Todo ano celebramos o Natal. Não, porém, como uma mera repetição. Tanto mudam as circunstâncias em que ocorre o Natal, como mudamos nós. Em nossas lembranças, certamente conservamos a memória de Natais felizes. Mas também de Natais não tão felizes. Natais na abundância e Natais na carência. Natais rodeados de amigos e familiares, e Natais na solidão. Natais pacíficos e Natais nas trincheiras. Natais com saúde e Natais na doença, na dor e na perda.
Nestes dias, somos invadidos por sentimentos contraditórios e ambivalentes. Aliás, assim é a vida humana. Só que, nesta época, esses sentimentos correm o risco de serem exacerbados pela propaganda, pela música, pelas luzes. Há de se evitar a euforia inconsequente, mas também não podemos cair na melancolia.