terça-feira, 6 de setembro de 2016

Estarei no meu posto de sentinela para ouvir o que me diz o Senhor


Como lemos no Evangelho, quando o Senhor pregava e convidava os discípulos a comerem o seu Corpo no mistério eucarístico para participarem na sua paixão, alguns exclamaram: São duras estas palavras; e desde então deixaram de andar com Ele. Tendo interrogado, porém, os discípulos se também eles se queriam ir embora, eles responderam: Para quem iremos nós, Senhor? Vós tendes palavras de vida eterna.
 
Pois bem, irmãos! Também em nossos dias as palavras de Jesus são espírito e vida para alguns, e esses seguem-n’O; mas para outros as mesmas palavras parecem‑lhes duras, e por isso procuram noutro lado uma triste consolação. No entanto a Sabedoria continua a levantar a sua voz nas praças, advertindo aqueles que andam pelo caminho largo e espaçoso que conduz à morte, para que mudem o rumo dos seus passos.
 
Durante quarenta anos, exclama, essa geração Me desgostou; e Eu disse: É um povo de coração transviado. E noutro salmo acrescenta: Uma só vez falou Deus. Sim, uma só vez, porque fala sempre. Uma só vez, porque a sua fala é contínua e eterna, e nunca se interrompe.
 
Esta voz convida os pecadores a meditar em seu coração, a corrigir os pensamentos do seu coração, porque é a voz d’Aquele que habita no coração do homem e aí fala, realizando pessoalmente o que disse por meio do Profeta: Falai ao coração de Jerusalém.
 
Vede, irmãos, como é salutar a advertência do Profeta, para que, se hoje ouvirmos a sua voz não endureçamos os nossos corações. São quase as mesmas palavras que lemos no Evangelho e no Profeta. Efectivamente, diz o Senhor no Evangelho: As minhas ovelhas ouvem a minha voz. E no salmo diz o santo rei David: Seu povo (do Senhor, evidentemente), e ovelhas do seu rebanho, se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações.
 
Escuta, finalmente, o profeta Habacuc; ele não dissimula a repreensão do Senhor, mas medita-a com atenção e fidelidade; e assim fala: Ficarei no meu posto de sentinela, colocar-me-ei sobre a muralha, estarei vigilante para ouvir o que Ele me diz e o que hei‑de responder às suas advertências. Procuremos também nós, irmãos, estar sempre de sentinela, porque a vida presente é tempo de combate.
 
Entremos em nós mesmos, examinemos o nosso coração, onde Cristo habita, e comportemo-nos com sabedoria e prudência. Mas não confiemos em nós mesmos, não nos fiemos demasiado de tão frágil sentinela.




Dos Sermões de São Bernardo, abade
(Sermo 5 de diversis, 1-4: Opera omnia: Ed. Cisterc. 6, 1 [1970] 98-103) (Sec. XII)

O Anticristo fará milagres falsos e seduzirá com virtude fingida




Vós já sabeis a causa que agora o detém, até que seja manifestado a seu tempo. O fato é que já vai obrando o mistério da iniquidade; entretanto, o que está firme agora mantenha-se até que seja tirado o impedimento. E então se deixará ver aquele perverso, a quem o Senhor Jesus matará com o alento de sua boca e destruirá com o resplendor de sua presença aquele iníquo que virá com o poder de Satanás, com toda sorte de milagres, de sinais e falsos prodígios, e com todas as ilusões que podem conduzir à iniquidade àqueles que se perderam, por não haver recebido e amado a verdade a fim de salvarem-se. - 2 Tessalonicenses 2,6-9

 

Por isso diz que o Anticristo “virá com o poder de Satanás”, isto é, governará por instigação diabólica. “Será solto Satanás de sua prisão, e sairá e enganará as nações” (Ap 20,7).


Pois das obras que fará algumas serão segundo a operação de Satanás, como as do endemoninhado ou possuído, em quem não só instiga a vontade senão ainda impede o uso da razão; em cujo caso não se lhe imputa a culpa, porque não usa de seu arbítrio.


