sexta-feira, 1 de maio de 2020

Dom Walmor: “O momento é de união de esforços para que ninguém seja deixado para trás”


Em comemoração ao Dia do Trabalhador, nesta sexta-feira, 1º de maio, celebração de São José Operário, o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, manifesta, por meio de uma mensagem em vídeo, seu apoio e compromisso com os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil neste tempo difícil em que o país vive com as crises sanitária, política e econômica.

E declara que “A situação é grave, precisamos de líderes éticos, humanistas comprometidos com a saúde do povo, especialmente dos pobres e vulneráveis com a preservação de vidas competentes com a geração de empregos”.

Leia a íntegra da Mensagem:

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Coronavírus não freia pró-vidas brasileiros: Marcha pela Vida esse ano será virtual



A 13ª Marcha Nacional pela Vida acontecerá no dia 2 de Junho e esse ano de um jeito diferente. Em virtude do contexto gerado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Movimento Brasil sem Aborto vai realizar a marcha de 2020 na modalidade virtual.

O objetivo é manter a mobilização contra o aborto de forma a se adequar aos cuidados de distanciamento social e não realização de eventos com aglomeração de pessoas. Dessa forma, o movimento contribui para a proteção da vida de todos os participantes e de não proliferação do contágio do vírus.

A participação será feita através do envio de fotos até o dia 4 de maio pelo link disponível no site www.brasilsemaborto.org. Os participantes também assinarão um termo de autorização de uso de imagem e voz. Marcha Virtual pela Vida acontecerá pelas redes sociais. 

Entidades vinculadas à CNBB pedem o afastamento de Jair Bolsonaro

Entidades criticam a postura do presidente em relação à pandemia e defendem seu afastamento “para salvar vidas e a democracia”

A Comissão Brasileira de Justiça e Paz, organismo ligado à CNBB assumiu, nesta sexta-feira 24, posição em defesa do afastamento de Jair Bolsonaro. A nota não reflete o posicionamento oficial da CNBB. Mas a entidade, na figura de seu presidente, tem feito análises duras da conjuntura política. O presidente da CNBB, Dom Walmor Azevedo, comentou o imbróglio entre Sérgio Moro e o Ministério da Justiça.

Para o presidente da CNBB, a mudança “evidencia intervenção política no comando das instituições” e “fere ainda mais a credibilidade do governo e das instâncias que deveriam zelar pelo cumprimento das leis”.

Em nota pública, a Comissão Brasileira de Justiça e Paz critica a postura do presidente em relação à pandemia e defende o afastamento do presidente “para salvar vidas e a democracia”. Bolsonaro, diz o texto, prega o conflito, aposta na desinformação e nega o valor científico das medidas recomendadas pelas autoridades sanitárias e pela OMS. Na economia, responsabiliza o presidente por uma “burocracia desumana” em relação ao pagamento do auxílio emergencial. Menciona ainda os atos pró-intervenção militar aos quais o presidente compareceu. Para a entidade, o presidente comete crimes de responsabilidades que justificam sua saída. Seja por crime comum ou processo de impeachment.

Leia a íntegra: 

Itália: Bispos ameaçam romper com o governo por proibirem missas



Depois que o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte lançou no domingo um plano semanal para retornar à vida normal após o coronavírus COVID-19, que não incluía o levantamento de restrições à celebração de missas públicas, os bispos se reuniram, chamando o mover-se “arbitrariamente” e ameaçar tomar o assunto em suas próprias mãos.

Em 26 de abril, a Conte anunciou novas diretrizes para a “fase 2” da Itália de recuperação do coronavírus, começando na segunda-feira com a reabertura de empresas agrícolas e industriais que transportam produtos para o exterior.

A partir de 4 de maio, uma série de etapas de recuperação projetadas começará, começando com mais liberdade de movimento e abertura de parques, praias e montanhas, e culminando em 1º de junho com a reabertura de restaurantes, bares e cabeleireiros.

