sexta-feira, 22 de abril de 2016

Se os católicos acreditassem mesmo que Jesus está na Eucaristia…


Meus amigos protestantes não me entendem, querido leitor… Dizem que me converti graças a eles (o que é verdade); dizem que meu coração se incendiou quando aprofundei nas raízes no catolicismo; dizem que não compreendem minha atitude.

Tentei explicar-lhes várias vezes a certeza que sacia meu entendimento quando vivencio o momento da consagração na missa. Eu sei que essa hóstia é Cristo, aquele que andava pela Galileia há dois mil anos, aquele a quem dos cristãos chamam de Deus.

Ele vive, existe, respira, anda, assim como fazia antes, e sei que olha para nós lá do altar. A única diferença entre aquele e este é que agora Ele vive dentro do incomensurável mistério que supõe sua existência verdadeira dentro de um pequeno pedaço de pão consagrado.

Nem preciso dizer que minha afirmação parece um absurdo para eles, né?

“Ah, tenha dó… Maria?”, dizem, entre gargalhadas.

“Cristo vivo em um pedaço de pão? Você tem coragem de afirmar isso em pleno século 21?”

Eu mordo a língua e não respondo, me seguro. Mas há algo em suas teorias anglicanas que me derruba, me fere e me deixa indefesa. Isso acontece quando insistem em saber se nós, católicos, realmente acreditamos que Jesus está vivo na hóstia, e eu respondo sempre: “É claro que sim!”.

Então eles me olham e balançam a cabeça, com cara de dó. “Coitada”, sussurram. 

São Caio


Papa Caio nasceu na Dalmácia, de família cristã da nobreza romana, parente distante do Imperador Diocleciano. Caio foi eleito no dia 17 de dezembro de 283. Governou a Igreja durante treze anos, num período de trégua nas perseguições.

Antes de sua eleição, o Papa Caio transformou sua casa em igreja. Lá, ouviam os aflitos, os pecadores; auxiliavam os pobres e doentes; celebravam as missas, distribuíam a eucaristia e ministrados os sacramentos do batismo e do casamento.

O grande contratempo enfrentado pelo Papa Caio se deu no âmbito interno do próprio clero, devido a crescente multiplicação de heresias, criando uma grande confusão entre os devotos cristãos.

Nós sabemos, pelos escritos da Igreja, que apesar do seu parentesco com o imperador, o Papa se recusou a ajudar Diocleciano, que pretendia receber a sobrinha dele como sua futura nora. A ira do soberano mandou matar todos os cristãos, começando pelo seu parente Caio.

Papa Caio morreu decapitado em 22 de abril de 296. A Igreja confirmou a sua santificação e o seu martírio. As suas relíquias foram depositadas primeiro no cemitério de São Calixto. Depois foram trasladadas para a igreja que foi erguida no local da casa onde ele viveu, em Roma.  



Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que São Caio governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Pronunciamento de bispos filipinos sobre "Amoris Laetitia", gera polêmica.

 
Suscitou confusão entre os fiéis um recente comunicado da Conferência de Bispos Católicos de Filipinas (CBCP) sobre a exortação apostólica Amoris Laetitia do Papa Francisco, o qual parece sugerir uma aprovação a dar a Comunhão aos divorciados em nova união “imediatamente”.

Em um comunicado publicado no dia 9 de abril, assinado pelo presidente da CBCP e Arcebispo de Lingayen Dagupan, Dom Sócrates Villegas, é solicitado que bispos e sacerdotes abram “os braços e deem as boas-vindas àqueles que permaneciam fora da Igreja devido a um sentido de culpa e de vergonha”.

“Quando nossos irmãos e irmãs que, devido a relações, famílias e vidas quebradas, permanecem timidamente do lado de fora de nossas igrejas – e de nossas vidas –, inseguros de que sejam bem-vindos ou não, vamos ao seu encontro, como o Papa nos pede, e lhes asseguremos que na mesa dos pecadores em que o Senhor Santíssimo se oferece como alimento para os miseráveis, sempre há espaço”.

“Oh maravilhosa realidade, que os pobres, os escravos e os humildes devem participar do Senhor”, escreveu o presidente da conferência episcopal filipina.

“Esta é uma disposição de misericórdia, uma abertura de coração e espírito que não necessita nenhuma lei, não espera nenhuma diretriz, nem espera indicações. Pode e deve acontecer imediatamente”, assinalou Dom Villegas.

Leia abaixo a mensagem completa do presidente da Conferência de Bispos Católicos de Filipinas, em inglês:

China: Mulher morre ao tentar impedir demolição de igreja clandestina

 
Li Jiangong, uma cristã pertencente a uma comunidade protestante clandestina em Zhumadian, província de Henan, morreu no último dia 14, ao tentar impedir que se efetivasse a demolição da igreja local.

São poucos os pormenores que se conhecem deste incidente. Jiangong e o marido, o pastor Ding Cuimei, teriam tentado impedir a demolição da igreja que servia de culto à sua comunidade, colocando-se frente ao buldózer de uma empresa contratada pelas autoridades para a destruição do edifício.

Apesar disso, foi dada ordem para a continuação dos trabalhos, o que levou a que ambos ficassem soterrados. Ding Cuimei conseguiu escapar com vida, mas a sua mulher, Li Jiangong, acabou por morrer.

A polícia terá detido os dois membros da equipe de demolição mas não foram revelados mais pormenores sobre este incidente.

A morte desta cristã ocorreu precisamente na véspera do desaparecimento de um sacerdote pertencente à chamada Igreja Clandestina, fiel a Roma.

Padre atropela homem em rodovia. Congregação diz que aplicará medidas corretivas

 
Após um atropelamento que resultou na morte de um homem, o padre que dirigia o veículo deverá receber medidas corretivas de sua congregação, além de ser julgado e ter a devida pena pelo ocorrido.

O fato aconteceu na noite de domingo, 17, na Rodovia Jornalista Francisco Aguirre (SP-101), em Monte Mor (SP). O sacerdote pertencente à Congregação dos Missionários Xaverianos, cujo nome não foi divulgado pela polícia, atingiu Alexsandro Rodrigues, que atravessava a rodovia a 100 metros da passarela.

Entretanto, o padre não parou para prestar socorro à vítima e, segundo reportagem do canal EPTV, pediu ajuda cerca de 12 quilômetros depois em uma Praça de Pedágio.

“Chegando ao local, verificamos o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e o resgate da concessionária, já fazendo o procedimento de animação, uma vez que posteriormente foi constatado o óbito pelo médico do Samu”, declarou o Soldado Cléber Batiotto, da Polícia Rodoviária, ao telejornal Bom Dia Cidade.

Em seguida, o sacerdote foi encaminhado para a delegacia onde fez o teste do bafômetro, o qual constatou 0,36mg de álcool por litro de ar expelido, sendo que acima de 0,34 mg/L já é considerado crime de trânsito.

Tiradentes: a verdadeira história!

 
Segundo o escritor francês Balzac, há duas histórias: a Oficial, que é mentirosa e a Verdadeira, que é secreta. Com a abertura democrática de nosso país, cada vez mais vamos sabendo de coisas que são diferentes daquelas aprendidas na escola. Uma delas é a respeito de Tiradentes. Tiradentes não usava nem barba e nem bigode. Esta imitação de Cristo, foi feita há tempos e sacramentada através da Lei Federal 4897 de 1966 pelo presidente Castelo Branco, quando foi definido a imagem com barba e cabelos longos de Tiradentes.

Poucos sabem que Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, era maçom, bem como quase a totalidade dos líderes do movimento de independência. O movimento de independência tinha como caráter principal três províncias do Brasil, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, sendo que o resto do país deveria acompanhar as três províncias citadas.

A Inconfidência Mineira começou em Vila Rica, que era a cidade mais rica de Minas Gerais, tendo uma vida praticamente européia com orquestras, teatros e grupos literários.

Em 1756 houve um grande terremoto em Portugal que destruiu quase que toda a cidade de Lisboa. E quem arcou com os custos foi o Brasil, pois o Marques de Pombal impôs uma cobrança sobre o ouro de 1/5 sobre o peso do mesmo que deveria ser mandado a Portugal por um prazo de 10 anos consecutivos. Como sempre no Brasil, tudo que é definitivo é provisório e o que é provisório é definitivo. Assim a cobrança do ouro durou 60 anos.

O que houve foi que as minas de ouro em Vila Rica esgotaram-se e os mineiros não tinham mais como pagar o quinto de imposto. Para piorar, como o ouro estava diminuindo, Portugal estabeleceu uma cota fixa para Vila Rica, devendo ser arrecadado de qualquer maneira 1.500 kg de ouro por ano, não importando a quantidade de produção.

Na verdade ninguém sabe quem foi o verdadeiro líder da revolução, mas não há dúvida que foi um movimento maçônico que lutava pela independência do Brasil, contando com homens como o Coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, o engenheiro químico Dr. José Alvares Maciel, o poeta e coronel Inácio José de Alvarenga Peixoto, o poeta e magistrado Tomaz Antônio Gonzaga (autor das Cartas Chilenas e do poema Marília de Dirceu) e outros.

O novo mandamento


O Senhor Jesus afirma que dá um novo mandamento a seus discípulos, isto é, que se amem mutuamente: Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros (Jo 13,34).

Mas este mandamento já não estava escrito na antiga lei de Deus, onde se lê: Amarás o teu próximo como a ti mesmo? (Lv 19,18). Por que então o Senhor chama novo o que é evidentemente tão antigo? Será um novo mandamento pelo fato de nos revestir do homem novo, depois de nos ter despojado do velho? Na verdade, ele renova o homem que o ouve, ou melhor, que lhe obedece; não se trata, porém, de um amor puramente humano, mas daquele que o Senhor quis distinguir, acrescentando: Como eu vos amei (Jo 13,34).

É este amor que nos renova, transformando-nos em homens novos, herdeiros da nova Aliança, cantores do canto novo. Foi este amor, caríssimos irmãos, que renovou outrora os antigos justos, os patriarcas e os profetas e, posteriormente, os santos apóstolos. Ainda hoje é ele que renova as nações e reúne todo o gênero humano espalhado pelo mundo inteiro, formando um só povo novo, o corpo da nova esposa do Filho unigênito de Deus. É dela que se diz no Cântico dos Cânticos: Quem é esta que sobe vestida de branco?(cf. Ct 8,5). Vestida de branco, sim, porque renovada; e renovada de que modo, senão pelo mandamento novo?

Por isso os membros desta esposa sentem uma solicitude mútua. Se um membro sofre, todos sofrem com ele; se um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele. Pois ouvem e praticam a palavra do Senhor: Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Não como se amam aqueles que vivem na corrupção da carne; nem como se amam os seres humanos apenas como seres humanos; mas como se amam aqueles que são deuses e filhos do Altíssimo. Deste modo, se tornam irmãos do Filho unigênito de Deus, amando-se uns aos outros com aquele mesmo amor com que ele os amou, e por ele serão conduzidos à plenitude final, onde os seus desejos serão completamente saciados de bens. Então nada faltará à sua felicidade, quando Deus for tudo em todos.

Quem nos dá este amor é o mesmo que diz: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Foi para isto que ele nos amou, para que nos amássemos mutuamente. E com o seu amor, deu-nos a graça, para que, vivendo unidos em recíproco amor, como membros ligados por tão suave vínculo, formemos o Corpo de tão sublime Cabeça.



Dos Tratados sobre o Evangelho de São João, de Santo Agostinho, bispo
(Tract. 65,1-3:CCL36,490-492) (Séc.V)

O Modernismo e os tradicionalistas paranóicos


Vários sites da Internet, em nome de certa visão estreita e equivocada do catolicismo, da Tradição e do próprio Magistério, têm feito graves acusações ao Concílio Vaticano II, além de mais ou menos veladas críticas aos últimos papas, de João XXIII a Bento XVI. Esses sites são de orientação mais ou menos próxima à Fraternidade São Pio X, do falecido Arcebispo cismático Dom Marcel Lefebvre, que faleceu excomungado: são todos eles tradicionalistas (não tradicionais, no sentido correto e sadio do termo e da Tradição católica), reacionários (não simplesmente conservadores, o que não seria mal nenhum. Reacionários porque seu estado de espírito é destrutivo, inquisitorial, de retranca, de visão estreita, arcaica e hostil a qualquer progresso na teologia, no dogma e na vida da Igreja).

O refrão desses referidos sites é individuar em todos os níveis e ambientes da vida da Igreja erros e perigos à reta fé, espalhar anátemas e condenações e fomentar uma estranha e ultrapassada guerra apologética, própria do início do século XX, em nome da ameaça onipresente da heresia modernista. Para eles, paranoicamente, todo mundo é modernista: os últimos papas, os teólogos atuais, o episcopado em geral, o clero como um todo, os vários movimentos leigos…

É mais que patente para qualquer pessoa de bom senso que esse pessoal vai rapidamente tomando o caminho do cisma. Primeiro dá-se o cisma psicológico, afetivo, que faz ver com suspeita a Igreja e seus pastores; depois, vem o cisma de fato, a incompatibilidade entre a fé do grupelho de “iluminados” e a percepção da Grande Igreja, aquela composta pelo Povo Santo de Deus em comunhão com seus legítimos pastores com Pedro e sob Pedro. Em geral – mesmo quando não diz – esse pessoal somente considera como papas sem nenhuma restrição os pontífices até Pio XII. A fidelidade deles é ao papado do passado ou, melhor falando, ao papado da cabeça deles. Os papas atuais são por essa gente julgados, crivados de crítica e manipulados nas suas intenções e magistério; se alguns deles citam Bento XVI, é de modo unilateral e desonesto, sempre manipulando o Magistério pontifício para tentar fazer o Papa dar razão às próprias irracionalidades. Que ninguém se iluda pela linguagem engomada e afetada que utilizam, cheia de “V. Revma.”, “V. Excia. Revma”, “Senhor Padre”, etc. Toda essa afetação, na verdade, somente revela um apego doentio ao arcaico e tudo que os segure no final do século XIX e início do século XX, final do pontificado de Pio IX e pontificado de Pio X.

Como muitas pessoas perguntam-me sobre esses sites e pedem-me uma avaliação sobre eles, pois que estranham a animosidade em relação à Igreja e ao Episcopado, aos teólogos e a muitas sãs manifestações da vida eclesial, resolvi descrever de modo esquemático e bem simples a crise modernista, suas conseqüências e o atual estado da questão, para que o leitor possa compreender o quanto essas pessoas nominalmente católicas, mas às portas do cisma, aparentemente tão fiéis à Tradição e ao Magistério, mas deles tão distantes de fato, estão equivocadas e distantes do reto sentir da Igreja de Cristo. Como me dirijo ao grande público, procurei ser sucinto e evitar detalhes aprofundados sobre questões teológicas que escapariam de modo geral às pessoas. Meu intento é somente fazer com que se compreenda a posição da Igreja e o erro dos tradicionalistas reacionários.

Não nutro nenhum desejo de polemizar ou dialogar com esses grupos, que, de tão radicais, fechados e fundamentalistas, são impenetráveis a qualquer argumentação que não se enquadre em seus estreitos e pobres horizontes. Tentar dialogar com eles é como tentar dialogar com os protestantes fundamentalistas, sem tirar nem pôr. Nem mesmo freqüento tais sites, pois de modo algum valem a pena. Meu interesse é somente prevenir de modo argumentado e metódico aqueles que se sentem perplexos ante a aparente solidez da argumentação desses reacionários. Assim, cumpro somente com meu dever de defender a fé católica e ajudar o rebanho de Cristo para que não caia nas armadilhas que tantas vezes aparecem na sua peregrinação terrestre.