quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Imaculada desde a concepção


No próximo dia 8, celebraremos a Imaculada Conceição de Nossa Senhora, ou seja, honraremos o privilégio singular concedido por Deus à Virgem Maria, escolhida para a Mãe do Filho de Deus encarnado, preservando-a, desde a sua concepção, da herança do pecado original.

Está aí uma luz dada pela Igreja sobre a vida intrauterina. Vida humana, respeitável, com direitos, querida por Deus, objeto do seu amor, desde o primeiro momento da concepção.

“Vossos olhos contemplaram-me ainda em embrião” (Sl 139,16): essa é a citação bíblica escolhida por São João Paulo II para falar sobre o crime abominável do aborto: “o aborto provocado é a morte deliberada e direta... de um ser humano na fase inicial da sua existência, que vai da concepção ao nascimento... Trata-se de um homicídio... A pessoa eliminada é um ser humano que começa a desabrochar para a vida, isto é, o que de mais inocente, em absoluto, se possa imaginar: nunca poderia ser considerado um agressor, menos ainda um injusto agressor! É frágil, inerme, e numa medida tal que o deixa privado inclusive daquela forma mínima de defesa constituída pela força suplicante dos gemidos e do choro do recém-nascido. Está totalmente entregue à proteção e aos cuidados daquela que o traz no seio...” (Evangelium Vitae, 58).

“Alguns tentam justificar o aborto, defendendo que o fruto da concepção, pelo menos até certo número de dias, não pode ainda ser considerado uma vida humana pessoal. Na realidade, porém, a partir do momento em que o óvulo é fecundado, inaugura-se uma nova vida que não é a do pai nem a da mãe, mas sim a de um novo ser humano que se desenvolve por conta própria. Nunca mais se tornaria humana, se não o fosse já desde então. A essa evidência de sempre a ciência genética moderna fornece preciosas confirmações. Demonstrou que desde o primeiro instante, se encontra fixado o programa daquilo que será este ser vivo: uma pessoa, esta pessoa individual, com as suas notas características já bem determinadas. Desde a fecundação, tem início a aventura de uma vida humana, cujas grandes capacidades, já presentes cada uma delas, apenas exigem tempo para se organizar e se encontrar prontas para agir... O ser humano deve ser respeitado e tratado como uma pessoa desde a sua concepção e, por isso, desde esse mesmo momento, lhe devem ser reconhecidos os direitos da pessoa, entre os quais e primeiro de todos, o direito inviolável de cada ser humano inocente à vida”  (Evang. Vitae, 60).

Freira se diz favorável ao aborto e liberação das drogas


Ivone Gebara é freira  da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora – Cônegas de Santo Agostinho. Atualmente reside em Camaragibe, na periferia de Recife. A religiosa é doutora e escritora e busca, segundo seu pensamento mudar a Igreja a partir de dentro. Gebara deu entrevista ao portal UOL recentemente reafirmando posições que vão na contramão do que ensina a Igreja como a questão do aborto, prática o Papa Francisco rechaça com frequência.

A religiosa milita em sua teologia para que a Bíblia não seja reconhecida como Palavra de Deus. "Defendemos [teólogas feministas]  que os textos bíblicos sejam vistos como produção literária de uma época com abertura à transcendência, e não como ‘palavra de Deus'”. Quando ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, Gebara justifica pelo amor. “na minha opinião, para essas coisas, basta apenas o amor. Uma comunidade religiosa precisa incluir a diversidade em seus valores".

Na contramão do que orienta a Igreja, a freira Ivone Gebara faz eco aos discurso pró-aborto das feministas e grandes fundações que buscam legalizar esse crise em diversos países inclusive o Brasil. A religiosa se posta claramente contra o que tem ensinado Papa Francisco reiterada vezes quando fala que o aborto faz parte da cultura do descartável.

Fortaleza EC inclui Cruz em novo uniforme

Uniforme do Fortaleza ganha Cruz.

Na comemoração dos cem anos do Fortaleza Esporte Clube  será lançado  o novo uniforme do time. A camisa é “inspirada na origem histórica do nascimento e crescimento da cidade de Fortaleza”, conta a descrição no site  Centenarium.

Ainda de acordo com o site foi incluso na blusa um elemento muito especial: “a Cruz de Santiago em referência ao Fortim de São Tiago, a primeira Fortaleza de Fortaleza, localizada no marco zero da cidade, na Barra do Ceará”.

Forte de Santiago foi o primeiro de Fortaleza.

A espada de Santiago representa Fé, honra e amor. Surgiu na Espanha, após a batalha del Clavijo. Por esta Conquista militar passou a ser o distintivo dos cavaleiros de Leão dedicados a defender os Peregrinos.