Era amplamente esperado que as negociações da igreja com o governo culminassem com o levantamento das proibições da celebração pública de missas e outras atividades litúrgicas no dia 4 de maio, no entanto, no anúncio de Conte, ele disse que apenas os funerais de pequena escala poderiam ser celebrados.

“Há semanas a Igreja tenta convencer o governo a permitir a celebração da Santa Missa, mas para os cientistas ainda é muito arriscado”, disse Conte em suas observações de 26 de abril, acrescentando que apenas funerais podem ser realizados a partir de 4 de maio desde que não haja mais de 15 familiares próximos, usando máscaras e mantendo a distância adequada.

Sua declaração não mencionou quando as missas públicas e a celebração de outros sacramentos, como casamentos e batismos, poderiam recomeçar.

Em um comunicado divulgado após o discurso de Conte, a Conferência Episcopal Italiana (CEI) observando que eles estão conversando com Conte e o Ministério do Interior italiano desde que começaram as conversas sobre um possível relaxamento das restrições, fazendo várias propostas para reiniciar a vida litúrgica. .

A Igreja se engajou nesse diálogo “com sofrimento e senso de responsabilidade” e respeitou as limitações impostas pelo governo para lidar com o surto de COVID-19, disseram os bispos.

Durante as conversas, disseram eles, “várias vezes foi explicitamente enfatizado que – quando as limitações assumidas para enfrentar a pandemia são reduzidas – a Igreja exige poder retomar sua ação pastoral”.

“Agora, após essas semanas de negociação em que a CEI apresentou diretrizes e protocolos com os quais enfrentar uma fase de transição em total conformidade com todos os padrões de saúde, o decreto do primeiro-ministro aprovado esta noite exclui arbitrariamente a possibilidade de celebrar a missa com o povo”, disse. 

Partido Comunista Chinês é o vírus mais grave de todos, denuncia ativista de direitos humanos



Chen Guangcheng, um ativista cego de direitos humanos que vive asilado nos Estados Unidos desde 2012, afirmou que o Partido Comunista Chinês é o vírus mais grave de todos, durante um fórum da Catholic University of America sobre a atual pandemia do coronavírus.

"É hora de reconhecer a ameaça que o Partido Comunista Chinês representa para toda a humanidade. Este mantém e manipula informações para fortalecer seu poder, sem se importar com o custo em vidas humanas”, afirmou Guangcheng, em 24 de abril, no fórum organizado pela instituição Faith & Law, junto com o Instituto de Ecologia Humana da Catholic University of America, em Washington, DC.

Antes de morar nos Estados Unidos, Chen Guangcheng foi enviado para a prisão e estava em prisão domiciliar na China. Além disso, denunciou que ele e sua família foram espancados em várias ocasiões e tiveram tratamento médico negado. Foi preso por ter criticado repetidamente o Partido Comunista por violações dos direitos humanos, incluindo a política do filho único que gerou, entre outras coisas, um grande número de abortos no país.

Sobre a quarentena de Wuhan, epicentro da pandemia de coronavírus, Guangcheng denunciou que "famílias inteiras foram encontradas mortas em seus apartamentos porque não tinham permissão para sair" para pedir ajuda. Além disso, afirmou, não é verdade que o coronavírus esteja sob controle e ainda há quarentena em lugares como a cidade de Harbin.

Em sua opinião, o ressurgimento do vírus "está diretamente relacionado ao fato de o Partido ocultar a verdade e se dedicar a 'reprimir' as pessoas que tentam compartilhar informações sobre o coronavírus".

Alertou também que o Partido Comunista Chinês usa a crise causada pela pandemia para perseguir dissidentes e detê-los em "lugares de quarentena", como o caso de um advogado cuja esposa denuncia que ele foi preso a 400 quilômetros de onde vivem, com o argumento de que a prisão é para controlar a doença. 

