quinta-feira, 2 de abril de 2020

Papa adia coleta para a Terra Santa devido ao coronavírus



O Papa Francisco decidiu transferir a coleta para a Terra Santa, tradicionalmente realizada na Sexta-feira Santa, para 13 de setembro, perto da Festa da Exaltação da Cruz, para evitar que a epidemia de coronavírus COVID-19 e as medidas de confinamento provoquem uma queda nas doações fundamentais para manter a vida das comunidades cristãs.

A medida foi anunciada nesta quinta-feira, 2 de abril, por meio de um comunicado da Congregação para as Igrejas Orientais.

O comunicado explica que “a atual situação de pandemia de Covid-19 afeta muitas nações. Em muitas delas foram estabelecidas medidas preventivas que impedem a celebração comunitária habitual dos ritos da Semana Santa”.

"As comunidades cristãs na Terra Santa, também elas expostas ao risco de contágio e que, muitas vezes, vivem em contextos muito sofridos, todos os anos beneficiam da generosa solidariedade dos fiéis de todo o mundo". 

Bispo incentiva famílias a colocarem o símbolo da cruz na porta da residência



A fachada da residência episcopal ganhou um objeto de destaque nestes dias que antecedem a Semana Santa. Da janela da casa, o símbolo da cruz reforça a sugestão do bispo diocesano, Dom José Eudes Nascimento, para que as famílias possam fixar uma cruz na porta de suas casas como sinal de fé e comunhão eclesial.

A cruz é o sinal do Deus vivo. “Não danifiqueis a terra nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos assinalado os servos de nosso Deus em suas frontes” (Ap 7,3). Mais do que nunca, hoje, quando tantos perigos ameaçam a família, é fundamental que se entronizem  a cruz de Cristo nos lares. 

Coronavírus: Ensaio para a Nova Ordem Mundial?



A catástrofe bio-econômica produzida em outros países e agora importada para o Brasil não é apenas o ambiente propício para o uso do tapetão como arma para assassinar politicamente o chefe do executivo e, junto com ele, toda a economia da nação, mas é também ocasião perfeita para o estabelecimento de todas as condutas autoritárias e, por que não dizê-lo?, ditatoriais, as quais simplesmente proíbem o homem normal de ser normal, criminalizando-o potencialmente e mantendo-o numa espécie de prisão domiciliar, sob a base da repressão.

O pânico pode ser uma eficaz ferramenta de controle psicossocial e a brecha necessária para que os “donos do mundo” moldem o comportamento das sociedades de acordo com seus princípios “técnicos”, meticulosamente programados para produzir uma legião de zumbis, a boiada aterrorizada que se porá inteiramente nas mãos daquele que governará o mundo contra Deus e contra Cristo, numa Nova Ordem Mundial.

Quando escuto que o ex-primeiro ministro britânico sugere a criação imediata de um governo global para gerir a crise do coronavírus, quando leio que a China está comprando as empresas que estão despencando no ocidente e está vendendo seus próprios produtos para a gestão da doença que curiosamente veio de lá, quando observo a espiral do silêncio em torno dos casos dos “falsos diagnósticos”, a censura descarada das perspectivas não catastróficas e, por fim, a conduta provinciana daqueles que se servem da pirotecnia populista como meio de ostentar competência, não consigo senão perceber que, apesar da aparente contradição, o caos está organizado para ir numa determinada direção… 

Uma Semana Santa vivenciada nas casas, nos hospitais, e na defesa da vida



Certamente, este ano, as solenidades litúrgicas não terão o brilho e a piedade popular que animavam o coração do Ano Litúrgico. Mas, a mudança de cenário ou das limitações a movimentos ou aglomerações, não prejudicará a vivência do grandioso mistério Pascal, que envolve toda pessoa, criatura e o cosmos inteiro.

Voltaremos às tradições familiares, à liturgia da memória do êxodo que guardava memória viva e atual da libertação do Egito. Hoje, os cristãos, em seus lares, ou participando do heróico mutirão sanitário-médico-solidário, estarão testemunhando, com gestos e ações, a passagem da morte para a vida, das trevas para a luz, do ódio para o amor sem limites de um Deus que assume nossa carne, nossas dores e doenças, e nos soergue com Ele para uma Nova criação.

Sim, porque a luta pelo Reino de misericórdia, de perdão, justiça e de graça, e por isso mesmo da redenção humana, passa pela libertação dos laços da cultura da morte, da exclusão e do descarte das pessoas que não importam ao sistema e que devem ser sacrificadas pelo lucro e o dinheiro. 

Igreja no Brasil se mobiliza para ajudar no combate ao coronavírus



Atendendo a uma recomendação da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) ou até mesmo através de ações voluntárias, a Igreja Católica em várias partes do Brasil se mobiliza para ajudar no combate ao coronavírus. A preocupação é com o pico da pandemia, quando, de acordo com as autoridades de saúde, o número de casos confirmados deverá aumentar muito.

A Arquidiocese de Campinas (SP), por exemplo, está montando um hospital de campanha em parceria com a Pontifícia Universidade Católica (PUC). O local contará com uma tenda para a triagem das pessoas com sintomas da Covid-19.

Além disso, as duas instituições se uniram para divulgar uma série de vídeos, áudios e textos com orientações para a preservação da saúde física e mental durante a quarentena. O material está disponível aqui.