Padre do Ceará rejeita título de cidadão em município do Acre


Padre Miguel Lucas da Costa é de Itapebussu, no Ceará, e há mais de três anos está em missão na cidade de Boca do Acre – Amazonas, pertencente à Diocese do Rio Branco, no Acre. O sacerdote rejeitou receber o título de cidadão Bocacrense que seria conferido pela Câmara Municipal daquela cidade a pedido do vereador José Silva Noronha (PSD), a quem o padre endereçou uma carta explicitando os motivos da não aceitação da honraria.

“Como receber um título de cidadão, se os cidadãos naturais, não têm seus direitos respeitados? Como me sentir cidadão, se os próprios cidadãos de Boca do Acre, principalmente os mais pobres levam uma vida miserável?”, questiona o sacerdote em favor do seu povo.

Padre Miguel continua a carta apresentando mais motivos para a rejeição ao título. “Agora se é para ser cidadão como os cidadãos da Boca do Acre vivem, mendigando cesta básica, uma passagem para ir ao médico em Rio Branco, ajuda para uma cirurgia, dinheiro para comprar um remédio, ou serviço para ganhar um trocado , NÃO ACEITO".


Falta de hospital digno, saúde precária, ruas esburacadas, esgoto a céu aberto, água sem tratamento  e localidades sem fornecimento de água para consumo diário foram algumas das mazelas denunciadas pelo padre, que pertence à Arquidiocese de Fortaleza.

O pedido do sacerdote que ao invés de um projeto pedindo que o honrassem, fossem aprovados “projetos que venham a favorecer a vida do povo, principalmente os mais pobres, que são humilhados sem o necessário para sobreviver”. O padre finaliza a carta agradecendo ao vereador pela intenção e compreensão.

Ano do Laicato é o tema da Campanha para Evangelização de 2017 da CNBB


Em sintonia com o Ano do Laicato, a Campanha para a Evangelização deste ano que tem como tema “Cristãos leigos e leigas comprometidos com a Evangelização” e o lema “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5, 13-14).

A abertura da CE é realizada na Festa de Cristo Rei, este ano 26 de novembro, mesmo dia que a Igreja no Brasil fará a abertura do ano que será dedicado aos cristãos leigos e leigas. A campanha tem duração de três semanas e a conclusão acontece no terceiro domingo do Advento, dia 17 de dezembro, quando deve ser realizada, em todas as comunidades católicas, a Coleta para a ação evangelizadora no Brasil.

O Objetivo da campanha é despertar os discípulos e as discípulas missionários para o compromisso evangelizador e para a responsabilidade pela sustentação das atividades pastorais no Brasil. A iniciativa considera a ajuda para dioceses de regiões mais desassistidas e necessitadas.

“A Campanha para Evangelização é uma experiência que instiga a comunhão e partilha dos bens entre as Igrejas particulares, assim como acontecia nas comunidades primitivas do Novo Testamento, cujo relato encontramos nos Atos dos Apóstolos e nas cartas paulinas, explica o secretário executivo da CE, padre Luís Fernando da Silva.

A Campanha da Evangelização já está em andamento, todas as paróquias do Brasil receberam folders informativos sobre o tema e o lema da CE 2017 e os envelopes para a coleta. Além disso, já está à disposição o cartaz para ser adquirido ou baixado através do site da Edições CNBB.

Padre Luís Fernando da Silva lembra que “A Igreja no Brasil mais uma vez faz um forte apelo para que nossas comunidades locais se motivem na comunhão e na participação para que, por meio dessa partilha, muitas iniciativas de evangelização sejam fortalecidas em todo o país”.

Com a coleta desse ano pretende-se apoiar as inúmeras iniciativas da Igreja no Brasil promovidas pelos cristãos leigos e leigas no serviço da evangelização, da dinamização das pastorais, na luta pela justiça social, nas experiências missionárias das Igrejas irmãs e na missão ad gentes.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Mensagem da Rede Brasileira de Justiça e Paz denuncia lógica cruel no Brasil


REDE BRASILEIRA JUSTIÇA E PAZ
Brasília, 10 a 12 de Novembro de 2017

Misericórdia e fidelidade se encontram, justiça e paz se abraçam (Salmo 85, 11)

A realidade brasileira expõe uma nação à deriva, sem rumo, entregue à voracidade do mercado financeiro nacional e internacional. Há quem sustente que esta situação revela algo premeditado e com objetivo claro: aprofundar o modelo de país voltado para fora como fonte de matérias primas oferecidas às metrópoles de plantão.

