sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

As maravilhas de Deus


Deus libertou o povo de Israel da escravidão do Egito, realizando muitos portentos e prodígios: abriu-lhes uma passagem a pé enxuto pelo Mar Vermelho; sustentou-os no deserto com um alimento vindo do céu, o maná e as codornizes; para acalmar a sua sede, fez brotar da rocha duríssima uma fonte de água viva; deu-lhes a vitória sobre todos os inimigos que declararam guerra contra eles; por algum tempo, fez voltar atrás a corrente impetuosa das águas do Jordão; dividiu e repartiu por eles, segundo o número das tribos e famílias, a terra prometida. Mas aqueles homens ingratos, esquecendo tanto amor e generosidade, abandonaram e repudiaram o culto de Deus verdadeiro e entregaram-se, uma e outra vez, ao abominável crime da idolatria.

Depois, também a nós, quando éramos ainda pagãos e nos deixávamos arrastar para os ídolos mudos sem nenhuma resistência, Deus nos arrancou da oliveira brava da gentilidade, a que pertencíamos por natureza, e nos enxertou na verdadeira oliveira do povo judaico, podando alguns dos seus ramos naturais, e nos fez participar na raiz e riqueza da sua graça. Finalmente, não poupou o seu próprio Filho, mas entregou-O à morte por todos nós, como vítima e sacrifício agradável a Deus, para nos resgatar de toda a iniquidade e preparar para si um povo perfeito.

Tudo isto, mais que argumentos, são sinais evidentes do imenso amor e bondade de Deus para conosco; e contudo, como homens mais ingratos ainda, ultrapassando todos os limites da ingratidão, não refletimos no seu amor, nem reconhecemos a grandeza dos seus benefícios, antes nos tornamos mais insolentes e desprezamos o autor e dispensador de tão grandes bens. Nem sequer a surpreendente misericórdia de que usa continuamente para com os pecadores nos move a ordenar a nossa vida e costumes de acordo com a sua santíssima vontade. 

Todas estas maravilhas são verdadeiramente dignas de ser escritas para perpétua memória das gerações futuras, a fim de que todos os que vierem a usar o nome de cristãos reconheçam a infinita bondade de Deus para conosco e não cessem de cantar os louvores divinos.



Do Comentário de São João Fisher, bispo e mártir, sobre os salmos (Ps. 101: Opera omnia, ed. 1597, pp. 1588-1589) (Sec. XVI)

Acredite, não se deixe desanimar!


Quando estamos passando por um tempo de deserto, de secura espiritual, sofrimento ou doença, se não estivermos equilibradamente preparados (o que nunca estamos), deixamo-nos vencer por um pessimismo que anda pelo ar e pelos corações das pessoas, um espírito de derrota, de fracasso incrível. A pressão, os comentários infelizes e as pessoas não têm culpa, elas estão mergulhadas, engolidas pelo pessimismo, muitas vezes, com pensamentos assim: “”O meu problema é maior do que o seu””; “Eu tenho mais tempo nesta situação””; “Ah, você está passando por tudo isso e eu por mais aquilo…””; “Não tem mais jeito!””. Um falso conformismo toma conta do nosso coração, parece que patinamos e não saímos do lugar. Quando a Palavra nos exorta ao seguinte:

“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito” (Romanos 12,2).

Diante do sistema desse mundo tenebroso e sem Deus, o maligno têm nos feito acreditar que não é possível e que não somos capazes. Como eu, sozinho, vou mudar toda essa situação?” Por isso, renunciemos a esse espírito de derrota e alarguemos as nossas fronteiras, porque eu sei em quem coloquei minha esperança, sei que ela não engana. O Espírito de Deus foi derramado em nossos corações. Em Cristo, qualquer que seja a situação, nunca somos fracassados, mas sempre vencedores!

O Senhor nos dotou de uma capacidade chamada superação, lembremo-nos de Cristo caminhando para o Calvário, dos apóstolos e mártires no início da Igreja, de João Paulo II e Madre Teresa de Calcutá, que sempre se levantavam das cinzas e davam uma resposta diferente à vida e ao mundo. 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

“Aborto realiza o sonho das mulheres”, disse Obama


O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, emitiu no dia 24 de janeiro de 2014 um comunicado por ocasião dos 41 anos da decisão judicial do caso Roe vs. Wade que abriu as portas ao aborto nesse país em 22 de janeiro de 1973 e que permitiu o extermínio de 57 milhões de bebês no ventre de suas mães.

