sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Cristãos vivem Dia Mundial de Oração pelo cuidado da Criação


Mais de um mês para abraçar ecumenicamente e trabalhar para proteger a Criação, ameaçada pelo próprio homem. Mais uma vez este ano se renova "O tempo da Criação", durante o qual os cristãos do mundo inteiro se unem em oração e ação para cuidar da casa comum. É um comitê diretivo ecumênico que sugere todos ao anos um tema para a celebração. O tema para 2019 é: "A rede da vida". A perda de espécies, de fato, está acelerando: um relatório recente das Nações Unidas estima que o estilo de vida atual ameaça extinguir um milhão de espécies.

Apelo do Papa pela Amazônia: acabar com os incêndios o mais rápido possível

Em uma carta, o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral convida os bispos católicos a aderirem à iniciativa ecumênica. O documento, que tem a data de 23 de maio, Dia Mundial da Biodiversidade, foi distribuído por ocasião do quarto aniversário da Carta Encíclica do Papa Francisco Laudato si', para encorajar os pastores a celebrarem este tempo, estendendo às comunidades católicas o convite do Dicastério vaticano, ao qual se uniram o Movimento Católico Mundial pelo Clima e a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam). Este encorajamento torna-se ainda mais significativo em vista da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-amazônica, de 6 a 27 de outubro, sobre o tema: "Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral".

A voz da família humana

Esta celebração teve início sob os auspícios da Igreja Ortodoxa e desde então tem sido acolhida por católicos, anglicanos, luteranos, evangélicos e outros membros da família cristã em todo o mundo. O site ecumênico SeasonOfCreation.org oferece subsídios e idéias para os cristãos participarem da celebração. Os eventos variam de encontros de adoração e oração à coleta de lixo, e pedidos de mudança política para limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius. Outras iniciativas previstas são: em Quezon City, Filipinas, o cardeal Luis Antonio Tagle, arcebispo de Manila, presidirá uma missa, depois da qual serão plantadas árvores trazidas de áreas indígenas para a cidade; em Altamira, voluntários da Amazônia brasileira organizarão um projeto florestal em um assentamento urbano; em Lukasa, Zâmbia, a Liga das Mulheres Católicas apresentará uma discussão sobre o meio ambiente na paróquia de São José Mukasa.

CNBB lança campanha de sensibilização e informação sobre o Sínodo para a Amazônia


A partir deste domingo, 1º de setembro, “Dia Mundial de oração pelo Cuidado da Criação” até o dia 5, “Dia da Amazônia”, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vai desenvolver, em parceria com a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), um conjunto de iniciativas de comunicação cujo objetivo é sensibilizar a Igreja e a sociedade sobre a importância do Sínodo para a Amazônia. As ações se desdobrarão no período que antecede e durante a realização da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a região Pan-amazônica.

Integram a campanha, um conjunto de ações – vídeo depoimento de bispos e lideranças da Igreja, vídeos Voz da Amazônia, entre outros. O material produzido em parceria com a Comissão Episcopal Especial para a Amazônia e a Rede Eclesial Pan-Amazônica, a REPAM-Brasil, vai estar disponível nos sites e nas redes sociais da CNBB e da REPAM-Brasil. As TVs de inspiração católicas também foram convidadas a produzir conteúdo próprio e a disseminar os conteúdos produzidos sobre o Sínodo pela Repam, especialmente a série Voz da Amazônia.

O arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo explica que Conferência decidiu apoiar iniciativas de comunicação que sensibilizem a Igreja e a sociedade para a proposta do sínodo. “A Conferência deve acompanhar a partir de agora o caminho sinodal com uma programação e um planejamento de comunicação para abrir mais o coração da nossa própria Igreja e também repercutir estas informações no coração da sociedade”.

Dom Walmor ressalta ainda que a intenção da Igreja não é apenas realizar um evento, mas dar passos novos, o que incentiva a entidade a se envolver nas ações que superem ou tratam de forma adequada os vários ruídos que se têm apresentado em relação ao Sínodo, bem como as suas incompreensões.

Segundo presidente da CNBB desejo é que haja “uma repercussão muito boa e importante de tudo aquilo que se trata e se tratará durante o Sínodo e daquilo que virá na exortação pós-sinodal.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Canadá: Cerca de 200 católicos rezam o Terço em desagravo por missa negra satânica


Cerca de 200 católicos participaram de uma vigília de oração com a oração do Santo Terço nos arredores de um clube de heavy metal no centro de Ottawa, capital do Canadá, durante a realização de uma missa negra satânica.

