domingo, 8 de dezembro de 2019

Sem Netflix: um simples e belo presente para o Deus nascido da Virgem



Eu era assinante da Netflix. Nesta semana, desfiz a minha assinatura. Tinha que desfazê-la! Era o mínimo que poderia fazer! Desfi-la e senti-me feliz, contente, como quem presta uma homenagem a Alguém muito amado!

Em pleno tempo de preparação para o Natal do Senhor, a Netflix deu um bofetão no rosto de todos os cristãos; cuspiu na nossa cara, zombando da nossa fé. Certamente, instigada pela força demoníaca que tem inspirado tantos e tantos corações e mentes nestes tempos de neo-paganismo, esta empresa ofereceu na sua programação como “Especial de Natal”(!!!!!) um filme blasfemo, vulgar e desrespeitoso para com o nosso Deus e Senhor Jesus Cristo e sarcástico com a fé de todos os cristãos...

Imaginem um filme debochado e desrespeitoso ao extremo com alguém a quem você ama – com o seu pai, com a sua mãe, com coisas que lhe são muito caras e definem e alicerçam a sua vida... Como reagir? O ideal seria uma ação judicial. Mas, com a desculpa de liberdade de expressão, todo lixo é permitido, todo sarcasmo para com a fé alheia e louvado, tudo quanto trinca e corrói os alicerces da nossa cultura e da nossa sociedade é reputado como avanço e progresso...

O que nos resta fazer, se realmente cremos no Senhor Jesus Cristo, se O amamos, se O confessamos com Deus verdadeiro feito verdadeiro homem? Uma só coisa: atingir essa gente naquilo que realmente lhe importa: o bolso! Sim, porque o deus dessa turma é o dinheiro.

Então, como Bispo da Igreja, eu exorto vivamente aos cristãos: neste Natal, proclame seu amor, sua fé, seu respeito em relação a Nosso Senhor Jesus Cristo; mostre que seu amor por Ele é real e ativo: cancele a assinatura da Netflix e lá, no menu apropriado, explique o motivo: “desrespeito por Jesus Cristo”, “desrespeito pelo cristianismo”, etc. Se você realmente crê e ama ao Senhor, não há outra atitude a tomar... É só se perguntar: E se fosse comigo? Se fosse com alguém a quem eu amo? Você ama realmente o Senhor? Nele crê?
Este cancelamento é uma interessante prova do quanto Cristo é ou não Alguém realmente significativo na sua vida! 

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Palavra de Vida: “Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor” (Mt 24,42).





Nesta passagem do Evangelho de São Mateus, Jesus prepara os discípulos para a sua vinda definitiva e imprevisível, que será uma surpresa para todos.

Naquela época histórica havia também muitas dificuldades, guerras, sofrimentos de todo o género. Para o povo de Israel, a esperança assentava na intervenção do Senhor, que acabaria com as lágrimas. Por isso, a espera não era motivo de medo, mas antes de alívio, esperava-se um tempo de salvação.

Aqui, Jesus revela um grande segredo: viver o momento presente. Porque Ele pode vir quando estivermos no trabalho, ocupados em coisas normais do nosso dia-a-dia, naqueles afazeres em que, muitas vezes, nos esquecemos de Deus, porque estamos demasiado ocupados com as preocupações do futuro.

Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor

Vigiar! É um convite a manter os olhos abertos, a reconhecer os sinais da presença de Deus na História, no quotidiano, e a ajudar aqueles que vivem na escuridão a encontrarem o caminho da vida.

A incerteza sobre o dia exato da chegada de Jesus coloca o cristão numa atitude de permanente expetativa. Encoraja-o a viver o momento presente com intensidade, amando hoje, não amanhã. Perdoando agora, não depois. Transformando a realidade neste momento, e não quando encontrar tempo na sua agenda cheia de compromissos.