Mas o Anticristo não será assim, porque usará de seu arbítrio, e
dentro dele estará o diabo instigando-lhe, como se disse de Judas (Jo 13,27).


E
enganará desta maneira: primeiro valendo-se do poder secular; segundo, da força dos milagres. Quanto ao primeiro diz: “com toda sorte de milagres”, a saber, do mundo.


“Se fará dono dos tesouros de ouro e de prata e de todas as preciosidades de Egito” (Dan. 11,43).

 

Ou com virtude fingida. Quanto ao segundo diz: “de sinais”. Os sinais são uma espécie de “milagretes”.


Os prodígios, entretanto são grandes, que demonstram que uma pessoa é um ser prodigioso, como quem diz à distância: distante, em dígitos: do dedo (Ap 13). E diz: “falsos prodígios”.


Chama-se falso um milagre, ou porque lhe falta a verdadeira razão do fato, ou a verdadeira razão do milagre, ou o devido fim do milagre.


O primeiro é o que fazem os ilusionistas, melhor dito, o que se faz por
arte de magia e bruxaria, quando o diabo se encarrega de dar “gato por lebre” para que pareça outra coisa do que é.


Como fez Simão Mago com um carneiro que mandou degolar, que logo se deixou ver vivo; ou com um homem, que todos criam degolado e, por haver-lhe visto logo vivo, creram-lhe ressuscitado. E isto fazem os homens fazendo fantasmas na imaginação para enganar.

São Liberato de Loro


Liberato nasceu no século III na pequena vila de Loro, na Itália. Era filho de um grande dono de terras. Mas o jovem Liberato ouvindo o chamado de Deus e por sua grande devoção à Virgem Maria, abandonou toda a riqueza e conforto, para seguir a vida religiosa. 

Ordenado sacerdote e desejando consagrar sua vida à penitência e às orações contemplativas se retirou ao pequeno convento de Sofiano. Ali vestiu o habito da Ordem dos frades menores de São Francisco, onde sua vida de virtudes lhe valeu a fama de santidade. 

No livro "Florzinhas de São Francisco" encontramos o seguinte relato sobre ele: "no Convento de Sofiano, o frade Liberato de Loro Piceno vivia em pela comunhão com Deus. Ele possuía um elevado dom de contemplação e durante as orações chegava a se elevar do chão. Por onde andava os pássaros o acompanhavam, posando nos seus braços, cabeça e ombros, cantando alegremente. Amigo da solidão, raramente falava, mas quando perguntado, demonstrava a sabedoria dos anjos. Vivia alegre, entregue ao trabalho, penitência e à oração contemplativa”. 

Quando atingiu a idade de quarenta e cinco anos, caiu gravemente enfermo, ficando entre a vida e a morte. No auge do sofrimento, sentia-se consolado por Jesus Cristo e por Maria, e nunca reclamou das dores que sentia. 

Não sabemos ao cero o dia de seu falecimento. Somente no século XIX, após um complicado e atrapalhado processo de canonização, é que o seu culto foi reconhecido pelo Papa Pio IX, que lhe deu a autorização canônica de ser chamado de Santo. 



Criador Do Céu e da Terra, Deus de amor e de bondade, concedei-nos, pelos méritos de são Liberato, alcançar a simplicidade de vida necessária para bem viver minha vocação neste mundo. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Homilética: 24º Domingo do Tempo Comum - Ano C: "Um Deus de perdão e reconciliação".


“Não quero a morte do pecador, e, sim, que ele se converta e viva.” Essas palavras de Ezequiel (18,23) formam o pano de fundo (deixado na penumbra) da liturgia de hoje (cf. Lc 15,32).

A leitura do livro do Êxodo mostra-nos um Deus que volta atrás do seu projeto de rejeitar Israel, e o Evangelho apresenta as parábolas de Jesus a respeito de quem se perdeu e por Deus é reencontrado. Paulo entendia bem isso: na Primeira Carta a Timóteo, descreve como, de perseguidor, ele foi, pela abundante graça de Deus, levado à vida em Cristo. Jesus veio para salvar os pecadores, e Paulo foi o principal deles. Com isso, tornou-se exemplo daquilo que ele mesmo pregou: a reconciliação.

