sábado, 27 de fevereiro de 2016

Milícia do Rio ameaça padre que acolhe refugiados em Brasília


A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga ameaças de morte ao padre polonês Pedro Stepien, que desde ano passado acolhe no Distrito Federal 15 pessoas de cinco famílias cariocas expulsas de um condomínio do 'Minha Casa, Minha Vida', em Campo Grande, Zona Oeste.

A região é controlada pela milícia chamada 'Liga da Justiça'. Os policiais milicianos invadiram e se apossaram de dezenas de apartamentos. Há relatos até agora de sete mortes de quem resistiu às ordens. E um homem entrou no programa de proteção a testemunhas, do governo do Estado.

E pelo ocorrido com o padre, os milicianos estão muito bem informados sobre os paradeiros das famílias na capital federal. As famílias também correm risco de vida.


Há três dias, o padre Stepien passou a receber mensagens ameaçadoras no seu celular, pelo aplicativo Whatsapp, e o caso chegou ontem ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O ministro avalia pedir a Polícia Federal para entrar na investigação, pelo cenário envolver denúncias em um programa federal.

O religioso já entregou seu celular às autoridades. “O que você está fazendo no Congresso? Não adianta pedir ajuda a político porque muitos nos devem favores'', registra a última mensagem recebida pelo padre.

Busquemos a Deus, único bem verdadeiro


Onde está o coração do homem está também o seu tesouro; pois Deus não costuma negar o bem aos que lhe pedem.

Porque o Senhor é bom, e é bom sobretudo para os que nele esperam, unamo-nos a ele, permaneçamos com ele de toda a nossa alma, de todo o coração e de todas as forças, para vivermos na sua luz, vermos a sua glória e gozarmos da graça da felicidade eterna. Elevemos nossos corações para esse bem, permaneçamos e vivamos unidos a ele, que está acima de tudo quanto possamos pensar ou imaginar; e concede a paz e a tranquilidade perpétuas, uma paz que ultrapassa toda a nossa compreensão e sentimento.

É esse o bem que tudo penetra; todos vivemos nele e dele dependemos; nada lhe é superior, porque é divino. Só Deus é bom e, portanto, o que é bom é divino e o que é divino é bom; por isso se diz no salmo: Vós abris a mão e todos se fartam de bens (Sl 103,28). É, com efeito, da bondade de Deus que nos vêm todos os bens, sem nenhuma mistura de mal.

Esses bens são os que a Escritura promete aos fiéis, dizendo: Comereis dos bens da terra (Is 1,19).

Nós morremos com Cristo e trazemos em nosso corpo a morte de Cristo, para que também a vida de Cristo se manifeste em nós. Portanto, já não é a nossa própria vida que vivemos, mas a vida de Cristo: vida de inocência, vida de castidade, vida de sinceridade e de todas as virtudes. Também ressuscitamos com Cristo; vivamos, pois, unidos a ele, subamos com ele, a fim de que a serpente não possa encontrar na terra o nosso calcanhar e feri-lo.

Fujamos daqui. Podes fugir com o espírito, embora permaneças com o corpo; podes ficar aqui e estar ao mesmo tempo junto do Senhor, se teu coração estiver unido a ele, se teus pensamentos se fixarem nele, se percorreres seus caminhos, guiado pela fé e não pelas aparências, se te refugiares junto dele – que é nosso refúgio e nossa força, como disse Davi: Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor, que eu não seja envergonhado para sempre (Sl 70,1).

Já que Deus é o nosso refúgio, e Deus está nos céus e no mais alto dos céus, é preciso fugir daqui para as alturas onde reina a paz, onde repousaremos de nossas fadigas, onde celebraremos o banquete do grande sábado, como disse Moisés: O repouso sabático da terra será para vós ocasião de festim (Lv 25,6). Descansar em Deus e contemplar as suas delícias é, na verdade, um banquete, cheio de alegria e felicidade.

Fujamos, como os cervos, para as fontes das águas. Que a nossa alma sinta a mesma sede de Davi. Qual é esta fonte? Escuta o que ele diz: Em vós está a fonte da vida (Sl 35,10). Diga minha alma a esta fonte: Quando terei a alegria de ver a face de Deus? (Sl 41,3). Porque a fonte é o próprio Deus. 


Do Tratado sobre a fuga do mundo, de Santo Ambrósio, bispo

(Cap.6,36; 7,44: 8,45;9,52:CSEL32,192.198-199.204)            (Séc.IV)

Frases sobre o Aborto!


“Não matarás” (Êxodo 20,13).

Madre Tereza de Calcutá:

Temos medo da guerra nuclear e dessa nova enfermidade que chamamos Aids, mas matar crianças inocentes não nos assusta. 

Um país que aceita o aborto não está apto a ensinar os seus cidadãos a amar, mas a usar a violência para obter o que querem. É por isso que o maior destruidor do amor e da paz é o aborto.

Eis porque o aborto é um pecado tão grave. Não somente se mata a vida, mas nos colocamos mais alto do que Deus; os homens decidem quem deve viver e quem deve morrer. 

A pior calamidade para a humanidade não é a guerra ou o terremoto. É viver sem Deus. Quando Deus não existe, se admite tudo. Se a lei permite o aborto e a eutanásia, não nos surpreende que se promova a guerra!”. 

O mundo que Deus nos deu é mais do que suficiente. Segundo os cientistas e pesquisadores, para todos; existe riqueza mais que de sobra para todos. É só uma questão de reparti-la bem, sem egoísmo. O aborto pode ser combatido mediante a adoção. Quem não quiser as crianças que vão nascer, que as dê a mim. Não rejeitarei uma só delas. Encontrarei uns pais para elas. Ninguém tem o direito de matar um ser humano que vai nascer: nem o pai, nem a mãe, nem o estado, nem o médico. Ninguém. Nunca, jamais, em nenhum caso. Se todo o dinheiro que se gasta para matar, fosse gasto em fazer com que as pessoas vivessem, todos os seres humanos vivos e os que vêm ao mundo viveriam muito bem e muito felizes. Um país que permite o aborto é um país muito pobre, porque tem medo de uma criança, e o medo é sempre uma grande pobreza. Temos medo da guerra nuclear e dessa nova enfermidade que chamamos Aids, mas matar crianças inocentes não nos assusta. 

Mas eu sinto que o maior destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança - um assassinato direto da criança inocente - assassinato pela própria mãe. E se nós aceitamos que uma mãe pode matar até mesmo sua própria criança, como nós podemos dizer para outras pessoas que não matem uns aos outros? 

Santo Leandro


Leandro, cujo nome significa força do Leão, nasceu em Cartagena, por volta de 540. Pertencia a uma família de santos: seus irmãos Isidoro, Fulgêncio e Florentina, o acompanham no santoral.

Leandro foi desde jovem um homem dotado de grandes qualidades. Tinha facilidade de falar em público e atraía atenção de todos pela sua simpatia. Tornou-se monge, destacando-se pela oração, estudo e meditação.

Eleito Bispo de Sevilha, criou uma escola, na qual se ensinavam não somente as ciências sagradas, mas também todas as artes conhecidas naquele tempo. Entre os alunos, encontravam-se Hermenegildo e Recaredo, filhos do rei visigodo Leovigildo. Ali começou o processo de conversão de Hermenegildo, que abandonou o arianismo.

Leandro precisou exilar-se por causa da conversão de Hermenegildo, pois o rei passou a persegui-lo. O jovem de Sevilha aproveitou para escrever livros contra o arianismo, provando que Jesus Cristo é Deus verdadeiro e que os hereges estavam equivocados. Quando melhorou a situação, Leandro voltou para Sevilha. Hermenegildo havia sido morto por ordem de seu pai.

Nos últimos anos de sua vida o rei visigodo aconselhou bem seu outro filho, Recaredo, que seria seu sucessor no trono. O novo rei, aconselhado por Leandro, convocou o Concílio III de Toledo, no qual rejeitou a heresia ariana e abraçou a fé católica.

Devemos a São Leandro não apenas a conversão do rei, mas também por ter contribuído para ressurgir a vida cristã por todos os confins da Península: fundaram-se mosteiros, estabeleceram-se paróquias pelos povoados e cidades, novos Concílios de Toledo deram sábias legislações em matérias religiosas e civis.

Diz-se que Leandro foi um verdadeiro estadista e um grande santo. A mesmo tempo em que desenvolvia esse trabalho como homem de Estado, nunca esquecia que, como bispo, seu ministério lhe exigia uma profunda vida religiosa e uma dedicação pastoral intensa a seu povo. Pregava sermões, escrevia tratados teológicos, dedicava longos momentos à oração e à penitência e jejum.

Quando idoso sofreu muitas enfermidades, sendo a gota a doença que mais o afligiu. Tudo porém suportava com paciência. Morreu em em Sevilha, por volta do ano seiscentos.