Meditando esta Palavra, Chiara Lubich escreveu: «Já reparaste que, em geral, não vives a vida, mas a arrastas, sempre à espera de um “depois”, à espera de um momento “bom”? É verdade que há de chegar um “momento bom” , só que não é aquele que tu estás à espera. Um instinto divino leva-te a esperar alguém ou algo que te possa satisfazer. E se calhar pensas num dia de festa, ou nalgum tempo livre, ou talvez num encontro especial, passados os quais não ficas plenamente satisfeito. E voltas ao ‘ram-ram’ de uma existência não vivida com convicção, sempre à espera. A verdade é que, entre os elementos que compõem a tua vida, há um do qual ninguém pode escapar: é o encontro frente a frente com o Senhor que vem. Este é o “bom” para o qual tendes, ainda que inconscientemente, porque és feito para a felicidade. E a plena felicidade só Ele ta pode dar» (1).

“A Paixão de Cristo”: segunda parte, “A Ressurreição”, pode estrear ainda em 2019


O astro Jim Caviezel, intérprete de Jesus Cristo no aclamado filme “A Paixão de Cristo”, de 2004, informou ainda no ano passado, em entrevista ao popular jornal USA Today, que a produção do diretor Mel Gibson contaria em breve com uma sequência.

Agora, já começam a surgir notícias de que a “A Paixão de Cristo: A Ressurreição” chegará aos cinemas até no máximo a Semana Santa de 2020 – ou talvez ainda no final de 2019.

A história

Segundo Jim Caviezel, a sequência começaria exatamente onde o primeiro filme terminou: no sepultamento de Jesus. A partir daí, a história seguirá detalhadamente os três dias de angústia dos Apóstolos à espera da Ressurreição do Senhor.

Além da excruciante experiência de fé, esperança e dolorosa provação vivida pelos Apóstolos e por Maria durante aquele Tríduo Sacro, estarão em foco no roteiro de “A Paixão de Cristo: A Ressurreição” também as tormentosas ânsias de poder de vários envolvidos diretos na crucificação de Cristo, como o governador romano da Judeia, Pôncio Pilatos, o sanguinário rei Herodes, o sumo sacerdote judaico Caifás e o discípulo traidor Judas Iscariotes.

Mel Gibson, aliás, já tinha antecipado:

    “O filme não será apenas a narração de um evento extraordinário como a Ressurreição de Cristo, mas também de todos os eventos que o cercam e que evidenciam ainda mais o seu significado”.

Corrupto morre corrupto


Fumantes, toxicômanos, alcoólatras, ladrões, traficantes, viciados em algum tipo de atividade escusa, às vezes dão meia-volta e realmente mudam de vida.

Alguns mudam de vez. Outros voltam ao seu vício. Mas o arquicorrupto chega ao ponto da loucura. Rouba da nação para sua família, para seu partido, para sua ideologia, para o seu futuro.

Aos poucos confunde ser corrupto com ser correto! Acha que seu município, seu Estado, seu país lhe deve uma porcentagem para continuar fazendo a política ou as obras que faz. Então ele SE LOCUPLETA.

50 mil, 500 mil, 1 milhão, 600 milhões, 1 bilhão! A consciência deixa de acusá-lo.

Nega, nega, nega, paga milhões para advogados para provar que nunca roubou! Se admitir perderá sua aura de político que sofre pelo povo pobre da sua cidade, pelo seu Estado e pelo seu país.

Proclama-se injustiçado e onde houver um microfone na sua cidade ou no seu país gritará que é inocente. E lembrará as obras que construiu.

É arguto e sabe atacar e se defender. Suas armas são suas palavras. Mas nunca admitirá que roubou a cidade ou o país pela sua família, pelo partido ou pelo ideal político.

Ele realmente acredita que não precisa mudar de vida porque o que ele está fazendo por sua cidade, sua região e pela sua ideologia justifica sua corrupção, até porque, sendo um benfeitor da sua região ou do país, quem condená-lo pagará até o fim da vida pelo que fez a ele.

Desgraças. Porque não a mim?