Em Lc 15, 1-32, na introdução, os fariseus criticam Cristo porque “acolhe gente de má fama e come com eles…”. Esta crítica provoca a resposta de Jesus com as três parábolas da misericórdia que ilustram a atitude misericordiosa de Deus para com os pecadores: a ovelha perdida; a moeda perdida; o filho pródigo (perdido). Em todas elas dá importância muito particular à ALEGRIA daquele que encontra o que tinha perdido. O pastor, depois de encontrar a ovelha, “coloca-a nos ombros com alegria”, regressa à casa e convoca os amigos e vizinhos para que se alegrem com ele. A mulher, depois de ter procurado por todos os recantos da casa, ao encontrar a moeda perdida, faz a mesma coisa: “alegrai-vos comigo, porque achei a moeda perdida!” Muito mais faz o pai ao ver ao longe o filho que volta e que há tanto tempo tinha abandonado a casa paterna; não pensa em recriminá-lo, mas em fazer uma festa!

Que pena! Os escribas e os fariseus não pensavam assim! Eles ficaram murmurando quando Jesus acolheu os pecadores. O filho mais velho, aquele que sempre estava na casa do pai, que ficou chateado quando o seu irmão voltou ao lar, representa não só cada fariseu triste pela atitude de Jesus, mas também representa a cada um de nós quando, vivendo há tantos anos na casa do Pai, na Igreja, perde a capacidade de admirar-se, surpreender-se e alegrar-se pela conversão de um novo adepto à causa de Deus.

O personagem central destas parábolas é o próprio Deus (que é PAI), que lança mão de todos os meios para recuperar os seus filhos feridos pelo pecado. “No seu grande amor pela humanidade, Deus vai atrás do homem, escreve Clemente de Alexandria, como a mãe voa sobre o passarinho quando este cai do ninho; e se a serpente começa a devorá-lo, esvoaça gemendo sobre os seus filhotes (Dt 32, 11). Assim Deus busca paternalmente a criatura, cura-a da sua queda, persegue a besta selvagem e recolhe o filho, animando-o a voltar, a voar para o ninho.”

“Assim haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão” (Lc 15, 70). Isto não quer dizer que o Senhor não estime a perseverança dos justos, mas aqui se põe em realce o gozo de Deus e dos bem-aventurados diante do pecador que se converte. É um claro chamamento ao arrependimento e a não duvidar nunca do perdão de Deus.

O pecado, tão detalhadamente descrito na parábola do filho pródigo, consiste na rebelião contra Deus, ou ao menos no esquecimento ou indiferença para com Ele e para com o seu amor, no desejo tolo de viver fora do amparo de Deus, de emigrar para uma terra distante, longe da casa paterna. Como se passa mal quando se está longe de Deus! “Onde se passará bem sem Cristo – pergunta Santo Agostinho -, ou quando se poderá passar mal com Ele?”

“Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos” (Lc 15, 20). Acolhe-o como filho imediatamente! Estas são as palavras da Bíblia: cobriu-o de beijos, comia-o a beijos. Pode-se falar com mais calor humano? Pode-se descrever de maneira mais gráfica o amor paternal de Deus pelos homens? Perante um Deus que corre ao nosso encontro, não nos podemos calar, e temos que dizer-Lhe, como São Paulo: “Abbá, Pai” (Rm 8,15). Quer que Lhe chamemos de Pai, que saboreemos essa palavra, deixando a alma inundar-se de alegria.

Essa parábola deve nos despertar para a beleza do sacramento da Reconciliação (confissão). Na Confissão, através do sacerdote, o Senhor devolve-nos tudo o que perdemos por culpa própria: a graça e a dignidade de filhos de Deus. Cumula-nos da sua graça e, se o arrependimento é profundo, coloca-nos num lugar mais alto do que aquele em que estávamos anteriormente.