Humildade, pureza, amor e sabedoria: os alvos da ideologia de gênero



“Expliquei-lhe que tudo em [Gustavo] Corção é amor; poucas pessoas conheço com tanta vocação, tanto destino, para o amor. O que parece ódio, nos seus escritos, é ainda amor (…) Está fatalmente ao lado da pessoa e contra a antipessoa (…) Eis o que eu repeti para o meu amigo das esquerdas: – o Corção tem um coração atormentado e puro de menino. Quem o sabe ler, percebe em todos os seus escritos o pai de Rogério, sempre o pai de Rogério, querendo salvar milhões de filhos, eternamente.” (NELSON RODRIGUES, “Tudo em Corção é amor”, 1968)**

Com propriedade, diz-se do levante protestante de Lutero (1517) que foi um golpe revolucionário contra a Igreja, como o foram a Revolução Francesa (1789) e a Revolução Russa (1917) contra Cristo e contra Deus, respectivamente. Após o ataque da soberba humana à hierarquia apostólica, ao Filho Redentor e ao Pai Criador do mundo, consolidava-se o espaço do ateísmo no espírito do homem — que ainda se reconhecia como tal, não obstante a rejeição de sua vocação sobrenatural.

No século XX a mesma soberba conduziria por passos ainda mais largos à autodestruição humana. Cada vez mais livre dos salutares freios interiores que a verdadeira Religião — Mãe caridosa que é — franqueia aos homens, a velha soberba teria na concupiscência da carne a propulsão de sua nova etapa revolucionária: a sexual. Em seu descendente movimento histórico, o anseio da alma humana, enfim deslocado do Céu para a Terra, rebaixava-se ainda mais para agora buscar a salvação na bruta baixeza sensorial da genitália.

Revestindo de mil artifícios a meteórica ascensão da egolatria, redefinindo as virtudes à imagem de seus vícios opostos, convenceram-se as sociedades ocidentais de que a liberação sexual lhes traria a libertação final e a paz mundial (“Faça amor, não faça guerra”). Contracepção, esterilização, aborto, divórcio… Inspirados pelas ideias dos intelectuais da Escola de Frankfurt, esforços dos mais variados segmentos se uniram para mudar o comportamento da humanidade. Hiperssexualizado, o homem pós-moderno acreditava poder redefinir sua ontologia ao desvincular ato sexual e procriação, deslocando artificialmente da transmissão da vida para a recreação venérea o fim último do ato sexual. A cultura da vida dava lugar à cultura da morte.

Como, no entanto, está além do alcance do homem alterar os fundamentos metafísicos da realidade natural que o contém e rege, uma desordem tão fundamental não tardaria a se desdobrar vorazmente e cobrar seu preço, em especial na avassaladora moeda da degradação da juventude. As décadas de 1960 e 1970 testemunharam a sistemática revolta da juventude contra a autoridade em geral (exceto a dos inquestionáveis ideólogos e agentes culturais que a seduzia) e a dos pais em particular, a dissolução da família, a ascensão da pornografia, o “paradoxal” aumento da violência sexual, a cultura do aborto, a banalização do uso de entorpecentes (com os suicídios e homicídios dele decorrentes), o aumento da criminalidade, a escalada da atomização social etc. Após atentar contra a Igreja Católica, contra Deus Filho (Cristo) e contra Deus Pai, estava em marcha, enfim, a tentativa revolucionária de destruir o próprio homem. E é talvez nesta etapa “antipessoa” que se revela mais claramente a origem satânica de todo o processo revolucionário, pois mais do que aniquilar no homem a humildade, busca-se inviabilizar-lhe definitivamente a pureza — e com ela o verdadeiro amor.

Desfigurada assim a essência da sexualidade humana, à qual lhe é intrínseca a estável complementaridade homem-mulher — ordenada à exigente continuidade e manutenção da vida de uma criatura pensante e moral —, perdeu-se o homem contemporâneo no vazio do prazer efêmero e saturado das relações sexuais descartáveis, estéreis, fechadas ao vínculo afetivo duradouro e ao amadurecimento conjugal mútuo pelo sacrifício à prole; enfim, relações em que a luxúria desbanca a pureza e simula o amor.

