sábado, 23 de agosto de 2014

Eleições 2014: em defesa da vida ou a favor do aborto?




CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL
COMISSÃO EM DEFESA DA VIDA DO REGIONAL SUL I DA CNBB

TEXTO APROVADO NA REUNIÃO DA COMISSÃO EM DEFESA DA VIDA DO REGIONAL SUL 1 - CNBB, EM 23 DE AGOSTO DE 2014

Em janeiro de 2014, o papa Francisco, ao dirigir-se ao corpo diplomático sediado no Vaticano, declarou que «causa horror só o pensar que haja crianças que não poderão jamais ver a luz, vítimas do aborto», pecado que o santo padre qualificou de manifestação da «cultura do descarte» contemporânea e «negação da dignidade humana»



A dignidade inviolável da vida humana inocente, em todas as suas fases, não é apenas um princípio do Evangelho como também um fundamento para a construção de uma sociedade que promova efetivamente a dignidade da pessoa humana. É com esse pensamento, e com o propósito de atender aos apelos do papa Francisco, como também dos papas anteriores, Bento XVI e S. João Paulo II, que a Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul-1 da CNBB vem a público, neste período de eleições, propor uma reflexão sobre esse assunto de vital importância, sem medo de exercer igualmente o papel profético da denúncia, convencida de que calar-se sobre este ponto equivaleria a omitir-se gravemente no cumprimento de sua missão.



Infelizmente, ao se fazer um balanço sobre a atuação do atual governo na questão da defesa da vida, os resultados obtidos foram indiscutivelmente sombrios. Neste período de governo, podemos assinalar os seguintes fatos:



01) A Presidente deu continuidade e renovou por três vezes o convênio com a Fundação Oswaldo Cruz, tendo por objeto o “estudo e pesquisa para legalizar o aborto no Brasil”; ao ser renovado pela presidente, o objeto passou a ser estrategicamente designado como “estudo e pesquisa sobre o aborto para fortalecer o Sistema Único de Saúde”, mas a equipe contratada continuava sendo a mesma, constituída pelos principais ativistas e representantes das ONGs que promovem, no Brasil, o reconhecimento dos “direitos sexuais e reprodutivos das mulheres”, expressão eufemística criada na Conferência do Cairo para abrir espaço ao direito do aborto.



02) Nomeou como ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres a socióloga Eleonora Menicucci, que fez diversos pronunciamentos públicos apoiando a legalização do aborto. Em 6 de junho de 2012, essa ministra declarou à Folha de São Paulo que «o governo entende que não é crime orientar uma mulher sobre como praticar o aborto». No mesmo dia a Secretaria de Atenção à Saúde do próprio Ministério declarou ao mesmo jornal que «o Sistema de Saúde brasileiro passará a acolher as mulheres que desejam fazer aborto e orientará como usar corretamente os métodos existentes para abortar» e que «Centros de aconselhamento indicarão quais são, em cada caso, os métodos mais eficazes».



03) Em fevereiro de 2013, o então ministro da Saúde, atualmente candidato ao governo do Estado de S. Paulo, em reunião com o presidente da Câmara Federal, solicitou que fosse votado em regime de urgência, um projeto de lei de autoria da deputada Iara Bernardi (PT), reapresentado em 2013 como PL 03/2013. Tal projeto de lei, apresentado simplesmente como dispondo sobre “atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual”, não menciona explicitamente a palavra ‘aborto’, mas, conforme reconheceu sua própria autora, a deputada Iara Bernardi (PT), procura dar força de lei às normas técnicas do Ministério da Saúde que dispõem sobre o aborto supostamente legal, ainda que não haja no Brasil lei alguma definindo o aborto como direito em caso algum.

Bispo do Iraque adverte que o Ocidente será logo outra vítima do islamismo




O Arcebispo Caldeu de Mosul (Iraque), Dom Emil Nona, advertiu que os cristãos de todo o mundo enfrentariam o mesmo sofrimento que a sua arquidiocese sofreu nas mãos dos extremistas muçulmanos se não tomarem “decisões fortes e corajosas”.


Em declarações ao jornal italiano Corriere della Sera em 9 de agosto desde Erbil, no Curdistão Iraquiano, Dom Emil Nona advertiu que “nossos sofrimentos hoje são o prelúdio dos que vocês, europeus e cristãos ocidentais, também sofrerão no futuro próximo”.


Dom Nona foi forçado a abandonar o seu lar pelo Estado Islâmico, um califado recentemente estabelecido no Iraque e Síria. Ele é um dos cinco bispos que foram obrigados a abandonar Mosul.

