segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

EUA: Desconhecidos profanam cemitério católico



A Delegacia de Nova York (Estados Unidos) está investigando como um “possível crime de ódio” o ataque ao Cemitério da Santa Cruz (Holy Cross Cemetery) em East Flatbush, Brooklyn.

Segundo informou a Diocese de Brooklyn, no dia 9 de janeiro, às 8h30, um administrador do cemitério descobriu que 63 lápides e monumentos tinham sido demolidos, incluindo uma escultura de 1,80 metros de São José, a qual é representativa do santuário. 

Nigéria: Papa aceita renúncia de bispo após oposição de sacerdotes devido à sua etnia



A Congregação para a Evangelização dos Povos da Santa Sé emitiu um comunicado informando que o Papa Francisco aceitou a renúncia de Dom Peter Ebere Okpaleke ao governo da Diocese de Ahiara, Nigéria.

“O Santo Padre, aceitando o pedido de Dom Peter Ebere Okpaleke, lhe permite não continuar sendo Bispo de Ahiara e, ao mesmo tempo, agradece pelo seu amor à Igreja”.

Em 21 de maio de 2013, Dom Peter Ebere Okpaleke foi nomeado Bispo de Ahiara, mas não foi bem acolhido por alguns sacerdotes, pois o Prelado pertence à etnia Mbaise.

A situação chegou ao ponto de o Papa Francisco se ver obrigado a ameaçar com uma suspensão addivinis aqueles sacerdotes que de 10 de junho a 9 de julho de 2017 não escrevessem uma carta pedindo perdão por seu comportamento.

Em junho e julho de 2017, o Pontífice recebeu 200 cartas de sacerdotes da mesma diocese nas quais asseguravam a sua obediência e fidelidade ao bispo, apesar das dificuldades que alguns sacerdotes argumentavam para trabalhar com ele.

Devido a este arrependimento, Francisco não queria sancionar canonicamente nenhum deles e pediu para que a Congregação para a Evangelização dos Povos respondesse a cada sacerdote.

Esta Congregação “exortou cada sacerdote a refletir sobre o grave dano infligido à Igreja de Cristo e desejou que no futuro nunca se repitam atos irracionais como este”. Também lhes pediu que tivessem “gestos de perdão e reconciliação” para com o Bispo. 

"Paulo VI vai ser canonizado em 2018", anuncia Papa



O Papa Francisco anunciou que o Papa Paulo VI vai ser canonizado ainda em 2018, em um pronunciamento durante um encontro com o clero da Diocese de Roma.

“Dois recentes bispos de Roma já são Santos (João XXIII e João Paulo II). Paulo VI será santo este ano. E um tem causa de beatificação aberta, João Paulo I.” E completou, brincando: “Bento e eu estamos na lista de espera: rezem por nós.”

“Paulo VI será santo este ano”, disse, numa intervenção divulgada neste sábado, 17, pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

Paulo VI, o pontífice que liderou a Igreja Católica entre 1963 e 1978, período em que encerrou o Concílio Vaticano II, foi beatificado pelo Papa Francisco a 19 de outubro de 2014. A data e o local para a cerimônia de canonização ainda serão decididos.

O milagre necessário para a canonização foi a cura de uma bebê, ainda no ventre da sua mãe. Segundo o jornal da Diocese de Bréscia, ‘La Voce del Popolo’, a grávida, da província de Verona, corria o risco de abortar devido a uma patologia que comprometia a vida da criança e da mãe. A mulher peregrinou ao Santuário delle Grazie, na terra natal de Paulo VI, e a menina nasceu em 25 de dezembro de 2014, em boas condições de saúde e sem qualquer explicação médica para a sua cura. 

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Muçulmanos que profanaram a estátua da Virgem são condenados a memorizar os versículos do Alcorão sobre Maria


Dois jovens muçulmanos que profanaram uma imagem da Virgem Maria foram condenados a ler e decorar algumas passagens do Corão que expressam uma veneração especial à Mãe de Jesus.

Com esta pena, que foi dada aos jovens libaneses para não irem à prisão, a juíza cristã Jocelyne Matta recebeu o elogio dos líderes muçulmanos e políticos do Líbano.

A agência vaticana Fides informou que ambos pertencem à escola técnica de Moujuez, um povoado da região de Akkar, de maioria cristã.

Há alguns dias, os jovens entraram em uma igreja, profanaram uma imagem mariana e filmaram tudo o que fizeram. Depois de divulgarem o vídeo nas redes sociais, foram presos pela polícia.

