quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Trump nomeia a juíza católica Amy Coney Barrett para a Suprema Corte dos EUA


Donald Trump convocou uma coletiva de imprensa no domingo para defender veementemente sua escolha de Amy Coney Barrett, a juíza da Suprema Corte, depois que os democratas lançaram uma série de ataques contra sua suposta incapacidade de ser uma juíza imparcial devido à sua fé católica.

‘Percebemos alguns comentários feitos na mídia sobre minha incrivelmente qualificada nomeada, Amy. O New York Times disse que sua religião não é consistente com os valores americanos – ela é católica. Isso cobre muitas pessoas. Isso é uma coisa muito vergonhosa de se dizer ‘, disse Trump a repórteres reunidos na Casa Branca no domingo à noite, apenas um dia depois de anunciar sua escolha. 
‘Pensei, porém, na situação religiosa de Amy – pensei que havíamos resolvido isso há 60 anos com a eleição de John F. Kennedy’, disse Trump referindo-se ao primeiro e único presidente católico dos Estados Unidos.

A nomeação de Kennedy na época foi controversa, já que muitos americanos tinham fortes atitudes anticatólicas.

Ele conseguiu prevalecer, no entanto, devido à sua convicção vocal na separação entre Igreja e Estado e capacidade de atrair os eleitores católicos.

Trump jurou que a religião de Barrett não interferiria em sua tomada de decisão como juíza da Suprema Corte – e cinco dos oito juízes restantes são católicos romanos.

“Mas, falando sério, eles estão perseguindo o catolicismo dela”, lamentou Trump. – Vou ficar com ela, lutar com ela e vamos garantir que esses ataques parem. Porque eles são realmente – não tem precedentes. 

‘‘Eles estão basicamente lutando contra uma religião importante em nosso país’, disse o presidente sobre os democratas. ‘Isto é incrível. Lutar contra qualquer religião – lutar contra o catolicismo é simplesmente incrível."

Os democratas afirmam que a religião de Barrett pode afetar seus pensamentos sobre o aborto no que diz respeito ao caso histórico Roe vs. Wade.

A fé de Barrett provavelmente terá um papel nas próximas audiências do Comitê Judiciário, que a presidente Lindsey Graham disse que começará em 12 de outubro.

Arquidiocese do Rio impede gravação Anitta no Cristo Redentor



Na semana passada, a cantora Anitta se queixou de não ter sido autorizada, pela Prefeitura do Rio de Janeiro, a exibir pontos turísticos da cidade em uma apresentação. Mas, além da Prefeitura, a Arquidiocese do Rio vetou uma gravação da cantora no Cristo Redentor.

O trabalho da cantora foi considerado “incondizente” com a imagem do Cristo. Segundo informou o site da Veja Rio, a cantora conseguiu que a filmagem seja feita no Bondinho do Pão de Açúcar, porém a data não foi revelada.

A busca por um local de gravação faz parte da divulgação do novo single de Anitta, Me Gusta. O conteúdo será exibido no programa The Tonight Show, de Jimmi Fallon.

Na última quarta-feira (16), Anitta usou as redes sociais para falar sobre a dificuldade de encontrar um local para gravar.

– É verdade! Vai ter Me Gusta no Jimmy Fallon. A apresentação vai ser babado na medida do possível, porque ia ser super babado. Ia ser passando pelo Cristo Redentor, para o Pão de Açúcar, projeções no MAC (Museu de Arte Contemporânea) de Niterói… mas aí, ano eleitoral, o governo brasileiro e suas questões, a gente não conseguiu. Não entendi muito bem, mas fazer o quê? – declarou ela, na ocasião.

Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões 2020


MENSAGEM DE SUA SANTIDADE
O PAPA FRANCISCO
PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES DE 2020
 
[18 de outubro de 2020]
 
«Eis-me aqui, envia-me» (Is 6, 8)
 
 
Queridos irmãos e irmãs!
 
Desejo manifestar a minha gratidão a Deus pelo empenho com que, em outubro passado, foi vivido o Mês Missionário Extraordinário em toda a Igreja. Estou convencido de que isso contribuiu para estimular a conversão missionária em muitas comunidades pela senda indicada no tema «Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo».
 
Neste ano, marcado pelas tribulações e desafios causados pela pandemia do covid-19, este caminho missionário de toda a Igreja continua à luz da palavra que encontramos na narração da vocação do profeta Isaías: «Eis-me aqui, envia-me» (Is 6, 8). É a resposta, sempre nova, à pergunta do Senhor: «Quem enviarei?» (Ibid.). Esta chamada provém do coração de Deus, da sua misericórdia, que interpela quer a Igreja quer a humanidade na crise mundial atual. «À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas, ao mesmo tempo, importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos. Tal como os discípulos que, falando a uma só voz, dizem angustiados “vamos perecer” (cf. Mc 4, 38), assim também nós nos apercebemos de que não podemos continuar estrada cada qual por conta própria, mas só o conseguiremos juntos» (Francisco, Meditação na Praça de São Pedro, 27/III/2020). Estamos verdadeiramente assustados, desorientados e temerosos. O sofrimento e a morte fazem-nos experimentar a nossa fragilidade humana; mas, ao mesmo tempo, todos nos reconhecemos participantes dum forte desejo de vida e de libertação do mal. Neste contexto, a chamada à missão, o convite a sair de si mesmo por amor de Deus e do próximo aparece como oportunidade de partilha, serviço, intercessão. A missão que Deus confia a cada um faz passar do «eu» medroso e fechado ao «eu» resoluto e renovado pelo dom de si.
 
No sacrifício da cruz, onde se realiza a missão de Jesus (cf. Jo 19, 28-30), Deus revela que o seu amor é por todos e cada um (cf. Jo 19, 26-27). E pede-nos a nossa disponibilidade pessoal para ser enviados, porque Ele é Amor em perene movimento de missão, sempre em saída de Si mesmo para dar vida. Por amor dos homens, Deus Pai enviou o Filho Jesus (cf. Jo 3, 16). Jesus é o Missionário do Pai: a sua Pessoa e a sua obra são, inteiramente, obediência à vontade do Pai (cf. Jo 4, 34; 6, 38; 8, 12-30; Heb 10, 5-10). Por sua vez, Jesus – crucificado e ressuscitado por nós –, no seu movimento de amor atrai-nos com o seu próprio Espírito, que anima a Igreja, torna-nos discípulos de Cristo e envia-nos em missão ao mundo e às nações.
 
«A missão, a “Igreja em saída” não é um programa, um intuito concretizável por um esforço de vontade. É Cristo que faz sair a Igreja de si mesma. Na missão de anunciar o Evangelho, moves-te porque o Espírito te impele e conduz (Francisco, Sem Ele nada podemos fazer, 2019, 16-17). Deus é sempre o primeiro a amar-nos e, com este amor, vem ao nosso encontro e chama-nos. A nossa vocação pessoal provém do facto de sermos filhos e filhas de Deus na Igreja, sua família, irmãos e irmãs naquela caridade que Jesus nos testemunhou. Mas, todos têm uma dignidade humana fundada na vocação divina a ser filhos de Deus, a tornar-se, no sacramento do Batismo e na liberdade da fé, aquilo que são desde sempre no coração de Deus.
Já o facto de ter recebido gratuitamente a vida constitui um convite implícito para entrar na dinâmica do dom de si mesmo: uma semente que, nos batizados, ganhará forma madura como resposta de amor no matrimónio e na virgindade pelo Reino de Deus. A vida humana nasce do amor de Deus, cresce no amor e tende para o amor. Ninguém está excluído do amor de Deus e, no santo sacrifício de seu Filho Jesus na cruz, Deus venceu o pecado e a morte (cf. Rom 8, 31-39). Para Deus, o mal – incluindo o próprio pecado – torna-se um desafio para amar, e amar cada vez mais (cf. Mt 5, 38-48; Lc 23, 33-34). Por isso, no Mistério Pascal, a misericórdia divina cura a ferida primordial da humanidade e derrama-se sobre o universo inteiro. A Igreja, sacramento universal do amor de Deus pelo mundo, prolonga na história a missão de Jesus e envia-nos por toda a parte para que, através do nosso testemunho da fé e do anúncio do Evangelho, Deus continue a manifestar o seu amor e possa tocar e transformar corações, mentes, corpos, sociedades e culturas em todo o tempo e lugar. 

sábado, 26 de setembro de 2020

Abertura da Campanha Missionária 2020 terá programação especial


 
Na próxima quinta-feira, 1º de outubro, a Igreja Católica celebra a Festa de Santa Teresinha do Menino Jesus – padroeira das missões, e, em todo o Brasil, também terá início o mês missionário.
 
Para marcar essa data, o presidente da Comissão Missionária da CNBB, Dom Odelir José Magri, presidirá uma Missa de abertura do mês dedicado às missões no Santuário Nacional de Aparecida, às 9h.
 
Nesta segunda-feira, 28 de setembro, as Pontifícias Obras Missionárias (POM) realizam uma Live para o lançamento da Campanha Missionária, às 19h. A transmissão será pelo Facebook das POM (@POMBrasil1) e terá a participação de Dom Odelir José Magri, da presidente da CRB Nacional, Ir. Maria Inês Ribeiro, e do diretor das POM no Brasil, Pe. Maurício Jardim.
 

ONU: Papa apela a desarmamento nuclear e alerta para «erosão do multilateralismo»


 
O Papa apelou na sexta-feira (25), desde o Vaticano, ao desarmamento nuclear e alertou para “erosão do multilateralismo”, numa intervenção em vídeo para a 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a decorrer em Nova Iorque.
 
“Temos de perguntar-nos se as principais ameaças à paz e à segurança, como a pobreza, epidemias e terrorismo, entre outras, podem ser efetivamente enfrentadas quando a corrida armamentista, incluindo às armas nucleares, continua a desperdiçar recursos preciosos”, referiu Francisco, numa intervenção em espanhol.
 
Os trabalhos da 75.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, órgão constituído por representantes dos 193 Estados-membros da organização, começaram na última semana; o debate geral teve início na terça-feira.
 
O Papa lamentou o “clima de desconfiança existente” no cenário global, convidando os responsáveis políticos a “apoiar os principais instrumentos jurídicos internacionais de desarmamento, não proliferação e proibição nuclear”.
 
“Estamos a testemunhar uma erosão do multilateralismo que é ainda mais grave à luz das novas formas de tecnologia militar”, advertiu Francisco, com referência específica aos sistemas de armas autónomas letais, “alterando irreversivelmente a natureza da guerra, separando-a ainda mais da ação humana”.
 
O uso de armas explosivas, especialmente em áreas povoadas, tem um impacto humano dramático, a longo prazo. Nesse sentido, as armas convencionais estão a tornar-se cada vez menos ‘convencionais’ e cada vez mais ‘armas de destruição em massa’, arrasando cidades, escolas, hospitais, locais religiosos, infraestrutura e serviços básicos para a população”.
 

Seria Michelangelo um lacrador?

Analisar qualquer obra de arte, especialmente as grandiosas e épicas como o afresco “O Juízo Final” (Il Giudizio Universale) de Michelangelo, A Divina Comédia de Dante ou a Nona Sinfonia de Beethoven sob a luz (perdoem-me o paradoxo) da lacração sempre será uma barca furada.

“Lacração” nada mais é que um discurso que interpreta algo de maneira rasa, com nenhuma intenção de se buscar a verdade, mas tão somente para se criar uma narrativa de cunho político-ideológico, particularmente de acordo com a agenda autodenominada “progressista”. 

A elite bem-comportada e sinalizadora de falsas virtudes alçada à categoria de “pensadores modernos” pelo establishment está cheia de lacração, até o talo. A lacração é, de fato, o comburente da fogueira à qual são despejadas toda sorte de estultices. A lacração é o próprio ar que se respira no mundo dos Macaquinhos e Queermuseum. 

Déborah Aladin é uma das queridinhas da velha mídia, juntamente com outros jovenzinhos eleitos sabe-se lá por quem como sendo as mais novas promessas da intelectualidade tupiniquim, tal qual Felipe Neto, o porta-voz do STE contra as fake news (que soltou a maior fake news da década), Átila Iamarino, o pequeno estalinista de tiara, Jonas Manoel e a globalistinha Soros-friendly, Tábata Amaral. 

Recentemente a professorinha Déborah Aladin soltou uma pérola no Twitter e, após receber uma chuva de avisos de seu erro crasso, simplesmente apagou a própria conta, provavelmente voltando para a lâmpada de onde saiu. 



Decerto que tal narrativa não foi invenção da professora Aladin. Há muito mais de 40 ladrões por aí, prontos a roubar a realidade e torcê-la sem dó para que caiba em suas narrativas. Há até um tour gay no Vaticano, no qual o guia, empolgadíssimo, avisa aos g(ui)ados: “Agora, à nossa direita, veremos um homem nu e gostosão, ui!” 


Aproveitemos então a súbita, porém equivocada popularidade da obra magistral de Michelangelo para, de uma vez por todas, desmistificar essa bobajada. 

O afresco “Il Giudizio Universale”, feito entre 1535 e 1541 pelo mestre renascentista Michelangelo Buonarroti, retrata o momento que todos os cristãos esperam com esperança e pavor: o fim dos tempos, o começo da eternidade, quando o mortal se torna imortal, quando os eleitos se unem a Cristo em seu reino celestial e os condenados são lançados nos tormentos intermináveis ​​do inferno. 

A conclusão do teto da Capela Sistina, em 1512, selou a reputação de Michelangelo como o maior mestre da figura humana – especialmente o nu masculino. O Papa Paulo III estava bem ciente disso quando o encarregou de repintar a parede do altar da capela com a representação do Juízo Final. O foco de Michelangelo – teologicamente correto – está na ressurreição do corpo. A pura fisicalidade desses nus musculosos afirmava a doutrina católica da ressurreição corporal (que no dia do julgamento, os mortos ressuscitariam em seus corpos, não como almas incorpóreas). 

Após a conclusão da obra, alguns ficaram escandalizados – sobretudo pela nudez – apesar de sua exatidão teológica. Os críticos também se opuseram às poses contorcidas (algumas resultando na apresentação indecorosa de nádegas), a ruptura com a tradição pictórica (o Cristo imberbe, os anjos sem asas) e o aparecimento de seres mitológicos (as figuras de Caronte e Minos) em uma cena sacra. Os críticos viram esses enfeites como distrações da mensagem espiritual do afresco e acusaram Michelangelo de se preocupar mais em exibir suas habilidades criativas do que em retratar a verdade sagrada com clareza e decoro. A arte religiosa era o “livro dos analfabetos” e como tal deveria ser fácil de entender. 

O Juízo Final de Michelangelo, no entanto, não foi pintado para um público leigo e iletrado. Ao contrário, foi projetado para um público muito específico, elitista e erudito. Esse público entenderia e apreciaria seu estilo figurativo e inovações iconográficas. Eles reconheceriam, por exemplo, que sua inclusão de Caronte e Minos foi inspirada no Inferno de Dante, um texto que Michelangelo admirava muito. Eles veriam no rosto jovem de Cristo sua referência ao Apolo Belvedere, uma antiga escultura helenística grega na coleção papal elogiada por sua beleza ideal. Assim, Michelangelo descreve a identidade de Cristo como o “Sol da Justiça” (Malaquias 4, 2). 

Como Dante em seu grande poema “A Divina Comédia”, Michelangelo buscou criar uma pintura épica, digna da grandeza do momento. Ele usou metáfora e alusão para ornamentar seu assunto. Seu público educado se deliciaria com suas referências visuais e literárias. 

Originalmente destinado a um público restrito, as gravuras reprodutivas do afresco rapidamente o espalharam por todos os lugares, colocando-o no centro de debates animados sobre os méritos e abusos da arte religiosa. Enquanto alguns o aclamaram como o auge da realização artística, outros o consideraram o epítome de tudo o que poderia dar errado com a arte religiosa e pediram sua destruição. No final, um acordo foi alcançado. Pouco depois da morte do artista em 1564, Daniele Da Volterra foi contratado para cobrir nádegas e virilhas nuas com pedaços de cortina e repintar Santa Catarina de Alexandria, originalmente retratada sem roupa, e São Brás, que pairava ameaçadoramente sobre ela com seus pentes de aço. 

sábado, 12 de setembro de 2020

Palavra de Vida: “Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço.” (Lc 6,38)



Estava “com uma numerosa multidão de discípulos seus, e de muito povo de toda a Judeia e Jerusalém, do litoral de Tiro e de Sídon, que vieram para o ouvir…“ (1) . É assim que o evangelista Lucas introduz o longo discurso de Jesus, que prossegue com o anúncio das bem-aventuranças, com as exigências do Reino de Deus e as promessas do Pai aos seus filhos.

Jesus anuncia livremente a Sua mensagem a homens e mulheres, de diferentes povos e culturas, que acorreram para O escutar. É uma mensagem universal, dirigida a todos e que todos podem aceitar para se realizarem como pessoas, criadas por Deus Amor à Sua imagem.

Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço.

Jesus revela a novidade do Evangelho: o Pai ama pessoalmente cada um dos seus filhos com um amor “transbordante” e dá-lhes a capacidade de alargarem o seu coração para com os irmãos, com uma generosidade cada vez maior. São palavras prementes e exigentes: dar do que é nosso – bens materiais, mas também acolhimento, misericórdia, perdão – com abundância, à imitação de Deus.

A imagem da recompensa abundante, lançada no regaço, faz-nos compreender que a medida do amor de Deus por nós é sem medida. As suas promessas realizam-se para além das nossas expectativas, pois libertam-nos da ânsia dos nossos cálculos, dos nossos programas e da desilusão por não receber dos outros segundo a nossa medida.

Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço.

A propósito deste convite de Jesus, Chiara Lubich escreveu: «Já te aconteceu receber um presente de um amigo e sentir a necessidade de o retribuir? […] Se isso te acontece a ti, imagina como será com Deus, que é Amor. Ele retribui sempre todas as ofertas que fazemos ao próximo em Seu nome. […] Deus não procede assim para te enriquecer ou para nos enriquecer. (…) Fá-lo para que, quanto mais tivermos, mais possamos dar; para que – como verdadeiros administradores dos bens de Deus – façamos circular todos os bens na comunidade que nos rodeia […]. Sem dúvida que Jesus pensava sobretudo na recompensa que vamos ter no Paraíso, mas tudo o que acontece nesta Terra é já um prelúdio e garantia dessa recompensa». (2) 

Coleta em favor da Terra Santa, uma ajuda essencial aos cristãos na terra de Jesus



Neste domingo, 13 de setembro, é celebrada a Coleta pela Terra Santa. Normalmente ocorre na Sexta-Feira Santa, mas devido às restrições derivadas da pandemia da COVID, o Papa Francisco decidiu alterá-la para esta data, para que pudesse ser realizada com segurança. É uma ajuda essencial para que os cristãos continuem vivendo na terra de Jesus, onde são minoria.

Frei Salvador Rosas, Guardião do Santo Sepulcro de Jerusalém, explicou à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que atualmente “a Basílica do Santo Sepulcro e os lugares santos estão praticamente vazios. Faltam nossos peregrinos, os poucos cristãos que os visitam são os que moram aqui, que são cristãos de nascimento ou estrangeiros que residimos em Jerusalém”.

Isso significa que as famílias que dependem da presença de cristãos peregrinos, como guias, hoteleiros, vendedores ... até mesmo os não cristãos, estão “sofrendo essas calamidades. Acreditamos que tempos melhores virão, que retomaremos o ritmo de vida saudável, o movimento e, quando a movimentação seja possível, a nossa realidade melhore”.

Nesse sentido, Frei Salvador incentivou a colaborar com a coleta em favor da Terra Santa “que se celebra em memória dos lugares onde Cristo entregou a vida por nós. E cristãos de todo o mundo se unem em oração e em apoio financeiro em favor dos cristãos que realizam suas obras ali”.

Por isso, assegurou que “os frades franciscanos, que há 800 anos guardam os lugares santos, têm diferentes apostolados, como a custódia dos lugares santos que nos recordam a nossa redenção. Mas, como somos uma parte importante desta sociedade, também temos o prazer de dizer que contribuímos com as novas gerações através das escolas que cristãos e muçulmanos podem frequentar, porque estão abertas a todos. Através do estudo e da formação com os valores do Evangelho e os valores universais, para o bem da sociedade”.