O pecado existe e todo o pecado é uma ofensa a Deus, porém a misericórdia de Deus é maior do que todos os nossos pecados. Contudo supõe uma atitude de retorno: CONVERSÃO.

O Pai é Deus, que tem sempre as mãos abertas, cheias de misericórdia. O filho mais novo é a imagem do pecador, que percebe que só pode ser feliz junto de Deus, nem que seja no último lugar, mas com o seu Pai-Deus. E o mais velho? É um homem trabalhador, que sempre serviu…; mas sem alegria. Serviu porque não tinha outra solução, e, com o tempo, o seu coração tornou-se pequeno. Foi perdendo o sentido da caridade enquanto servia. O seu irmão é já, para ele, “esse teu filho”. É a figura de todo aquele que esquece que estar com Deus, nas coisas grandes e nas coisas pequenas, é uma honra imerecida.

Deus espera de nós uma entrega alegre, sem tristeza nem constrangimento, pois Deus ama aquele que dá com alegria (2 Cor 9, 7). “É uma doce alegria pensar que o Senhor é justo, que conhece perfeitamente a fragilidade da nossa natureza! Por que então temer? Ele que se dignou perdoar, com tanta misericórdia, as culpas do filho pródigo, não será também justo comigo, que estou sempre junto dEle?” (Santa Teresinha do Menino Jesus). Com alegria sirvamos ao Senhor nas coisas mais pequenas!

França: Igreja onde foi assassinado o Pe. Jacques Hamel reabrirá em outubro


A igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, onde foi assassinado o Pe. Jacques Hamel por dois terroristas do Estado Islâmico em 26 de julho, reabrirá suas portas no próximo dia 2 de outubro.

O templo foi fechado depois que dois terroristas do Estado Islâmico o invadiram durante a missa e assassinaram o sacerdote de 84 anos, em um ataque em que também foram feitos vários reféns.


Agora, 10 semanas após o atentado, Éric de la Bourdonnaye, diretor de comunicações da Diocese de Rouen, anunciou sua próxima abertura e será retomada a celebração das missas e o culto.

Vivem em grande paz os que amam a vossa lei


Com toda a razão se promete aos puros de coração a bem‑aventurança da visão divina. Nunca os olhos impuros poderão contemplar o esplendor da luz verdadeira; e o que há‑de constituir a felicidade das almas puras será causa de tormento para as que estiverem manchadas de pecado. Ponhamos de parte, por conseguinte, a sombra tenebrosa das vaidades terrenas e purifiquemos de toda a mancha de pecado os olhos da nossa alma, para que possam saciar‑se tranquilamente na admirável visão de Deus.
 
Para merecermos esta visão, disse também o Senhor: Bem‑aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. Esta bem‑aventurança, irmãos caríssimos, não se refere a qualquer espécie de concórdia ou harmonia humana, mas àquilo de que fala o Apóstolo: Tende paz com Deus, e de que diz o Profeta: Vivem em grande paz os que amam a vossa lei, e nada os pode perturbar.
 
Não bastam para garantir esta paz os mais estreitos laços de amizade nem as mais perfeitas semelhanças de carácter, se não estão em harmonia com a vontade de Deus. A amizade fundada em desejos pecaminosos, em pactos injustos e alianças criminosas, nada tem que ver com esta paz sublime. O amor do mundo não se harmoniza com o amor de Deus e não pode tomar parte na comunidade dos filhos de Deus quem não se afasta dos que vivem segundo a carne. Mas aqueles que têm sempre em Deus o seu pensamento, empenhando‑se em manter a unidade do espírito pelo vínculo da paz, esses nunca se apartam da lei eterna, dizendo na oração com fé sincera: Seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu.
 