Concedei-nos ó Pai, que a exemplo de São Leandro, que nós lutemos pela transformação da sociedade, oferecendo nossos dons e carismas em favor dos mais esquecidos e necessitados. Faça de nós instrumentos de conversão e ilumine-nos com a luz do Santo Espírito. Tudo isso vos pedimos por Cristo, nosso Senhor. Amém!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Arquidiocese de São Luís convida fiéis para Ordenação Diaconal de Ayrton Frank


Muita alegria e satisfação marcam o seminarista Ayrton Frank Castro Pinheiro (29 anos) às vésperas de sua Ordenação Diaconal que acontecerá neste sábado, 27 de fevereiro. Marcada para às 17h, a celebração eucarística acontece na Igreja Matriz da Paróquia Nossa Senhora da Penha – bairro Anjo da Guarda -, em São Luís do Maranhão. Ayrton será ordenado pelo bispo auxiliar de São Luís, Dom Esmeraldo Barreto.

“A graça de Deus é”, na opinião Ayrton, “o que move um jovem a querer ser padre nos dias de hoje”. Segundo o futuro diácono, ser padre é algo radical, que pode chegar a provocar medo no jovem. De acordo com sua explicação, o que o jovem precisa é “estar aberto à vontade de Deus, ter uma percepção mais aguçada e também de pessoas que o auxiliem.”

De origem grega, a palavra diácono significa para a Igreja, “aquele que serve”.

Ao falar do diaconato, Ayrton lembra que o Vaticano II por meio da Lumen Gentium, ajuda a entender que “o diácono não é ordenado para o sacerdócio, mas para o serviço, sobretudo às pessoas necessitadas”, ou seja, mesmo padre ou bispo, o clérigo não deve esquecer que foi ordenado para servir.

“O papa Francisco tem insistido para que o clero esqueça aquela psicologia dos príncipes, ou seja, para que bispos e padres deixem de pensar que são príncipes, autoridades da igreja, porque a autoridade é de quem está a serviço”, comenta.

Segunda pregação da Quaresma 2016: "Acolham a Palavra semeada em vós".


Segunda pregação da Quaresma

“ACOLHAM A PALAVRA SEMEADA EM VÓS”

Uma reflexão sobre a constituição dogmática “Dei Verbum”


Continuamos a nossa reflexão sobre os principais documentos do Vaticano II. Das quatro “constituições” aprovadas, a que se refere à Palavra de Deus, a Dei verbum, é a única, junto com aquela sobre a Igreja, a Lumen gentium, a ter o status de “dogmática”. Isto se explica com o fato de que com este texto o Concílio pretendia reafirmar o dogma da inspiração divina da Escritura e esclarecer, ao mesmo tempo, a sua relação com a tradição. Fiel à tentativa de iluminar os aspectos mais estritamente espirituais e edificantes dos textos conciliares, limitar-me-ei, também aqui, a algumas reflexões voltadas à prática e à meditação pessoal.

Um Deus que fala

O Deus bíblico é um Deus que fala. “Fala o Senhor, Deus dos deuses… não está em silêncio”, diz o Salmo (Sl 50, 1-3). O próprio Deus repete inúmeras vezes na Bíblia: “Ouve, ó meu povo, quero falar” (Sl 50, 7). Nisso a Bíblia vê a diferença mais clara com os ídolos que “têm boca, mas não falam” (Sl 115, 5). Deus usou a palavra para comunicar-se com as criaturas humanas.

Mas qual significado devemos dar a expressões tão antropomórficas como: “Deus disse a Adão”, “assim fala o Senhor”, “disse o Senhor”, “oráculo do Senhor”, e outras coisas semelhantes? Trata-se evidentemente de um falar diferente do humano, um falar aos ouvidos do coração. Deus fala como escreve! “Porei minha lei no fundo de seu ser e a escreverei em seu coração”, diz no profeta Jeremias (Jr 31, 33).

Deus não tem boca e respiração humana: a sua boca é o profeta, a sua respiração o Espírito Santo. “Tu serás a minha boca” diz Ele mesmo aos seus profetas, ou também “porei a minha palavra nos teus lábios”. É o significado da famosa frase: “Movidos pelo Espírito Santo falaram aqueles homens da parte de Deus” (2 Pd 1, 21). A expressão “locuções interiores”, com a qual definimos o falar direto de Deus de certas almas místicas, aplica-se, de certo modo qualitativamente diferente e superior, também ao falar de Deus aos profetas na Bíblia. No entanto, é concebível que, em alguns casos, como no Batismo e da Transfiguração de Jesus, . No entanto, é concebível que, em alguns casos, como no Batismo e da Transfiguração de Jesus, tem sido uma voz que soava milagrosamente mesmo fora..

