Quando
estamos passando por um tempo de deserto, de secura espiritual, sofrimento ou
doença, se não estivermos equilibradamente preparados (o que nunca estamos),
deixamo-nos vencer por um pessimismo que anda pelo ar e pelos corações das
pessoas, um espírito de derrota, de fracasso incrível. A pressão, os
comentários infelizes e as pessoas não têm culpa, elas estão mergulhadas,
engolidas pelo pessimismo, muitas vezes, com pensamentos assim: ”O meu
problema é maior do que o seu”; “Eu tenho mais tempo nesta situação”; “Ah,
você está passando por tudo isso e eu por mais aquilo…”; “Não tem mais
jeito!”. Um falso conformismo toma conta do nosso coração, parece que
patinamos e não saímos do lugar. Quando a Palavra nos exorta ao seguinte:
“Não vos
conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso
espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o
que lhe agrada e o que é perfeito” (Romanos 12,2).
Diante
do sistema desse mundo tenebroso e sem Deus, o maligno têm nos feito acreditar
que não é possível e que não somos capazes. Como eu, sozinho, vou mudar toda
essa situação? Por isso, renunciemos a esse espírito de derrota e alarguemos
as nossas fronteiras, porque eu sei em quem coloquei minha esperança, sei que
ela não engana. O Espírito de Deus foi derramado em nossos corações. Em Cristo,
qualquer que seja a situação, nunca somos fracassados, mas sempre vencedores!
O Senhor nos
dotou de uma capacidade chamada superação, lembremo-nos de Cristo caminhando
para o Calvário, dos apóstolos e mártires no início da Igreja, de João Paulo II
e Madre Teresa de Calcutá, que sempre se levantavam das cinzas e davam uma
resposta diferente à vida e ao mundo.
Matar um leão a cada dia
Quando
estamos passando por grandes dificuldades, ficamos vulneráveis e nos
assemelhamos às esponjas, encharcando-nos de todo tipo de coisas, filosofias,
entre outros. O sentimento fica à flor da pele e queremos nos agarrar à
primeira coisa que nos aparece e falsamente nos dá conforto. Nessa hora, é
preciso ter calma, esperança e matar um leão a cada dia. Deus nos dá,
diariamente, a oportunidade de conquistarmos vitórias, pois a nossa força é o
Senhor. Ele quer fazer de nós vencedores, lutando e tomando atitude na vida. Se
não fossem as ondas e até as tempestades o barco não sairia do lugar, não
avançaria para águas mais profundas e não experimentaríamos a oportunidade de
uma pesca milagrosa. Acredite e não se deixe desanimar!
A fé é uma
experiência carismática de acreditar naquilo que não se vê, mas que se constrói
e torna realidade. Com Deus somos coadjuvantes de nossa história. Santa Teresa
de Calcutá disse certa vez: “Eu quero ser o lápis nas mãos de Deus!”. Não somos
marionetes nas mãos do Senhor, Ele não brinca conosco, Ele faz conosco a
história; isso não é um determinismo, muito menos um conformismo sem
inteligência. Deus respeita as nossas escolhas, mesmo que elas sejam erradas,
pois acredito que tudo concorre para o bem dos que O amam. E como bom Mestre,
Ele nos dá uma borracha para corrigirmos e refazermos a nossa vida. Nem tudo
está perdido: as pessoas, aquilo que você está vivendo agora, as situações que
estão fora do seu controle, Deus é bom e se manifesta no amor e na amizade.
“Tenho para
mim que os sofrimentos da vida presente não têm proporção alguma com a glória
futura que nos deve ser manifestada” (Romanos 8,18).
Aguente firme,
meu filho!
Minha bênção
fraterna.
Padre Luizinho,
natural de Feira de Santana (BA), é
sacerdote na Comunidade Canção Nova. Ordenado em 22 de dezembro de 2000, cujo
lema sacerdotal é “Tudo posso naquele que me dá força”.
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Canção Nova
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