Tal anomalia tem uma funcionalidade, pois legitima a adoção de políticas que, num quadro de normalidade, jamais seriam aceitas. Ao explorar o vocábulo crise, implicitamente induz à admissão de que o Estado Democrático de Direito ainda subsiste e não estaríamos caindo em outra realidade, um novo formato de Estado, voltado à multiplicação de lucros e ampliação do controle penal dos “indesejáveis”, em negação de valores essenciais à própria humanidade.

É dentro desta perspectiva, que se explica a interminável necessidade de buscar a desconstrução dos instrumentos de governança e inclusão social, que desde 1930 deram sentido à nacionalidade brasileira, apesar dos inúmeros limites e percalços que não podem ser olvidados.

Há poucos meses foi decretado o fim da CLT, medida que acaba de entrar em vigor, ousadia que nem o arbítrio de 1964 foi capaz de propor. O atual Presidente da República comporta-se sem cerimônia e desprovido da “liturgia do cargo” para enterrar as denúncias que pesam contra ele e seus mais próximos auxiliares. Para tanto, faz uso indevido de nomeações, verbas e distribui privilégios que o mau manejo da máquina pública proporciona, em escandalosa cooptação de parlamentares e parte majoritária da mídia empresarial.

O discurso oficial apregoa que teríamos entrado num lento, porém virtuoso processo de retomada do emprego, da renda e da atividade econômica. Tal aceno, choca-se com a sensação real de instabilidade institucional, pobreza crescente e enorme desemprego. É preciso lembrar que as medidas de “contenção de despesas” destinadas à área social acoplam-se à permanente drenagem desses recursos desviados para o infindável pagamento de inaceitáveis juros da dívida pública.

Essa lógica cruel, incapaz de sentir qualquer remorso com a dor de milhões, é constantemente tratada como responsabilidade fiscal, verdadeira adoração ao mercado e desprezo pelos pobres, mulheres, negros, jovens, desempregados e indígenas.

Mensagem para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações 2018


MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO 
PARA O 55º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
(22 de abril de 2018 - IV Domingo da Páscoa)

Tema: «Escutar, discernir, viver a chamada do Senhor»


Queridos irmãos e irmãs!

No próximo mês de outubro, vai realizar-se a XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que será dedicada aos jovens, particularmente à relação entre jovens, fé e vocação. Nessa ocasião, teremos oportunidade de aprofundar como, no centro da nossa vida, está a chamada à alegria que Deus nos dirige, constituindo isso mesmo «o projeto de Deus para os homens e mulheres de todos os tempos» (Sínodo dos Bispos – XV Assembleia Geral Ordinária, Os jovens, a fé e o discernimento vocacional, Introdução).

Trata-se duma boa notícia, cujo anúncio volta a ressoar com vigor no 55.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações: não estamos submersos no acaso, nem à mercê duma série de eventos caóticos; pelo contrário, a nossa vida e a nossa presença no mundo são fruto duma vocação divina.

Também nestes nossos agitados tempos, o mistério da Encarnação lembra-nos que Deus não cessa jamais de vir ao nosso encontro: é Deus connosco, acompanha-nos ao longo das estradas por vezes poeirentas da nossa vida e, sabendo da nossa pungente nostalgia de amor e felicidade, chama-nos à alegria. Na diversidade e especificidade de cada vocação, pessoal e eclesial, trata-se de escutar, discernir e viver esta Palavra que nos chama do Alto e, ao mesmo tempo que nos permite pôr a render os nossos talentos, faz de nós também instrumentos de salvação no mundo e orienta-nos para a plenitude da felicidade.

Estes três aspetos – escuta, discernimento e vida – servem de moldura também ao início da missão de Jesus: passados os quarenta dias de oração e luta no deserto, visita a sua sinagoga de Nazaré e, aqui, põe-Se à escuta da Palavra, discerne o conteúdo da missão que o Pai Lhe confia e anuncia que veio realizá-la «hoje» (cf. Lc 4, 16-21).

Homilética: 4º Domingo do Advento - Ano B: "Conceberás e darás à luz um Filho"


Estamos às portas do Santo Natal. Eis o que vamos contemplar nos ritos, palavras e gestos da sagrada liturgia: o Verbo eterno do Pai, o Filho imenso, infinito, existente antes dos séculos, fez-se homem, fez-se criatura, fez-se pequeno e veio habitar entre nós. Sua vinda ao mundo salvou o mundo, elevou toda a natureza, toda a criação. A sua bendita Encarnação lavou o pecado do mundo e deu vida divina a todo o universo! Mas, atenção: este acontecimento imenso, fundamental para a humanidade e para toda a criação, a Palavra de Deus hoje nos diz que passou pela vida simples e humilde de um jovem carpinteiro e de uma pobre menina moça prometida em casamento numa aldeia perdida das montanhas da Galiléia. O Deus infinito dobrou-se, inclinou-se amorosamente sobre a pequena e pobre realidade humana para aí fazer irromper o seu plano de amor. Acompanhemos piedosamente o Evangelho deste Quarto Domingo do Advento.