Nos últimos dias o STF acolheu, por unanimidade, a inconstitucionalidade de uma lei municipal que proíbe a ideologia de gênero nos currículos e materiais escolares do município de Novo Gama (GO). Os proponentes da ação celebraram a vitória contra o que consideram “obscurantismo” e “obstrução” a uma “educação libertadora” e aos “direitos humanos”. Assim se apresentam os soldados da antipessoa: jamais exibem abertamente todo o seu sincero e horrível esplendor; antes, imputam a seus adversários os adjetivos que descreveriam a si próprios com perfeição, na esperança de passarem-se por virtuosos defensores da liberdade humana. Pensam com isso encobrirem a própria ignorância ou malícia, posto que a ideologia de gênero não é senão um aprimoramento pseudo-científico do mesmo veneno que escraviza e tende a aniquilar a pessoa humana desde a revolução sexual.

A conspiração cultural contra a pureza na infância e na adolescência configura uma grave enfermidade social, mas adquire contornos de anticivilização se encontra escandalosa ressonância no sistema educacional e, tanto pior, na máxima instância jurídica de um país. Aos ideólogos de gênero, para que pudessem disseminar a tirania desorientadora de seus delírios subjetivistas, foi-lhes necessário, antes, nascerem e fazerem-se educados numa célula familiar. Se por mórbida e remota fatalidade toda a humanidade aderisse às desordens que tais agentes prescrevem para a sexualidade humana, dentro de poucas gerações tal cultura de morte precipitaria a própria humanidade à extinção. Basta esse exercício para identificar a insustentabilidade de todo o edifício da pretensa “teoria” de gênero. 

Sagrado e Perigoso



Por causa do julgamento no STF da ADI 5581, que trata da descriminalização do aborto em grávidas de filhos doentes com o Vírus Zika, discutiu-se mais uma vez a questão do aborto provocado, contra o qual devemos ter argumentos sólidos e sadios.

A nossa Constituição Federal, art. 5º, já tem como cláusula pétrea a inviolabilidade da vida humana, e considera que todos são iguais perante a lei, que visa o bem de todos, mesmo os doentes. Não podem ser discriminados. Não compete a ninguém julgar quem merece morrer ou viver. E o nosso Código Penal considera crime o aborto. Ademais, há que se levar em conta que o povo brasileiro, em sua grande maioria, já se manifestou ser contra o aborto. E, para os cristãos, vige o V Mandamento da Lei de Deus: “Não Matarás”, que proíbe matar um inocente.

Na sociedade, há um lugar privilegiado, especialmente seguro, refúgio para todos os seus membros: a família, “santuário da vida”, “igreja doméstica”. Na família, há uma pessoa especial, a mãe, geradora da vida, objeto querido do nosso amor, pois é aquela da qual nascemos. E na mãe, há um lugar “sagrado”, o útero materno, sacrário onde a vida é gerada. Assim, no santuário da vida, a família, está esse sacrário da vida, o útero materno, lugar como que sagrado, protegido e seguro. O próprio Deus, quando enviou o seu Filho ao mundo para habitar entre nós, o aconchegou em um útero materno, o da Santíssima Virgem Maria, no qual o Verbo se fez carne e começou a ser um de nós. Por isso dizemos a Maria Santíssima: “bendito é o fruto do vosso ventre”, repetindo a saudação de Isabel (Lc 1, 42). 

Bispo adverte padres que estão celebrando missas durante a quarentena



O bispo da Diocese de Rio Preto, Dom Tomé Ferreira da Silva, divulgou uma carta advertindo os padres da região que estão realizando missas durante a quarentena. Desde do dia 21 de março, estão canceladas as missas em todas as paróquias da Diocese de Rio Preto. O objetivo é evitar aglomeração de pessoas e o contágio em massa pelo coronavírus.

Na carta, o bispo de Rio Preto escreve que alguns municípios da Diocese estão flexibilizando a quarentena. Ele usa das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e até da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para defender o distanciamento social como medida segura e preventiva contra a infecção da doença.

Segundo o bispo, qualquer multa, condenação ou qualquer outra penalização, será de responsabilidade pessoal do padre e não da Paróquia ou Diocese. Dom Tomé finaliza a carta dizendo para que os padres não se esqueçam dos "empobrecidos e necessitados".

Confira a carta na íntegra: