Georg Ratzinger, 94 anos, irmão do Papa Emérito de noventa anos, falou em uma entrevista que Bento XVI sofre de uma enfermidade do sistema nervoso que o paralisa pouco a pouco e isso preocuparia porque poderia chegar ao coração. O papa emérito não pode sair da cama sozinho e precisa de ajuda para caminhar.
As palavras de Georg Ratzinger foram relatadas pela revista "Neue Post", e também foram relatadas nas páginas alemãs do site oficial da Santa Sé, no Vaticano. O irmão do Papa falou de uma doença paralisante que o obriga a "recorrer a uma cadeira de rodas":
"A maior preocupação é que a paralisia pode chegar ao seu coração e então pode acabar rapidamente". Ele acrescentou: "Rezo todos os dias para pedir a Deus a graça de uma boa morte, em um bom momento, para mim e meu irmão. Nós dois temos esse grande desejo".
Georg Ratzinger também disse que ele fala ao telefone todos os dias com seu irmão e que, como de costume, ele planeja visitá-lo no Vaticano para o próximo aniversário, em 16 de abril, "mas é muito tempo". Quem sabe o que acontecerá até então..." ele comentou.
“Se a paralisia chegar ao coração, tudo pode terminar rapidamente. Só Deus sabe se nos veremos de novo”.
Neste último dia 7 de fevereiro, por ocasião do quinto aniversário da sua renúncia, o Papa Emérito enviou uma carta ao jornal italiano Corriere della Sera confirmando a deterioração da sua saúde física e afirmando, com grande serenidade, que já está “em peregrinação a caminho de Casa”. Bento escreveu:
“Só posso dizer que, na lenta diminuição das forças físicas, estou interiormente em peregrinação para Casa. Para mim, neste último trecho do caminho, às vezes um pouco esgotador, é uma grande graça estar rodeado de amor e bondade tamanhos que eu não poderia ter imaginado”.
Em sua breve entrevista, o pe. Georg Ratzinger afirmou que seu irmão e ele têm “a grande esperança” de uma “boa morte”, pela qual ambos oram a Deus.
Por sua vez, o ex-secretário do Papa Emérito, mons. Alfred Xuereb, destacou que Bento XVI ofereceu o seu sofrimento pela Igreja. Ele avalia o gesto do Papa alemão, cinco anos após a renúncia ao trono de Pedro, como um “ato heroico” por reconhecer, realista e humildemente, que já não tinha as forças físicas necessárias para continuar realizando a missão pontifícia.
“Ele pensou em primeiro lugar na Igreja, no seu amor pela Igreja, que era muito maior que o amor a si mesmo, ao seu ego. Ele permaneceu sempre sereno, porque compreendeu que Deus lhe pedia esse ato de governo, amando mais a Igreja do que a si mesmo”.
O Papa alemão é discreto e poucas vezes dá notícias de si mesmo. Em etapas ao longo de várias semanas, ele concedeu as entrevistas que originaram em 2017 dois livros de caráter biográfico: “Últimas Conversas”, do jornalista Peter Sewald, e “Servo de Deus e da Humanidade”, do escritor italiano Elio Guerriero.
Oremos pelo nosso amado Papa Emérito!
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InfoVaticana/ Aleteia
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