São Mateus diz que a Mãe de Jesus “estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo”. As palavras usadas pelo Evangelista são simples, mas escondem uma realidade imensa, misteriosa, inaudita. Pensemos em José e Maria, ainda jovens. Eles certamente se amavam; como todo casal piedoso daquela época pensavam em ter filhos – os filhos eram considerados uma bênção de Deus. Mas, eis que antes de viverem juntos, a Virgem se acha grávida por obra do Espírito Santo! Deus entra silenciosamente na vida daquele casalzinho. Nós sabemos, pelo Evangelho de São Lucas, que Maria disse “sim”, que Maria acreditou, que Maria deixou que Deus fosse Deus em sua vida: “Eu sou a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lc 1,38) De repente, eis que uma vida de família, que tinha tudo para ser pacata e serena, viu-se agitada por uma tempestade. Por um lado, a Virgem diz “sim” a Deus e, sem saber o que explicar ou como explicar ao noivo, cala-se, abandonando-se confiantemente nas mãos do Senhor. Por outro lado, José sabe que o aquele filho não é seu; não compreende como Maria poderia ter feito tal coisa com ele: ter-lhe-ia sido infiel? E, no entanto, não ousa difamar a noiva. Resolve deixá-la secretamente. Quanta dor, quanta dúvida, quanto silêncio: silêncio de Maria, que não tem o que dizer nem como explicar; silêncio de José que, na dor, não sabe o que perguntar à noiva; silêncio de Deus que, pacientemente, vai tecendo a sua história de salvação na nossa pobre história humana. E, então, como fizera antes com a Virgem, Deus agora dirige sua palavra a José: “José, filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo de seus pecados”. Atenção aos detalhes! O Anjo chama José de “filho de Davi”. É pelo humilde carpinteiro que Jesus será descendente de Davi. Se José dissesse “não”, Jesus não poderia ser o Messias, Filho de Davi! Note-se que é José quem deve dar o nome ao Menino, reconhecendo-o como seu filho. Note-se ainda o nome do Menino: Jesus, isto é, “o Senhor salva”! Deus, humildemente, revela seu plano a José e, depois de pedir o “sim” de Maria, suplica e espera o “sim” de José. E, como Maria, José crê, José se abre para Deus em sua vida, José mostra-se disposto a abandonar seus planos para abraçar os de Deus, José diz “sim”: “Quando acordou, José fez conforme o Anjo do Senhor havia mandado, e aceitou sua esposa!”.

Eis! Adeus, para aquele casal, o sonho de uma vida tranqüila! Adeus filhos nascidos da união dos dois! Agora, iriam viver somente para aquele Presente que o Senhor lhes havia dado, para a Missão que lhes tinha confiado… O plano de Deus passa pela vida humilde daquele casal. Para que São Paulo pudesse dizer hoje na Epístola aos Romanos que é “apóstolo por vocação, escolhido para o Evangelho… que diz respeito ao Filho de Deus, descendente de Davi segundo a carne”, foi necessária a coragem generosa da Virgem Maria e o sim pobre e cheio de solicitude do jovem José. Para que a profecia de Isaías, que ouvimos na primeira leitura, fosse concretizada, foi necessário que aquele jovem casal enxergasse Deus e seu plano de amor nas vicissitudes de sua vida humilde e pobre!

Também conosco é assim! O Senhor está presente no mundo. Aquele que veio pela sua bendita Encarnação, nunca mais nos deixou. Na potência do seu Espírito Santo, ele se faz presente nos irmãos, nos acontecimentos, na sua Palavra e, sobretudo nos sacramentos. Sabemos reconhecê-lo? Abrimo-nos aos seus apelos? E na nossa vida? Essa vida miúda, como a de José e Maria, será que reconhecemos que ela é cheia da presença e dos apelos do Senhor? No Advento, a Igreja não se cansa de repetir o apelo de Isaías profeta: “Céus, deixai cair o orvalho; nuvens, chovei o Justo; abra-se a terra e brote a Salvador!” (Is 45,8). É interessante este apelo: a salvação choverá do céu, vem de Deus, é dom, é graça… mas, por outro lado, ela brota da terra, da terra deste mundo ferido e cansado, da terra da nossa vida.