diocese de Cantuária, na Inglaterra. Adriano e Teodoro foram evangelizadores altamente bem sucedidos, junto ao povo inglês cuja maioria era pagã.

Adriano morreu em 9 de janeiro de 710. A sua sepultura se tornou um lugar de graças, prodígios e peregrinação. 

ORAÇÃO


Deus de bondade, fazei de nós apóstolos da paz e dai-nos seguir sempre os caminhos do vosso filho Jesus Cristo, que vive e reina para sempre. Amém.

Por que deixei o protestantismo?



Nasci em família de "católicos não-praticantes" e, tendo crescido sem nenhuma instrução religiosa, na adolescência comecei aos poucos a descobrir a fé do meu Batismo. No entanto, as dúvidas e uma fé imatura levaram-me ao protestantismo. Eu já conhecia bem a Igreja Católica quando fui atraído para lá, e cheguei a frequentar igrejas presbiterianas e pentecostais. Por algum tempo, estudei autores clássicos e atuais da tradição protestante, e fiz amigos neste meio (inclusive muitos cristãos piedosos e sérios). Também participei ativamente dos cultos, embora nunca tenha sido inscrito como membro de nenhuma igreja.

Aprendi muitas coisas boas com o cristianismo protestante. Existem vários artigos de fé que eles ensinam corretamente, como a autoridade e inspiração das Escrituras, a providência de Deus sobre o mundo, a divindade de Cristo e sua ressurreição, pontos importantes da moral cristã, etc. Admiro a ênfase que colocam na confiança em Cristo e na necessidade de conversão pessoal, e o modo apaixonado como alguns defendem esses artigos de fé. Deixei os protestantes porque percebi a necessidade de algo mais para seguir a Cristo plenamente – ser parte de Sua Igreja. Quanto a todas as coisas que eles pregam e vivem corretamente, não tenho dificuldade em reconhecê-las.

O que me levou ao protestantismo foi a mentalidade de querer investigar e entender perfeitamente todas as questões teológicas possíveis. É claro que muitas vezes eu ficava insatisfeito com a posição da Igreja Católica e então buscava compor meu próprio sistema teológico. O protestantismo me atraiu justamente pela promessa de "liberdade intelectual", que é inerente a ele. Por algum tempo acreditei que a fé poderia  desenvolver-se melhor sem as amarras da tradição católica, porém mantendo o essencial - a partir das Escrituras.

Mas o resultado dessa busca, depois de muita reflexão, é que o protestantismo tem grande dificuldade em manter este núcleo essencial da fé. Em vez de funcionar como Igreja de Cristo, ele cria confusão. Isso vem da própria mentalidade em que opera. E é isso que pretendo demonstrar a seguir. Este artigo é um esforço de resumir os pontos principais de uma longa reflexão.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

São Severino


Severino viveu em pleno século V, quando o Ocidente era acometido por uma sequência de invasões dos povos bárbaros. Sua vida é muito importante, pois foi neste ambiente de conflitos que Severino soube espalhar as sementes do Evangelho de Jesus.

Severino nasceu no ano 410, na cidade de Roma e pertencia a uma família nobre e rica. Era um homem de fino trato, que falava o latim com perfeição, profundamente humilde, pobre e caridoso.

Em 454 encontramos Severino as margens do Rio Danúbio, fronteira com o então mundo pagão, acolhendo a população ameaçado pela destruição bárbara. Ao mesmo tempo, o jovem cristão fazia penitência e tentava atrair os pagãos para a vida cristã.

Esse seu ministério apostólico itinerante frutificou em várias cidades, com a fundação de inúmeros mosteiros. Segundo a tradição, Severino era dotado do dom das profecias e conseguia avisar populações inteiras sobre ataques bárbaros. Com isso evitava muitas mortes, pois as pessoas podiam refugiar-se em outros locais.

Morreu no dia 08 de janeiro de 482 pronunciando a última frase do salmo 150: "Todo ser que tem vida, a deve ao Senhor".

ORAÇÃO


Ó Deus, nosso Pai, nós Te pedimos que, mediante teu Espírito Santo, nos concedeis o dom do discernimento, para percebermos os sinais de teu amor e de tua ação na história humana. E que, a exemplo de São Severino, sejamos capazes de exercer a solidariedade para com todos os homens, sem levar em consideração raça, cultura e religião. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

Sobre Corpos e Almas


Uma das discussões mais recorrentes que tenho, tanto no meu trabalho quanto nas relações pessoais, é a respeito da questão da alma. De fato, estou cercado de “espiritualistas” e “materialistas” que insistem em me bombardear, a todo momento, com verdadeiras “catequeses” a respeito de suas posições filosóficas (seria talvez mais preciso dizer “religiosas”) e insistindo para que eu tome uma posição: entre corpo e alma, de que lado eu fico?

Sobre a “dominação mítica e as fábulas religiosas cruéis”

Este é mais um daqueles falsos dilemas em que somos, atualmente, apresentados nos debates e nas conversas, sejam as presenciais, sejam as virtuais, em redes sociais e similares. Tenho muitos amigos materialistas, ou assim declarados, que querem me convencer de que os “espiritualistas” estão errados, e que simplesmente não existe e nem pode existir algo como uma “alminha” que pilota o corpo humano, um “espírito” que habita em nós misteriosamente e que precede, sobrevive ou mesmo independe do corpo, e que a ele se junta acidentalmente em determinado tempo. Este mito “metafísico” é, dizem eles, a sobrevivência de velhos conceitos supersticiosos que precisam ser destruídos pela ciência e pela racionalidade contemporâneas. O corpo seria tudo: “toda física e toda metafísica, todo o sagrado e todo o profano, toda consciência e toda inconsciência”, como um deles me afirmou, categoricamente. Todo o resto, toda a metafísica que defende a existência desse “fantasma esotérico” (como ele chamava a alma humana) seria simplesmente o recurso moralista daqueles que “odeiam o corpo, odeiam a liberdade humana”. Assim, liberdade seria simplesmente a possibilidade de dizer sim a qualquer libido, a qualquer desejo, a qualquer inclinação corporal que não implique a destruição do corpo. O mais seria mera “dominação mítica, fábulas religiosas cruéis”. “Que nos deram vocês, os espiritualistas”, disse-me este meu amigo, “senão a repressão injusta e detestável dos prazeres corporais, em nome das suas fraquezas metafísicas? Vocês não admitem o culto do corpo, porque amam a repressão e a morte. Que fiquem com a morte, vocês que amam o martírio. Deixem a vida para nós, que somos fortes o suficiente para viver sem as ilusões religiosas dos fracos. Renunciaremos a este dualismo medieval entre corpo e alma, quando assumirmos a realidade exclusiva do corpo e do sim a todas as suas exigências!”