Em seu comunicado, Obama qualifica o aniversário de Roe vs. Wade como uma oportunidade para que as mulheres possam “alcançar seus sonhos”. Obama assegurou que hoje “renovamos nosso compromisso ao princípio diretriz da decisão (de Roe vs. Wade): que toda mulher deve ser capaz de fazer suas próprias escolhas sobre seu corpo e sua saúde”. “Reafirmamos o nosso firme compromisso de proteger o acesso da mulher a um cuidado da saúde acessível e seu direito constitucional à privacidade, incluindo o direito à liberdade reprodutiva”, disse Obama.

Ao concluir sua mensagem, o presidente norte-americano relacionou seus compromissos com o aborto com que os Estados Unidos “seja um país onde todos merecem a mesma liberdade e oportunidades para cumprir seus sonhos”. Obama promoveu durante seus dois governos um mandato que obriga os empresários a pagarem por planos de saúde que cubram aborto e anticoncepção para os seus trabalhadores, mesmo que em consciência se oponham a estas práticas anti-vida.

Durante sua campanha eleitoral de reeleição em 2012, Obama recebeu mais de 15 milhões de dólares da maior corporação de aborto do mundo, a International Planned Parenthood Federation, que logo assumiu o crédito de sua vitória eleitoral. O ator, produtor e líder pró-vida Eduardo Verástegui, denunciou que dos 3 mil abortos que se realizam cada dia nos Estados Unidos, 650 são bebês latinos. “Os hispanos somos os mais afetados pela indústria do aborto”, assinalou, indicando que “as crianças dos grupos minoritários (hispanos e afro-americanos) estão sendo abortadas em uma proporção de mais do dobro em comparação com as crianças anglo-saxões”. 

Por que incomoda tanto o nome de Ives Gandra para o STF?


Nesta semana, tão logo o nome de Ives Gandra da Silva Martins Filho despontou como favorito para o Supremo Tribunal Federal — conforme previsão acertada da mídia alternativa —, a imprensa convencional, pouco dada à imparcialidade, já começou a praticar o seu habitual "assassinato de reputações".

Para o colunista Lauro Jardim, de O Globo, por exemplo, Ives seria "um legítimo representante do século XIX no Supremo". Um site da periferia virtual, do qual não vale a pena fazer propaganda, afirma que a nomeação de Gandra seria o avanço da "seita fascista" Opus Dei no Brasil. Até as revistas Carta Capital e Veja, que normalmente não se sintonizam em matéria política, entraram em um acordo: para a primeira, "Ives demonstra um pensamento preocupante sobre matéria de família"; para a segunda, "Gandra é tido como honesto, católico fervoroso e acima do bem e do mal (!)" (o que, evidentemente, não pode ser um elogio).

O chilique dos jornalistas é devido, obviamente, às posições conservadoras que Ives Gandra manifestamente sustenta em questões de moralidade. Para suscitar o escândalo em relação ao jurista, que é hoje presidente do Tribunal Superior do Trabalho, a mídia faz questão de ressuscitar inclusive trechos de uma obra sua de Direito Constitucional, na qual o ministro defende a complementaridade dos sexos para a existência de um verdadeiro matrimônio, afirma o caráter especialmente procriativo da sociedade conjugal (sexo tem a ver com filhos, não é algo extraordinário?) e condena a realidade do divórcio, cuja admissão no direito positivo só o que tem causado é "maior número de separações", "maior número de filhos desajustados" e "maior despreparo para o casamento".

Em resumo, Ives Gandra Filho parece ostentar apenas um "defeito": pensar como a maioria dos brasileiros pensa. Sim, porque, independentemente da religião a que pertençam, a verdade é que a maior parte dos brasileiros é contrária ao aborto, é contrária ao divórcio, é contrária ao casamento gay, ao mesmo tempo em que é a favor da vida, a favor da família e a favor do casamento monogâmico natural. Todas essas questões, portanto, que para a mídia liberal parecem pesar em desfavor de Ives, para qualquer brasileiro médio é (ou pelo menos deveria ser) motivo de grande satisfação. Com a nomeação de Ives Gandra para o Supremo, finalmente teríamos, na mais alta instância do Poder Judiciário, um ministro de identidade cristã, capaz de falar diretamente aos cidadãos de bem de nosso país.