Mais boas ações no nordeste do país. A Arquidiocese de Maceió (AL), em parceria com a prefeitura local e com a Pastoral da Juventude, está organizando abrigos destinados à população de rua. Um será específico para acolher os idosos e o outro as crianças, os adolescentes, jovens e adultos.

Em Londrina (PR), três prédios da Igreja também estão sendo usados para abrigar moradores de rua durante o período de isolamento social. 

Realizada há mais de 200 anos, procissão em PE acontecerá pela primeira vez sem cortejo de fiéis



Uma experiência de fé vivida há mais de dois séculos em Pernambuco será renovada, na próxima sexta (3), com a realização da tradicional Procissão dos Passos, em Olinda. A cerimônia acontecerá, pela primeira vez, sem a multidão seguindo a imagem de Jesus carregando a cruz em tamanho natural. Em vez disso, o Cristo a caminho do Calvário será conduzido em carro aberto acompanhado de um sacerdote, enquanto os fiéis deverão permanecer em suas casas podendo acompanhar das varandas, janelas ou dos terraços.

A proibição do público na cerimônia, que em 2020 está completando 248 anos, atende à recomendação de isolamento domiciliar feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar o avanço do novo coronavírus. A medida também respeita os decretos dos governos estadual e municipal, e as determinações da Arquidiocese de Olinda e Recife em relação à aglomeração de pessoas. 

Presidente da Comissão para a Doutrina da Fé da CNBB esclarece sobre confusões em relação à fé que circulam nas redes sociais a respeito da Covid-19


Na última sexta-feira, 27 de março, pela primeira vez, o mundo se uniu em oração ao Papa Francisco para acompanhar, direto da Praça São Pedro vazia, a bênção extraordinária Urbi et Orbi – que geralmente é feita apenas no Natal e na Páscoa. O momento de oração foi um pedido pelo fim da pandemia do novo coronavírus. Além disso, Francisco concedeu indulgência plenária – que é o perdão do mal causado como consequência do pecado – aos fiéis.

Desde o início da pandemia no Brasil, inúmeros momentos de oração, reflexão e pregação têm tomado conta das redes sociais. Muitos deles sem fundamento algum na Doutrina Católica, que é constituída pelo conjunto de dogmas, verdades de fé , ensinamentos, preceitos e leis que formam o magistério da Igreja Católica Apostólica Romana.
  
O professor de teologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Fernando Altemeyer Júnior, escreveu recentemente sobre amuletos e proteção. “Deus não escolhe uns e mata outros de forma sádica ou como algo inevitável da roda cíclica da morte”, disse.

Em um trecho do texto, o professor destaca que “essa maneira de ver a religião como amuleto da sorte, ou posse de objetos sagrados que me salvassem do mal que todos estamos submetidos é tremendamente defeituosa e caricata. Falsifica Deus e o faz ser um agente do mal”.

Ainda segundo o texto, o teólogo afirma que a oração não é vacina nem é antídoto. “Se fosse assim a dezena de padres mortos em Bolonha estaria viva! Fé é a força da esperança de quem crê e confia sem resultados aparentes. Pessoas de fé também morrem e às vezes mais que os incrédulos. Fé não salva uns e mata outros, protegendo uns e discriminando outros. Se fosse assim estaríamos dizendo que Deus detesta Itália e ama o Brasil”.

O professor Altemeyer destaca no texto que “Deus nos ama por igual, todos e cada um, crente ou ateu, mesmo se não rezássemos nem um pai-nosso. Deus que é Pai perdoa antes que abramos a nossa boca. Atenção para esse tipo de religião mágica de barganha e privilégios”.

Em uma rápida busca pela internet é possível ver que as pessoas têm escrito e compartilhado “explicações” sobre os desígnios de Deus a respeito da pandemia do coronavírus. Diante disso, o portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) conversou com o bispo de Santo André e presidente da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé da CNBB, dom Pedro Carlos Cipollini, que destacou que esta visão de que Deus castiga e pune não está de acordo com a revelação que Jesus nos fez do Pai que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta de vida.

Leia a aqui entrevista completa: 

Confirmado: Vigário do Papa é o primeiro cardeal do mundo com a Covid-19



A Diocese de Roma confirmou na segunda-feira, 30 de março, o resultado positivo para Covid-19 do cardeal Angelo De Donatis, de 66 anos. Ele é o Vigário do Papa Francisco para a diocese de Roma e está internado no Hospital Policlínico Universitário Fundação Agostino Gemelli. Trata-se do primeiro caso de um cardeal infectado pelo coronavírus.

Segundo a nota de ontem da diocese do Papa, o cardeal estava com febre, mas com boas condições gerais e em tratamento antiviral. Seus colaboradores mais próximos foram colocados preventivamente em isolamento.

O próprio cardeal divulgou esta breve declaração mediante o site da diocese de Roma:

“Também eu estou vivendo esta provação. Estou sereno e confiante. Confio-me a nosso Senhor e ao sustento das orações de todos vocês, queridos fiéis da Igreja de Roma! Vivo este momento como uma ocasião que a Providência me dá para compartilhar os sofrimentos de tantos irmãos e irmãs. Ofereço a minha oração por eles, por toda a comunidade diocesana e pelos habitantes da cidade de Roma”.