terça-feira, 15 de março de 2016

São Clemente Maria Hofbauer


Ele nasceu em Tasswitz aos 26 de dezembro de 1751. Foi o último dos doze filhos de Paulo Hofbauer e de Maria Steer. Foi batizado com o nome de João. O pai era um açougueiro. A família era muito pobre e o pequeno João freqüentou muito pouco a escola nos anos juvenis. Com a morte do pai empregou-se como servente no mosteiro dos premonstratenses de Burra, onde desempenhou o ofício de padeiro.

Durante algum tempo viveu como eremita. Foi quando mudou o nome para Clemente. De volta para Viena, e graças à generosidade de três senhoras piedosas e ricas, pode estudar na universidade. Em 1784 viajou novamente para Roma junto com um estudante e amigo Tadeu. Os dois peregrinos foram parar entre os redentoristas, recentemente estabelecidos em São Julião, no Monte Esquilino, onde eles foram recebidos como candidatos.

Depois de um noviciado breve, fizeram a profissão no dia 19 de março de 1785 e, dez dias depois, em 29 de março de 1785, foram ordenados padres em Alatri. No dia 20 junto com o Padre Tadeu, voltou à Viena onde quis estabelecer a Congregação.

Mas isto não era possível devido às leis josefinistas. Foram então para Varsóvia onde se encarregou da igreja alemã de São Beno. Começou uma intensa atividade pastoral, e lá atraiu numerosos candidatos desejosos de se unirem a ele. A igreja de São Beno tornou-se sede de uma missão contínua com um programa diário de pregações, instruções, confissões e devoções. Fundou, também, um orfanato para os meninos e meninas. Esta atividade ele a continuou até os 1808, quando Napoleão Bonaparte fechou a igreja e dispersou a comunidade.

Clemente se estabeleceu novamente em Viena e lá permaneceu até sua morte. Como capelão do convento e da igreja das Ursulinas, teve uma influência extraordinária na cidade inteira. Aconselhou e encorajou alguns líderes do novo movimento romântico e outros que trabalhavam para a renovação católica nos países de idioma alemão.

Foi-lhe conferido o título e a responsabilidade de Vigário Geral da congregação redentorista fora da Itália, principalmente para o sul da Alemanha e Suíça. São Clemente foi a base da renovação da vida redentorista na Europa do Norte.

São Clemente morreu em Viena, no dia 15 de março de 1820. Quando o Papa Pio VII teve notícia da morte e disse: "A religião perdeu na Áustria a seu apoio principal." É chamado patrono de Viena e venerado como o principal propagador da Congregação Redentorista.  

ORAÇÃO


Bom Deus do Céu, escolhestes São Clemente como missionário do Reino de Deus e através do serviço aos pobres e abandonados ele consagrou sua vida a Jesus Cristo. Concedei-nos a perseverança necessária para o trabalho de evangelização e dai-nos um coração caridoso, par que imitemos em nosso cotidiano as ações de São Clemente. Pedimos isso em nome de Cristo, vosso Filho e Senhor nosso. Amém.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Homilética: Domingo de Ramos da Paixão do Senhor - Ano C: "Humilde e obediente até a morte, e morte de cruz".



Este Domingo sagrado celebra dois mistérios: (1) a Entrada solene do Senhor Jesus em Jerusalém para viver sua Passagem do mundo para o Pai e (2) o Mistério de sua Paixão, Morte e Sepultura. Daí o título deste dia: Domingo de Ramos e da Paixão. A procissão é de ramos; a missa é da paixão.