O grupo extremista islâmico perseguiu a todos os que não fossem muçulmanos sunitas nos territórios apoderados por eles. Cristãos, yazidis e muçulmanos xiitas abandonaram a zona.


“Perdi a minha diocese” disse o Arcebispo ao jornal italiano. “O estabelecimento físico do meu apostolado foi ocupado por radicais islâmicos que nos querem convertidos ou mortos. Mas a minha comunidade ainda está viva”.

Ser católico implica correr o risco de perder amigos




Não faz muito tempo, eu recebi um e-mail que me pedia o seguinte:



“Como mãe, educadora, católica e mulher no mundo atual, eu gostaria de saber um pouco mais sobre a sua conversão. Você perdeu amigos? Você não se sente esquisita de vez em quando? Eu tenho 43 anos e sou a única pessoa que eu conheço que vai à missa mais que uma vez por semana. O que eu posso fazer para não me desanimar?”.



A minha resposta curta para esse tipo de situação é que nós temos que descobrir o que faz o nosso coração arder e, então, correr atrás desse algo com determinação obstinada. Para mim, por exemplo, o que funciona é escrever.



Já a minha resposta longa é que o catolicismo é uma busca radical pela verdade. Nós não nos lembramos o suficiente do quanto a graça custa. Não ouvimos falar o suficiente do quanto é medíocre seguir a Cristo mais ou menos. A fé não nos chama a viver na miséria, mas nos chama, claramente, a não possuir muito mais do que realmente precisamos. A fé nos convida à pobreza, à castidade e à obediência. E o que eu descobri é que estes três estados de vida são incrivelmente empolgantes e desafiadores! Eles nos dão um tipo de liberdade e de “consciência de ser” que é completamente inexistente no meio da nossa cultura entorpecente.

Papa envia ajuda econômica aos cristãos perseguidos no Iraque




O Papa Francisco enviou uma ajuda de um milhão de dólares aos cristãos e outras minorias religiosas iraquianas que tiveram que deixar suas casas em fuga dos milicianos do Estado Islâmico. Uma parte desta doação foi levada pelo Cardeal Fernando Filoni, que esteve em missão especial no país.

O próprio cardeal revelou a notícia em entrevista à CNS, agência católica de notícias dos EUA. Dom Fernando visitou Erbil de 12 a 20 de agosto, e na volta, teve um encontro com o Papa para ilustrar a sua missão. Ele disse que levou consigo apenas um décimo da ajuda e que 75% do dinheiro foi entregue aos católicos e 25% à comunidade dos ‘yazidis’.

Meios de comunicação convertem brincadeira do Papa Francisco em “profecia” sobre a sua morte




No voo de volta da Coréia, o Papa Francisco teve uma ampla e intensa coletiva de imprensa com dezenas de jornalistas que o acompanharam em sua primeira visita à Ásia. Vários meios europeus tiraram de contexto uma de suas frases para difundir a “notícia” de que resta ao Papa apenas “dois ou três anos de vida”.

Quase ao final da coletiva de imprensa no avião papal, o Pontífice respondeu uma pergunta sobre a sua grande popularidade e disse que a vive “agradecendo ao Senhor de que seu povo seja feliz, esperando o melhor para o povo. Vejo isso como uma generosidade do povo de Deus”.

Em tom de brincadeira disse que tenta “pensar nos meus pecados, nos meus erros e não ficar orgulhoso. Porque eu sei que durará pouco tempo. Dois ou três anos e irei para a casa do Pai”, arrancando risadas dos presentes.

Adicionou que vive sua popularidade “como presença do Senhor no seu povo que usa o bispo, que é o pastor do povo, para manifestar muitas coisas. Vivo isso com mais naturalidade que antes, porque me assustava um pouco”.

“Iniciamos a Terceira Guerra Mundial”, disse o Papa Francisco




O Papa Francisco acaba de fazer sua primeira viagem à Ásia. Foi o primeiro Pontífice a sobrevoar o território chinês com explícita autorização daquele regime comunista com quem o Vaticano não tem relações diplomáticas.



A viagem à Coréia do Sul foi um sucesso!  Discursos oficiais e homilias em inglês, (diga-se muito melhor que o português que ele ensaiou no Brasil), visitas aos lugares do martírio dos santos coreanos que foram crucificados e mortos pela fé (o Papa rezou diante de uma “coroa de espinhos” feita de arame farpado que foi instrumento de tortura dos mártires), visita aos excluídos da sociedade coreana, ou seja, pessoas com diferentes tipos de problemas mentais e físicos e que são muito discriminados naquela região, missa para um milhão de pessoas, a maioria jovens que participavam da Jornada da Juventude Asiática, encontros com grupos inter-religiosos e os costumeiros com bispos, religiosos e autoridades.



Na ida e na volta, é também tradição que o Papa dê entrevista coletiva aos jornalistas que o acompanham no mesmo voo. As perguntas são as mais variadas possíveis e o Papa não costuma fugir das respostas. Interessante é que na viagem de volta o Papa  tocou em assuntos muito delicados como a “guerra justa” em caso de genocídio como ocorre no momento com as minorias no Iraque e Síria, dizendo que é justo deter o inimigo, não com o uso da violência, mas é justo e imperativo proteger a vida dos indefesos.

Cristãos no Iraque: “queremos o Papa Francisco aqui”




Refugiados e esquecidos. Os cristãos do Iraque sentem-se abandonados por todos, ou quase todos. Um dos poucos pontos de referência que permanece é o Papa Francisco. Ele é a pessoa que está insistindo para que se acendam os refletores sobre a dificuldade deles, enquanto organismos internacionais e soldados curdos pensam em deter os extremistas do Estado Islâmico.
Uma oração pelos cristãos

Neste 20 de agosto, durante a catequese, o Papa convidou os presentes a se unirem “à oração por todos os cristãos perseguidos no mundo, particularmente no Iraque, e rezar também pelas minorias religiosas não cristãs no Iraque, também elas perseguidos” (Avvenire, 20 de agosto). Um convite que é resposta às notícias sempre mais preocupantes que circulam na imprensa nos últimos dias. Os cristãos fogem da perseguição jihadista principalmente em Mossul, Qaraqosh e Bartella.

Sofrimento e martírio

Os testemunhos recolhidos pelos jornalistas em Erbil são emblemáticos: “apenas o Papa Francisco ainda se lembra de nós: disse que virá para nos consolar, mas o mundo já nos abandonou”, sustenta Fryal Acim, professora de 43 anos, acampada há duas semanas na Igreja de São José. “Choramos e rezamos por todos os yazidis, sobretudo pelas mulheres que foram raptadas e estupradas por aqueles brutos. Mas também nós sofremos um doloroso martírio”.

Fuga sem retorno

Existe sempre mais consciência de que a fuga da planície de Nínive não terá retorno. “Perdemos o passado e ainda não temos futuro”, diz Hassan Habili, 32 anos, que fugiu com a família nas primeiras horas do dia 6 de agosto, pouco antes dos extremista invadirem Qaraqosh. “Não confiamos mais em ninguém, porque mesmo se o Exército federal iraquiano tivesse que reconquistar as nossas vilas, permaneceria o perigo do retorno dos jihadistas que, mais ou menos de maneira escondida, massacram-nos desde sempre. Quem nos garante que daqui a seis meses, ou seis anos não recomeça tudo de novo?”.

Cristãos leigos e leigas




Este quarto domingo de agosto é dedicado aos leigos. A data chega bem, para situar uma iniciativa importante que está em andamento, relativa à identidade eclesial e à missão dos leigos.

Trata-se do documento que está sendo construído pela CNBB, no qual se procura aprofundar e atualizar a compreensão da vida e da missão dos leigos, na Igreja e na Sociedade.  Ainda estamos em tempo de colaborar com nossas ponderações e sugestões, para que o documento receba a aprovação oficial da CNBB na próxima assembleia, em abril do ano que vem.

Este trabalho está sendo conduzido pela Comissão especial, nomeada pela CNBB, que conta sobretudo com a participação de leigos, que recolhem as colaborações através das diversas instâncias da organização dos leigos, entre as quais se destaca o Conselho Nacional do Laicato do Brasil, com os respectivos Conselhos Regionais, a Assembleia Nacional dos Organismos do Povo de Deus, e outros.

Por estas referências, já percebemos um fato muito promissor: os leigos estão encontrando caminhos para se articularem, e para atuarem, seja no contexto da Igreja como da Sociedade.

Em termos de processo histórico, tomando como ponto de partida o Concílio Vaticano II, percebemos uma cadência interessante. São 50 anos do Concílio, são 25 anos da Exortação Christifidelis Laici, e são 15 anos do documento da CNBB sobre a Missão e os Ministérios dos cristãos Leigos e Leigas.