segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Museu Nacional do Rio de Janeiro, o maior museu de história natural da América Latina


O Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído neste domingo à noite (2) por um incêndio de grandes proporções, era o maior museu de história natural e antropológico da América Latina, com mais de 20 milhões de peças e uma biblioteca com mais de 530.000 obras.

Criado em 1818 por Dom João VI e instalado desde 1892 no antigo palácio imperial de São Cristóvão, o museu se encontra na Quinta da Boa Vista, que abriga igualmente um excepcional jardim botânico de 40 hectares.

O museu, que comemorou em junho seu bicentenário, recebia 150.000 visitantes por ano e era um importante centro de pesquisa e estudo, integrado desde 1946 à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

– Joia cultural e tesouro científico –

Antiga residência da família real portuguesa e depois da família imperial brasileira, o Palácio de São Cristóvão se estende por 11.400 m2, dos quais 3.500 m2 de salas de exposição.

De 1889 a 1891, este edifício neoclássico sediou a Assembleia Constituinte do Brasil, antes de receber em 1892 o Museu Real, localizado até então no centro do Rio de Janeiro, e que incluía coleções, especialmente egípcias, adquiridas pela família real portuguesa.

Sua biblioteca possuía 537.000 livros, incluindo 1.560 obras raras, como um exemplar de “História Natural” de 1481, segundo o site do museu http://www.museunacional.ufrj.br.

O museu é particularmente conhecido por seu rico departamento de paleontologia, com mais de 26.000 fósseis, incluindo o esqueleto de um dinossauro descoberto em Minas Gerais e inúmeros espécimen de espécies extintas, como preguiças gigantes e tigres dentes de sabre.

Sua coleção de antropologia biológica incluía o mais antigo fóssil humano descoberto no Brasil, conhecido como “Luzia”.

Com 6,5 milhões de espécimes, seu departamento de zoologia contava com uma coleção excepcional de peixes (600.000), anfíbios (100.000), moluscos, répteis, conchas, corais e borboletas.

Seu herbário, com 550.000 plantas, foi criado em 1831.

Papa: silêncio e oração diante de quem busca o escândalo


Nesta segunda-feira, 3 de setembro de 2018, quando o pontificado do Papa Francisco completa 2 mil dias, o Pontífice retomou sua habitual agenda, inclusive celebrando as missas na capela da Casa Santa Marta.

O Papa comentou o Evangelho do dia, extraído de Lucas, afirmando que a vontade de “escândalo” e de “divisão” só pode ser combatida com o silêncio e a oração.

De volta a Nazaré, Jesus é acolhido com reserva. A Palavra do Senhor cristalizada nesta narração permite, portanto, “refletir sobre o modo de agir cotidiano, quando há incompreensões” e entender “como pai da mentira, o acusador, o diabo, atua para destruir a unidade de uma família, de um povo”.

Nenhum profeta é bem recebido em sua Pátria

Ao chegar à sinagoga, Jesus é acolhido com grande curiosidade: todos querem ver com os próprios olhos as grandes obras de que foi capaz em outras terras. Mas o Filho do Pai Celeste usa somente “a Palavra de Deus”, um hábito que adota quando “quer vencer o Diabo”. E é justamente esta atitude de humildade que deixa espaço à primeira “palavra-ponte”, esclareceu o Papa, uma palavra que semeia a “dúvida”, que leva a uma mudança de atmosfera, “da paz à guerra”, “do estupor ao desprezo”. Com o “seu silêncio”, Jesus vence os “cães raivosos”, vence “o diabo” que “tinha semeado a mentira no coração”.

“Não eram pessoas, era um bando de cães selvagens que o expulsaram da cidade. Não raciocinavam, gritavam. Jesus ficou em silêncio. Levaram-no até ao alto do monte com a intenção de lançá-lo no precipício. Esta passagem do Evangelho termina assim: com o seu silêncio vence aquele bando selvagem e vai embora, pois não tinha chegado ainda a hora. O mesmo acontece na Sexta-feira da Paixão: as pessoas que no Domingo de Ramos fizeram festa para Jesus e disseram “Bendito és Tu, Filho de Davi”, diziam crucifica-o: tinham mudado. O diabo semeou a mentira em seu coração, e Jesus fazia silêncio.”

O que Marina Silva pensa sobre religião, aborto e casamento gay?



Nas pesquisas de intenções de votos para as eleições presidenciais 2018, Marina Silva permanece entre os três primeiros colocados. Será a terceira vez que as opiniões de Marina serão objeto de análise e, como não há sinais de mudanças significativas na forma de pensar da ambientalista, as várias declarações dadas em campanhas anteriores continuam válidas – e relativamente polêmicas.

Embora sua trajetória política tenha se desenvolvida na esquerda brasileira, Marina é evangélica, pertence à igreja Assembleia de Deus e não esconde as posições moralmente conservadoras que tenta conciliar com a defesa de pautas sociais vistas como progressistas, como reforma agrária, desarmamento e políticas rigorosas de preservação do meio ambiente.

Aborto, casamento entre homossexuais e laicidade do estado foram temas recorrentes nas entrevistas concedidas durante as campanhas de 2010 e 2014. Na primeira disputa, após ter deixado o Partido dos Trabalhadores (PT), ela concorreu ao cargo pelo Partido Verde (PV) e surpreendeu alcançando 19,3% dos votos válidos. Em 2014, Marina esteve prestes a entrar na disputa com seu novo partido, a Rede Sustentabilidade, mas não houve tempo o suficiente para alcançar o número de assinaturas válidas necessárias para o reconhecimento da sigla pela justiça eleitoral. A situação a fez aceitar o convite de Eduardo Campos (PSB-PE) para ser sua vice. Uma tragédia, contudo, obrigou-a a assumir a dianteira como candidata oficial do Partido Socialista Brasileiro. No início da campanha, Campos morreu num acidente aéreo. Ao fim do primeiro turno, Marina terminou com 21,3%.

Dessa vez, se Marina candidatar-se novamente, será a primeira vez que disputa a presidência da república pelo partido que ela mesma fundou.

Relembre o que a ambientalista já declarou sobre religião e temais morais: 

domingo, 2 de setembro de 2018

O que João Amoêdo pensa sobre aborto, drogas, casamento gay e desarmamento?



João Amoêdo tem 55 anos e vem de uma carreira bem-sucedida na iniciativa privada, tendo trabalhado em empresas como Citibank, Unibanco e BBA-Itaú. É formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e até a criação do Partido Novo, em 2011, seu nome não era conhecido no meio político brasileiro. A motivação para que uma nova legenda fosse criada veio da insatisfação de Amoêdo com a alta carga tributária do país e os péssimos serviços prestados pelo governo à população.

Em junho de 2017 Amoêdo deixou o cargo de presidente do Novo para dedicar-se à sua possível candidatura à presidência da República, fato que foi confirmado em novembro do mesmo ano. Ele e o Novo defendem que a pessoa deve ter uma liberdade responsável. Isso vale para a população e para os candidatos da legenda.

Em entrevista ao HuffPost Brasil, em dezembro de 2017, Amoêdo disse que o Novo “adotou a pauta liberal mais relacionada à economia e quanto às outras pautas comportamentais, a gente tem dito que o candidato do Novo tem total liberdade para definir a agenda deles”. Entretanto, questões como aborto e descriminalização das drogas seriam tratadas em um segundo momento em seu governo, como explicou à Gazeta do Povo, em novembro de 2017. 

sábado, 1 de setembro de 2018

Bispos do Regional Sul 1 da CNBB manifestam apoio ao Papa Francisco


Amado Santo Padre!

A Presidência do Regional Sul 1 da CNBB, em comunhão eclesial e colegial, vem por meio desta agradecer ao Bispo de Roma e Sucessor do Apóstolo Pedro todo o empenho empreendido em convidar toda a Igreja Católica para uma nova etapa evangelizadora marcada pela alegria (EG 1), em fixar o olhar na misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai (MV2), em proclamar que o anúncio cristão sobre a família é verdadeiramente uma boa notícia (AL 1), em alertar para o urgente desafio de proteger a nossa casa comum na busca de um desenvolvimento sustentável e integral (LS 13), em propor uma santidade que não ignore e lute contra as injustiças deste mundo (cf. GE 110).

Este Regional expressa, sobretudo, o compromisso com a luta de Vossa Santidade em reconhecer e condenar, com dor e vergonha, as atrocidades cometidas por pessoas consagradas, clérigos, e inclusive por todos aqueles que tinham a missão de assistir e cuidar dos mais vulneráveis (Carta ao Povo de Deus, 20/08/2018, 2).

A Presidência reconhece, com gratidão e com senso de responsabilidade, tudo o que Vossa Santidade tem feito para combater o abuso de menores e de vulneráveis na Igreja Católica, buscando agir segundo a verdade e a justiça. De fato, apenas na medida em que o amor estiver fundado na verdade é que pode perdurar no tempo, superar o instante efêmero e permanecer firme para sustentar um caminho comum (LF 27).

Frei dominicano faz duras advertências a jesuíta que aprova relações homossexuais


Frei Nelson Medina, sacerdote dominicano, escreveu uma dura advertência ao Pe. James Martin, jesuíta que aprova as relações homossexuais.

Em uma carta aberta publicada em seu site, Frei Nelson assegurou ao sacerdote jesuíta que “você pode dizer o que diz porque está onde está. E você está onde está porque há poderosos prelados que lhe dão ilimitado apoio e o promoveram uma e outra vez”.

“Entretanto, eles não estarão para sempre nem seu apoio durará para sempre”, garantiu.

Pe. James Martin, que desde 2017 foi nomeado pelo Papa Francisco como um dos consultores da Secretaria de Comunicação do Vaticano e é diretor da revista jesuíta “America”, expressou reiteradamente sua aprovação às relações homossexuais.

Ao participar recentemente como palestrante no Encontro Mundial das Famílias 2018, em Dublin (Irlanda), Pe. Martin fez um apelo a “não reduzir as pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) ao chamado à castidade que todos compartilhamos”.

“As pessoas LGBT trazem dons especiais à Igreja, como qualquer grupo”, assegurou e criticou os pastores “homofóbicos”.

Em sua carta aberta, Frei Nelson assegurou ao sacerdote jesuíta que, “no momento apropriado, segundo a providência de Deus, a verdade brilhará forte e a genuína misericórdia se oferecerá de novo”.

“Misericórdia não é aprender a viver ao lado do pecado, mas sim vencer o pecado mediante o arrependimento e a conversão, como Santo Inácio ensinou muito bem”, recordou.

O frei dominicano sublinhou que “um pecado é um pecado, com todo açúcar que se lance sobre ele, ou sob camadas e camadas de retórica bem elaborada”.

“E cada pecador merece ser guiado à plena luz do Evangelho, sem importar o quanto fora de seu alcance possa lhe parecer a princípio”.

“James: muitos de nós estamos rezando por vocês”, concluiu.

Confira a carta na íntegra:

Palavra de Vida: «Recebei com mansidão a Palavra em vós semeada, a qual pode salvar as vossas almas» (Tg 1, 21).


A Palavra deste mês é retirada de um texto atribuído a Tiago, figura de relevo na Igreja de Jerusalém. Ele recomenda aos cristãos a coerência entre o crer e o agir.

No trecho inicial da carta, sublinha-se uma condição essencial: libertar-se de toda a malícia para receber a Palavra de Deus, deixando-se guiar por ela no caminho para a plena realização da vocação cristã.

A Palavra de Deus tem uma força própria: ela é criadora, produz frutos de bondade, tanto em cada pessoa, como na comunidade. Constrói relacionamentos de amor de cada um de nós com Deus, mas também entre todos nós. Ela – diz Tiago – já foi “plantada” em nós.

«Recebei com mansidão a Palavra em vós semeada, a qual pode salvar as vossas almas».

Mas como? Sem dúvida porque Deus, desde a criação, pronunciou uma Palavra definitiva: o homem é “imagem” de Deus. De facto, cada criatura humana é o “tu” de Deus, chamado à existência para partilhar a Sua vida de amor e comunhão.

Para os cristãos, é pelo sacramento do batismo que somos inseridos em Cristo, Palavra de Deus, que entrou na História humana. Mas Ele depositou a semente da Sua Palavra em cada ser humano, chamando-o ao bem, à justiça, a dar-se aos outros e a comunicar. Se a semente for recebida e cultivada com amor na própria “terra”, é capaz de produzir vida e frutos.

«Recebei com mansidão a Palavra em vós semeada, a qual pode salvar as vossas almas».

Aborto: Voz da Ciência



Considerando-se o feto como um amontoado de células ou algo pertencente ao corpo da mãe, o aborto seria defensável. Mas, cientificamente falando, não é. Trata-se, segundo a ciência moderna, de um ser humano, apesar de ainda em formação, - como, aliás, também o é um bebê recém-nascido - com código genético, conjunto de cromossomos e personalidade independente da sua mãe. E a sua morte provocada vem a se constituir em um voluntário e direto ato de se tirar a vida de um ser humano inocente, ato ilícito perante a lei natural e a lei positiva de Deus. 

E já foi estatisticamente refutado o argumento de que, nos países em que o aborto foi legalizado, o seu número diminuiu. E mesmo que o fosse, continua o princípio de que não se pode legalizar um crime, mas sim estabelecer a proteção da criança que está no ventre de sua mãe. Cada bebê é um dom precioso com personalidade própria e não um número de estatística. 

E ao argumento falso de que a mulher é dona do seu próprio corpo devemos responder com a ciência que o nascituro não faz parte do corpo da sua mãe, não é um apêndice ou um órgão seu, mas é um ser independente em formação nela. 

A questão de uma nova vida começar com a concepção é um dado científico atual e não objeto da fé. Portanto, ser contra o aborto é posição normal de quem aceita os dados da ciência. 

“O ciclo vital, do ponto de vista estritamente biológico, é que, cada ser humano é um organismo distinto e singular... A fertilização dá início ao ciclo vital levando a um período de desenvolvimento, chamado de embriogênese, no qual as células, os tecidos e os órgãos se desenvolvem progressivamente a partir de uma única célula, o zigoto...