De qualquer maneira, trata-se de um falar no verdadeiro sentido do termo; a criatura recebe uma mensagem que pode traduzir em palavras humanas. É tão vívido e real o falar de Deus que o profeta recorda com precisão o lugar e o momento em que uma determinada palavra “veio” sobre ele: “No ano em que morreu o rei Uzias” (Is 6, 1), ““No trigésimo ano, no quinto dia do quarto mês, quando me encontrava entre os exilados, junto ao rio Cobar” (Ez 1, 1), “no segundo ano do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês” (Ageu 1, 1). Assim de concreta é a palavra de Deus da qual se diz que “cai” sobre Israel, como se fosse uma pedra: “O Senhor enviou uma palavra a Jacó, ela caiu em Israel” (Is 9, 7). Outras vezes a mesma concretude e materialidade é expressa com o símbolo não da pedra que golpeia, mas do pão que se come com prazer: “Quando se apresentavam palavras tuas, as devorava: tuas palavras eram para mim contentamento e alegria de meu coração” (Jer 15, 16; cf também Ez 3, 1-3). 

“Ei, católicos, vocês adoram imagens!” “Ah tá. Fale com a minha mão.”


Nem cheirar, nem matar, nem traficar, nem roubar doce de criancinha; o pecado mais atiça a sanha dos nossos irmãos evangélicos é a idolatria. E, nesse ponto, quase todos os católicos vivem sendo “crenticados”.

A estratégia dos nossos acusadores é a da tijolada: pegam uma passagem da Bíblia, tiram ela do seu contexto e a lançam na nossa cabeça, sem dó. Neste caso, o tijolo, isto é, o texto que usam como arma para atacar a nossa fé é o seguinte:

“Não terás outros deuses diante de minha face. Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que está em cima, nos céus, ou embaixo, sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto.” (Ex 20,3-5)

De fato, o texto não deixa margem para dúvidas: prestar culto a imagens de santos, como nós católicos fazemos, seria realmente um pecado gravíssimo… na época do Antigo Testamento. A proibição era, então, absolutamente necessária, mas perdeu o seu sentido quando o Velho deu lugar ao Novo Testamento.

Explico: o povo que vivenciou o Êxodo era, em grande parte, idólatra. A crença no Deus de Abraão, Isaac e Jacó não os imunizou da influência religiosa dos demais povos. Assim, o culto aos ídolos – primeiramente o bezerro de ouro, e depois os baals – era uma fonte de frequentes aborrecimentos e decepções para o Senhor.

Por isso, havia o grande risco de os hebreus perceberem o Deus da Aliança como mais um deus, o que deus estava “em alta” no momento, e não como O Deus, Único e Verdadeiro. Javé precisava deixar claro o abismo que havia entre os ídolos e Ele: Ele não é produto da mente humana, nem tampouco a Sua doutrina. Ele é o Deus que se revelou, Ele é Aquele que É (“Eu Sou Aquele que Sou” – Ex,3-14). Os ídolos, por sua vez, eram patéticos e impotentes objetos de pau, metal ou pedra, que representavam esquemas religiosos e doutrinas criadas pela imaginação humana.

Contemplemos a Paixão do Senhor


Quem venera realmente a Paixão do Senhor deve contemplar de tal modo, com os olhos do coração, Jesus crucificado, a fim de que reconheça, na carne do Senhor, a sua própria carne.

Trema a criatura perante o suplício do seu Redentor, quebrem-se as pedras dos corações infiéis e saiam, vencendo todos os obstáculos, aqueles que jaziam debaixo de seus túmulos. Apareçam também, agora, na cidade santa, isto é, na Igreja de Deus, como sinais da ressurreição futura e realize-se nos corações o que, um dia, se realizará nos corpos.

A nenhum pecador é negada a vitória da cruz e não há homem a quem a oração de Cristo não ajude. Se ela foi útil para muitos dos que o perseguiam, quanto mais não ajudará os que a ele se convertem?

Foi eliminada a ignorância da incredulidade, foi suavizada a aspereza do caminho, e o sangue sagrado de Cristo extinguiu o fogo daquela espada que impedia o acesso ao reino da vida. A escuridão da antiga noite cedeu lugar à verdadeira luz.

O povo cristão é convidado a gozar as riquezas do paraíso, e para todos os batizados está aberto o caminho de volta à pátria perdida, desde que ninguém queira fechar para si próprio aquele caminho que se abriu também à fé do ladrão arrependido.

Evitemos que as preocupações desta vida nos envolvam na ansiedade e no orgulho, de tal modo que não procuremos, com todo o afeto do coração, conformar-se a nosso Redentor na perfeita imitação de Seus exemplos. Tudo o que Ele fez ou sofreu foi para a nossa salvação, a fim de que todo o Corpo pudesse participar da virtude da Cabeça.