Estes são os pacíficos, estes são os que vivem em santa harmonia e perfeita concórdia, estes são os que merecem ser chamados eternamente filhos de Deus e herdeiros com Cristo; porque o amor de Deus e o amor do próximo os tornam dignos do prémio eterno. Jamais temerão adversidade ou perturbação alguma; terminado o combate de todas as tentações, descansarão tranquilos na paz de Deus, por Nosso Senhor, que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amen.




Do Sermão de São Leão Magno, papa, sobre as Bem‑aventuranças
(Sermo 95, 8-9: PL 54, 465-466) (Sec. V)

Como morrerá o Anticristo




Vós já sabeis a causa que agora o detém, até que seja manifestado a seu tempo. O fato é que já vai obrando o mistério da iniquidade; entretanto, o que está firme agora mantenha-se até que seja tirado o impedimento. E então se deixará ver aquele perverso, a quem o Senhor Jesus matará com o alento de sua boca e destruirá com o resplendor de sua presença aquele iníquo que virá com o poder de Satanás, com toda sorte de milagres, de sinais e falsos prodígios, e com todas as ilusões que podem conduzir à iniquidade àqueles que se perderam, por não haver recebido e amado a verdade a fim de salvarem-se. - 2 Tessalonicenses 2,6-9

 

Ao dizer logo: “e então se deixará ver”, põe-se a chegada do iníquo e sua pena; primeiro sua manifestação, logo sua pena.


Quanto ao primeiro diz: aquele, o único, iníquo, perverso, se deixará ver, porque sua culpa se fará patente, “a quem o Senhor Jesus matará com o alento de sua boca”.

“O zelo do Senhor dos exércitos é o que fará estas coisas” (Is 9,7), isto é, o zelo da justiça, que é amor; porque o espírito de Cristo é o amor de Cristo, e este zelo é o que o Espírito Santo tem para com a Igreja.


Ou com o alento de sua boca, isto é, por ordem dela; porque São Miguel lhe dará morte no Monte das Oliveiras, de onde Cristo subiu aos céus.


De sorte parecida encontrou seu fim Juliano o Apóstata, executado por mão divina.

E esta é a pena presente, embora também será castigado com a eterna, porque “o destruirá com o resplendor de sua presença”, isto é, com sua chegada que tudo o porá como um sol (1Co 4).

São Lourenço Justiniano


Lourenço Justiniano nasceu em Veneza, no dia 01 de julho de 1380. Desde cedo já manifestava seu repúdio ao orgulho, à ganância e corrupção que havia em sua terra natal. Na adolescência decidiu-se dedicar à vida religiosa. 

Sua único desejo era amar e servir a Deus. Procurando o aprimoramento espiritual, tornou-se um mendigo em sua cidade, chegando a esmolar na porta da casa de seus próprios pais. Aos dezenove anos de idade ele era considerado um modelo de virtude, austeridade e humildade. 

Em 1404 ingressou no Mosteiro de São Jorge. Dois anos depois tornou-se sacerdote em 1407 e dois anos depois foi eleito superior da comunidade de São Jorge em Alga. 

Não era um bom orador, mas destacou-se como excelente confessor. Também chegou a escrever alguns livros, incluindo tratados teológicos e manuais de catequese. Os seus escritos trazem a matriz da idéia da "Sabedoria Eterna", eixo da sua mística, tanto para a perfeição interior como para a retidão da vida episcopal. 

Em 1433, foi consagrado Bispo de Castelo e depois o foi consagrado o primeiro Patriarca de Veneza. Nestas administrações deixou sua marca singular impressa com suas virtudes, sendo considerado um homem sábio, piedoso e caridoso, principalmente com os mais pecadores. Tornou-se um exemplo de pastor, amado por todos os fiéis, que obedeciam a sua pregação e exemplo no seguimento de Cristo. Faleceu em janeiro de 1456. 



Ó Deus, dai-nos pelo exemplo e intercessão de São Lourenço Justiniano a graça de Vos servir com alegria e humildade, de assistir os mais necessitados, de vivenciar a Vossa Palavra e buscar a santidade. Vós pedimos também por Jesus Cristo, Nosso Senhor, na unidade com o Espírito Santo. Amém!