Porém, é evidente, um bom juiz não se deve medir por sua "representatividade", mas por atuar conforme a lei — e nisso, igualmente, Ives Gandra Filho só parece acumular ainda mais pontos a seu favor. Crítico ferrenho do ativismo judicial, Ives Filho aprendeu com o pai que, para manter o equilíbrio em uma democracia, cada esfera do poder deve manter-se sadiamente dentro de seus limites institucionais, os quais foram fixados pela própria Constituição. Dele não ouviremos, portanto, que um magistrado, depois da investidura, não deve satisfação a mais ninguém. Por sua atuação, não seremos surpreendidos com a criação ou revogação arbitrária das leis de nosso país. Isso porque, muito antes de ser indicado para o STF — e mesmo que a sua nomeação não aconteça —, Ives Filho já tem demonstrado compreender, tanto em sua obra quanto em sua atuação junto à magistratura, o que significa zelar, afinal, pela "guarda da Constituição".

A reação frenética da mídia, então, o que revela? 

França: Praça é dedicada em memória do Pe. Jacques Hamel, assassinado pelo ISIS


O distrito de Ermont, localizado ao norte de Paris (França), quis honrar com uma praça com seu nome o Pe. Jacques Hamel, sacerdote assassinado por dois terroristas do Estado Islâmico (ISIS) em 26 de julho de 2016, enquanto celebrava Missa.

Na inauguração realizada no dia 22 de janeiro estiveram presentes todas as comunidades religiosas da região e a família do sacerdote. 

O prefeito de Ermont e senador, Hugues Portelli, explicou ao jornal ‘Le Parisien’ que esta praça não tinha nome e está em frente ao centro paroquial João Paulo II, que acolhe as reuniões dos católicos assim como também encontros ecumênicos.

Portelli disse que a decisão de colocar o nome desta praça em homenagem ao Pe. Hamel foi submetida à votação há dois meses e o resultado foi “unânime”: todos votaram a favor.

Na cerimônia de inauguração, o prefeito de Ermont homenageou o Pe. Jacques Hamel, descrevendo-o como “um mártir da fé” e “um exemplo de diálogo entre as religiões e comunidades da sua paróquia nos subúrbios de Rouen e se uniu a todas aquelas vítimas inocentes do fanatismo em nosso país e no mundo”. 

Alemanha: Artista é multado por “fazer flexões” sobre altar de Igreja Católica


Um artista foi multado em 700 euros pelo tribunal da cidade alemã de Saarbrücken depois de publicar um vídeo no YouTube no qual aparece fazendo 27 flexões sobre o altar da Basílica de São João.

Alexander Karle, de 38 anos, que estudou arte em uma universidade de Saarbrücken, publicou o vídeo no YouTube intitulado: “Pressure to Perform” (Pressão para executar).

Assegurou que queria “estudar os vínculos entre a religião e a necessidade de se ajustar aos altos padrões atuais”, segundo relatórios de fontes de notícias russas e alemãs.



O vídeo chamou a atenção dos funcionários da Igreja pela primeira vez quando foi exibido em um centro de arte em fevereiro do ano passado. A paróquia apresentou denúncias contra Karle, acusando-o de profanar um lugar de culto.

Combati o bom combate


Enclausurado no cárcere, Paulo sentia-se habitar no Céu. Recebia os açoites e as feridas com mais alegria do que aqueles que recebem as palmas do triunfo; e não estimava as dores menos do que os prêmios, porque considerava as próprias dores como os prêmios que desejava, e amava-as como uma graça. Considerai com atenção o sentido disto: o prêmio, para ele, era ser libertado da carne e estar com Cristo, ao passo que permanecer na carne significava o combate. Mas, por causa de Cristo, sobrepunha ao desejo do prêmio a ânsia de prosseguir o combate, porque considerava ser isto o mais necessário. 

Estar afastado de Cristo representava para ele o combate e o sofrimento, mais ainda, o máximo combate e o maior sofrimento; estar com Cristo, pelo contrário, era o prêmio único; e no entanto, por amor de Cristo, Paulo prefere o combate ao prêmio. 

Talvez diga algum de vós: «Mas ele dizia sempre que tudo lhe era suave por amor de Cristo». Isso também eu o afirmo, porque as coisas que são para nós causa de tristeza eram para ele enorme prazer. Porque recordarei então os perigos e tribulações que sofreu? Na verdade, o seu profundo desgosto fazia-o exclamar: Qual de vós está doente, sem que eu o esteja também? Qual de vós é escandalizado, sem que eu não me consuma? 