Sempre que alguém é vítima de infortúnio, é comum perguntar-se: “Porquê a mim?”. Da mesma forma, quando sabemos de alguém que teve uma alegria em alguma coisa na sua vida, seja por ter lutado por ela ou por simples sorte, questionamos logo: “Mas porquê a ele e não a mim?”.

Estes raciocínios são simples mas revelam uma verdade funda que vale a pena analisar: cada um de nós considera que é superior aos outros, pelo que é uma injustiça a dobrar que sejamos alvo de um mal qualquer… e acreditamos mesmo que aos outros é mais justo!

Quando se trata de algum tipo de sucesso, quase nunca consideramos se a pessoa lutou, ou não, muito por ele, apenas invejamos. Julgamos que a sorte se terá enganado e deu a outro o que era nosso.

Importa que sejamos capazes de nos afastar desta forma tão imatura de ler o mundo.

O sentido da vida existe, mas daí até que possamos compreendê-lo vai uma distância maior do que deste mundo ao outro.

Acreditamos que a nossa inteligência é capaz de abarcar tudo. Talvez a verdade se esconda de uns e se mostre a outros, mas será que prefere revelar-se aos que se julgam mais inteligentes?

Mons. Viganò: “A abominação de ritos idolátricos penetrou no santuário de Deus”


O arcebispo Carlo Maria Viganò pede a reconsagração da Basílica de São Pedro, à luz do que ele chama de “horríveis profanações idolátricas” que foram cometidas em seus muros pela veneração de estátuas da Pachamama.

Em uma nova entrevista com o LifeSiteNews sobre o Sínodo da Amazônia, o arcebispo Viganò disse: “A abominação de ritos idolátricos entrou no santuário de Deus e deu origem a uma nova forma de apostasia cujas sementes, ativas há muito tempo, estão crescendo com renovado vigor e eficácia.”

Ele prossegue: “O processo de mutação interna da fé, que ocorre na Igreja Católica há várias décadas, viu neste Sínodo uma dramática aceleração em direção à fundação de um novo credo, resumido em um novo tipo de adoração [cultus]. Em nome da inculturação, elementos pagãos estão infestando o culto divino, a fim de transformá-lo em um culto idolátrico.”

Clérigos e leigos “não podem permanecer indiferentes aos atos idolátricos que testemunhamos”, insiste o arcebispo. “É urgente redescobrir o significado de oração, reparação e penitência, do jejum, dos pequenos sacrifícios, dos buquês espirituais e, acima de tudo, da adoração silenciosa e prolongada diante do Santíssimo Sacramento.”

Nesta exaustiva entrevista (veja o texto completo abaixo), abordamos com o arcebispo Viganò o que a “saga da Pachamama” revela sobre o estado da Igreja e como é a consequência lógica de outras declarações “aberrantes” feitas no atual pontificado. Também falamos sobre o documento final do Sínodo, que ele chama de “ataque frontal contra o edifício divino” da Igreja; o que o Sínodo da Amazônia revela sobre “sinodalidade”; e o que seus organizadores conseguiram.

Segundo o arcebispo Viganò, o “paradigma da Amazônia”, que visa fundamentalmente “transformar” a Igreja Católica, está alinhado com uma agenda “globalista” e “serve como uma passarela para baldear o que resta do edifício católico rumo a uma religião universal indefinida”.

“Para todos nós católicos, a paisagem da Santa Igreja está se tornando mais escura a cada dia”, diz ele. “Se esse plano satânico for bem-sucedido, os católicos que aderem a ele mudarão de fato de religião, e o imenso rebanho de Nosso Senhor Jesus Cristo será reduzido a uma minoria”.

“Essa minoria provavelmente terá muito que sofrer […] mas com Ele vencerá”, diz, concluindo suas observações com as palavras provocativas, proféticas e oportunas da mística e santa do século XIV, Brígida da Suécia.

A seguir, a nossa entrevista sobre o Sínodo da Amazônia com o Arcebispo Carlo Maria Viganò.

CNBB lança clipe da Campanha da Fraternidade 2020


Santa Dulce dos Pobres é a grande inspiração do videoclipe da Campanha da Fraternidade 2020, que tem como tema: “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10, 33-34).