Que significa a entrada de Jesus em Jerusalém hoje? Ele é o descendente de Davi, o Filho de Davi e, portanto, o Messias prometido por Deus e esperado por Israel. Por isso o povo grita: “Bendito o Rei, que vem em nome do Senhor!” Jesus é saudado como o Rei de Israel, novo Davi, Messias que chega à Cidade de Davi! E Jesus, de fato, é Rei, é Messias! A festa de hoje é, em certo sentido, uma festa de Cristo Rei, Rei-Messias! É uma festa de exultação! Mas, estejamos atentos: ele entra na Cidade Santa montado não num cavalo, que simboliza poder e força, mas entra num jumentinho, usado pelos pobres nos serviços mais humildes e duros. Isto tem muito a nos dizer: Jesus é o Messias, mas um messias pobre, um messias servo, que “não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos” (Mc 10,45). O seu serviço é um só: “dar a vida em resgate por muitos”. Ele é o Messias-Servo Sofredor, do qual fala o profeta Isaías na primeira leitura da missa de hoje:“Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas… Mas o senhor Deus é meu Auxiliador, por isso sei que não serei humilhado”. Ele é aquele que tomará sobre si as nossas faltas e será ferido pelas nossas feridas… Pois bem, é com este propósito que Jesus entra em Jerusalém hoje.

Quanto a nós, vamos com ele! Os ramos que trazemos nas mãos significam que reconhecemos Jesus como o Messias de Israel, prometido por Deus. Significam também que nos dispomos a segui-lo como o Servo que dá a vida na cruz. Levaremos estes ramos para casa. Devemos guardá-los num lugar visível durante todo o ano, para recordar nosso compromisso de seguir o Cristo num caminho de humildade e despojamento; segui-lo ainda quando não compreendermos bem os desígios de Deus para nós… Seguir o Cristo, que confia no Pai até a morte e não se cansa de fazer da vida um serviço de amor. Seguir hoje em procissão com os ramos na mão significa proclamar diante do mundo que cremos nesse Jesus fraco, humilde, silencioso, crucificado… loucura para o mundo, mas sabedoria de Deus; fraqueza para o mundo, mas força de Deus!

Rejeitemos, então, por amor de Cristo, toda visão de um cristianismo de procura de curas, milagres, solução de problemas… um cristianismo que trai o Evangelho e renega a cruz de nosso Senhor Jesus Cristo… um cristianismo falso, que enche templos e esvazia o escândalo da cruz! Lembremo-nos de Jesus Cristo! “Fiel é esta palavra: se com ele morremos, com ele viveremos. Se com ele sofremos, com ele reinaremos!” (2Tm 2,11s).

Que tenhamos a coragem de proclamar com a vida e as palavras esse Jesus, porque se nos calarmos “as pedras gritarão”…

Má gestão e corrupção agravam crise econômica na Angola, denunciam Bispos

 
A Angola vem passando nos últimos meses por uma dura crise econômico-financeira, atribuída a baixa cotação do petróleo, que reflete na vida da população. Entretanto, mais do que este fator que estaria causando à crise, outros elementos como a má gestão e a corrupção agravam o cenário do país, segundo a Igreja local.

No início de março, em uma reunião com parlamentares, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José Pedro de Morais, reconheceu que, devido à nova conjuntura, o país está mais pobre. Segundo ele, desde 2015, o país registra de forma acentuada, um desequilíbrio no mercado de divisas, que tem criado significativa pressão cambial e a depreciação do kwanza, a moeda nacional angolana.

Porém, conforme denunciaram os Bispos angolanos em uma carta pastoral divulgada na quarta-feira, 9, “falta de ética, má gestão do erário público, corrupção generalizada” também são as causas da crise que o país enfrenta, além da “mentalidade de compadrio, nepotismo” e “discriminação derivada da partidarização crescente da Função Pública, que sacrifica a competência e o mérito”.

A esta situação se acrescenta o agravamento da pobreza da população, a instabilidade econômica que paralisa “paulatinamente os agentes econômicos, impossibilitando-lhes a renovação de mercadorias, por falta de poder aquisitivo”.

“Aumenta assustadoramente o fosso entre os cada vez mais pobres e os poucos que se apoderam das riquezas nacionais, riquezas muitas vezes adquiridas de forma desonesta e fraudulenta”, advertem os Prelados, segundo os quais, o país precisa lidar como uma “falta de critério no uso dos fundos públicos, gastos exorbitantes, importação de coisas supérfluas que não aproveitam a comunidade”.

Via-Sacra: 2ª Estação: “Jesus carrega a Cruz” (S. Mateus 27,27-31).


“Salve, rei dos judeus!”

Jesus, Nosso Senhor, toda a Vossa vida sobre a terra foi um caminho de humildade e de cruz. Foi para carregar a madeira do suplício que na humilde cidade de Nazaré Vos aperfeiçoastes no trabalho diário e depois, indo pelas cidades e aldeias, levastes aos pobres o anúncio do Reino dos Céus, o Vosso Reino, que não é deste mundo. A Vossa carga, Senhor, somos nós, nós, duros de coração e lentos de entendimento, somos nós, sempre que atribuímos aos outros o peso da nossa falsa consciência, sempre que em face da pobreza e dos gritos de socorro ficamos parados, como se escravos de nossa covardia.

 Ó bom Pastor, que ainda carregais sobre os Vossos sagrados ombros toda a humanidade, como a uma ovelha perdida e depois resgatada, tende piedade de nós!

“Se alguém quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” (Mc 8,34)

“Quanto a mim, que eu não mim glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Gal 6,14)

“A perfeição consiste em fazer com amor a vontade de Deus, seja ela doce, seja ela amarga.” (São Padre Pio)

“Não há salvação da alma, nem esperança da vida eterna, senão na cruz.” (Imitação de Cristo, L,II. Cap.XII, p.175) 

20 de março: Coleta Ecumênica Nacional da Solidariedade


Será realizada, no dia 20 de março, Domingo de Ramos, no âmbito da Campanha da Fraternidade Ecumênica, a Coleta Ecumênica Nacional da Solidariedade. Do total arrecadado na Coleta, 40% são enviados ao Fundo Ecumênico de Solidariedade (FES) para apoio a projetos relacionados ao tema da CFE, que este ano trabalha a questão do saneamento básico. O outro montante, 60% do valor, permanece nas dioceses, sínodos, presbitérios e comunidades cristãs para apoiar iniciativas sociais em âmbito local.

O FES é administrado pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE). Todos os projetos do FES são analisados e aprovados por um Conselho Gestor formado pelas entidades acima mencionadas e um/a representante de cada Igreja.

“Com o valor arrecadado na Coleta Nacional, apoiaremos projetos e iniciativas comunitárias voltadas para práticas de Cuidado com a Casa Comum. Qualquer igreja ou organização pode enviar projetos para o FES. Em breve será divulgado o Edital e o formulário para envio de projetos. É muito importante que todas as igrejas participem dessa Coleta, afinal, o cuidado com a Casa Comum exige gestos concretos”, disse a secretária-geral do CONIC, Romi Bencke. 

Se alguém pecar, temos junto do Pai um Defensor


Jesus Cristo é o nosso sumo sacerdote e o seu precioso corpo é o nosso sacrifício, que ele ofereceu no altar da cruz para a salvação de todos os homens.

O sangue derramado por nossa redenção não era de novilhos e bodes (como na antiga Lei), mas do inocentíssimo cordeiro Cristo Jesus, nosso Salvador.

O templo onde nosso sumo sacerdote ofereceu o sacrifício não era feito por mãos humanas, mas edificado unicamente pelo poder de Deus. Porque ele derramou seu sangue diante do mundo, que é na verdade o templo construído só pela mão de Deus.

Este templo tem duas partes: uma é a terra que agora habitamos; a outra ainda é desconhecida por nós mortais.

Jesus Cristo ofereceu seu primeiro sacrifício aqui na terra quando padeceu a morte crudelíssima. Em seguida, revestido da nova veste da imortalidade, com seu próprio sangue entrou no Santo dos Santos, isto é, no céu, onde apresentou diante do trono do Pai celeste aquele sangue de valor infinito, que derramara uma vez para sempre por todos os homens cativos do pecado.

Este sacrifício é tão agradável e aceito por Deus que, logo ao vê-lo, não pode deixar de compadecer-se de nós e derramar a sua misericórdia sobre todos os que estão verdadeiramente arrependidos.

É, além disso, um sacrifício eterno. Não é oferecido apenas uma vez cada ano (como acontecia entre os judeus), mas cada dia para o nosso consolo, e ainda mais, a cada hora e a cada momento, para nosso conforto e nossa alegria. Por isso o Apóstolo acrescenta: Obtendo uma eterna redenção (Hb 9,12).

Deste santo e eterno sacrifício, participam todos os que experimentaram a verdadeira contrição e arrependimento dos pecados cometidos, e tomaram a inabalável resolução de não mais voltar aos vícios antigos e de perseverar com firmeza no caminho das virtudes a que se consagraram.

É o que ensina São João com estas palavras: Meus filhinhos, escrevo isto para que não pequeis. No entanto, se alguém pecar, temos junto ao Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo. Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro (1Jo 2,1-2).


Dos Comentários sobre os Salmos, de São João Fisher, bispo e mártir
(Ps 129: Opera omnia, edit. 1579, p. 1610)

(Séc. XVI)

O que tem destruído tantos casais católicos ultimamente? A resposta é surpreendente!


Entre os numerosos casais católicos que chegam no consultório do sacerdote P. T.G Morrow, em Washington D.C (Estados Unidos), a fim de começar a terapia familiar, dois casos impressionaram de maneira especial o presbítero.

 Em relação a muitos temas, esses casais eram perfeitos: estavam abertos à vida, educavam os seus filhos na fé e normalmente recebiam os sacramentos. Mas ambos os matrimônios acabaram gerando a separação. O culpado? As irritações.

“As irritações são um veneno”, assegurou ao Grupo ACI o Pe. Morrow, teólogo moral e autor de Overcoming Sinful anger (Superando a ira pecaminosa). “Se um esposo constantemente fica zangado com sua mulher, isso destrói a relação. Acaba tornando-a dolorosa até chegar ao ponto de uma separação”.

A experiência desta irritação é universal. É natural, pode ser incontrolável e é uma resposta ao comportamento de outros, afirmou Pe. Morrow. Muitas vezes as irritações podem ser corretas, Santo Tomás de Aquino disse que se a irritação se une à razão era digna de louvor; mas, na maioria das vezes, estão encaminhados à ira pecaminosa, motivada pelo desejo de vingança, explicou.

E a ira como pecado tem efeitos devastadores nas relações.

Santa Matilde



Santa Matilde nasceu em 895. Casou-se aos 14 anos com Henrique, rei da Germânia, com quem teve dois filhos: Oton e Henrique.

Matilde aprendeu a ler e escrever depois de casada. Utilizava seu patrimônio em favor dos necessitados, sendo também bastante atuante nas questões políticas. Em 936 morre Henrique, seu marido, e Oton é coroado imperador em Roma.

Santa Matilde dizia aos filhos: "Meus queridos filhos, gravai bem no vosso coração o temor de Deus. Ele é o Rei e Senhor verdadeiro, que dá poder e dignidade perecíveis. Feliz aquele que prepara sua eterna salvação".

A partir da morte do marido o seu calvário começou, ao ponto de ser traída pelos filhos, com a falsa acusação de que estaria esbanjando os bens com os pobres. Ela foi exilada e seus bens confiscados.

Mais tarde, seus filhos a anistiaram e lhe devolveram os bens. Santa Matilde empregou seu patrimônio na construção de hospitais, mosteiros e igrejas.

Retirou-se para um convento onde faleceu a 14 de março de 968, sendo sepultada ao lado do marido.

A imagem de Santa Matilde traz uma igreja e uma carteira nas mãos, representando a caridade para com os pobres. 

ORAÇÃO


Senhor Jesus, a falta de solidariedade é o grande mal da humanidade. Perdoai-nos por nos fecharmos em nós mesmos, por nos preocuparmos somente com o que nos rodeia, nos negando-nos a estender a mão até mesmo àqueles que nos são mais caros. Pelos méritos de Santa Matilde, nobreza de pessoa e de alma, nós Vos rogamos a graça de bem administrarmos os talentos e bens que de nosso Pai Celeste recebemos. Amém.