Mas peço-vos que não vos limiteis a admirar este tão ilustre exemplo da virtude: imitai-o. Só assim poderemos ser participantes da sua glória. 

E se algum de vós se admira por eu dizer que aquele que imitar os méritos de Paulo participará da sua recompensa, oiça o que ele próprio afirma: Combati o bom combate, terminei a minha carreira, permaneci na fé; de resto, está guardada para mim a coroa da justiça que o Senhor, justo juiz, me entregará naquele dia; e não só a mim, mas a todos os que esperam a sua vinda. Vedes como ele nos chama a todos à mesma comunhão na glória? 

Ora uma vez que a todos é oferecida a mesma coroa de glória, esforcemo-nos todos por ser dignos dos bens prometidos. 

E não consideremos em Paulo apenas a grandeza e a excelência das virtudes, o ânimo sempre pronto e a decisão forte, pelos quais mereceu chegar a tão grande graça; mas pensemos também que a sua natureza era em tudo igual à nossa. E assim, também a nós, as coisas que são muito difíceis parecerão fáceis e leves; e, suportando-as valorosamente neste breve espaço de vida, obteremos aquela coroa incorruptível e imortal, por graça e misericórdia de Nosso Senhor Jesus Cristo. A Ele a glória e o poder agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.



Das Homilias de São João Crisóstomo, bispo (Hom. 2 sobre os louvores de São Paulo: PG 50, 480-484) (Sec. IV)

Loucura do mundo moderno: incesto admitido


O incesto inclui-se entre as poucas coisas que ainda chocam a sociedade atual. Como certas barreiras existentes na opinião pública o rejeitam como antinatural, o processo revolucionário¹, que visa destruir tudo o que resta de civilização cristã, precisa dar mais um passo para destruir essa rejeição.

E esse passo consiste em diminuir a barreira de horror em relação ao incesto, dando-lhe uma conotação mais simpática. Nessa linha, recente notícia do portal UOL, reproduzida por muitos sites brasileiros, parece caminhar nesse sentido. Vejamos primeiramente como o UOL noticia a matéria, no dia 3-10-16:

Mulher se casa com milionário e descobre que marido é seu avô.² E o mais impressionante? Eles resolveram seguir em frente, não estão nem aí…

Uma mulher que achou ter tirado a sorte grande ao se casar com um homem em Golden Beach, nos Estados Unidos, descobriu que, na verdade, seu marido é seu avô. A história é tão chocante que ambos não querem ter o nome divulgado.

A mulher tem 24 anos e se apaixonou pelo homem que é 44 anos mais velho após conhecê-lo por meio de uma agência. Ele já tinha ampla experiência em casamentos. No primeiro, foi abandonado pela companheira que também levou os filhos para longe. No segundo, o relacionamento faliu junto com as finanças pessoais.

Por sorte, o homem acabou entrando em um bolão na empresa em que trabalhava e ficou rico. Foi aí que resolveu arranjar um novo amor. Em 2015, conheceu a atual mulher por meio de uma agência.

No entanto, ao ver fotos dela, o homem sentiu algo estranho, como se já a conhecesse.

‘Parecia um déjà vu, mas eu não entendia por que ela parecia tão familiar’, afirmou ao jornal ‘Florida Sun Post’.

Quando mostrava um álbum de fotos da família para o novo amor, veio a surpresa. Ela reconheceu o pai em uma das fotos e perguntou para o marido quem era aquele cara. Ele respondeu que era seu filho, com quem perdeu o contato após o primeiro divórcio.

Foi um choque. Mas como a mulher também perdeu o contato com o pai, depois de ter ficado grávida, o casal resolveu seguir em frente. Vão permanecer casados, apesar do laço sanguíneo. E não estão nem aí para as críticas”.
  
Mas, por que achar que esse texto aparentemente tão neutro poderia de alguma forma fazer propaganda do incesto? Por dois motivos muito simples. O primeiro é justamente a tentativa de parecer neutro, como se não houvesse nenhum mal nessa atitude infame.

O segundo motivo, ainda mais grave, é a omissão de dados demonstrando não se tratar de um casal comum, mas… Vejamos outros dados da notícia original no “Florida Sun Post”³, que o noticiário brasileiro tem omitido…