A letra é de autoria do padre José Antônio de Oliveira, 67 anos, da paróquia São João Batista de Barão de Cocais da arquidiocese de Mariana (MG). A música é de Gilson Celerino, que também fez o arranjo para coro a quatro vozes e órgão.

O assessor do setor Música Litúrgica, que faz parte da Comissão Episcopal Pastoral para Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o jesuíta irmão Fernando Benedito Vieira, explica que este ano o hino tem um diferencial.

“Pensando também nas Igrejas onde existem corais e órgão, fizemos pela primeira vez uma versão para coro a quatro vozes e órgão”, ressalta.

Papa apresenta «dicionário» sobre o presépio, sinal de um mundo «mais humano e fraterno»



CARTA APOSTÓLICA DO SANTO PADRE FRANCISCO
‘ADMIRABILE SIGNUM’ (SINAL ADMIRÁVEL)


1. O Sinal Admirável do Presépio, muito amado pelo povo cristão, não cessa de suscitar maravilha e enlevo. Representar o acontecimento da natividade de Jesus equivale a anunciar, com simplicidade e alegria, o mistério da encarnação do Filho de Deus. De facto, o Presépio é como um Evangelho vivo que transvaza das páginas da Sagrada Escritura. Ao mesmo tempo que contemplamos a representação do Natal, somos convidados a colocar-nos espiritualmente a caminho, atraídos pela humildade d’Aquele que Se fez homem a fim de Se encontrar com todo o homem, e a descobrir que nos ama tanto, que Se uniu a nós para podermos, também nós, unir-nos a Ele.

Com esta Carta, quero apoiar a tradição bonita das nossas famílias prepararem o Presépio, nos dias que antecedem o Natal, e também o costume de o armarem nos lugares de trabalho, nas escolas, nos hospitais, nos estabelecimentos prisionais, nas praças… Trata-se verdadeiramente dum exercício de imaginação criativa, que recorre aos mais variados materiais para produzir, em miniatura, obras-primas de beleza. Aprende-se em criança, quando o pai e a mãe, juntamente com os avós, transmitem este gracioso costume, que encerra uma rica espiritualidade popular. Almejo que esta prática nunca desapareça; mais, espero que a mesma, onde porventura tenha caído em desuso, se possa redescobrir e revitalizar.

2. A origem do Presépio fica-se a dever, antes de mais nada, a alguns pormenores do nascimento de Jesus em Belém, referidos no Evangelho. O evangelista Lucas limita-se a dizer que, tendo-se completado os dias de Maria dar à luz, «teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria» (2, 7). Jesus é colocado numa manjedoura, que, em latim, se diz praesepium, donde vem a nossa palavra presépio.

Ao entrar neste mundo, o Filho de Deus encontra lugar onde os animais vão comer. A palha torna-se a primeira enxerga para Aquele que Se há de revelar como «o pão vivo, o que desceu do céu» (Jo 6, 51). Uma simbologia, que já Santo Agostinho, a par doutros Padres da Igreja, tinha entrevisto quando escreveu: «Deitado numa manjedoura, torna-Se nosso alimento».[1] Na realidade, o Presépio inclui vários mistérios da vida de Jesus, fazendo-os aparecer familiares à nossa vida diária.

Passemos agora à origem do Presépio, tal como nós o entendemos. A mente leva-nos a Gréccio, na Valada de Rieti; aqui se deteve São Francisco, provavelmente quando vinha de Roma onde recebera, do Papa Honório III, a aprovação da sua Regra em 29 de Novembro de 1223. Aquelas grutas, depois da sua viagem à Terra Santa, faziam-lhe lembrar de modo particular a paisagem de Belém. E é possível que, em Roma, o «Poverello» de Assis tenha ficado encantado com os mosaicos, na Basílica de Santa Maria Maior, que representam a natividade de Jesus e se encontram perto do lugar onde, segundo uma antiga tradição, se conservam precisamente as tábuas da manjedoura.

