O presidente
da Conferência Episcopal Australiana, D. Denis Hart, renovou hoje o pedido de
“perdão” às vítimas de abusos sexuais por membros do clero ou em instituições
religiosas.
O arcebispo
de Melbourne reagiu à divulgação do relatório final da Comissão Real de
Investigação para estes casos, que apresenta um conjunto de recomendações,
“muitas das quais terão um impacto significativo na forma como a Igreja
Católica atua na Austrália”.
“É um
passado vergonhoso, no qual a cultura prevalente de segredo e autoproteção
levaram a um sofrimento desnecessário para muitas vítimas e suas famílias”,
referiu o responsável, citado pela página da Conferência Episcopal da
Austrália.
“Mais uma
vez, reitero o meu pedido incondicional de perdão por este sofrimento e o
compromisso de assegurar justiça a todos os afetados”, acrescentou.
O Governo
australiano criou em 2012 uma Comissão Real de Investigação sobre a resposta
institucional para este tipo de crimes, cujas conclusões revelam que “milhares
de crianças foram vítimas de abusos sexuais” em várias instituições.
Entre as
recomendações finais da comissão faz constam pedidos de que os padres denunciem
atos de pedofilia de que ficam a par durante a Confissão ou o fim do celibato
obrigatório.
D. Denis
Hart refutou estas recomendações, recordando que a violação do segredo de
confissão resulta numa pena de “excomunhão” do sacerdote em causa, pelo que o
esforço passa por levar as pessoas a fazer as denúncias “fora do
confessionário”.
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Agência Ecclesia
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