O ato blasfemo foi organizado pelo Templo Satânico de Ottawa, em 17 de agosto, na casa noturna The Koven, que contou com a participação de cerca de 50 pessoas.

‘BC Catholic’, o jornal oficial da Arquidiocese de Vancouver, informou que, enquanto o evento estava acontecendo, um grupo de católicos participou de uma Missa de reparação e, depois, de uma jornada de adoração na Basílica Catedral de Nossa Senhora (conhecida em inglês como Notre-Dame Cathedral Basilica). Ao mesmo tempo, 200 pessoas ficaram do outro lado da rua e cercaram a quadra da casa noturna para dar início à vigília.

A Missa de reparação foi celebrada pelo Arcebispo de Ottawa, Dom Terrence Prendergast, acompanhado pelo Bispo Auxiliar, Dom Christian Riesbeck, e por vários sacerdotes. Informou-se que várias paróquias em Ottawa também celebraram Missas e jornadas de adoração em reparação.

Durante a Missa de desagravo, Dom Prendergast explicou que, “embora Cristo tenha vencido a batalha definitiva contra o pecado e o mal, ainda estamos envolvidos nas operações de limpeza. Ainda há lutas e surtos de violência contra a Noiva de Cristo, a Igreja”.

“É um combate que está acontecendo em nossa cidade de Ottawa nestes dias, simbolizada pela alteração satânica das verdades de nossa fé nesta noite, quando cerca de 50 pessoas renunciam a Deus e escolhem Satanás como o símbolo para guiar sua incredulidade e rebeldia de espírito. Rezamos por eles e hoje reparamos as blasfêmias pronunciadas contra Deus”, disse o Prelado.

Ordenam primeiros bispos após acordo entre China e Santa Sé


Dom Antonio Yao Shun, de 54 anos, foi o primeiro bispo nomeado na China após o acordo entre a Santa Sé e Pequim. Será titular da Diocese de Jining, também conhecida como Ulanqab, localizada na região chinesa da Mongólia Interior.

Segundo informa ‘Asia News’, a cerimônia de consagração foi realizada na Catedral de Jining e foi presidida por Dom Paolo Meng Qinglu, Bispo de Hohhot (Mongólia Interior).

Também concelebraram Dom Mattia Du Jiang, da Diocese de Bameng (Mongólia Interior); Dom Giuseppe Li Jing, Bispo da região de Ningxia; e Dom Paolo Meng Ningyou, da Diocese de Shanxi.

Além disso, cerca de 120 sacerdotes participaram, muitos dos quais pertencem à Diocese de Jining, embora sirvam em outras dioceses da China.

O lema escolhido pelo novo bispo é “Misericordes sicut pater”, ou seja, “misericordiosos como o Pai”, que foi o lema escolhido para o Jubileu do ano 2015-2016.

 Dom Yao explicou que espera que "as Escrituras nos inspirem a ter mais sabedoria e que os Sacramentos nos nutram para a vida".

Segundo ‘Asia News’, esta é a primeira ordenação episcopal após o acordo provisório entre a Santa Sé e a China, anunciado em 22 de setembro de 2018. Este está relacionado com nomeação de bispos, mas os demais termos do acordo não foram divulgados.

Vários especialistas asseguram que, com este acordo, a China reconhece que, para ser consagrado bispo, é necessário ser nomeado pelo Papa.

Nesse sentido, essa ordenação poderia ser o resultado desse acordo, embora tanto os Bispos como os fiéis da China considerem que a nomeação de Dom Yao foi decidida pelo Papa antes da ratificação do acordo.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Bento XVI responde às críticas contra a sua reflexão sobre os abusos sexuais


Em abril deste ano, o Papa Emérito Bento XVI publicou suas reflexões pessoais a respeito da crise dos abusos sexuais que abalaram a Igreja nas últimas décadas. No texto, ele descrevia o impacto da revolução sexual e, em paralelo, o colapso da teologia moral na década de 1960. Bento complementava afirmando a necessidade de buscar o caminho na “obediência e amor a nosso Senhor Jesus Cristo”.

Críticas retumbantes proliferaram então contra o texto do Papa Emérito, especialmente em seu país natal, a Alemanha.

Foi a essas críticas que Bento respondeu nesta semana, após avaliá-las com tempo adequado.

Ele considera que grande parte dessas reações à sua reflexão acaba confirmando a própria tese central do seu escrito: que o núcleo da crise é composto, realmente, por apostasia e afastamento da fé – tanto é que a maioria das críticas nem sequer menciona Deus.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

"A Amazônia pertence à Terra, é um bem comum universal", diz Leonardo Boff


No meio da guerra midiática envolvendo a Amazônia, que esta semana ganhou o apoio de celebridades "experts" em proteção ambiental e variações climáticas, uma voz chamou atenção por refletir com precisão qual é a ideologia por trás dos ataques ao governo brasileiro, no tocante à administração do seu território florestal: Leonardo Boff.

Considerado por muitos um dos principais expoentes da chamada "Teologia da Libertação", vertente teológica latino-americana que interpreta a Bíblia Sagrada sob às lentes da ideologia comunista-socialista, Leonardo Boff fez a seguinte declaração em sua conta oficial no Twitter, na quinta-feira (22):

"A Amazônia pertente à Terra, é um bem comum universal. O Brasil é apenas o seu administrador e está fazendo muito mal, indiferente ao holocausto amazônico por fogo", disse o teólogo, autor de várias obras, aclamado pela esquerda política mundial e uma das principais referências da ex-candidata à presidência da República, Marina Silva.

Leonardo Boff ecoou a convocação do presidente francês, Emmanuel Macron, para uma reunião de emergência das sete maiores economias do mundo, o G7, para tratar dos incêndios na Amazônia, a qual ele chamou de "nossa casa". O teólogo disse que "os G7 deveriam fazer uma representação ao Tribunal em Genebra sobre os crimes como (sic) a Humanidade".

terça-feira, 20 de agosto de 2019

A resposta para todas as perguntas




Meu caro Leitor, permita-me partilhar com você alguns pensamentos que brotam do meu coração nestes dias.

Realmente, o modo de agir de Deus nos surpreende totalmente: primeiro, Ele Se revela Se escondendo. É assim na criação, é assim na história, é assim na Igreja, é assim na vida de cada um de nós...

Depois, vem a nós de modo pessoal, concreto, visível, palpável, no Seu Filho, o Amado. Mas, Jesus nosso Senhor, ao revelar-Se nos desconcerta, Se esconde, em certo sentido, porque nos cega o entendimento!

Como assim? - pergunta-me você.

Não é Se esconder, não é dar um nó no nosso juízo revelar-Se frágil, pobre, derrotado numa cruz, incapaz de salvar-Se? Vimo-Lo sofredor, vimo-Lo homem de dores, vimo-Lo cravado na Cruz, vimo-Lo morto, deixamo-Lo, cadáver, no túmulo... Mas vivo, ressuscitado, glorioso, triunfante, não O vimos diretamente, não O tocamos em primeira mão!

– Senhor, por que é sempre assim? Por que és como a água: quando vamos prender-Te em nossas mãos, Tu nos escapas e exiges que creiamos? Deixas rastros, atrás de Ti deixar marcas, sinais... Mas, és assim: revela-Te escondendo-Te, dá-Te retendo-Te para Te dares plenamente somente na Glória final!

Eis por que o Apóstolo não hesita em afirmar já há dois mil anos o que hoje sentimos tão forte (cf. 1Cor 1,22-25): “Os judeus pedem sinais, os gregos procuram sabedoria; nós, porém, pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e insensatez para os pagãos”.

O sinal que Deus apresenta para Israel, o remédio que Deus preparou para curar a violação da Lei é o Seu Filho crucificado, morto e ressuscitado! E mais: a explicação, a resposta que Deus continua a contrapor à humana soberba, à uma razão que pensa que se basta a si mesma, é o Filho, que somente pode ser visto agora e agora apreendido na fé, por quem dobra os joelhos e cala o coração!

Meu Leitor paciente e amigo, olhemos para nós, o novo Povo de Deus, Igreja santa, Mãe católica, o Povo nascido da Morte e Ressurreição de Cristo. Não somos mais obrigados a cumprir os detalhados preceitos da Lei de Moisés, mas somos convidados a olhar o Crucificado, cujo corpo macerado é o lugar do perdão e do encontro com Deus, o lugar da nova e eterna Aliança... Olhando o Crucificado, ouçamos, mais uma vez, como Israel: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te fez sair da casa da escravidão, da miséria do pecado e da morte, da escuridão de uma vida sem sentido! Eu te dei o Meu Filho amado! Não terás outros deuses diante de Mim!”

Compreende, Irmão? Os preceitos do Antigo Testamento passaram; não, porém, a exigência de um coração todo de Deus, um coração que O ame, um coração sem divisão! E, para nós, a exigência é ainda maior, porque Israel não tinha ainda visto até onde iria o amor de Deus; quanto a nós, sabemos: “Deus amou tanto o mundo que entregou o Seu Filho para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a Vida eterna” (Jo 3,16).

A Amazônia brasileira não é mais católica, prelado critica Instrumentum Laboris do Sínodo


Dom José Luis Azcona, Bispo Emérito da Prelazia do Marajó, na região amazônica, publicou algumas considerações em relação ao Instrumentum Laboris do Sínodo para a Amazônia, que acontecerá em outubro, no Vaticano.

Em sua análise, oferecida ao Grupo ACI, Dom Azcona questionou pontos centrais do documento de trabalho, como uma “visão distorcida” em relação ao chamado “rosto amazônico”, a “interculturalidade” e a ordenação de homens casados.

Sínodo: Rosto amazônico?

Segundo Prelado, “a Amazônia, ao menos a brasileira, não é mais católica” e “este ponto de partida é crucial para a celebração do Sínodo. Se a Amazônia tem uma maioria pentecostal, é necessário tratar este fenômeno a fundo. Qualquer saudosismo de uma Amazônia que não existe mais é fatal para a evangelização integral da mesma. Até em algumas regiões da Amazônia a maioria pentecostal chega a 80%”.

Por outra parte, assinalou, “a penetração pentecostal em várias etnias indígenas passando por cima das culturas, identidades étnicas, povos indígenas, em nome do Evangelho, é um fenômeno grave da Amazônia atual, que com suas conotações fundamentalistas e proselitistas incide profundamente nos povos indígenas. Não existe sobre este ponto uma palavra no IL (Instrumento de trabalho). Este é hoje o rosto amazônico. Não só”.

Dom Azcona indicou ainda que “a longa experiência de anos confirma que em muitas Dioceses amazônicas não se vive a fé nem na sociedade e nem na história. O abismo entre confissão de fé, celebração da mesma em belíssimas liturgias e a realidade social, ambiental, cultural e política, até agora não foi preenchido”.

Além disso, observou que, “lamentavelmente, o IL não sabe, ou sabendo não compreende, a transcendência para o presente e para o futuro da Amazônia, o rosto angustiado, revitimizado, denegrido das crianças pelos próprios pais e parentes, submetidas a uma escravidão que forma parte essencial do rosto abandonado e destruído de Jesus na Amazônia”.

“Todo este documento é palha se não compreende e se compromete com o espírito e a letra do evangelho: ‘Aquele que acolhe a uma criança como esta, a Mim acolhe e quem me acolhe a Mim, acolhe ao meu Pai que me enviou’ (Mc 9,37)”.

Nesse sentido, “somente no Pará em um ano foram 25.000 denúncias de crimes deste tipo (Ndr.: de pedofilia). Segundo especialistas dessa área, por cada caso de pedofilia existem por trás mais outros quatro. Se aproximadamente durante um ano houve 100.000 crianças abusadas no Pará, não constitui este rosto das crianças destruídas, uma parte essencial do rosto amazônico?”.

“Onde está a sensibilidade pastoral por parte dos responsáveis pelo IL tão evidente e tão firmemente expressa pelo Santo Padre o Papa Francisco?”, questionou e acrescentou: “Onde está a defesa da Amazônia, das suas crianças no IL e, portanto, no Sínodo? Vamos sair das falsas projeções sobre a Amazônia e vamos possibilitar de uma vez por todas os novos caminhos para ela”.

“Qual é o rosto amazônico? Pode-se construir um Sínodo desta envergadura no próximo outubro com uma apresentação tão fora do real, da identidade, do respeito ao diferente, quando esquemas pré-estabelecidos de interpretação da realidade deformam o real?”.