Na audiência realizada no dia 8 de fevereiro, a juíza Matta decidiu que os jovens deveriam decorar um texto do Corão, que ela leu naquele dia, no qual se rende tributo a Maria.

O sacerdote maronita – rito católico oriental do Líbano – Pe. Rouphael Zgheib explicou que “recorrer a este tipo de sentença reeducativa é uma nova orientação na prática da justiça libanesa e é uma aplicação do artigo 111 do Código Penal”.

Em declarações à Agência Fides, o também diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias do Líbano explicou que o artigo 111 “autoriza o juiz investigador a substituir a detenção de um acusado por qualquer outra medida considerada mais apropriada e efetiva”.

Neste caso, “a juíza percebeu que os jovens não sabiam nada sobre o Corão, apesar de serem muçulmanos, e escolheu esse tipo de castigo para ensiná-los a respeitar a sua própria religião e a religião das pessoas que não são muçulmanas”, afirmou.

Por sua parte, o primeiro ministro libanês Saad Hariri, muçulmano sunita, disse que a decisão de Matta foi uma boa opção para destacar o que “os cristãos e os muçulmanos compartilham”.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Vaticano desmente que Bento XVI tenha uma doença paralisante


A Sala de Imprensa da Santa Sé desmentiu nesta quinta-feira que o Papa Emérito Bento XVI tenha uma “doença paralisante ou degenerativa”, como publicou um meio de comunicação alemão.

“As supostas notícias sobre uma doença paralisante ou degenerativa são falsas. Dentro de dois meses, Bento XVI vai completar 91 anos e, como o próprio assumiu, sente o peso dos anos, como é normal nesta idade”, informou o Vaticano na manhã desta quinta-feira.

Os rumores foram divulgados pelo alemão ‘Neue Post’, segundo declarações atribuídas ao irmão de Bento XVI, Georg Ratzinger. Logo depois, esta notícia foi recolhida pela imprensa internacional.

Como se recorda, no dia 7 de fevereiro Bento XVI enviou uma carta emocionante ao diretor do jornal italiano ‘Il Corriere della Sera’ para agradecer a inquietude dos leitores que perguntam pela sua saúde.

“Para, olha e regressa”, é convite do Papa no primeiro dia da quaresma


CELEBRAÇÃO DA QUARTA-FEIRA DE CINZAS
SANTA MISSA, BÊNÇÃO E IMPOSIÇÃO DAS CINZAS

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Basílica de Santa Sabina
Quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

O tempo de Quaresma é propício para corrigir os acordes dissonantes da nossa vida cristã e acolher a notícia sempre nova, feliz e esperançosa da Páscoa do Senhor. Na sua sabedoria materna, a Igreja propõe-nos prestar especial atenção a tudo o que possa arrefecer e oxidar o nosso coração crente.

Múltiplas são as tentações, a que nos vemos expostos. Cada um de nós conhece as dificuldades que deve enfrentar. E é triste constatar, nas vicissitudes diárias, como se levantam vozes que, aproveitando-se da amargura e da incerteza, nada mais sabem semear senão desconfiança. E, se o fruto da fé é a caridade – como gostava de repetir Santa Teresa de Calcutá –, o fruto da desconfiança é a apatia e a resignação. Desconfiança, apatia e resignação: os demônios que cauterizam e paralisam a alma do povo crente.

A Quaresma é tempo precioso para desmascarar estas e outras tentações e deixar que o nosso coração volte a bater segundo as palpitações do coração de Jesus. Toda esta liturgia está impregnada por este sentir, podendo-se afirmar que o mesmo ecoa em três palavras que nos são oferecidas para «aquecer o coração crente»: para, olha e regressa.

Para um pouco, deixa esta agitação e este correr sem sentido que enche a alma de amargura sentindo que nunca se chega a parte alguma. Para, deixa esta obrigação de viver de forma acelerada, que dispersa, divide e acaba por destruir o tempo da família, o tempo da amizade, o tempo dos filhos, o tempo dos avós, o tempo da gratuidade... o tempo de Deus.

Para um pouco com essa necessidade de aparecer e ser visto por todos, mostrar-se constantemente «em vitrina», que faz esquecer o valor da intimidade e do recolhimento.

Para um pouco com o olhar altivo, o comentário ligeiro e desdenhoso que nasce de se ter esquecido a ternura, a compaixão e o respeito pelo encontro com os outros, especialmente os vulneráveis, feridos e até imersos no pecado e no erro.

Para um pouco com essa ânsia de querer controlar tudo, saber tudo, devassar tudo, que nasce de se ter esquecido a gratidão pelo dom da vida e tanto bem recebido.

Para um pouco com o ruído ensurdecedor que atrofia e atordoa os nossos ouvidos e nos faz esquecer a força fecunda e criativa do silêncio.

Para um pouco com a atitude de fomentar sentimentos estéreis e infecundos que derivam do fechamento e da autocomiseração e levam a esquecer de sair ao encontro dos outros para compartilhar as cargas e os sofrimentos.

Para diante do vazio daquilo que é instantâneo, momentâneo e efémero, que nos priva das raízes, dos laços, do valor dos percursos e de nos sentirmos sempre a caminho.

Para, para olhar e contemplar!

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Irmão de Bento XVI diz que o Papa Emérito tem doença paralisante



Georg Ratzinger, 94 anos, irmão do Papa Emérito de noventa anos, falou em uma entrevista que Bento XVI sofre de uma enfermidade do sistema nervoso que o paralisa pouco a pouco e isso preocuparia porque poderia chegar ao coração. O papa emérito não pode sair da cama sozinho e precisa de ajuda para caminhar.


As palavras de Georg Ratzinger foram relatadas pela revista "Neue Post", e também foram relatadas nas páginas alemãs do site oficial da Santa Sé, no Vaticano. O irmão do Papa falou de uma doença paralisante que o obriga a "recorrer a uma cadeira de rodas":

"A maior preocupação é que a paralisia pode chegar ao seu coração e então pode acabar rapidamente". Ele acrescentou: "Rezo todos os dias para pedir a Deus a graça de uma boa morte, em um bom momento, para mim e meu irmão. Nós dois temos esse grande desejo".

Georg Ratzinger também disse que ele fala ao telefone todos os dias com seu irmão e que, como de costume, ele planeja visitá-lo no Vaticano para o próximo aniversário, em 16 de abril, "mas é muito tempo". Quem sabe o que acontecerá até então..." ele comentou.

“Se a paralisia chegar ao coração, tudo pode terminar rapidamente. Só Deus sabe se nos veremos de novo”.

Neste último dia 7 de fevereiro, por ocasião do quinto aniversário da sua renúncia, o Papa Emérito enviou uma carta ao jornal italiano Corriere della Sera confirmando a deterioração da sua saúde física e afirmando, com grande serenidade, que já está “em peregrinação a caminho de Casa”. Bento escreveu: 

“Só posso dizer que, na lenta diminuição das forças físicas, estou interiormente em peregrinação para Casa. Para mim, neste último trecho do caminho, às vezes um pouco esgotador, é uma grande graça estar rodeado de amor e bondade tamanhos que eu não poderia ter imaginado”.

Em sua breve entrevista, o pe. Georg Ratzinger afirmou que seu irmão e ele têm “a grande esperança” de uma “boa morte”, pela qual ambos oram a Deus.

Cardeal veta 2 ativistas LGBT para evento pelo Dia da Mulher no Vaticano

Mary McAleese. Foto: Wikimedia Commons / Ssenfuka Juanita Warry. Foto: Voices of Faith

O Cardeal norte-americano Kevin Farrel, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, vetou duas oradoras que iam participar de um evento no Vaticano sobre a mulher devido a suas posturas contrárias ao ensinamento católico e a favor do lobby LGBT.

Trata-se de Mary McAleese, ex-presidente da Irlanda, e Ssenfuka Juanita Warry, que dirige a organização LGBT Catholics in Uganda.

Segundo Chantal Gotz, fundadora e diretora de Voices of Faith (Vozes de Fé), a lista de oradoras requeria a aprovação do Cardeal Farrel. Quando o Purpurado devolveu a lista dos nomes aprovados, McAleese e Warry não estavam incluídas.

O evento Vozes de Fé aconteceu pela primeira vez em 2014 e, desde então, é promovido em março de cada ano na sede da Pontifícia Academia para as Ciências, a Casina Pio IV, que está no Vaticano.

O evento é intitulado “Why Women Matter” (Por que as mulheres importam) e acontecerá no dia 8 de março para coincidir com o Dia Internacional da Mulher.

Após a negativa do Cardeal Farrel para incluir McAleese e Warry, os organizadores do evento decidiram mudar a sede para um lugar fora do Vaticano, em vez de adequar a lista de oradores.

Em uma declaração em 2 de fevereiro, Vozes de Fé assinala que a ex-presidente da Irlanda “não é uma estranha para o Vaticano, tendo estado no comando como funcionária pública de um país predominantemente católico”.

McAleese, indica o texto da organização, “é conhecida por seu claro apoio aos direitos dos gays e das mulheres e falou publicamente e com frequência sobre suas frustrações com a fé católica”.