As Fontes Franciscanas narram, de forma detalhada, o que aconteceu em Gréccio. Quinze dias antes do Natal, Francisco chamou João, um homem daquela terra, para lhe pedir que o ajudasse a concretizar um desejo: «Quero representar o Menino nascido em Belém, para de algum modo ver com os olhos do corpo os incómodos que Ele padeceu pela falta das coisas necessárias a um recém-nascido, tendo sido reclinado na palha duma manjedoura, entre o boi e o burro».[2] Mal acabara de o ouvir, o fiel amigo foi preparar, no lugar designado, tudo o que era necessário segundo o desejo do Santo.

No dia 25 de Dezembro, chegaram a Gréccio muitos frades, vindos de vários lados, e também homens e mulheres das casas da região, trazendo flores e tochas para iluminar aquela noite santa. Francisco, ao chegar, encontrou a manjedoura com palha, o boi e o burro. À vista da representação do Natal, as pessoas lá reunidas manifestaram uma alegria indescritível, como nunca tinham sentido antes. Depois o sacerdote celebrou solenemente a Eucaristia sobre a manjedoura, mostrando também deste modo a ligação que existe entre a Encarnação do Filho de Deus e a Eucaristia. Em Gréccio, naquela ocasião, não havia figuras; o Presépio foi formado e vivido pelos que estavam presentes.[3]

Assim nasce a nossa tradição: todos à volta da gruta e repletos de alegria, sem qualquer distância entre o acontecimento que se realiza e as pessoas que participam no mistério.

O primeiro biógrafo de São Francisco, Tomás de Celano, lembra que naquela noite, à simples e comovente representação se veio juntar o dom duma visão maravilhosa: um dos presentes viu que jazia na manjedoura o próprio Menino Jesus. Daquele Presépio do Natal de 1223, «todos voltaram para suas casas cheios de inefável alegria»[4].

3. Com a simplicidade daquele sinal, São Francisco realizou uma grande obra de evangelização. O seu ensinamento penetrou no coração dos cristãos, permanecendo até aos nossos dias como uma forma genuína de repropor, com simplicidade, a beleza da nossa fé. Aliás, o próprio lugar onde se realizou o primeiro Presépio sugere e suscita estes sentimentos. Gréccio torna-se um refúgio para a alma que se esconde na rocha, deixando-se envolver pelo silêncio.

Por que motivo suscita o Presépio tanto enlevo e nos comove? Antes de mais nada, porque manifesta a ternura de Deus. Ele, o Criador do universo, abaixa-Se até à nossa pequenez. O dom da vida, sempre misterioso para nós, fascina-nos ainda mais ao vermos que Aquele que nasceu de Maria é a fonte e o sustento de toda a vida. Em Jesus, o Pai deu-nos um irmão, que vem procurar-nos quando estamos desorientados e perdemos o rumo, e um amigo fiel, que está sempre ao nosso lado; deu-nos o seu Filho, que nos perdoa e levanta do pecado.

Armar o Presépio em nossas casas ajuda-nos a reviver a história sucedida em Belém. Naturalmente os Evangelhos continuam a ser a fonte, que nos permite conhecer e meditar aquele Acontecimento; mas, a sua representação no Presépio ajuda a imaginar as várias cenas, estimula os afectos, convida a sentir-nos envolvidos na história da salvação, contemporâneos daquele evento que se torna vivo e actual nos mais variados contextos históricos e culturais.

De modo particular, desde a sua origem franciscana, o Presépio é um convite a «sentir», a «tocar» a pobreza que escolheu, para Si mesmo, o Filho de Deus na sua encarnação, tornando-se assim, implicitamente, um apelo para O seguirmos pelo caminho da humildade, da pobreza, do despojamento, que parte da manjedoura de Belém e leva até à Cruz, e um apelo ainda a encontrá-Lo e servi-Lo, com misericórdia, nos irmãos e irmãs mais necessitados (cf. Mt 25, 31-46).